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Etude du cluster oncogénique miR17-92 dans les lymphomes B agressifs humains / miR17-92a oncogenic cluster study in aggressive lymphomasGapihan, Guillaume 24 November 2016 (has links)
Les lymphomes à grandes cellules B primitifs du médiastin (PMBL) partagent des caractéristiques pathologiques avec les lymphomes diffus à grandes cellules B (DLBCL), et des caractéristiques moléculaires communes aux lymphomes de Hodgkin classiques (cHL). Le cluster oncogénique miR-17-92, localisé au niveau du chromosome 13q31, est un gène amplifié dans les DLBCL. Dans notre étude, nous avons comparé le niveau d’expression de chaque membre du clustermiR-17-92 dans une série de prélèvements de patients de 40 PMBL, 20 DLBCL et 20 cHL, et étudié les gènes cibles liés aux microARN dérégulés dans les PMBL. Nous avons montré un niveau plus élevé de miR-92a dans les PMBL que dans les DLBCL, mais pas dans les cHL. La combinaison d’une analyse in silico prédictive des cibles de miR-92a et d’une analyse transcriptomique nous a permis d’identifier FOXP1 comme la cible principale de miR-92a dans les PMBL, un résultats qui n’avait jusqu’alors pas été établi. Cette observation a été confirmée par le test 3’UTR, le niveau d’expression ARN et protéique dans les lignées cellulaires transduites. Les études in vivo sur les souris à partir des cellules transduites nous a permis de démontrer l’effet tumeur suppresseur de de miR-92a et l’effet oncogénique de FOXP1. L’expression plus élevée de miR-92a et la sous-expression de FOXP1 au niveau ARN et protéique a également été retrouvé dans les prélèvements humains de PMBL, alors que le niveau d’expression de miR-92a était bas et FOXP1 était haut dans les DLBCL. Nous en avons conclu à une régulation post-transcriptionnelle de FOXP1 par miR-92a dans les PMBL, avec une relevance clinico-pathologique pour mieux caractériser les PMBL. / Primary mediastinal large B-cell lymphoma (PMBL) shares pathological features with diffuselarge B-cell lymphoma (DLBCL), and molecular features with classical Hodgkin lymphoma (cHL). The miR-17-92 oncogenic cluster, located at chromosome 13q31, is a region that is amplified in DLBCL. Here we compared the expression of each member of the miR-17-92 oncogenic cluster insamples from 40 PMBL patients versus 20 DLBCL and 20 cHL patients, and studied the target genes linked to deregulated miRNA in PMBL. We found a higher level of miR-92a in PMBL than in DLBCL, but not in cHL. Acombination of in silico prediction and transcriptomic analyses enabled us to identify FOXP1 as a main miR-92a target gene in PMBL, a result so far not established. This was confirmed by 3’UTR, and RNA and protein expressions in transduced cell lines. In vivo studies using the transduced cell lines in mice enabled us to demonstrate a tumor suppressor effect of miR-92aand an oncogenic effect of FOXP1. The higher expression of miR-92a and the down regulation of FOXP1 mRNA and proteinwere also found in human samples of PMBL, while miR-92a expression was low and FOXP1was high in DLBCL. We concluded to a post-transcriptional regulation by miR-92a through FOXP1 targeting in PMBL, with a clinico-pathological relevance for better characterisation of PMBL.
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Mechanistic Insights into Glucocorticoid-induced Apoptosis and Autophagy in Lymphoid MalignanciesMolitoris, Jason K. January 2011 (has links)
No description available.
