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Mensagem de Fernando Pessoa : convergências mitológicas hebraicas e lusitanas

Maia, Letícia Pereira de Andrade January 2017 (has links)
Esta pesquisa tem como objetivo investigar a existência de convergências mitológicas hebraicas e lusitanas em Mensagem, de Fernando Pessoa. A hipótese que nos guia é a de que é possível detectar ressonâncias de mitos hebraicos bíblicos na remitologizacão tal como proposta por Pessoa apontando, a partir daí, a presença de determinados arquétipos literários universais que constituem o arcabouço da obra. Pretendemos mostrar que, em Portugal, há uma necessidade e um anseio latentes da coletividade no sentido de resgatar ―o futuro do passado‖ português, isto é, procurar, de alguma forma, recuperar a atmosfera de apogeu imperialista que marcou a era dos descobrimentos que se acaba com o desaparecimento de D. Sebastião durante a Batalha de Alcácer Quibir e a perda da autonomia portuguesa com a submissão da nação ao reinado de Filipe II, da Espanha. Neste resgate, Pessoa, valendo-se do processo de recuperação de certos mitos e de mitificação de certos fatos históricos, consegue poeticamente, primeiro, fundir mito e história e, depois, romper com o tempo histórico e recriar o mito de Portugal. Consideramos o Sebastianismo e o V Império como mitos norteadores da composição desta obra; o primeiro deles enraizado no Messianismo hebraico profetizado por Isaías e outros profetas; e o último, o V Império, nascido de um sonho do rei Nabucodonosor e interpretado por Daniel. Os principais conceitos que embasam esta investigação são o de remitologização, proposto por Mielietinski (1987); de mito, objeto dos estudos de Mircea Eliade (1989; 1992; 2002; 2004); e de arquétipo, tal como foi definido por Jung (2000) e por Mielietinski (2002). Recorremos à história e/ou mitos dos judeus, sobretudo à Bíblia, e à história de Portugal, também, às obras em prosa de Fernando Pessoa a fim de defender a tese que buscamos comprovar: a de que tanto o povo judeu quanto o povo lusitano são povos escolhidos para acolher o Messias e fundar o V Império. A pesquisa conclui que o mito lusitano do Sebastianismo e do V Império são ―descendentes‖ da mitologia bíblica, ou seja, os arquétipos do inconsciente luso estão etnograficamente vinculados à profunda influência do povo judeu que esteve presente há pelo menos quatro mil anos divulgando a ideia de esperança messiânica na Península Ibérica. / Abstract: This research aims at investigating the existence of Hebraic and Portuguese mythological convergences in Message. The hypothesis that guides us is that it is possible to find echoes of biblical Hebraic myths in myths remythologyzed by Fernando Pessoa, and, as a consequence, to find certain universal literary archetypes which constitute the foundation of this literay composition. We intend to show that, mainly in Portugal, there may be seen a collective latent need and wish to rescue the Portuguese ―future of the past‖, searching to recreate the atmosphere of Imperial apogee that dominated Portugal at the time of the Maritime Discoveries, whose period of decadence starts with the disappearance D. Sebastião in Africa during the Alcácer Quibir Battle and the subsequent 60-year domination of Portugal by the Spanish administration, the Filipe II reign. To achive his poetic goal, Pessoa makes use of a process that recreates certain myhts as well as mystifies certain facts of the history of Portugal and, in consequence, promotes a rupture with the historical time and a recreation of the myth of Portugal. The Sebastianism and the Vth Empire are considered the guiding myths in Message. Sebastianism is rooted in the Messianism, as it has been foretold by Isaias (among other prophets) and the Vth Empire is rooted in Daniel‘s interpretation of Nabucodonosor‘s dream. The development of this study is grounded on Mielietinski‘s (1987) concept of remythologization, Eliade‘s studies (1989; 1992; 2002; 2004) on the myth and the sacred, as well as Jung‘s (2000) and Mielietinski (2002)‘s concept of archetype. We study the history of the Hebrews, especially the Bible, and the history of Portugal, and also the essays written by Pessoa, in which the Poet himself defends the idea of Jews and Portuguese as being the people elected to receive the Messiah and to set up theVth Empire. The research concluded that the Lusitanian myth of Sebastianism and the Vth Empire are ―descendant‖ of biblical mythology, that is, the archetypes of the Portuguese unconscious are ethnographically linked to the profound influence of the Jewish people in which it has been present for at least four thousand years, spreading out the idea of messianic hope in the Iberian Peninsula.
