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A estrutura argumental da língua Dâw / The argument structure of the Dâw language

Costa, Jéssica Clementino da 09 June 2014 (has links)
Esta dissertação descreve e analisa a estrutura argumental e as classes verbais da língua Dâw (família Nadahup, Amazonas). Estudamos os verbos dessa língua do ponto de vista semântico e sintático, identificando classes e subclasses de acordo com o comportamento morfossintático das raízes verbais. Além disso, avaliamos as hipóteses descritivas e explicativas das classes verbais identificadas por Martins (2004), primeira pesquisadora a abordar a morfossintaxe Dâw. Nosso arcabouço teórico é a teoria de estrutura argumental desenvolvida por Hale & Keyser (2002), que propõe uma análise da sintaxe e da semântica dos itens lexicais por meio da estrutura argumental sistema de relações estruturais estabelecidas entre o núcleo e seus argumentos, dentro de estruturas sintáticas projetadas pelo próprio núcleo. Por meio de testes linguísticos variados, incluindo alternância de valência e julgamento de (a)gramaticalidade, reclassificamos as nove classes verbais identificadas por Martins (2004) em três classes de acordo com a valência do verbo: classe dos verbos intransitivos, classe dos verbos transitivos e classe dos verbos bitransitivos. Martins (2004) afirma que, na sentença, os verbos podem mudar de tom devido à presença de um morfema tonal transitivizador ou intransitivizador. Contudo, mostramos neste trabalho que o sistema tonal da língua, no nível da sentença, é previsível. Desse modo, independentemente do processo de aumento de valência envolvido, percebemos que a mudança tonal dos verbos decorre devido ao fraseamento fonológico das sentenças. Quanto ao processo de transitivização, este identificou subclasses de verbos intransitivos: verbos alternantes e verbos nãoalternantes. As restrições de alternância devem-se à estrutura argumental de cada tipo verbal. No caso dos verbos intransitivos alternantes ou inacusativos, observamos que eles são formados a partir de estrutura diádica composta, que projeta um especificador interno e um complemento, o que lhe permite alternar entre uma forma intransitiva e transitiva. No caso dos verbos não-alternantes encontramos três padrões: verbos denominais e inergativos, formados a partir de uma estrutura argumental monádica (que não projeta especificador interno), o que impede a alternância; verbos inacusativos nãoalternantes, formados a partir de uma estrutura monádica que toma como complemento uma estrutura diádica básica verbos desse tipo não alternam, pois eles não são formados por uma estrutura diádica, mas contêm tal estrutura; e ve b s e jetiv is, formados a partir de uma cópula que toma como complemento um adjetivo. Uma vez que raiz e núcleo verbal possuem conteúdo fonológico pleno (não vazio), não é possível fazer conflation entre núcleo e raiz, o que impede que o predicado verbal seja formado. Essa estrutura explica a agramaticalidade desses verbos frente ao processo de transitivização automática. Também testamos a sintaxe e a semântica da intransitivização (construções incoativas, voz passiva, reflexiva e média). De modo geral, percebemos que não há morfologia específica para a construção de sentenças médias, incoativas ou anticausativas. Não existem passivas em Dâw; no lugar desta voz, os falantes produzem sentenças incoativas ou com o sujeito subespecificado. As sentenças reflexivas são geradas por meio de pronomes reflexivos na posição de objeto da sentença. Por fim, vimos que objetos diretos de sentenças transitivas são marcados pelo morfema {-uuy\'} analisados por nós como MDO. Sua aplicação está condicionada a restrições semânticas de definitude e animacidade / This thesis describes and analyzes the argument structure and verbal classes of the Dâw language (Nadahup family, Amazon). We studied the verbs of that language from the semantic and syntactic perspective, identifying classes and subclasses according to the morphosyntactic behavior of verbal roots. Furthermore, we evaluated the descriptive and explanatory hypotheses of verb classes identified by Martins (2004), the first researcher to address Dâw morphosyntax. Our theoretical framework is the theory of argument structure developed by Hale & Keyser (2002), which proposes an analysis of the syntax and semantics of lexical items by means of the argument structure the pattern of structural relations between the head and its arguments within syntactical