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Identificação de proteínas reguladoras do splicing associadas à microRNAs. / Identification of splicing regulatory proteins associated to microRNAs.Paiva, Marcelo Machado 31 August 2016 (has links)
Splicing é o processo de remoção de introns e ligação de exons em eucariotos. É realizado pelo spliceossomo, um complexo macromolecular composto por RNAs e mais de cem proteínas. Alguns introns possuem microRNAs, os quais devem ser processados para gerar moléculas maduras. O cluster intrônico miR-17-92 é composto por sete miRNAs que têm sido associados ao desenvolvimento de diferentes tumores em vários tecidos. Neste trabalho o splicing de dois miRNAs deste cluster foi analisado em células HeLa, BCPAP e TPC-I. Os resultados mostraram que introns com miR19a tem o splicing mais eficiente do que aqueles com miR18a em todas as três células analisadas. Além disso, a composição dos spliceossomos foi analisada por espectrometria de massas. Entre as principais proteínas encontradas, destaca-se a presença das hnRNPs, como hnRNP_A1 e hnRNP_A2/B1. Estes resultados são importantes para entender como esses miRNAs são processados, e quais são os principais componentes recrutados em diferentes tipos celulares. / Pre-mRNA splicing is the process of intron removal and exon ligation in eukaryotes. It is performed by the spliceosome, a multi-megadalton machinery composed of RNAs and more than a hundred proteins. Intronic miRNAs must be processed from the host gene to generate mature molecules. miR-17-92 is an intronic cluster composed of seven miRNAs which have been associated to the development of different tumors, in several different cells. In this work, we analyzed the splicing of two miRNAs belonging to this cluster in HeLa, BCPAP and TPC-I cells. Interestingly, we observed miR19a is more efficiently spliced than miR18a in all three cells. We also searched for specific proteins that can be involved in their respective splicing process. We observed hnRNP proteins are especially concentrated in spliceosomes assembled in introns containing these miRNAs, based on mass spectrometry data. These results are important to understand how these miRNAs are spliced and matured and also can explain their different expression levels in different cells.
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O cluster de microRNAs miR-17-92 e seus alvos na oncogênese tiroidiana: influência de BRAFT1799A e de iodo. / The cluster of microRNAs miR-17-92 and its targets in thyroid oncogenesis: the influence of BRAFT1799A and iodineFuziwara, Cesar Seigi 29 August 2014 (has links)
O excesso de iodo inibe a proliferação celular e secreção hormonal, enquanto retarda os efeitos oncogênicos da ativação de RET/PTC3 na célula folicular tiroidiana. A mutação BRAF (T1799A) é a mais prevalente no câncer de tiroide, e modelo transgênico desenvolve câncer que progride para histotipo agressivo. Altos níveis de microRNAs (miRNAs) do cluster miR-17-92 estão associados a histotipos agressivos de câncer de tiroide e modulam a tradução de mRNAs alvo componentes de vias de sinalização oncogênicas. Neste estudo, avaliamos a influência da alta dose de iodo sobre miRNAs frente ativação do oncogene BRAF e seu efeito na biologia da célula folicular tiroidiana. A indução de BRAFT1799A ativa uma robusta expressão de miR-17-92 enquanto alta dose de iodo bloqueia este efeito na célula tiroidiana. miR-19 inibe a tradução de Smad4 e bloqueia a transdução do sinal de TGFb, efeito revertido pelo iodo. O iodo interfere na expressão de miR-17-92 por bloquear ativação da sinalização Notch induzida por BRAF. Estes resultados indicam que o iodo protege a célula folicular tiroidiana durante a indução de BRAFT1799A, revertendo a ativação dos miRNAs oncogênicos do cluster miR-17-92 e restaurando os níveis protéicos de Smad4 por interferir na via de sinalização Notch. / Iodine excess blocks cell proliferation and inhibits hormone synthesis, while delays oncogenic effects of RET/PTC3 activation in thyroid follicular cells. BRAF mutation (T1799A) is the most prevalent genetic alteration in thyroid cancer, and transgenic mice model for BRAF develops thyroid cancer that progress to aggressive histotypes. High levels of microRNAs (miRNAs) of miR-17-92 cluster are associated to aggressive thyroid cancer and modulate translation of target mRNAs in oncogenic signaling pathways. In this study, we evaluated the influence of high dose iodine in miRNAs under BRAF oncogene activation, and its effects in thyroid follicular cell biology. BRAF induction induces high expression of miR-17-92 while high dose iodine blocks this effect in thyroid follicular cells. miR-19 inhibits Smad4 translation and impairs TGFb signaling transduction, effect reverted by iodine. Iodine modulates miR-17-92 expression by interfering in BRAF-induced Notch signaling activation. These results indicate that iodine protects thyroid follicular cell during BRAF induction, reverting oncogenic miR-17-92 activation and restoring protein levels of Smad4 by Notch signaling modulation.