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Mensagem de Fernando Pessoa : convergências mitológicas hebraicas e lusitanas

Maia, Letícia Pereira de Andrade January 2017 (has links)
Esta pesquisa tem como objetivo investigar a existência de convergências mitológicas hebraicas e lusitanas em Mensagem, de Fernando Pessoa. A hipótese que nos guia é a de que é possível detectar ressonâncias de mitos hebraicos bíblicos na remitologizacão tal como proposta por Pessoa apontando, a partir daí, a presença de determinados arquétipos literários universais que constituem o arcabouço da obra. Pretendemos mostrar que, em Portugal, há uma necessidade e um anseio latentes da coletividade no sentido de resgatar ―o futuro do passado‖ português, isto é, procurar, de alguma forma, recuperar a atmosfera de apogeu imperialista que marcou a era dos descobrimentos que se acaba com o desaparecimento de D. Sebastião durante a Batalha de Alcácer Quibir e a perda da autonomia portuguesa com a submissão da nação ao reinado de Filipe II, da Espanha. Neste resgate, Pessoa, valendo-se do processo de recuperação de certos mitos e de mitificação de certos fatos históricos, consegue poeticamente, primeiro, fundir mito e história e, depois, romper com o tempo histórico e recriar o mito de Portugal. Consideramos o Sebastianismo e o V Império como mitos norteadores da composição desta obra; o primeiro deles enraizado no Messianismo hebraico profetizado por Isaías e outros profetas; e o último, o V Império, nascido de um sonho do rei Nabucodonosor e interpretado por Daniel. Os principais conceitos que embasam esta investigação são o de remitologização, proposto por Mielietinski (1987); de mito, objeto dos estudos de Mircea Eliade (1989; 1992; 2002; 2004); e de arquétipo, tal como foi definido por Jung (2000) e por Mielietinski (2002). Recorremos à história e/ou mitos dos judeus, sobretudo à Bíblia, e à história de Portugal, também, às obras em prosa de Fernando Pessoa a fim de defender a tese que buscamos comprovar: a de que tanto o povo judeu quanto o povo lusitano são povos escolhidos para acolher o Messias e fundar o V Império. A pesquisa conclui que o mito lusitano do Sebastianismo e do V Império são ―descendentes‖ da mitologia bíblica, ou seja, os arquétipos do inconsciente luso estão etnograficamente vinculados à profunda influência do povo judeu que esteve presente há pelo menos quatro mil anos divulgando a ideia de esperança messiânica na Península Ibérica. / Abstract: This research aims at investigating the existence of Hebraic and Portuguese mythological convergences in Message. The hypothesis that guides us is that it is possible to find echoes of biblical Hebraic myths in myths remythologyzed by Fernando Pessoa, and, as a consequence, to find certain universal literary archetypes which constitute the foundation of this literay composition. We intend to show that, mainly in Portugal, there may be seen a collective latent need and wish to rescue the Portuguese ―future of the past‖, searching to recreate the atmosphere of Imperial apogee that dominated Portugal at the time of the Maritime Discoveries, whose period of decadence starts with the disappearance D. Sebastião in Africa during the Alcácer Quibir Battle and the subsequent 60-year domination of Portugal by the Spanish administration, the Filipe II reign. To achive his poetic goal, Pessoa makes use of a process that recreates certain myhts as well as mystifies certain facts of the history of Portugal and, in consequence, promotes a rupture with the historical time and a recreation of the myth of Portugal. The Sebastianism and the Vth Empire are considered the guiding myths in Message. Sebastianism is rooted in the Messianism, as it has been foretold by Isaias (among other prophets) and the Vth Empire is rooted in Daniel‘s interpretation of Nabucodonosor‘s dream. The development of this study is grounded on Mielietinski‘s (1987) concept of remythologization, Eliade‘s studies (1989; 1992; 2002; 2004) on the myth and the sacred, as well as Jung‘s (2000) and Mielietinski (2002)‘s concept of archetype. We study the history of the Hebrews, especially the Bible, and the history of Portugal, and also the essays written by Pessoa, in which the Poet himself defends the idea of Jews and Portuguese as being the people elected to receive the Messiah and to set up theVth Empire. The research concluded that the Lusitanian myth of Sebastianism and the Vth Empire are ―descendant‖ of biblical mythology, that is, the archetypes of the Portuguese unconscious are ethnographically linked to the profound influence of the Jewish people in which it has been present for at least four thousand years, spreading out the idea of messianic hope in the Iberian Peninsula.