structures projected by the head itself. Through various language tests, including verbal valency alternation and judgment of (a)grammaticality, we reclassified the nine verb classes identified by Martins (2004) into three classes according to the verbal valency: the classes of intransitive verbs, transitive verbs and bitransitive verbs. Martins (2004) states that, in the sentence, the verbs may change in tone due to the presence of a transitivizing or intransitivizing tonal morpheme. However, we show in this paper that the tonal system of the language is predictable at the sentence level. Thus, regardless of the valency-increasing process involved, we realized that the tonal change of verbs arises due to the phonological phrasing of sentences. Regarding the transitivization process, subclasses of intransitive verbs were identified: alternating and non-alternating verbs. The restrictions on alternation are due to the argument structure of each verb type. In the case of unaccusative or alternating intransitive verbs, we observed that they are formed from a composite dyadic structure, projecting an internal specifier and a complement, which allows them to switch between intransitive and transitive forms. In the case of non-alternating verbs we found three patterns: denominal and unergative verbs, based on a monadic argument structure (that does not project internal specifier) that prevents alternation; non-alternating unaccusative verbs based on a monadic structure that takes a basic dyadic structure as a complement verbs of this type do not alternate because they are not formed by a dyadic structure, but contain such a structure n e jectiv l ve bs, f me f m c p l ve b th t t kes n jective s complement. Since the root and verbal head have full (non-empty) phonological content, no conflation is possible between head and root, which prevents the formation of the verbal predicate. This structure explains the agrammaticality of these verbs with regard to the automatic transitivization process. We also tested the syntax and semantics of intransitivization (inchoative constructions, passive, reflexive and middle voices). In general, we found that there is no specific morphology for constructing middle, inchoative or anticausative sentences. There are no passives in Dâw; in place of this voice, the speakers form sentences that are inchoative or have a subspecified subject. Reflexive sentences are created using reflexive pronouns in the position of the object of the sentence. Finally, we found that direct objects of transitive sentences are marked by the {-uuy\'} morpheme analyzed by us as DOM. Its use is subject to semantic constraints of definiteness and animacy
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Wayoro êmêto: fonologia segmental e morfossintaxe verbal / Wayoro êmêto: segmental phonology and verbal morpho-syntax

Nogueira, Antônia Fernanda de Souza 12 August 2011 (has links)
Investigamos, nesta dissertação, a fonologia segmental e a morfossintaxe verbal Wayoro, especialmente, a estrutura argumental e a valência verbal. Nosso objetivo é oferecer um estudo destas áreas da gramática da língua, com base em dados originais e em modelos teóricos úteis para a explicação dos mesmos. No âmbito da fonologia, os pares contrastivos identificados evidenciam o seguinte inventário consonantal: oclusivas /p t tS k g kw gw/, nasais /m n N Nw/, fricativa /B/ e tepe /|/. As consoantes nasais realizam-se como nasais pósoralizadas, quando seguidas por vogal oral. Os fonemas vocálicos /i È o E a/ contrastam quanto à nasalidade e ao prolongamento. Descrevemos os processos fonológicos e morfofonológicos presentes nos dados, a saber, lenição e sonorização, neutralização e assimilação de nasalidade. Quanto à morfossintaxe verbal, inicialmente, apresentamos os morfemas característicos ou exclusivos da categoria verbal. A distribuição dos morfemas pessoais, em Wayoro, está relacionada à valência verbal: prefixos pessoais absolutivos funcionam como objeto e como sujeito do verbo intransitivo, ao passo que morfemas pessoais livres (ergativos) têm função de sujeito do verbo transitivo. O radical verbal é formado por uma raiz à qual se une o verbalizador e a vogal temática . Após a vogal temática, podem ser afixadas marcas de tempo. Examinamos a morfologia interna e a valência de cerca de 100 verbos Wayoro. Os verbalizadores ocorrem com verbos transitivos e intransitivos e, portanto, não estão associados a uma estrutura argumental única. Os verbos podem ser pluralizados