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Avaliação dos efeitos do Canabidiol sobre os parâmetros inflamatórios e comportamentais em modelo experimental de meningite pneumocócicaCeretta, Renan Antonio January 2015 (has links)
Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, para obtenção do título de Doutor em Ciências da Saúde. / A meningite bacteriana é uma grave infecção do sistema nervoso central (SNC), caracterizada por uma intensa resposta inflamatória nas meninges e no espaço subaracnóide. Esta inflamação gera uma exacerbada resposta imune lesionando o tecido neuronal causando prejuízos de aprendizagem e memória. Estudos utilizando o canabidiol (CBD), um composto não psicotrópico derivado da Cannabis sativa têm demonstrado seus efeitos benéficos em modelos pré-clínicos de inflamação e lesão tecidual, incluindo o seu poder antioxidante e propriedades anti-inflamatórias, protegendo neurônios contra estímulos neurotóxicos ou neurodegenerativos. O objetivo desse estudo é demonstrar a ação do CBD sobre os parâmetros inflamatórios e comportamentais em ratos Wistar adultos submetidos ao modelo experimental de meningite pneumocócica. Os animais foram submetidos à injeção na cisterna magna de 10 μL de suspensão bacteriana de Streptococcus pneumoniae ou volume equivalente de líquido cefalorraquidiano (LCR) artificial para o grupo controle. Para avaliação dos níveis de fator de necrose tumoral alpha (TNF-α), interleucina (IL)-1β, IL-6, citocina quimiotática indutora de neutrófilos-1 (CINC-1) e fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) os animais foram divididos em controle, meningite/salina, meningite/CBD 2,5 mg/kg, meningite/CBD 5 mg/kg e meningite/CBD 10 mg/kg e o CBD foi administrado via intraperitoneal (i.p) imediatamente após a indução da meningite, seis horas após a injeção os animais foram mortos e o hipocampo e córtex pré-frontal retirados. Para a avaliação comportamental, 18 horas após a indução foi iniciado o tratamento com ceftriaxona e CBD. Para o teste de esquiva inibitória os animais foram divididos nos mesmos grupos acima descritos e receberam CBD uma vez ao dia durante nove dias e para a realização do teste de habituação ao campo aberto e reconhecimento de objetos os animais foram divididos em grupos controle, controle/CBD 10 mg/kg, meningite/salina e meningite/CBD 10 mg/kg e receberam CBD uma vez ao dia durante nove dias. No décimo dia após a indução os animais foram mortos e as estruturas cerebrais hipocampo e córtex pré-frontal retiradas para dosagens de TNF-α e BDNF. Os níveis de TNF-α e CINC-1 foram aumentados em todos os grupos meningites tratados ou não com CBD comparado ao grupo controle no hipocampo e no córtex pré-frontal e os níveis de BDNF foram aumentados nos mesmos grupos. No hipocampo os níveis de TNFα e BDNF não apresentaram alterações. Estes resultados demonstram que o tratamento com CBD desempenha um papel anti-inflamatório na meningite pneumocócica e previne danos cognitivos, possivelmente representando uma nova abordagem farmacológica no tratamento dessa grave infecção do SNC.
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Tratamento com vitamina B6 e B9 na prevenção de dano oxidativo e cognitivo em meningite pneumocócica experimentalGeneroso, Jaqueline da Silva January 2017 (has links)
Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde para obtenção do título de Doutora em Ciências da Saúde. / A meningite pneumocócica é umas das mais complexas e graves infecções do sistema nervoso central (SNC) associada com distúrbios neurológicos e neuropsicológicos. Os compostos bacterianos são mediadores pró-inflamatórios que induzem a resposta imune e a degradação do triptofano através da via da quinurenina e podem contribuir para lesão do SNC associada com meningite bacteriana. A falta de uniformidade nos danos gera dificuldade para avaliar a severidade e o grau dos prejuízos neuronais, criando obstáculos para novas terapias no tratamento. A vitamina B6 atua como co-fator de enzimas que catalisam um grande número de reações envolvidas no metabolismo do triptofano, impedindo o acúmulo de intermediários neurotóxicos, podendo prevenir danos ao hospedeiro. A vitamina B9 desempenha um papel importante na neuroplasticidade e preservação da integridade neuronal e tem sido postulada como anti-depressiva, anti-maníaca e neuroprotetora. No presente estudo, foram avaliados os efeitos da vitamina B6 e B9 sobre a memória, parâmetros de estresse oxidativo, níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e integridade da barreira hematoencefálica (BHE) no hipocampo e córtex de ratos Wistar adultos submetidos à meningite pneumocócica. Os animais receberam injeção na cisterna magna de 10 μL de suspensão de Streptococcus pneumoniae ou líquido cefalorraquidiano (LCR) artificial para o grupo controle. Grupos experimentais vitamina B6: controle/salina; controle/B6; meningite/salina e meningite/B6 e receberam 360 μL de vitamina B6 (600 mg/kg) ou salina estéril por via