Submitted by Johnny Rodrigues (johnnyrodrigues@ufcg.edu.br) on 2018-09-28T15:23:02Z No. of bitstreams: 1 VALMIR PEREIRA DA SILVA - DISSERTAÇÃO PPGCS 2005..pdf: 17395045 bytes, checksum: 2452a00001f2174717b1bb1d1b272c18 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-28T15:23:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 VALMIR PEREIRA DA SILVA - DISSERTAÇÃO PPGCS 2005..pdf: 17395045 bytes, checksum: 2452a00001f2174717b1bb1d1b272c18 (MD5) Previous issue date: 2005-12-28 / As práticas dos sujeitos sociais revelam formas particulares de sociabilidade e interação e são constitutivas dos diferentes espaços sociais. Este trabalho toma as práticas cotidianas de negociação entre feirantes e fregueses para evidenciar os aspectos simbólicos (gestos, ações e discursos) das interações sociais e das trocas que se desenvolvem nos múltiplos espaços da Feira Central de Campina Grande. Neste sentido, busca se diferenciar de outros trabalhos que analisam as feiras livres no Nordeste a partir de uma perspectiva predominantemente mercantil, em que as relações econômicas são ressaltadas. A escolha da Feira Central de Campina Grande como lócus da pesquisa para este trabalho justifica-se, em primeiro lugar, pela amplitude de seu significado histórico, econômico e sócio-cultural, não apenas para o município, mas para toda a região do agreste nordestino. Por outro lado, a Feira Central configura-se como um mercado permanente e diversificado, já distante das feiras livres tradicionais, marcado pelas inúmeras contradições resultantes do processo de modernização das redes urbanas nordestinas. A utilização que faço da noção de negociação, inspirada na obra de Goffman e na perspectiva da micro-sociologia, permite que se analise as ações e representações dos atores sociais e os rituais de trocas que desenvolvem em público. Negociar remete à manutenção de um quadro de impressões e informações, coerentes com as intenções e necessárias a um bom ou positivo desfecho da interação. As ações dos sujeitos que "fazem a feira", (atores que participam da construção diária da Feira) tendo seus espaços como palco e cenário para os enredos de negociação, que envolvem trocas simbólicas e mercadológicas, nos permitem compreender a recorrência e/ou manutenção da Feira Central de Campina Grande enquanto lugar de interações sociais, face às especificidades e forças sócio-históricas que clivam seus micro-espaços sem que, no entanto, sejam capazes de desarticulá-los ou desagregá-los. / The practices of the people reveal peculiar forms of sociability and interaction and they are constituent of different social spaces. This work takes the daily practices of negotiation between merchants and customers to evidence the symbolic aspects (gestures, actions and speeches) of the social interactions and of the changes that grow in the multiples spaces of the Feira Central of Campina Grande. In this sense, it looks to differentiate of other works that analyze the free markets in the Northeast stating from a perspective predominantly mercantile, in that the economical relationships are stood out. The choice of the Feira Central of Campina Grande as point of the research for this work is justified in first place for its historical, economical and social-cultural meaning, not just for the municipal district, but for the whole area of the rural Northeastemer. On the other hand, the Feira Central is configured as a permanent market and diversified, already distant of traditional Feiras, marked by the countless resulting contradiction of the process of modernization of the Northeastern urban nets. The use that I do of the notion of negotiation inspired in the works of Goffman and in the perspective of the microssociology, it allows us to analize the actions and the social actors' representation, and the rituals of changes that develop in public. The negotiation show us the impressions and coherent information with the intentions and they're necessary to a good or positive ending of the interaction. The actions of the people that "fazem a Feira" ("make the fair": actors that participate of the daily construction of the fair), have their spaces as stage and scenery for the negotiation plots that involve symbolic changes and of merchadises, it allows us to understand the appeal and/or maintenance of the Feira Central of Campina Grande as place of social interaction face to the specificities and social-historical forces that part their small spaces without disarticulating them or disaggregating them.