através de substituição do verbalizador pelo sufixo , de duplicação da raiz verbal ou de supleção operações que pluralizam o evento (e não necessariamente os argumentos). Os morfemas de mudança de valência são prefixais e selecionam estrutura argumental específica. O prefixo {mõ-~õ-} causativo/transitivizador é usado apenas com verbos intransitivos, tornando-os transitivos. Dentro da proposta de Hale e Keyser (2002), verbos intransitivos que permitem transitivização automática são núcleos verbais que projetam complemento e especificador e podem ser tomados como complemento de um núcleo verbal superior (V1), de modo que o especificador funciona como sujeito da sentença intransitiva e como objeto da versão transitiva. Os testes realizados com o prefixo causativo/transitivizador mostram que {mõ-~õ-} pode ser interpretado como o núcleo superior, V1. O segundo prefixo de mudança de valência investigado é o intransitivizador . Tal morfema foi identificado com verbos que têm uma contraparte transitiva sem o morfema , com valor anticausativo e reflexivo, e verbos que não contam com correspondente transitivo (prefixo inerente), com propriedades de voz média. Por fim, analisamos construções em que o auxiliar {-mãNã} mandar, pedir, fazer toma como complemento um radical verbal transitivo ou intransitivo, inserindo um agente ou causa à sentença. De uma perspectiva tipológica, as sentenças com o auxiliar podem ser analisadas como causativas analíticas e as sentenças com o morfema causativo/transitivizador como causativas sintéticas. / This study investigates the segmental phonology and verbal morpho-syntax, particularly, the argument structure and valency of the verbs in Wayoro language. We aim to provide a study of these areas of the grammar of the language based on original data and subtle theoretical models to explain it. In phonology, the contrastive pairs identified show the following consonantal inventory: stops /p t tS k g kw gw/, nasals /m n N Nw/, fricative /B/ and tap /|/. The nasal consonants are post-oralized when followed by oral vowels. The vocalic phonemes /i È o E a/ show contrast in nasality and length. We describe the phonological and morphophonological processes in the data, namely, lenition, voicing, neutralization and nasal assimilation. Regarding verbal morpho-syntax, initially, we presented the characteristic or exclusive morphemes of the verbal category. The distribution of personal morphemes in Wayoro is related to the verbal valency: the absolutive personal prefixes function as transitive object and intransitive subject, whereas free personal morphemes (ergative) function as transitive subject. The verbs consist of a root, followed by a verbalizer morpheme and the thematic vowel . After the thematic vowel, verbs can receive temporal markers. We examined the internal morphology and valency of about 100 Wayoro verbs. The verbalizers occur with transitive and intransitive verbs, and therefore, are not associated with a single argument structure. Verbs may be pluralized by replacement of verbalizers by the suffix {- kw}, root reduplication and suppletion operations that pluralize the event (and not necessarily the arguments). The valency-changing morphemes are prefixes and select a specific argument structure. The prefix {mõ-~õ-} causative/transitivizer is only used with intransitive verbs, turning them transitive ones. According to Hale & Keyser (2002), intransitive verbs that allow simple (or automatic) transitivization are verbal heads that project both a complement and a specifier and can be taken as complement of an upper verbal head (V1), so that the specifier functions as subject in the intransitive sentences and as object in the transitive alternant. Tests with the causative/transitivizer prefix show that {mõ-~õ-} can be analyzed as the upper head, V1. The second valency-changing prefix investigated is the intransitivizer. This morpheme has been identified in verbs which have a transitive counterpart, without prefix, with anticausative and reflexive effects, and verbs that do not have corresponding transitive ( prefix inherent) with properties of the middle voice. Finally, we analyzed constructions in which the auxiliar {-mãNã} to order, to ask, to make takes transitive and intransitive verbs as complement and adds an agent or cause. From a typological point of view, constructions with that auxiliar may be analyzed as analytic causatives and constructions with the causative/transitivizer prefix as synthetic causatives.
