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Desejo, necessidade e realidade: os marcadores culturais e econômicos e suas implicações ocupacionais para o grupo profissional de engenheiros de produção no BrasilMartins, Thais Joi 27 March 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-03-27 / Universidade Federal de Minas Gerais / In order to seek answers to the changes currently taking place in the organization of work within companies, the modifications in the professional role of agents allocated in the organizational field and to understand the processes and dynamics that occur between social agents and this new organizational logic3 is that we will open space for the study of the cultural, economic and symbolic markers of life of the production engineers in the State of São Paulo. That is, from the study of their educational and vocational training, which results in their tastes and lifestyles and their different capitals, we seek to comprehend how the organizational dynamism in the 21th century and the relationship of a new "financial" operation engineer occur in contrast with the former acting "productive" occupied by the engineer. Will be analyzed to reflect on the actions and performances that occur within this professional group with regard. In other words, we if the desire to occupy a particular sector corresponds to the real occupation obtained by these engineers and what are the "driving" forces which will conduct their choicesWhat is the real occupation of these engineers currently and why? It is known among these professionals of the engineering that the options in the financial sectors are the most interesting because they are the entrance door to large financial gains and higher wages. Once given this statement, we can ask ourselves: do the choices of these engineers always give the sense of value for money or is there a different logic behind these choices? What is the real role of the economic, cultural and symbolic capital of these individuals in decision-making? The most appropriate methodology for the research is the bibliographical and prosopographical analysis, besides the multiple correspondence analyses inspired by Pierre Bourdieu. We will analyze, thus, through interviews and the usage of questionnaires to the students of Production Engineering from Federal University of São Carlos, from the Polytechnic University of São Paulo and from a private university. These methodologies will help us both qualitatively and quantitatively to delve deeper into the desired positions and the actual occupations of the production engineers, as well as into the relationship of these occupations with the economic, symbolic and cultural markers of each professional group studied. As a result, we found that there really is a homology between the symbolic capital of the agents and their statements when the direction of their professions. This social reproduction logic puts the Polytechnic University of São Paulo at the head of approaching the finance and consulting sectors. Place the Federal University of São Carlos in a secondary position as the symbolic capital counterparts in larger percentage of the choices in the industrial area and the private university studied the end of the hierarchy whose students do not even have the possibility of providing the selection processes in organizations in finance or consultants. / Com o intuito de buscarmos respostas sobre as transformações que acontecem, atualmente, na organização do trabalho dentro das empresas, acerca das modificações no papel profissional dos agentes alocados no campo organizacional e ainda para que possamos compreender os processos e dinâmicas que ocorrem entre os agentes sociais e essa nova lógica organizacional2 é que abriremos espaço para o estudo dos marcadores culturais, econômicos e simbólicos de vida dos engenheiros de produção no Estado de São Paulo. Ou seja, é a partir do estudo de suas formações educacionais e profissionais e, também, da conformação de seus gostos e estilos de vida bem como seus diferentes capitais, que buscaremos compreender como se dá o dinamismo organizacional no século XXI e a relação de uma nova atuação financeira do engenheiro em contrapartida com a antiga atuação produtiva ocupada pelo engenheiro. Vale ressaltar que as posições e escolhas da carreira de engenheiros(as) constituem objeto de análise e terão como intuito abrir um espaço para refletir sobre as ações e as performances que ocorrem dentro desse grupo profissional, no que diz respeito ao direcionamento de sua área de atuação. Isto é, analisaremos se o desejo de ocupar um determinado setor corresponde a real ocupação obtida por esses engenheiros e quais são as forças motrizes que direcionarão suas opções. Elas se darão através de seu desejo, de circunstâncias e vicissitudes da necessidade? Qual será a real ocupação desses engenheiros atualmente e por quê? Sabe-se que entre esses profissionais da engenharia as opções são as mais interessantes nos setores financeiros, pois, geram grandes ganhos financeiros e altos salários. Uma vez dada essa afirmação, podemos nos perguntar: as preferências desses engenheiros se dão sempre no sentido do custobenefício, ou existe outra lógica por traz desses direcionamentos? Qual seria o real papel dos capitais econômicos, culturais e simbólicos desses indivíduos nessa tomada de decisão? A metodologia mais adequada para a pesquisa é a análise bibliográfica e prosopográfica, além da análise de correspondência múltipla inspirada por Pierre Bourdieu. Analisaremos, portanto, através de entrevistas e do uso do questionário aos alunos do curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos, da Universidade Politécnica de São Paulo e de uma universidade particular. Essas metodologias nos ajudaram, tanto de forma qualitativa como quantitativa, a aprofundar a reflexão sobre os posicionamentos desejados e as ocupações reais dos engenheiros de produção bem como a relação dessas ocupações com os marcadores econômicos, simbólicos e culturais de cada grupo profissional estudado. Como resultado, verificamos que existe realmente uma homologia entre os capitais simbólicos dos agentes e suas tomadas de posição quando ao direcionamento de suas profissões. Essa lógica de reprodução social coloca a Universidade Politécnica de São Paulo no topo da hierarquia se aproximando dos setores de finanças e consultorias. Coloca a Universidade Federal de São Carlos numa posição secundária quanto aos capitais simbólicos homólogos em maior porcentagem das escolhas na área industrial e a universidade particular estudada ao fim da hierarquia cujos alunos não possuem sequer a possibilidade de prestar os processos seletivos em organizações na área de finanças ou consultorias.
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