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Envolvimento das Aurora-quinases e DIDO na instabilidade cromossômica na leucemia linfoide crônica / Involvement of Aurora kinases and DIDO in chromosomal instability in chronic lymphoid leukemiaSouza, Felipe Canto de 24 November 2016 (has links)
Durante a divisão celular as Aurora-quinases (AURKA e AURKB) participam da formação e controle das fibras do fuso mitótico enquanto as isoformas proteicas (DIDO1, DIDO2 e DIDO3), originadas do splicing alternativo do gene DIDO, auxiliam na junção dos microtúbulos aos cinetócoros. Portanto, ambas são relevantes na regulação do ciclo celular. Interessantemente, a superexpressão (ou o ganho de função) das AURKs ou a baixa expressão (ou perda de função) das isoformas de DIDO estão ambos associados com amplificação dos centrossomos e à instabilidade cromossômica (CIN), com consequente aneuploidia. Dentre as doenças hematológicas com registros de CIN, a leucemia linfoide crônica (LLC) pode apresentar amplificação dos centrossomos e alteração nos níveis de expressão das AURKs acarretando aneuplodias. Apesar disso, não existem estudos avaliando a potencial associação destes genes com CIN na LLC. Avaliando seus níveis de expressão gênica em amostras de LLC de pacientes com ou sem aberrações cromossômicas, mostramos que o aumento dos níveis de AURKA e AURKB e, inversamente, a redução dos níveis das variantes de DIDO, são significativamente associados com ganhos cromossômicos e com aumento da contagem de glóbulos brancos (WBC). Claramente, amostras de LLC sem qualquer anormalidade citogenética apresentam níveis de expressão semelhantes às amostras que contêm aberrações não-numéricas. O achado de que níveis de expressão de AURKs e variantes de DIDO são completamente opostos, mostrando um padrão discreto de inter-relação, levou-nos a investigar o potencial mecanismo regulatório por trás disso. Tendo em vista que outros, anteriormente, mostraram que o cluster oncogênico miR-17~92 é significativamente hiper-regulado em células de pacientes com LLC purificadas expressando genes IGHV não mutados (em comparação com células mutadas de pacientes) e, que o miR-17 é expresso em níveis significativamente mais elevados em células IGHV não mutadas ou ZAP-70 positivas (mau prognóstico geralmente associada à CIN), resolvemos investigar o potencial de regulação negativa dos microRNAs deste cluster sobre as variantes de DIDO. Além disso, com base no mecanismo regulatório já descrito pelo qual a superexpressão de AURKA induz a transcrição do cluster miR-17~92, mediada por E2F1 (com uma correlação entre as expressões de ambas as proteínas em diferentes tipos de câncer), decidimos investigar este eixo regulatório em LLC. Notavelmente, todas as variantes de DIDO apresentam-se preditas como fortes alvos de vários microRNAs deste cluster oncogênico. Mostramos, então, que amostras de LLC com baixa expressão de DIDO, além dos já mencionados níveis elevados de AURK, exibiram níveis significativamente mais elevados do fator de transcrição E2F1 e de seu alvo transcricional, o transcrito primário do miR-17~92 (MIR17HG). Além disso, por meio do uso da linhagem de celular NTERA-2, como modelo experimental, mostramos que o siRNA nocaute para AURKA (nos níveis transcricional e proteico, como confirmado por qPCR e western blot) é acompanhada por uma significativa redução de E2F1 e também de MIR17HG. Ainda, a transfecção de células NTERA-2 com sintéticos microRNAs miméticos do cluster miR-17~92 (ou seja, 19a-miR, miR-20a e miR-92a) resultou em uma clara e significativa redução dos níveis de transcrição de todas as variantes de DIDO. Por fim, a inibição do siRNA especifico para a variante DIDO3 (mas não às outras variantes) levou a uma redução significativa dos níveis de transcrição de todas as variantes de DIDO, indicando um mecanismo adicional contribuindo para a downregulação dos transcritos de DIDO. Ao todo, nossos resultados demonstram a existência de um potencial mecanismo regulatório interconectado entre AURK e DIDO, associado à CIN e maior contagem de WBC na LLC. Mais importante, os níveis de expressão elevada de AURKs e os baixos níveis associados das variantes de DIDO são especificamente relacionados com anormalidades citogenéticas apresentando