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Mensagem de Fernando Pessoa : convergências mitológicas hebraicas e lusitanas

Maia, Letícia Pereira de Andrade January 2017 (has links)
Esta pesquisa tem como objetivo investigar a existência de convergências mitológicas hebraicas e lusitanas em Mensagem, de Fernando Pessoa. A hipótese que nos guia é a de que é possível detectar ressonâncias de mitos hebraicos bíblicos na remitologizacão tal como proposta por Pessoa apontando, a partir daí, a presença de determinados arquétipos literários universais que constituem o arcabouço da obra. Pretendemos mostrar que, em Portugal, há uma necessidade e um anseio latentes da coletividade no sentido de resgatar ―o futuro do passado‖ português, isto é, procurar, de alguma forma, recuperar a atmosfera de apogeu imperialista que marcou a era dos descobrimentos que se acaba com o desaparecimento de D. Sebastião durante a Batalha de Alcácer Quibir e a perda da autonomia portuguesa com a submissão da nação ao reinado de Filipe II, da Espanha. Neste resgate, Pessoa, valendo-se do processo de recuperação de certos mitos e de mitificação de certos fatos históricos, consegue poeticamente, primeiro, fundir mito e história e, depois, romper com o tempo histórico e recriar o mito de Portugal. Consideramos o Sebastianismo e o V Império como mitos norteadores da composição desta obra; o primeiro deles enraizado no Messianismo hebraico profetizado por Isaías e outros profetas; e o último, o V Império, nascido de um sonho do rei Nabucodonosor e interpretado por Daniel. Os principais conceitos que embasam esta investigação são o de remitologização, proposto por Mielietinski (1987); de mito, objeto dos estudos de Mircea Eliade (1989; 1992; 2002; 2004); e de arquétipo, tal como foi definido por Jung (2000) e por Mielietinski (2002). Recorremos à história e/ou mitos dos judeus, sobretudo à Bíblia, e à história de Portugal, também, às obras em prosa de Fernando Pessoa a fim de defender a tese que buscamos comprovar: a de que tanto o povo judeu quanto o povo lusitano são povos escolhidos para acolher o Messias e fundar o V Império. A pesquisa conclui que o mito lusitano do Sebastianismo e do V Império são ―descendentes‖ da mitologia bíblica, ou seja, os arquétipos do inconsciente luso estão etnograficamente vinculados à profunda influência do povo judeu que esteve presente há pelo menos quatro mil anos divulgando a ideia de esperança messiânica na Península Ibérica. / Abstract: This research aims at investigating the existence of Hebraic and Portuguese mythological convergences in Message. The hypothesis that guides us is that it is possible to find echoes of biblical Hebraic myths in myths remythologyzed by Fernando Pessoa, and, as a consequence, to find certain universal literary archetypes which constitute the foundation of this literay composition. We intend to show that, mainly in Portugal, there may be seen a collective latent need and wish to rescue the Portuguese ―future of the past‖, searching to recreate the atmosphere of Imperial apogee that dominated Portugal at the time of the Maritime Discoveries, whose period of decadence starts with the disappearance D. Sebastião in Africa during the Alcácer Quibir Battle and the subsequent 60-year domination of Portugal by the Spanish administration, the Filipe II reign. To achive his poetic goal, Pessoa makes use of a process that recreates certain myhts as well as mystifies certain facts of the history of Portugal and, in consequence, promotes a rupture with the historical time and a recreation of the myth of Portugal. The Sebastianism and the Vth Empire are considered the guiding myths in Message. Sebastianism is rooted in the Messianism, as it has been foretold by Isaias (among other prophets) and the Vth Empire is rooted in Daniel‘s interpretation of Nabucodonosor‘s dream. The development of this study is grounded on Mielietinski‘s (1987) concept of remythologization, Eliade‘s studies (1989; 1992; 2002; 2004) on the myth and the sacred, as well as Jung‘s (2000) and Mielietinski (2002)‘s concept of archetype. We study the history of the Hebrews, especially the Bible, and the history of Portugal, and also the essays written by Pessoa, in which the Poet himself defends the idea of Jews and Portuguese as being the people elected to receive the Messiah and to set up theVth Empire. The research concluded that the Lusitanian myth of Sebastianism and the Vth Empire are ―descendant‖ of biblical mythology, that is, the archetypes of the Portuguese unconscious are ethnographically linked to the profound influence of the Jewish people in which it has been present for at least four thousand years, spreading out the idea of messianic hope in the Iberian Peninsula.