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A estrutura argumental da língua Dâw / The argument structure of the Dâw language

Jéssica Clementino da Costa 09 June 2014 (has links)
Esta dissertação descreve e analisa a estrutura argumental e as classes verbais da língua Dâw (família Nadahup, Amazonas). Estudamos os verbos dessa língua do ponto de vista semântico e sintático, identificando classes e subclasses de acordo com o comportamento morfossintático das raízes verbais. Além disso, avaliamos as hipóteses descritivas e explicativas das classes verbais identificadas por Martins (2004), primeira pesquisadora a abordar a morfossintaxe Dâw. Nosso arcabouço teórico é a teoria de estrutura argumental desenvolvida por Hale & Keyser (2002), que propõe uma análise da sintaxe e da semântica dos itens lexicais por meio da estrutura argumental sistema de relações estruturais estabelecidas entre o núcleo e seus argumentos, dentro de estruturas sintáticas projetadas pelo próprio núcleo. Por meio de testes linguísticos variados, incluindo alternância de valência e julgamento de (a)gramaticalidade, reclassificamos as nove classes verbais identificadas por Martins (2004) em três classes de acordo com a valência do verbo: classe dos verbos intransitivos, classe dos verbos transitivos e classe dos verbos bitransitivos. Martins (2004) afirma que, na sentença, os verbos podem mudar de tom devido à presença de um morfema tonal transitivizador ou intransitivizador. Contudo, mostramos neste trabalho que o sistema tonal da língua, no nível da sentença, é previsível. Desse modo, independentemente do processo de aumento de valência envolvido, percebemos que a mudança tonal dos verbos decorre devido ao fraseamento fonológico das sentenças. Quanto ao processo de transitivização, este identificou subclasses de verbos intransitivos: verbos alternantes e verbos nãoalternantes. As restrições de alternância devem-se à estrutura argumental de cada tipo verbal. No caso dos verbos intransitivos alternantes ou inacusativos, observamos que eles são formados a partir de estrutura diádica composta, que projeta um especificador interno e um complemento, o que lhe permite alternar entre uma forma intransitiva e transitiva. No caso dos verbos não-alternantes encontramos três padrões: verbos denominais e inergativos, formados a partir de uma estrutura argumental monádica (que não projeta especificador interno), o que impede a alternância; verbos inacusativos nãoalternantes, formados a partir de uma estrutura monádica que toma como complemento uma estrutura diádica básica verbos desse tipo não alternam, pois eles não são formados por uma estrutura diádica, mas contêm tal estrutura; e ve b s e jetiv is, formados a partir de uma cópula que toma como complemento um adjetivo. Uma vez que raiz e núcleo verbal possuem conteúdo fonológico pleno (não vazio), não é possível fazer conflation entre núcleo e raiz, o que impede que o predicado verbal seja formado. Essa estrutura explica a agramaticalidade desses verbos frente ao processo de transitivização automática. Também testamos a sintaxe e a semântica da intransitivização (construções incoativas, voz passiva, reflexiva e média). De modo geral, percebemos que não há morfologia específica para a construção de sentenças médias, incoativas ou anticausativas. Não existem passivas em Dâw; no lugar desta voz, os falantes produzem sentenças incoativas ou com o sujeito subespecificado. As sentenças reflexivas são geradas por meio de pronomes reflexivos na posição de objeto da sentença. Por fim, vimos que objetos diretos de sentenças transitivas são marcados pelo morfema {-uuy\'} analisados por nós como MDO. Sua aplicação está condicionada a restrições semânticas de definitude e animacidade / This thesis describes and analyzes the argument structure and verbal classes of the Dâw language (Nadahup family, Amazon). We studied the verbs of that language from the semantic and syntactic perspective, identifying classes and subclasses according to the morphosyntactic behavior of verbal roots. Furthermore, we evaluated the descriptive and explanatory hypotheses of verb classes identified by Martins (2004), the first researcher to address Dâw morphosyntax. Our theoretical framework is the theory of argument structure developed by Hale & Keyser (2002), which proposes an analysis of the syntax and semantics of lexical items by means of the argument structure the pattern of structural relations between the head and its arguments within syntactical structures projected by the head itself. Through various language tests, including verbal valency alternation and judgment of (a)grammaticality, we reclassified the nine verb classes identified by Martins (2004) into three classes according to the verbal valency: the classes of intransitive verbs, transitive verbs and bitransitive verbs. Martins (2004) states that, in the sentence, the verbs may change in tone