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Recessão e desempenho das firmas: uma abordagem multinível de curva de crescimento

Goldszmidt, Rafael Guilherme Burstein 07 December 2010 (has links)
Submitted by Cristiane Oliveira (cristiane.oliveira@fgv.br) on 2011-05-24T14:44:07Z No. of bitstreams: 1 71070100737.pdf: 3317074 bytes, checksum: dced51577a123bcfc1da740398cda353 (MD5) / Approved for entry into archive by Gisele Isaura Hannickel(gisele.hannickel@fgv.br) on 2011-05-24T15:00:00Z (GMT) No. of bitstreams: 1 71070100737.pdf: 3317074 bytes, checksum: dced51577a123bcfc1da740398cda353 (MD5) / Approved for entry into archive by Gisele Isaura Hannickel(gisele.hannickel@fgv.br) on 2011-05-24T15:03:52Z (GMT) No. of bitstreams: 1 71070100737.pdf: 3317074 bytes, checksum: dced51577a123bcfc1da740398cda353 (MD5) / Made available in DSpace on 2011-05-24T15:11:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 71070100737.pdf: 3317074 bytes, checksum: dced51577a123bcfc1da740398cda353 (MD5) Previous issue date: 2010-12-07 / This thesis was aimed at studying the determinants of the impact of recessions on the performance of firms. More specifically, it addressed the U.S. recession of 2001. The sample of companies analyzed, taken from Compustat, included annual data between the years 1998 and 2004 from 510 firms operating in 55 different manufacturing industries. Performance was operationalized by three different accounting indicators. A multilevel growth curve model allowed the analysis of the impact of the crisis on company performance. The decomposition of the variability of the recession impact on performance indicated that firm effects are predominant, ie, the variation in performance during the crisis is largely determined by idiosyncratic characteristics of firms and not by attributes of the sectors in which they operate. However, industry effects were more important during a recession than during times of economic growth. The findings concerning the correlation between the impact of the crisis and the past performance of companies indicated that a recession does not amplify performance differences between firms extant before the crisis, but changes their performance relative position. These results suggest that the characteristics of firms which provide competitive advantage in times of economic growth do not necessarily make them less susceptible to the effects of a recession. Available organizational slack, which has as one of its main components cash reserves, was examined as an explanatory variable of the recession's impact on performance at the firm level. The hypothesis of an inverted "U" relationship was tested and not confirmed. A significant negative linear relationship was found, ie companies with high cash levels suffered the most during the recession. These results are justified, theoretically, by managerial complacency caused by excess slack which may lead executives not to adapt to a new economic context, but to use available liquid assets to “pay the price” of the firm's lack of fit to its external environment. This finding proved to be robust in the three different operationalizations of performance and in two measures of available organizational slack. Company growth during the recession was also 8 controlled for, so that this result does not just represent a trade-off between growth and profitability; ie, it is not derived from a company's decision of using the crisis as an opportunity to expand its market share at the expense of shortterm profitability. The managerial implications of these findings suggest that economic crises deserve special attention and that good performance in times of stability does not ensure success during a recession. The mere stockpiling of cash does not appear to be an appropriate preventive measure and the tendency by firms of accumulating reserves of liquid assets as a precaution against macroeconomic fluctuations should be taken with caution. Despite the breadth of the study, the sample used included only manufacturing firms which remained active between 1998 and 2000, reducing the range of application of the results obtained. / Este trabalho teve como objetivo estudar o comportamento do desempenho das firmas durante um período de contração da atividade econômica. Mais especificamente, abordou-se a recessão norte-americana de 2001. A amostra de empresas analisada, proveniente da Compustat, incluía observações anuais entre 1998 e 2004 de 510 firmas atuantes em 55 diferentes indústrias de manufatura. O desempenho foi operacionalizado por três indicadores de natureza contábil. Um modelo multinível de curva de crescimento permitiu a análise do impacto da crise sobre o desempenho das empresas. A decomposição da variabilidade do impacto da recessão sobre o desempenho indicou que o efeito firma é predominante, ou seja, a variação da performance na crise é determinada principalmente por características idiossincráticas das firmas e não por atributos dos setores em que estas atuam. No entanto, o efeito setor mostrou-se mais relevante durante a recessão do que em momentos de estabilidade econômica. Os achados relativos à correlação entre o impacto da crise e o desempenho anterior das empresas indicaram que a recessão não amplificou as diferenças de desempenho existentes entre as firmas antes da crise, mas alterou a posição relativa de suas performances. Esses resultados sugerem que características das firmas que oferecem vantagem competitiva em momentos de crescimento econômico não as tornam necessariamente menos sensíveis ao efeito de uma recessão. A folga organizacional disponível, que tem como componente fundamental as reservas de caixa, foi analisada como variável explicativa do impacto da recessão sobre o desempenho no nível das firmas. A hipótese de uma relação em forma de “U” invertido foi testada e não confirmada. Uma relação linear negativa e significante foi identificada, ou seja, empresas com elevados níveis de caixa sofreram mais durante a recessão. Esse resultado é justificado, em termos teóricos, pela complacência gerada nos gestores pelo excesso de folga, que pode levá-los a não se adaptar ao novo contexto econômico, mas apenas a utilizar os recursos líquidos para pagar o preço do descompasso das firmas com o ambiente externo. Esse achado mostrou-se robusto nas três diferentes operacionalizações de desempenho e em duas medidas de folga organizacional disponível. O crescimento das firmas durante a recessão também foi controlado, de maneira que esse resultado não representou apenas um trade-off entre crescimento e rentabilidade; ou seja, não derivou da escolha das firmas de utilizarem a crise como oportunidade para expandir sua participação no mercado, mesmo que em detrimento da rentabilidade de curto prazo. Em termos de implicações gerenciais, esses achados sugerem que as crises econômicas merecem atenção especial das firmas, e que um bom desempenho em momentos de estabilidade não assegura o sucesso durante a recessão. O simples acúmulo de caixa, no entanto, não se mostra como uma medida preventiva adequada, e a tendência de acúmulo de reservas de recursos líquidos das firmas como precaução frente a flutuações macroeconômicas deve ser tomada com cautela. Apesar da amplitude do estudo, a amostra utilizada incluiu apenas firmas que se mantiveram ativas entre 1998 e 2000, reduzindo o espectro de aplicações dos resultados auferidos.

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