ganhos cromossomais, com destaque para o mecanismo celular específico, subjacente à CIN, observado neste grupo distinto LLC. Dado o papel central da CIN na gênese e progressão do câncer, esses achados provavelmente terão um impacto importante no prognóstico ou tratamento da LLC. / During cell cycle division Aurora kinases (AURKA and AURKB) participate in the formation and control of mitotic spindle fibers, while, protein isoforms (DIDO1, DIDO2 and DIDO3), derived by alternative splicing of the DIDO gene, assist at the junction of microtubules to kinetochores. Thus, both are relevant to cell cycle maintenance. Interestingly, overexpression (or gain of function) of AURKs or low expression (or loss of function of DIDO) are both associated with centrosomal amplification and chromosomal instability (CIN), leading to aneuploidy. Among hematological diseases with CIN records, chronic lymphocytic leukemia (CLL) can display centrosome amplification and changes in AURKs expression levels leading to aneuploidy. Despite this, there are no studies evaluating the potential association of these genes with CIN in CLL. By evaluating their gene expression levels in CLL samples from patients with or without chromosomal aberrations, we show that increased levels of AURKA and AURKB and, conversely, reduced levels of DIDO variants, are both significantly associated with chromosomal gains and with increased white blood cell (WBC) counts. Clearly, CLL samples without any cytogenetic abnormality had expression levels similar to samples mostly harboring non-numerical aberrations. The finding that the expression levels of AURKs and DIDO variants are completely opposed, showing a discrete inter-related pattern, led us to investigate the potential regulatory mechanism behind this. Given that other have previously shown that the oncogenic miR-17~92 cluster is significantly upregulated in purified CLL patient cells expressing unmutated IGHV genes (as compared to mutated patient cells), and that miR-17 is expressed at significantly higher levels in unmutated or ZAP-70 high cases (bad prognostic cases generally associated with chromosomal instability), we investigated the potential negative regulation of DIDO variants by microRNAs from this cluster. In addition, based on the already described regulatory mechanism by which AURKA overexpression induces the E2F1-mediated transcription upregulation of the miR-17~92 cluster (with an observed expression correlation of both proteins in cancer specimens); we decided to investigate this regulatory axis in CLL. Notably, we found that all DIDO variants are predicted to be heavily targeted by several miRs of this oncogenic cluster. We show that CLL samples with low DIDO expression, in addition to the already mentioned AURK high levels, displayed significant higher levels of the transcription factor E2F1 and of its transcriptional target, the miR-17~92 primary transcript (MIR17HG). Moreover, by using the NTERA-2 cell line as a model, we show that siRNA knockdown of AURKA (at the transcript and protein level, as confirmed by qPCR and western blot) is accompanied by a striking significant reduction of E2F1 and also of MIR17HG. Furthermore, transfection of NTERA-2 cells with synthetic mimics of the miR-17~92 cluster (namely, miR-19a, miR-20a and miR-92a) results in a clear and significant reduction in the transcript levels of all DIDO variants. Finally, specific siRNA inhibition of the DIDO3 variant (but not the others) led to a significant reduction in the transcript levels of all DIDO variants, indicating an additional mechanism contributing to the downregulation of DIDO transcripts. Altogether, our results demonstrate the existence of a potential interconnected regulatory mechanism between AURK and DIDO, associated with CIN and higher WBC counts in CLL. More importantly, the high expression levels of AURKs and the associated low levels of DIDO variants are specifically associated with cytogenetic abnormalities presenting chromosomal gains, highlighting the specific cellular mechanism underlying the CIN observed in this distinct CLL group. Given the central role of CIN in cancer genesis and progression, these findings will likely have an important impact on prognosis or treatment of CLL.