due to the presence of a transitivizing or intransitivizing tonal morpheme. However, we show in this paper that the tonal system of the language is predictable at the sentence level. Thus, regardless of the valency-increasing process involved, we realized that the tonal change of verbs arises due to the phonological phrasing of sentences. Regarding the transitivization process, subclasses of intransitive verbs were identified: alternating and non-alternating verbs. The restrictions on alternation are due to the argument structure of each verb type. In the case of unaccusative or alternating intransitive verbs, we observed that they are formed from a composite dyadic structure, projecting an internal specifier and a complement, which allows them to switch between intransitive and transitive forms. In the case of non-alternating verbs we found three patterns: denominal and unergative verbs, based on a monadic argument structure (that does not project internal specifier) that prevents alternation; non-alternating unaccusative verbs based on a monadic structure that takes a basic dyadic structure as a complement verbs of this type do not alternate because they are not formed by a dyadic structure, but contain such a structure n e jectiv l ve bs, f me f m c p l ve b th t t kes n jective s complement. Since the root and verbal head have full (non-empty) phonological content, no conflation is possible between head and root, which prevents the formation of the verbal predicate. This structure explains the agrammaticality of these verbs with regard to the automatic transitivization process. We also tested the syntax and semantics of intransitivization (inchoative constructions, passive, reflexive and middle voices). In general, we found that there is no specific morphology for constructing middle, inchoative or anticausative sentences. There are no passives in Dâw; in place of this voice, the speakers form sentences that are inchoative or have a subspecified subject. Reflexive sentences are created using reflexive pronouns in the position of the object of the sentence. Finally, we found that direct objects of transitive sentences are marked by the {-uuy\'} morpheme analyzed by us as DOM. Its use is subject to semantic constraints of definiteness and animacy
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Wayoro êmêto: fonologia segmental e morfossintaxe verbal / Wayoro êmêto: segmental phonology and verbal morpho-syntax

Antônia Fernanda de Souza Nogueira 12 August 2011 (has links)
Investigamos, nesta dissertação, a fonologia segmental e a morfossintaxe verbal Wayoro, especialmente, a estrutura argumental e a valência verbal. Nosso objetivo é oferecer um estudo destas áreas da gramática da língua, com base em dados originais e em modelos teóricos úteis para a explicação dos mesmos. No âmbito da fonologia, os pares contrastivos identificados evidenciam o seguinte inventário consonantal: oclusivas /p t tS k g kw gw/, nasais /m n N Nw/, fricativa /B/ e tepe /|/. As consoantes nasais realizam-se como nasais pósoralizadas, quando seguidas por vogal oral. Os fonemas vocálicos /i È o E a/ contrastam quanto à nasalidade e ao prolongamento. Descrevemos os processos fonológicos e morfofonológicos presentes nos dados, a saber, lenição e sonorização, neutralização e assimilação de nasalidade. Quanto à morfossintaxe verbal, inicialmente, apresentamos os morfemas característicos ou exclusivos da categoria verbal. A distribuição dos morfemas pessoais, em Wayoro, está relacionada à valência verbal: prefixos pessoais absolutivos funcionam como objeto e como sujeito do verbo intransitivo, ao passo que morfemas pessoais livres (ergativos) têm função de sujeito do verbo transitivo. O radical verbal é formado por uma raiz à qual se une o verbalizador e a vogal temática . Após a vogal temática, podem ser afixadas marcas de tempo. Examinamos a morfologia interna e a valência de cerca de 100 verbos Wayoro. Os verbalizadores ocorrem com verbos transitivos e intransitivos e, portanto, não estão associados a uma estrutura argumental única. Os verbos podem ser pluralizados através de substituição do verbalizador pelo sufixo , de duplicação da raiz verbal ou de supleção operações que pluralizam o evento (e não necessariamente os argumentos). Os morfemas de mudança de valência são prefixais e selecionam estrutura argumental específica. O prefixo {mõ-~õ-} causativo/transitivizador é usado apenas com verbos intransitivos, tornando-os transitivos. Dentro da proposta de Hale e Keyser (2002), verbos intransitivos que permitem transitivização automática são núcleos verbais que projetam complemento e especificador e podem ser tomados como complemento de um núcleo verbal superior (V1), de modo que o especificador funciona como sujeito da sentença intransitiva e como objeto da versão transitiva. Os testes realizados com o prefixo causativo/transitivizador mostram que {mõ-~õ-} pode ser