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Comportamento de crianças em movimento em escadas: subsídios para o dimensionamento dos meios de escape em escolas / Dado não fornecido pelo autor.Valentim, Marcos Vargas 17 August 2018 (has links)
A norma brasileira que trata de Saídas de Emergência, a ABNT NBR 9077:2001, pressupõe que o perfil da população de alunos em edifícios escolares, do ensino fundamental à universidade, é homogêneo, e que, portanto, não há eventuais particularidades inerentes às diferentes faixas etárias no uso das saídas de emergência. Esta pesquisa partiu da hipótese de que o perfil da população e, em particular, o de crianças do ciclo básico do ensino fundamental, pode ser diferente do adulto e, por consequência, demandar um dimensionamento específico para as saídas de emergência. Assim, realizou-se a coleta e análise de dados relativos à velocidade de caminhamento e aspectos comportamentais de crianças no movimento de descida de escadas, além de buscar correlações entre as velocidades e os dados antropométricos. Participaram da pesquisa 783 alunos do ciclo básico do ensino fundamental, oriundos de três escolas de ensino gratuito, com idade entre 6 e 10 anos. Foram testadas duas técnicas para a coleta dos dados: filmagens obtidas por meio de sistema fechado de televisão (CFTV) e sistema de identificação por rádio frequência (RFID), sendo que essa última não atendeu às expectativas e necessidades da pesquisa. As velocidades obtidas por processamento de dados de filmagens foram comparadas com as adotadas nos softwares de simulação de abandono \"FDS+EVAC\" e \"Simulex\". Constatou-se que, para os lances das escadas, as velocidades das crianças obtidas se assemelham as de referência de adultos (0,45 m/s até 1,05 m/s). Já para a velocidades obtidas nos patamares, houve grande dispersão, em relação aos valores de referência para adultos e crianças. Verificou-se, também, que o trajeto mais utilizado nos patamares foi o interno (mais curto) e que o emprego de métodos simplificados para estimar esses trajetos pode resultar em dados de velocidade imprecisos. Não foi constatada nenhuma correlação significativa entre as medidas antropométricas (IMC e bideltóide) e as velocidades dos alunos em lances ou patamares de escadas. Devido a dispersão dos resultados obtidos, não é possível a confirmação da hipótese inicial desta pesquisa. / In the Brazilian Technical Standard concerning means of egress (ABNT NBR 9077. 2001) it is presumed that the profile of students\' population in educational buildings, from elementary school to college, is homogeneous. Therefore, it does not consider the eventual particularities intrinsic to specific age groups during the use of egress systems. Assuming that the profile of elementary school children may be different from adults\', the criteria applicable to a variety of means of egress components could be more specific according to the occupant\'s characteristics. Thus, data regarding walking speeds and behavioral aspects of children in descending movement of stairs were collected and analyzed. Anthropometric data (weight, height and bideltoid measurement) from each child were also collected in order to seek correlations between these dimensions and the walking speeds. 783 elementary students from 3 different public schools, ages varying from 6 to 10 years old, participated in this research. Two techniques were tested for collecting data: recorded images from closed-circuit television (CCTV) and signals from radio-frequency identification (RFID); however, the last one was discarded due to technical difficulties. When compared to the speeds adopted by the egress simulation softwares \"FDS+EVAC\" and \"Simulex\", it was noticed that children\'s travel speeds in stairs are actually quite similar to the ones adopted for adults (0,45 m/s to 1,05 m/s), contrasting with the common sense that infants are slower than grown-ups. As for the walking speeds on landings, a wide dispersion in relation to parameters determined for adults and children was found. It was also noticed that most infants chose the shortest path (internal) on landings and that designation of a simplified average trajectory can lead to inaccurate travel speeds. Regarding the anthropometric measurements and walking speeds, no direct correlation was found. Due to the significant dispersion of the results, the initial hypothesis of this research could not be confirmed.
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