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Spi-1,Fli-1et miR-17-92 contribuent au même réseau oncogénique impliqué dans le contrôle de la prolifération dans l’érythroleucémie de Friend / Spi-1, Fli-1 and Fli-3 (miR-17-92) oncogenes contribute to a single oncogenic network controlling cell profileration in Friend erythroleukemiaKayali, Samer 10 July 2012 (has links)
Plus de 90% des érythroleucémies induites par le virus de Friend sont associées à l'activation récurrente de l’un ou l’autre des facteurs de transcription ETS Spi-1 ou Fli-1, ou du cluster miR-17-92. La contribution de ces trois oncogènes à la prolifération des clones érythroleucémiques correspondant a déjà été indépendamment démontrée. De plus, il a été montré dans l’équipe que Spi-1 active de façon directe l’expression de Fli-1 et que les deux facteurs activent des gènes cibles communs. Dans cette thèse, j’ai montré que Spi-1 et Fli-1 activent l’expression du cluster miR-17-92 en se liant sur un motif ETS conservé dans le promoteur de ce cluster. J’ai montré que la réexpression de miR-17 et miR-20a est suffisante pour contrebalancer partiellement la baisse de la prolifération et la survie cellulaire induite par l’inhibition de l’expression de Fli-1. De plus, j’ai identifié Hbp1 comme une cible de ces miARNs dans les cellules érythroleucémiques. Ces résultats montrent que les trois oncogènes activés de façon récurrente par le virus de Friend constituent un seul réseau oncogénique contrôlant la prolifération. Ces résultats suggèrent également un rôle potentiel de réseaux ETS-miR-17-92 dans d’autres contextes normaux ou pathologiques / Clonal erythroleudemia developing in susceptible mice infected by Friend virus complex are associated with higly recurrent orviral insertinons at one of three loci called Spi-1, Fli-1 or Fli-3, leading to deregulated expression of oncogenic Spi-1 or Fli-1 transcription factors or miR-17-92 miRNA cluster, respectively. Deregulated expression of each of these here ocongenes has been independently shown to contribute to cell profileration of erythroleukemic clones. Previous studies showed close relationship between Spi-1 and Fli-1, which belong te the seame ETS family, Spi-1 activating fli-1 gene and both Spi-1 and Fli-1 activating multiple common target genes involved in ribosome biogenesis. In this tehesis, we habe also demonstrated that physiological re-expression of exogenous miR-17 and MiR-20a are able to partially rescue proliferation arrest induced by Fli-1 knock down and we identified Hbp1 as a tarteg of these miRNAs in erythroleukemia cell line.These results establish that three of the most recurrently activated oncogenes in Friend erythroleukemia are arctually involved in the same oncogenic network controlling proliferation . The putative contribution of similar ETS-MiR-17-92 network in other normal or hyper
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Identificação de proteínas reguladoras do splicing associadas à microRNAs. / Identification of splicing regulatory proteins associated to microRNAs.Marcelo Machado Paiva 31 August 2016 (has links)
Splicing é o processo de remoção de introns e ligação de exons em eucariotos. É realizado pelo spliceossomo, um complexo macromolecular composto por RNAs e mais de cem proteínas. Alguns introns possuem microRNAs, os quais devem ser processados para gerar moléculas maduras. O cluster intrônico miR-17-92 é composto por sete miRNAs que têm sido associados ao desenvolvimento de diferentes tumores em vários tecidos. Neste trabalho o splicing de dois miRNAs deste cluster foi analisado em células HeLa, BCPAP e TPC-I. Os resultados mostraram que introns com miR19a tem o splicing mais eficiente do que aqueles com miR18a em todas as três células analisadas. Além disso, a composição dos spliceossomos foi analisada por espectrometria de massas. Entre as principais proteínas encontradas, destaca-se a presença das hnRNPs, como hnRNP_A1 e hnRNP_A2/B1. Estes resultados são importantes para entender como esses miRNAs são processados, e quais são os principais componentes recrutados em diferentes tipos celulares. / Pre-mRNA splicing is the process of intron removal and exon ligation in eukaryotes. It is performed by the spliceosome, a multi-megadalton machinery composed of RNAs and more than a hundred proteins. Intronic miRNAs must be processed from the host gene to generate mature molecules. miR-17-92 is an intronic cluster composed of seven miRNAs which have been associated to the development of different tumors, in several different cells. In this work, we analyzed the splicing of two miRNAs belonging to this cluster in HeLa, BCPAP and TPC-I cells. Interestingly, we observed miR19a is more efficiently spliced than miR18a in all three cells. We also searched for specific proteins that can be involved in their respective splicing process. We observed hnRNP proteins are especially concentrated in spliceosomes assembled in introns containing these miRNAs, based on mass spectrometry data. These results are important to understand how these miRNAs are spliced and matured and also can explain their different expression levels in different cells.