interpretado como o núcleo superior, V1. O segundo prefixo de mudança de valência investigado é o intransitivizador . Tal morfema foi identificado com verbos que têm uma contraparte transitiva sem o morfema , com valor anticausativo e reflexivo, e verbos que não contam com correspondente transitivo (prefixo inerente), com propriedades de voz média. Por fim, analisamos construções em que o auxiliar {-mãNã} mandar, pedir, fazer toma como complemento um radical verbal transitivo ou intransitivo, inserindo um agente ou causa à sentença. De uma perspectiva tipológica, as sentenças com o auxiliar podem ser analisadas como causativas analíticas e as sentenças com o morfema causativo/transitivizador como causativas sintéticas. / This study investigates the segmental phonology and verbal morpho-syntax, particularly, the argument structure and valency of the verbs in Wayoro language. We aim to provide a study of these areas of the grammar of the language based on original data and subtle theoretical models to explain it. In phonology, the contrastive pairs identified show the following consonantal inventory: stops /p t tS k g kw gw/, nasals /m n N Nw/, fricative /B/ and tap /|/. The nasal consonants are post-oralized when followed by oral vowels. The vocalic phonemes /i È o E a/ show contrast in nasality and length. We describe the phonological and morphophonological processes in the data, namely, lenition, voicing, neutralization and nasal assimilation. Regarding verbal morpho-syntax, initially, we presented the characteristic or exclusive morphemes of the verbal category. The distribution of personal morphemes in Wayoro is related to the verbal valency: the absolutive personal prefixes function as transitive object and intransitive subject, whereas free personal morphemes (ergative) function as transitive subject. The verbs consist of a root, followed by a verbalizer morpheme and the thematic vowel . After the thematic vowel, verbs can receive temporal markers. We examined the internal morphology and valency of about 100 Wayoro verbs. The verbalizers occur with transitive and intransitive verbs, and therefore, are not associated with a single argument structure. Verbs may be pluralized by replacement of verbalizers by the suffix {- kw}, root reduplication and suppletion operations that pluralize the event (and not necessarily the arguments). The valency-changing morphemes are prefixes and select a specific argument structure. The prefix {mõ-~õ-} causative/transitivizer is only used with intransitive verbs, turning them transitive ones. According to Hale & Keyser (2002), intransitive verbs that allow simple (or automatic) transitivization are verbal heads that project both a complement and a specifier and can be taken as complement of an upper verbal head (V1), so that the specifier functions as subject in the intransitive sentences and as object in the transitive alternant. Tests with the causative/transitivizer prefix show that {mõ-~õ-} can be analyzed as the upper head, V1. The second valency-changing prefix investigated is the intransitivizer. This morpheme has been identified in verbs which have a transitive counterpart, without prefix, with anticausative and reflexive effects, and verbs that do not have corresponding transitive ( prefix inherent) with properties of the middle voice. Finally, we analyzed constructions in which the auxiliar {-mãNã} to order, to ask, to make takes transitive and intransitive verbs as complement and adds an agent or cause. From a typological point of view, constructions with that auxiliar may be analyzed as analytic causatives and constructions with the causative/transitivizer prefix as synthetic causatives.
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Morfofonologia, morfossintaxe e o sistema de tempo, aspecto e modo em Arara (Karib) / Morphophonology, Morphosyntax and the tense, aspect and mood system in Arara (Carib)

Alves, Ana Carolina Ferreira 02 May 2017 (has links)
Esta tese consiste em um estudo descritivo da morfofonologia e da morfossintaxe da língua Arara, pertencente à família linguística Karib. O objetivo principal consiste em compreender como as categorias gramaticais de Tempo, Aspecto e Modo (TAM) interagem com as categorias de pessoa e número no predicado verbal. Certos morfemas de pessoa, assim como de número são selecionados por determinadas propriedades de TAM da sentença. Para dar conta do entendimento completo da interação entre essas categorias, as análises da presente tese incluíram propriedades gerais das interfaces morfofonológica e morfossintática que atuam nas formas e distribuição dos morfemas. Além disso, foram descritas algumas propriedades semântico-pragmáticas. Os morfemas estão sujeitos aos processos alomórficos comuns à língua como assimilação da sonoridade e da nasalidade, além de ablaut. Alomorfes supletivos também foram identificados, bem como morfemas portmanteau. Foram