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A inclusão digital e a reprodução do capitalismo contemporâneo / Digital inclusion and the reproduction of contemporary capitalismCazeloto, Edilson 09 November 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-11-09 / This Doctoral Thesis is dedicated to the study of the historical and cultural significance of
Social Programs of Digital Inclusion (SPDI), defined as a set of initiatives aimed at
disseminating the use of informatics tools among social groups excluded from access to
digital technologies, above all for reasons of an economic nature.
These programs are analyzed in the current context of the restructuring of capitalism and of
the international hierarchic relations it engenders. This context will be analyzed based on
the critical and theoretical repertoire of the area of Communications, since contemporary
capitalist relations make intensive use of the creation and circulation of signs as a form of
value appropriation. Within the processes of communication, the so-called digital network
media , whose dissemination of informatics tools are the linchpin of SPDI, stand out as
forerunners.
The research problem is founded on the fact that the appropriation of digital techniques
such as those enabled by SPDI does not achieve its objective; in other words, the outcomes
of these policies are restricted or even voided by the very logic of reproduction of
capitalism, which, today, needs the process of social informatization in order to produce
value.
The principal hypothesis of this work therefore advocates the existence of a subordinate
inclusion, promoted by SPDI as a form of valuing the typical products of cyberculture
through the extensive and intensive exploitation of specific labor, which is required by the
contemporary organization of capitalism. In other words, SPDI act as an aggravating factor
of the domination to which their clientele are subjected and not as an emancipative force,
thus contradicting the very purposes of these programs.
Because the workplan of this research involved exclusively theoretical and epistemological
reflection, the methodology adopted here was basically founded upon bibliographical
research, guided by concerns regarding the issue of social critique. The structure of the
argument is divided into three areas, namely: 1) contemporary capitalism and indistinction
between economy and culture; 2) communication based on vectors of informatization of the
quotidian and of mediatic saturation; and 3) digital inclusion and social organization of
cyberculture.
The theoretical body of reference is composed of contemporary authors such as
Baudrillard, Bauman, Giddens, Kumar, Sfez, Trivinho and Virilio, among others, and is
based on the perspectives of dromology, post-structuralism, post-modernism, post-
Marxism, the theory of biopolitics, and the current critique of communications and of the
mediatic civilization.
The findings of this research contribute toward a renewed understanding of the theme and,
above all, to the demystification of the social and historical role of digital inclusion / A presente Tese de Doutorado está consagrada ao estudo da significação histórica e cultural
dos Programas Sociais de Inclusão Digital (PSID), definidos como o conjunto de iniciativas
para a disseminação do uso de ferramentas informáticas entre grupos sociais alijados do
acesso às tecnologias digitais, sobretudo por razões de ordem econômica.
Tais programas são analisados no contexto vigente de reestruturação do capitalismo e das
relações hierárquicas internacionais nele engendradas. Esse contexto será analisado com
base no repertório crítico e teórico da área de Comunicação, já que as relações capitalistas
contemporâneas servem-se intensivamente da criação e circulação de signos como forma de
apropriação de valor. No interior dos processos de comunicação, destacam-se, como setor
de vanguarda, os chamados meios digitais em rede , sobre cuja disseminação de
ferramentas informáticas se debruçam os PSID.
O problema de pesquisa radica no fato de que a apropriação de técnicas digitais, como as
possibilitadas pelos PSID, não atinge seus objetivos: os resultados dessas políticas são
restringidos ou mesmo anulados pela própria lógica de reprodução do capitalismo, a qual
necessita, hoje, do processo de informatização social para produzir valor.
A principal hipótese de trabalho advoga, assim, a vigência de uma inclusão subalterna,
promovida pelos PSID como forma de valorizar os produtos típicos da cibercultura pela
exploração extensiva e intensiva de mão-de-obra específica, demandada pela organização
contemporânea do capitalismo. Em outras palavras, os PSID atuam como fator de
agravamento da dominação a que sua clientela está submetida e não como força
emancipatória, contrariando os próprios pressupostos desses programas.
Como o plano da obra envolveu exclusivamente uma reflexão de tipo teórico e
epistemológico, a metodologia adotada baseou-se fundamentalmente em pesquisa
bibliográfica, norteada pela preocupação em relação à questão da crítica social. A estrutura
da argumentação divide-se em três áreas, a saber: 1) capitalismo contemporâneo e
indistinção entre economia e cultura; 2) a comunicação calcada em vetores de
informatização do cotidiano e de saturação mediática; e 3) inclusão digital e organização
social da cibercultura.
O quadro teórico de referência é formado por autores contemporâneos como Baudrillard,
Bauman, Giddens, Kumar, Sfez, Trivinho e Virilio, entre outros, e se baseia nas
perspectivas da dromologia, do pós-estruturalismo, do pós-modernismo, do pós-marxismo,
da teoria da biopolítica e da crítica atual da comunicação e da civilização mediática.
O resultado da pesquisa pretende contribuir para uma compreensão renovada sobre o tema,
e, sobretudo, para a desmistificação do papel social e histórico da inclusão digital
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