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Envolvimento das Aurora-quinases e DIDO na instabilidade cromossômica na leucemia linfoide crônica / Involvement of Aurora kinases and DIDO in chromosomal instability in chronic lymphoid leukemiaFelipe Canto de Souza 24 November 2016 (has links)
Durante a divisão celular as Aurora-quinases (AURKA e AURKB) participam da formação e controle das fibras do fuso mitótico enquanto as isoformas proteicas (DIDO1, DIDO2 e DIDO3), originadas do splicing alternativo do gene DIDO, auxiliam na junção dos microtúbulos aos cinetócoros. Portanto, ambas são relevantes na regulação do ciclo celular. Interessantemente, a superexpressão (ou o ganho de função) das AURKs ou a baixa expressão (ou perda de função) das isoformas de DIDO estão ambos associados com amplificação dos centrossomos e à instabilidade cromossômica (CIN), com consequente aneuploidia. Dentre as doenças hematológicas com registros de CIN, a leucemia linfoide crônica (LLC) pode apresentar amplificação dos centrossomos e alteração nos níveis de expressão das AURKs acarretando aneuplodias. Apesar disso, não existem estudos avaliando a potencial associação destes genes com CIN na LLC. Avaliando seus níveis de expressão gênica em amostras de LLC de pacientes com ou sem aberrações cromossômicas, mostramos que o aumento dos níveis de AURKA e AURKB e, inversamente, a redução dos níveis das variantes de DIDO, são significativamente associados com ganhos cromossômicos e com aumento da contagem de glóbulos brancos (WBC). Claramente, amostras de LLC sem qualquer anormalidade citogenética apresentam níveis de expressão semelhantes às amostras que contêm aberrações não-numéricas. O achado de que níveis de expressão de AURKs e variantes de DIDO são completamente opostos, mostrando um padrão discreto de inter-relação, levou-nos a investigar o potencial mecanismo regulatório por trás disso. Tendo em vista que outros, anteriormente, mostraram que o cluster oncogênico miR-17~92 é significativamente hiper-regulado em células de pacientes com LLC purificadas expressando genes IGHV não mutados (em comparação com células mutadas de pacientes) e, que o miR-17 é expresso em níveis significativamente mais elevados em células IGHV não mutadas ou ZAP-70 positivas (mau prognóstico geralmente associada à CIN), resolvemos investigar o potencial de regulação negativa dos microRNAs deste cluster sobre as variantes de DIDO. Além disso, com base no mecanismo regulatório já descrito pelo qual a superexpressão de AURKA induz a transcrição do cluster miR-17~92, mediada por E2F1 (com uma correlação entre as expressões de ambas as proteínas em diferentes tipos de câncer), decidimos investigar este eixo regulatório em LLC. Notavelmente, todas as variantes de DIDO apresentam-se preditas como fortes alvos de vários microRNAs deste cluster oncogênico. Mostramos, então, que amostras de LLC com baixa expressão de DIDO, além dos já mencionados níveis elevados de AURK, exibiram níveis significativamente mais elevados do fator de transcrição E2F1 e de seu alvo transcricional, o transcrito primário do miR-17~92 (MIR17HG). Além disso, por meio do uso da linhagem de celular NTERA-2, como modelo experimental, mostramos que o siRNA nocaute para AURKA (nos níveis transcricional e proteico, como confirmado por qPCR e western blot) é acompanhada por uma significativa redução de E2F1 e também de MIR17HG. Ainda, a transfecção de células NTERA-2 com sintéticos microRNAs miméticos do cluster miR-17~92 (ou seja, 19a-miR, miR-20a e miR-92a) resultou em uma clara e significativa redução dos níveis de transcrição de todas as variantes de DIDO. Por fim, a inibição do siRNA especifico para a variante DIDO3 (mas não às outras variantes) levou a uma redução significativa dos níveis de transcrição de todas as variantes de DIDO, indicando um mecanismo adicional contribuindo para a downregulação dos transcritos de DIDO. Ao todo, nossos resultados demonstram a existência de um potencial mecanismo regulatório interconectado entre AURK e DIDO, associado à CIN e maior contagem de WBC na LLC. Mais importante, os níveis de expressão elevada de AURKs e os baixos níveis associados das variantes de DIDO são especificamente relacionados com anormalidades citogenéticas apresentando