Este trabalho apresenta os resultados da pesquisa Corpo Docente Corpo Doente: Por Que Padece o Corpo? O principal objetivo era investigar a possibilidade de o Mal-Estar Docente constituir a profissão do magistério, assim como o mal-estar caracteriza e constitui o progresso da humanidade, Freud (1998). A questão central da pesquisa era descobrir se assim como o Mal-Estar na Civilização, o Mal-Estar Docente também derivaria de situações presentes na configuração atual do magistério. Portanto, discorre sobre algumas formas de mal-estar que marcaram o desenvolvimento da civilização, agrupadas em cinco modalidades. O trabalho adota o estudo de cunho reflexivo e almeja contribuir com o debate teórico para uma abordagem alternativa do Mal-Estar Docente. Agrega aos estudos as reflexões provenientes das entrevistas realizadas com médicos que atuam na Coordenadoria de Valorização do Servidor, da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. Destaca-se o posicionamento da pesquisa em relação ao Mal-Estar Docente pelo viés da subjetividade do professor. O trabalho considera importantes as pesquisas que apresentam o mal-estar do ponto de vista social, mas discorda da ênfase dada exclusivamente aos fatores sociais. Freud (1998), Zaragoza (1999), Codo & Menezes (2000), Adorno (2003), Rouanet (2003) e Birman (2007) foram os referenciais teóricos utilizados. A partir do diálogo entre os autores e da análise das entrevistas, constatou-se que algumas situações presentes na configuração do magistério realmente contribuem para o problema do Mal-Estar Docente. A pesquisa revelou, ainda, o imperativo de novas investigações sobre a situação dos professores que buscaram estratégias de saúde para não cair no adoecimento, para inquirir os impactos do silenciamento da sexualidade docente sobre a prática do professor e para averiguar como a sublimação pode ser desenvolvida no espaço escolar.

Este trabalho apresenta os resultados da pesquisa Corpo Docente Corpo Doente: Por Que Padece o Corpo? O principal objetivo era investigar a possibilidade de o Mal-Estar Docente constituir a profissão do magistério, assim como o mal-estar caracteriza e constitui o progresso da humanidade, Freud (1998). A questão central da pesquisa era descobrir se assim como o Mal-Estar na Civilização, o Mal-Estar Docente também derivaria de situações presentes na configuração atual do magistério. Portanto, discorre sobre algumas formas de mal-estar que marcaram o desenvolvimento da civilização, agrupadas em cinco modalidades. O trabalho adota o estudo de cunho reflexivo e almeja contribuir com o debate teórico para uma abordagem alternativa do Mal-Estar Docente. Agrega aos estudos as reflexões provenientes das entrevistas realizadas com médicos que atuam na Coordenadoria de Valorização do Servidor, da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. Destaca-se o posicionamento da pesquisa em relação ao Mal-Estar Docente pelo viés da subjetividade do professor. O trabalho considera importantes as pesquisas que apresentam o mal-estar do ponto de vista social, mas discorda da ênfase dada exclusivamente aos fatores sociais. Freud (1998), Zaragoza (1999), Codo & Menezes (2000), Adorno (2003), Rouanet (2003) e Birman (2007) foram os referenciais teóricos utilizados. A partir do diálogo entre os autores e da análise das entrevistas, constatou-se que algumas situações presentes na configuração do magistério realmente contribuem para o problema do Mal-Estar Docente. A pesquisa revelou, ainda, o imperativo de novas investigações sobre a situação dos professores que buscaram estratégias de saúde para não cair no adoecimento, para inquirir os impactos do silenciamento da sexualidade docente sobre a prática do professor e para averiguar como a sublimação pode ser desenvolvida no espaço escolar.

Submitted by Marlene Aparecida de Souza Cardozo (mcardozo@pucsp.br) on 2016-12-01T11:34:30Z No. of bitstreams: 1 Marcelo Bosch Benetti dos Santos.pdf: 1202492 bytes, checksum: 73b7278ddc3267c8d7f3da8bb24cf913 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-12-01T11:34:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marcelo Bosch Benetti dos Santos.pdf: 1202492 bytes, checksum: 73b7278ddc3267c8d7f3da8bb24cf913 (MD5) Previous issue date: 2016-11-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This dissertation has the purpose of shedding light on some of the difficulties found in the analytical process of a case of hysteria, morespecifically on the resistances observed in this process, especially thenegative therapeutic reaction. Considering that the notion of psychological repression and consequently resistance, compose one of thethree conceptual pillars of psychoanalysis, along with the concepts of the unconscious mind (which include sexuality and the Oedipus complex) and transference, in the same manner in which clinical cases are an originating field and worthy of psychoanalytical investigation, clinical cases were used as the main axis for the development of this study. The study fundamentally took place from Freudian writings, to which were added collaborations from psychoanalysts such as Joan Riviere, Benno Rosenberg, Mario Pablo Fuks, Renato Mezan and Silvia Leonor Alonso. During the course of this study, which clearly demonstrated the hysteric organization of the patient, whom I will call Elisabeth, her moral masochism in close association with the oedipal stalemates that acted within her, plus the analyst’s therapeutic ambition established the conditions for the negative therapeutic reaction and the premature termination of the analysis. In the end, inaddition to the Freudian meta-psychological contributions, two perspectives for the understanding of the patient’s negative therapeutic reaction phenomenon were highlighted: a predominantly economic perspective, based on notions of life-guardian masochismanddeadlymasochism according to Benno Rosenberg, and an object perspective basedon some of Luiz Meyer’s considerations regarding the Dora case and Joan Riviere’s theoretical considerations contained in her work, “Those wrecked by success”, of 1936 / Esta dissertação teve como propósito lançar luz sobre algumas dificuldades encontradas no processo analítico de um caso de histeria, mais especificamente sobre as resistências observadas nesse processo, com destaque para a reação terapêutica negativa. Tendo que a noção de recalque e, com efeito, a de resistência compõe um dos três pilares conceituais da psicanálise - juntamente com as noções de inconsciente (no qual se inserem a sexualidade e o complexo de Édipo) e de transferência -, do mesmo modo como a clínica se configura como campo originário e privilegiado de investigação psicanalítica, tomou-se o caso clínico como eixo central de desenvolvimento deste trabalho. A pesquisa ocorreu fundamentalmente a partir dos escritos freudianos, ao que se acrescentou a colaboração de psicanalistas como Joan Riviere, Benno Rosenberg, Mario Pablo Fuks, Renato Mezan e Silvia Leonor Alonso. No percurso deste trabalho, evidenciou-se que a organização histérica da paciente, a qual nomeio por Elisabete, seu masoquismo moral em estreita associação com os impasses edipianos que nela atuava, acrescidos, ainda, pela ambição terapêutica do analista, estabeleceram as condições para a reação terapêutica negativa e a interrupção precoce da análise. Ao final, além das contribuições metapsicológicas freudianas, foram destacadas duas perspectivas para o entendimento do fenômeno de reação terapêutica negativa da paciente: uma perspectiva predominantemente econômica, embasada nas noções de masoquismo guardião da vida e masoquismo mortífero segundo Benno Rosenberg, e uma perspectiva objetal, pautada em algumas considerações de Luiz Meyer a respeito do Caso Dora e nas considerações teóricas de Joan Riviere contidas em seu trabalho “Os arruinados pelo êxito”, de 1936