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A epopeia o oriente, de José Agostinho de Macedo, enquanto releitura de Os Lusíadas, de Luís De Camões

Fagundes, Eduardo de Souza January 2017 (has links)
A epopeia Os Lusíadas (1572), de Luís de Camões, estrutura-se, historicamente, sobre o achamento da Índia e, miticamente, sobre as mitologias greco-latina e judaico-cristã. A presença dessas mitologias divergentes em Os Lusíadas estimula a elaboração de uma epopeia portuguesa chamada O Oriente (1814), cujo autor é o padre português José Agostinho de Macedo. O Oriente é uma releitura de Os Lusíadas, e seu processo composicional caracteriza-se por negar e remover a sacralidade da representação dos deuses greco-latinos, substituindo-os pelas divindades judaico-cristãs, que Macedo exaltará, e por representar a Vasco da Gama como um herói genuinamente cristão, pois, segundo Macedo, Camões não o fizera. O narrador de O Oriente substitui as divindades representadas por Camões, tais como Júpiter, Baco, Vênus, Marte, Morfeu e Tétis, por figuras tais como Deus, Satanás, o Serafim e São Tomé. O narrador aceita e mantém, no entanto, determinados personagens da mitologia greco-latina em sua epopeia, tais como Luso, Lisa e Ulisses, por exemplo. Nesse sentido, José Agostinho de Macedo alinha-se à representação de Os Lusíadas. O narrador de O Oriente filia seu herói, Vasco da Gama, ao cristianismo, e representa-o como o eleito de Deus para a difusão da fé cristã no Oriente. O narrador, portanto, pretende emendar esses aspectos da representação de Os Lusíadas. / The epic poem Os Lusíadas (1572), by Luís de Camões, is based on the historical discovery of India and on the Greco-Roman and Judeo-Christian mythologies. The presence of these divergent mythologies in Os Lusíadas stimulates the elaboration of a Portuguese epic poem entitled O Oriente (1814), by the Portuguese priest José Agostinho de Macedo. O Oriente is a rereading of Os Lusíadas, and its compositional process is characterized by denying and removing the sacredness of the representation of the Greco-Roman gods, who are replaced by the Judeo-Christian deities the autor intends to exalt, and for representing Vasco da Gama as a genuine Christian hero, because, according to Macedo, Camões had not done that. The narrator of O Oriente replaces the deities represented by Camões, such as Jupiter, Bacchus, Venus, Mars, Morpheus and Thetis, with figures such as God, Satan, Seraphim, and St. Thomas. The narrator accepts and maintains, however, certain characters from Greco-Roman mythology in his epic poem, such as Luso, Lisa and Ulysses. In this regard, José Agostinho de Macedo aligns himself with the representation of Camões. The narrator of O Oriente associates his hero, Vasco da Gama, with Christianity and represents him as the chosen of God in order to spread the Christian faith in the East. The narrator, therefore, intends to fix aspects of the representation of Os Lusíadas.
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A epopeia o oriente, de José Agostinho de Macedo, enquanto releitura de Os Lusíadas, de Luís De Camões

Fagundes, Eduardo de Souza January 2017 (has links)
A epopeia Os Lusíadas (1572), de Luís de Camões, estrutura-se, historicamente, sobre o achamento da Índia e, miticamente, sobre as mitologias greco-latina e judaico-cristã. A presença dessas mitologias divergentes em Os Lusíadas estimula a elaboração de uma epopeia portuguesa chamada O Oriente (1814), cujo autor é o padre português José Agostinho de Macedo. O Oriente é uma releitura de Os Lusíadas, e seu processo composicional caracteriza-se por negar e remover a sacralidade da representação dos deuses greco-latinos, substituindo-os pelas divindades judaico-cristãs, que Macedo exaltará, e por representar a Vasco da Gama como um herói genuinamente cristão, pois, segundo Macedo, Camões não o fizera. O narrador de O Oriente substitui as divindades representadas por Camões, tais como Júpiter, Baco, Vênus, Marte, Morfeu e Tétis, por figuras tais como Deus, Satanás, o Serafim e São Tomé. O narrador aceita e mantém, no entanto, determinados personagens da mitologia greco-latina em sua epopeia, tais como Luso, Lisa e Ulisses, por exemplo. Nesse sentido, José Agostinho de Macedo alinha-se à representação de Os Lusíadas. O narrador de O Oriente filia seu herói, Vasco da Gama, ao cristianismo, e representa-o como o eleito de Deus para a difusão da fé cristã no Oriente. O narrador, portanto, pretende