ganhos cromossomais, com destaque para o mecanismo celular específico, subjacente à CIN, observado neste grupo distinto LLC. Dado o papel central da CIN na gênese e progressão do câncer, esses achados provavelmente terão um impacto importante no prognóstico ou tratamento da LLC. / During cell cycle division Aurora kinases (AURKA and AURKB) participate in the formation and control of mitotic spindle fibers, while, protein isoforms (DIDO1, DIDO2 and DIDO3), derived by alternative splicing of the DIDO gene, assist at the junction of microtubules to kinetochores. Thus, both are relevant to cell cycle maintenance. Interestingly, overexpression (or gain of function) of AURKs or low expression (or loss of function of DIDO) are both associated with centrosomal amplification and chromosomal instability (CIN), leading to aneuploidy. Among hematological diseases with CIN records, chronic lymphocytic leukemia (CLL) can display centrosome amplification and changes in AURKs expression levels leading to aneuploidy. Despite this, there are no studies evaluating the potential association of these genes with CIN in CLL. By evaluating their gene expression levels in CLL samples from patients with or without chromosomal aberrations, we show that increased levels of AURKA and AURKB and, conversely, reduced levels of DIDO variants, are both significantly associated with chromosomal gains and with increased white blood cell (WBC) counts. Clearly, CLL samples without any cytogenetic abnormality had expression levels similar to samples mostly harboring non-numerical aberrations. The finding that the expression levels of AURKs and DIDO variants are completely opposed, showing a discrete inter-related pattern, led us to investigate the potential regulatory mechanism behind this. Given that other have previously shown that the oncogenic miR-17~92 cluster is significantly upregulated in purified CLL patient cells expressing unmutated IGHV genes (as compared to mutated patient cells), and that miR-17 is expressed at significantly higher levels in unmutated or ZAP-70 high cases (bad prognostic cases generally associated with chromosomal instability), we investigated the potential negative regulation of DIDO variants by microRNAs from this cluster. In addition, based on the already described regulatory mechanism by which AURKA overexpression induces the E2F1-mediated transcription upregulation of the miR-17~92 cluster (with an observed expression correlation of both proteins in cancer specimens); we decided to investigate this regulatory axis in CLL. Notably, we found that all DIDO variants are predicted to be heavily targeted by several miRs of this oncogenic cluster. We show that CLL samples with low DIDO expression, in addition to the already mentioned AURK high levels, displayed significant higher levels of the transcription factor E2F1 and of its transcriptional target, the miR-17~92 primary transcript (MIR17HG). Moreover, by using the NTERA-2 cell line as a model, we show that siRNA knockdown of AURKA (at the transcript and protein level, as confirmed by qPCR and western blot) is accompanied by a striking significant reduction of E2F1 and also of MIR17HG. Furthermore, transfection of NTERA-2 cells with synthetic mimics of the miR-17~92 cluster (namely, miR-19a, miR-20a and miR-92a) results in a clear and significant reduction in the transcript levels of all DIDO variants. Finally, specific siRNA inhibition of the DIDO3 variant (but not the others) led to a significant reduction in the transcript levels of all DIDO variants, indicating an additional mechanism contributing to the downregulation of DIDO transcripts. Altogether, our results demonstrate the existence of a potential interconnected regulatory mechanism between AURK and DIDO, associated with CIN and higher WBC counts in CLL. More importantly, the high expression levels of AURKs and the associated low levels of DIDO variants are specifically associated with cytogenetic abnormalities presenting chromosomal gains, highlighting the specific cellular mechanism underlying the CIN observed in this distinct CLL group. Given the central role of CIN in cancer genesis and progression, these findings will likely have an important impact on prognosis or treatment of CLL.
