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Metaforicidade nos gêneros discursivos: a natureza das metáforas e a sua relação com os tipos de discursoHubert, Dalby Dienstbach 23 May 2017 (has links)
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Tese.pdf: 4411231 bytes, checksum: 41c24ca05461d8a37197aa775344befc (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Estudos que, ancorados em uma abordagem conceptual (cf. LAKOFF; JOHNSON, 2002
[1980]; LAKOFF, 1993), se ocupam das possíveis relações entre a natureza das metáforas e
dos gêneros discursivos são relativamente recentes (cf., por exemplo, ESPÍNDOLA, 2010;
STEEN et al., 2010; BERBER SARDINHA, 2011; SEMINO, 2011) e compõem um acervo
pouco expressivo em comparação com o estado atual dos campos que tratam desses dois
conceitos individualmente. Porém, uma observação mais cuidadosa desses fenômenos aponta
para a hipótese de que a relação entre eles pode ser, de fato, sistemática e resultar, inclusive,
em determinação mútua. Nessa perspectiva, este trabalho assume o objetivo de explorar essa
hipótese, descrevendo e analisando as possíveis relações que poderiam, de alguma forma, se
estabelecer entre os gêneros e algo pertinente à natureza da linguagem metafórica – traduzido,
nesse caso, na noção de metaforicidade. Para tanto, ele se propõe a (i) investigar diferentes
subsídios teóricos que se debruçam sobre os conceitos de gênero, metáfora e, principalmente,
metaforicidade; (ii) estabelecer possíveis relações mutuamente determinantes entre a metaforicidade da linguagem metafórica e os tipos de discurso em que ocorre, com base no que se
descobre acerca da natureza desses fenômenos; (iii) levantar e analisar dados reais em corpora
pertinentes a gêneros diferentes, através da identificação de metáforas nos textos e da
interpretação da sua metaforicidade em função de aspectos que caracterizam os seus gêneros;
e, enfim, (iv) propor, a partir da exploração teórica feita e das evidências empíricas obtidas,
explicações para as relações enunciadas na hipótese central deste trabalho. No que se refere à
noção de gênero, particularmente, esta discussão se ancora em estudos de base sociocognitiva
desse fenômeno (cf., por exemplo, FILLMORE, 1982; PAPLTRIDGE, 1997; BHATIA, 2004;
STEEN, 2011a; VAN DIJK, 2014). Para a noção de metaforicidade, ela se ancora em visões
cognitivas (cf. LAKOFF; JOHNSON, ibid.; LAKOFF, ibid.) e cognitivo-discursivas da
metáfora (cf., principalmente, GOATLY, 1997; DEIGNAN, 2005; MÜLLER, 2008; STEEN,
2007; VEREZA, 2010a). A investigação referente aos primeiros objetivos deste trabalho
mostra que a natureza dos gêneros e a determinação da metaforicidade compartilham diversos
aspectos em níveis tanto cognitivo quanto social do uso da linguagem. A descrição e a análise
das relações entre esses dois fenômenos revelam que o funcionamento de ambos no discurso,
de fato, possuem implicações mútuas. Por um lado, identificam-se indícios de que a
metaforicidade da lingua-gem metafórica teria alguma participação na formação do frame dos
tipos de discurso em que ocorre e, por isso mesmo, na sua caracterização. Por outro lado,
observa-se que o frame de certos gêneros pode intervir, em alguma medida e de alguma
forma, na possibilidade de reconhecimento das metáforas presentes nos respectivos textos. A
análise da metaforicidade em corpora, por sua vez, lança luz sobre que aspectos dos gêneros
discursivos estariam por trás dessas relações. Sendo assim, as explicações que emergem tanto
da discussão teórica quanto do levantamento empírico, conduzidos ao longo deste trabalho,
embasam a plausibili-dade das relações aqui estabelecidas. O presente estudo oferece,
portanto, dados significativos para uma descrição e uma análise mais acuradas dos dois
fenômenos abordados, ressaltando, ainda, a importância de se considerar de que maneira os
conhecimentos a respeito dos gêneros podem contribuir para um entendimento amplo da
natureza e do funcionamento – social e cognitivo – das metáforas e vice versa / Few and quite new are the studies that, aligned with a conceptual perspective (cf. LAKOFF;
JOHNSON 2002 [1980]; LAKOFF, 1993), address the possible relations between the nature
of metaphors and discourse genres (cf., for instance, ESPÍNDOLA, 2010; STEEN et al.,
2010; BERBER SARDINHA, 2011; SEMINO, 2011). Nevertheless, a closer look at both
phenomena leads to the hypothesis that the relations between metaphors and genres could be
systematic and mutually determinative. In an attempt at moving forward the discussion on this
issue, this work addresses such a hypothesis, by describing and analyzing possible relations
that could somehow be established between genres and a particular aspect of metaphorical
language, that is, its metaphoricity. Thus this work aims to (i) explore different theoretical
frameworks of genre, metaphor, and, especially, metaphoricity (which, broadly speaking,
means the possibility of metaphor recognition); (ii) establish mutually determinative relations
between the metaphoricity of metaphorical language and the genres in which it occurs, based
on the accounts of both phenomena; (iii) collect and analyze authentic data, by identifying
metaphorically used words in corpora of different genres and assessing their metaphoricity on
the basis of activation devices; and, finally (iv) propose accounts of the relations established
throughout this work, on the basis of both theoretical and empirical evidence demonstrated
here. As to genres, this work is aligned with sociocognition-based studies of this phenomenon
(cf., for instance, FILLMORE, 1982, PAPLTRIDGE, 1997, BHATIA, 2004; STEEN, 2011a;
VAN DIJK, 2014). With regard to the notion of metaphoricity, this work is based on the
conceptual theory (cf. LAKOFF; JOHNSON, ibid.; LAKOFF, ibid.), and cognitive-discursive
approaches to metaphor (cf., for instance, GOATLY, 1997; DEIGNAN, 2005; MÜLLER,
2008; STEEN, 2007; VEREZA, 2010a). This work demonstrates, at first, that genres and the
metaphoricity of metaphorical language relate on both cognitive and social levels and can be
mutually determinative. On the one hand, prototypical metaphoricity identified in certain
types of discourse instills into the formation of the frame of their genre and, thus, takes part in
their characterization. On the other hand, the frame of certain genres somehow constrains the
use of activation devices of metaphoricity, affecting the possibility of metaphor recognition in
respective texts. The corpus analysis then casts some light on which genre aspects are apt to
underlie those relations. Therefore, both theoretical and empirical evidence demonstrated
throughout this work can sustain the relations which it eventually establishes. The findings
from the present research also provide relevant data for an accurate description and analysis
of genres and metaphors. It should be stressed, at last, that metaphor and genre studies should
not overlook the contributions of our knowledge of one phenomenon to an overall understanding of the nature and both social and cognitive functioning of the other
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