emendar esses aspectos da representação de Os Lusíadas. / The epic poem Os Lusíadas (1572), by Luís de Camões, is based on the historical discovery of India and on the Greco-Roman and Judeo-Christian mythologies. The presence of these divergent mythologies in Os Lusíadas stimulates the elaboration of a Portuguese epic poem entitled O Oriente (1814), by the Portuguese priest José Agostinho de Macedo. O Oriente is a rereading of Os Lusíadas, and its compositional process is characterized by denying and removing the sacredness of the representation of the Greco-Roman gods, who are replaced by the Judeo-Christian deities the autor intends to exalt, and for representing Vasco da Gama as a genuine Christian hero, because, according to Macedo, Camões had not done that. The narrator of O Oriente replaces the deities represented by Camões, such as Jupiter, Bacchus, Venus, Mars, Morpheus and Thetis, with figures such as God, Satan, Seraphim, and St. Thomas. The narrator accepts and maintains, however, certain characters from Greco-Roman mythology in his epic poem, such as Luso, Lisa and Ulysses. In this regard, José Agostinho de Macedo aligns himself with the representation of Camões. The narrator of O Oriente associates his hero, Vasco da Gama, with Christianity and represents him as the chosen of God in order to spread the Christian faith in the East. The narrator, therefore, intends to fix aspects of the representation of Os Lusíadas.
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A epopeia o oriente, de José Agostinho de Macedo, enquanto releitura de Os Lusíadas, de Luís De Camões

Fagundes, Eduardo de Souza January 2017 (has links)
A epopeia Os Lusíadas (1572), de Luís de Camões, estrutura-se, historicamente, sobre o achamento da Índia e, miticamente, sobre as mitologias greco-latina e judaico-cristã. A presença dessas mitologias divergentes em Os Lusíadas estimula a elaboração de uma epopeia portuguesa chamada O Oriente (1814), cujo autor é o padre português José Agostinho de Macedo. O Oriente é uma releitura de Os Lusíadas, e seu processo composicional caracteriza-se por negar e remover a sacralidade da representação dos deuses greco-latinos, substituindo-os pelas divindades judaico-cristãs, que Macedo exaltará, e por representar a Vasco da Gama como um herói genuinamente cristão, pois, segundo Macedo, Camões não o fizera. O narrador de O Oriente substitui as divindades representadas por Camões, tais como Júpiter, Baco, Vênus, Marte, Morfeu e Tétis, por figuras tais como Deus, Satanás, o Serafim e São Tomé. O narrador aceita e mantém, no entanto, determinados personagens da mitologia greco-latina em sua epopeia, tais como Luso, Lisa e Ulisses, por exemplo. Nesse sentido, José Agostinho de Macedo alinha-se à representação de Os Lusíadas. O narrador de O Oriente filia seu herói, Vasco da Gama, ao cristianismo, e representa-o como o eleito de Deus para a difusão da fé cristã no Oriente. O narrador, portanto, pretende emendar esses aspectos da representação de Os Lusíadas. / The epic poem Os Lusíadas (1572), by Luís de Camões, is based on the historical discovery of India and on the Greco-Roman and Judeo-Christian mythologies. The presence of these divergent mythologies in Os Lusíadas stimulates the elaboration of a Portuguese epic poem entitled O Oriente (1814), by the Portuguese priest José Agostinho de Macedo. O Oriente is a rereading of Os Lusíadas, and its compositional process is characterized by denying and removing the sacredness of the representation of the Greco-Roman gods, who are replaced by the Judeo-Christian deities the autor intends to exalt, and for representing Vasco da Gama as a genuine Christian hero, because, according to Macedo, Camões had not done that. The narrator of O Oriente replaces the deities represented by Camões, such as Jupiter, Bacchus, Venus, Mars, Morpheus and Thetis, with figures such as God, Satan, Seraphim, and St. Thomas. The narrator accepts and maintains, however, certain characters from Greco-Roman mythology in his epic poem, such as Luso, Lisa and Ulysses. In this regard, José Agostinho de Macedo aligns himself with the representation of Camões. The narrator of O Oriente associates his hero, Vasco da Gama, with Christianity and represents him as the chosen of God in order to spread the Christian faith in the East. The narrator, therefore, intends to fix aspects of the representation of Os Lusíadas.

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