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O cluster de microRNAs miR-17-92 e seus alvos na oncogênese tiroidiana: influência de BRAFT1799A e de iodo. / The cluster of microRNAs miR-17-92 and its targets in thyroid oncogenesis: the influence of BRAFT1799A and iodineCesar Seigi Fuziwara 29 August 2014 (has links)
O excesso de iodo inibe a proliferação celular e secreção hormonal, enquanto retarda os efeitos oncogênicos da ativação de RET/PTC3 na célula folicular tiroidiana. A mutação BRAF (T1799A) é a mais prevalente no câncer de tiroide, e modelo transgênico desenvolve câncer que progride para histotipo agressivo. Altos níveis de microRNAs (miRNAs) do cluster miR-17-92 estão associados a histotipos agressivos de câncer de tiroide e modulam a tradução de mRNAs alvo componentes de vias de sinalização oncogênicas. Neste estudo, avaliamos a influência da alta dose de iodo sobre miRNAs frente ativação do oncogene BRAF e seu efeito na biologia da célula folicular tiroidiana. A indução de BRAFT1799A ativa uma robusta expressão de miR-17-92 enquanto alta dose de iodo bloqueia este efeito na célula tiroidiana. miR-19 inibe a tradução de Smad4 e bloqueia a transdução do sinal de TGFb, efeito revertido pelo iodo. O iodo interfere na expressão de miR-17-92 por bloquear ativação da sinalização Notch induzida por BRAF. Estes resultados indicam que o iodo protege a célula folicular tiroidiana durante a indução de BRAFT1799A, revertendo a ativação dos miRNAs oncogênicos do cluster miR-17-92 e restaurando os níveis protéicos de Smad4 por interferir na via de sinalização Notch. / Iodine excess blocks cell proliferation and inhibits hormone synthesis, while delays oncogenic effects of RET/PTC3 activation in thyroid follicular cells. BRAF mutation (T1799A) is the most prevalent genetic alteration in thyroid cancer, and transgenic mice model for BRAF develops thyroid cancer that progress to aggressive histotypes. High levels of microRNAs (miRNAs) of miR-17-92 cluster are associated to aggressive thyroid cancer and modulate translation of target mRNAs in oncogenic signaling pathways. In this study, we evaluated the influence of high dose iodine in miRNAs under BRAF oncogene activation, and its effects in thyroid follicular cell biology. BRAF induction induces high expression of miR-17-92 while high dose iodine blocks this effect in thyroid follicular cells. miR-19 inhibits Smad4 translation and impairs TGFb signaling transduction, effect reverted by iodine. Iodine modulates miR-17-92 expression by interfering in BRAF-induced Notch signaling activation. These results indicate that iodine protects thyroid follicular cell during BRAF induction, reverting oncogenic miR-17-92 activation and restoring protein levels of Smad4 by Notch signaling modulation.
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Influência do MicroRNA let-7 e miR-17-92 como oncomiRs no câncer. / Influence of MicroRNA let-7 and miR-17-92 as oncomiRs in cancer.Fuziwara, Cesar Seigi 24 August 2010 (has links)
No câncer, alterações em microRNAs (miRNAs), pequenos RNAs que regulam a tradução protéica, exerce efeito oncogênico (oncomiR). Os oncomiRs regulam genes chave para a proliferação celular e apoptose, sendo importantes para a biologia do câncer. O carcinoma papilífero de tiróide apresenta alterações genéticas alinhadas na via MAPK (RET>RAS>BRAF>ERK). Observamos que a indução do oncogene RET/PTC diminui a expressão de let-7 em células foliculares tiroidianas. Na linhagem TPC-1 (com RET/PTC-1), a introdução de let-7 diminui a proliferação celular e a fosforilaçãode ERK, indicando papel de gene supressor tumoral. No carcinoma anaplásico, avaliamos o papel da introdução do cluster miR-17-92 na linhagem ARO. Observamos que in vitro miR-17-92 atua de forma oncogênica aumentando proliferação e viabilidade celular de ARO. No entanto, estas células apresentam diminuição no crescimento em soft-agar. No xenotransplante, os tumores de ARO-miR-17-92 apresentam menor volume e expressam MMP-9 de forma reduzida, indicando também um papel de gene supressor tumoral para o cluster. / In cancer, alteration in microRNA, small RNAs (~22nt) that regulate post-transcriptionally protein levels, exerts oncogenic role (oncomiR). OncomiRs control genes involved in cell proliferation and apoptosis, influencing cancer biology. Papillary thyroid cancer displays activating genetic alterations in MAPK signaling pathway (RET>RAS>BRAF>ERK). Using conditional induction of oncogenes in thyroid cells, we observed that RET/PTC decreases let-7 miRNA expression. In papillary thyroid cancer cell TPC-1 (with RET/PTC-1) we observed that let-7 introduction inhibits cell proliferation and ERK phosphorylation, indicating tumor suppressor role for let-7. In anaplastic thyroid cancer, we evaluate the role of introduction of miR-17-92 cluster in ARO cell line. We observed in vitro that miR-17-92 increases ARO cell proliferation and viability, acting as oncogene. However, these cells show impaired soft agar growth. In xenotransplant, ARO-miR-17-92 tumors are smaller in volume and express reduced levels of MMP-9, indicating a tumor suppressor role for the cluster.
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