subcutânea em 0 e 18 horas após a indução da meningite. Grupos experimentais vitamina B9: controle/salina; controle/B9 10 mg/Kg; controle/B9 50 mg/Kg; meningite/salina, meningite/B9 10 mg/Kg e meningite/B9 50 mg/Kg. A vitamina B9 foi dissolvida em água e administrada via oral por gavagem iniciando o tratamento 18 horas após a indução e seguindo por 7 dias, 1 vez ao dia. Os parâmetros de estresse oxidativo foram avaliados em 24 horas e 10 dias após a indução da meningite. A integridade da BHE foi avaliada em 12, 18 e 24 horas após a indução. Os parâmetros comportamentais foram avaliados em 10 dias após a indução da meningite pelos testes de habituação ao campo aberto, esquiva inibitória e reconhecimento de objetos. Após, os animais foram mortos por decapitação para avaliação dos níveis de BDNF. Em 24 horas após a indução da meningite houve um aumento dos níveis de TBARS, carbonilação de proteínas, nitrito/nitrato e atividade da MPO no hipocampo e córtex pré-frontal; a atividade da SOD foi diminuída no hipocampo e aumentada no córtex pré-frontal e não houve diferença na atividade da CAT no hipocampo, enquanto que no córtex pré-frontal foi diminuída no grupo meningite/salina. Dez dias após a indução, os parâmetros de estresse oxidativo se mantiveram aumentados. Houve quebra da BHE em todos os tempos avaliados e o tratamento com ambas as vitaminas preveniu essa disfunção. Nos animais submetidos à meningite o tratamento com vitamina B6 e B9 preveniu o comprometimento cognitivo e aumentou os níveis de BDNF no hipocampo. O tratamento com vitamina B6 e B9 foi capaz de prevenir estresse oxidativo, quebra da BHE, aumentar os níveis de BDNF e prevenir danos cognitivos em ratos Wistar submetidos à meningite por S. pneumoniae.
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Avaliação dos efeitos do lítio e tamoxifeno sobre parâmetros comportamentais e neurotrofinas em modelo experimental de meningite pneumocócicaAbreu, Roberta Rodrigues do Espírito Santo January 2016 (has links)
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, para obtenção do título de mestre em Ciências da Saúde. / A meningite pneumocócica é uma infecção grave do sistema nervoso central (SNC), com altas taxas de letalidade, que provoca redução do desempenho psicomotor, ligeira lentidão mental, comprometimento das funções executivas de atenção e deficiência de aprendizagem e memória. O estabilizador de humor de lítio é conhecido como um agente neuroprotetor com muitos efeitos no cérebro. O tamoxifeno é a terapia endócrina usual para o câncer de mama. Pesquisas experimentais demonstraram que o tamoxifeno desempenha papéis neuroprotetores na lesão medular, hemorragia intracerebral, isquemia cerebral e lesão cerebral hipóxico-isquêmica. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do lítio e do tamoxifeno sobre o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), fator neurotrófico derivado de célula da glia (GDNF) e fator de crescimento neuronal (NGF) no hipocampo de animais submetidos ao modelo experimental de meningite pneumocócica. Neste estudo, os animais receberam líquido cefalorraquidiano (LCR) artificial como um placebo ou uma suspensão de Streptococcus pneumoniae na concentração de 5 x 109 unidades formadoras de colônias (UFC/mL). Dezoito horas após a indução, todos os animais receberam ceftriaxona (100 mg/kg via intraperitoneal (i.p.) durante 7 dias). A partir do terceiro ao décimo dia os animais receberam solução salina, lítio (47,5 mg/kg) ou tamoxifeno (1 mg/kg) como tratamento adjuvante e foram separados em seis grupos: controle/salina, controle/lítio, controle/tamoxifeno, meningite/salina, meningite/lítio e meningite/tamoxifeno e foram submetidos aos testes comportamentais. No teste de habituação ao campo aberto, os animais submetidos à meningite não apresentaram diferença entre as sessões de treino e teste, demonstrando comprometimento da memória. Nos grupos controle/salina, controle/lítio, controle/tamoxifeno e meningite/lítio, houve diferença demonstrando memória de habituação nestes animais. Na tarefa de esquiva inibitória, houve diferença entre as sessões de treino e teste nos grupos controle/salina, controle/lítio, controle/tamoxifeno e meningite/lítio, demonstrando memória aversiva de curto e longo prazo nestes grupos. Nos grupos meningite/salina e meningite/tamoxifeno, não houve diferença entre as sessões de treino e teste, demonstrando comprometimento da memória aversiva a curto e longo prazo nestes animais. Após os testes os animais foram mortos e os hipocampos foram removidos para avaliação dos níveis de BDNF, NGF e GDNF. Os níveis de BDNF e GDNF foram restabelecidos no hipocampo dos animais tratados com lítio, no entanto, os níveis de BDNF, NGF e GDNF diminuíram no hipocampo de animais tratados com tamoxifeno. O lítio foi capaz de prevenir o comprometimento da memória e restabelecer a expressão de neurotrofinas no hipocampo em modelo experimental de meningite pneumocócica.
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