apresentados morfemas de tempo (passados - imediato, médio, distante - e futuro), aspecto (imperfectivo, iterativo, imperfectivo passado e resuntivo) e modo (imperativo, hortativo, vetativo, permissivo, admonitivo, interrogativo, intencional, frustrativo). As flexões de pessoa nos tempos e aspectos mencionados interagem com hierarquia de pessoa em verbos transitivos e com duas classes de verbos intransitivos. Verbos transitivos são afixados por duas séries de prefixos pessoais, A e O, enquanto cada classe de verbo intransitivo é afixada por apenas uma das séries de morfemas morfologicamente semelhantes aos morfemas encontrados em verbos transitivos, SA ou SO. Já os prefixos pessoais que ocorrem com as flexões de modo apresentam paradigmas menores, dos quais fazem parte um restrito conjunto de pessoas. As flexões de número, por sua vez, consistem em morfemas distintos que ocorrem com determinadas flexões de TAM. Apenas na terceira pessoa do passado distante e na terceira do passado médio são selecionados morfemas específicos. Deste modo, o plural é marcado por diferentes morfemas no mesmo paradigma. Também foram abordadas as construções não verbais, nas quais a categoria de TAM é expressa por partículas e morfemas de tempo nominal quando a cópula está ausente e por meio dos morfemas anteriormente investigados quando a cópula verbal itxi está presente. A metodologia empregada consistiu em realizar análises coerentes com a estrutura interna da língua, a partir do embasamento de conceitos analíticos provenientes da literatura de viés tipológico funcionalista e histórico-comparativo. Foram utilizados dados atuais, provenientes de trabalho de campo, que consistem em textos e sentenças. Palavras-chave: Esta tese consiste em um estudo descritivo da morfofonologia e da morfossintaxe da língua Arara, pertencente à família linguística Karib. O objetivo principal consiste em compreender como as categorias gramaticais de Tempo, Aspecto e Modo (TAM) interagem com as categorias de pessoa e número no predicado verbal. Certos morfemas de pessoa, assim como de número são selecionados por determinadas propriedades de TAM da sentença. Para dar conta do entendimento completo da interação entre essas categorias, as análises da presente tese incluíram propriedades gerais das interfaces morfofonológica e morfossintática que atuam nas formas e distribuição dos morfemas. Além disso, foram descritas algumas propriedades semântico-pragmáticas. Os morfemas estão sujeitos aos processos alomórficos comuns à língua como assimilação da sonoridade e da nasalidade, além de ablaut. Alomorfes supletivos também foram identificados, bem como morfemas portmanteau. Foram apresentados morfemas de tempo (passados - imediato, médio, distante - e futuro), aspecto (imperfectivo, iterativo, imperfectivo passado e resuntivo) e modo (imperativo, hortativo, vetativo, permissivo, admonitivo, interrogativo, intencional, frustrativo). As flexões de pessoa nos tempos e aspectos mencionados interagem com hierarquia de pessoa em verbos transitivos e com duas classes de verbos intransitivos. Verbos transitivos são afixados por duas séries de prefixos pessoais, A e O, enquanto cada classe de verbo intransitivo é afixada por apenas uma das séries de morfemas morfologicamente semelhantes aos morfemas encontrados em verbos transitivos, SA ou SO. Já os prefixos pessoais que ocorrem com as flexões de modo apresentam paradigmas menores, dos quais fazem parte um restrito conjunto de pessoas. As flexões de número, por sua vez, consistem em morfemas distintos que ocorrem com determinadas flexões de TAM. Apenas na terceira pessoa do passado distante e na terceira do passado médio são selecionados morfemas específicos. Deste modo, o plural é marcado por diferentes morfemas no mesmo paradigma. Também foram abordadas as construções não verbais, nas quais a categoria de TAM é expressa por partículas e morfemas de tempo nominal quando a cópula está ausente e por meio dos morfemas anteriormente investigados quando a cópula verbal itxi está presente. A metodologia empregada consistiu em realizar análises coerentes com a estrutura interna da língua, a partir do embasamento de conceitos analíticos provenientes da literatura de viés tipológico funcionalista e histórico-comparativo. Foram utilizados dados atuais, provenientes de trabalho de campo, que consistem em textos e sentenças. / This dissertation is a descriptive study on the morphophonology and morphosyntax of the Arara language, a member of the Karib linguistic family. The main goal of the study is to understand how the grammatical categories of Tense, Aspect and Mood (TAM) interact with the marking of person and number on the predicate. Some person morphemes as well as number morphemes are selected by certain TAM properties of the sentence. To account for the full understanding of the interactions, the analyses include general morphophological processes and morphosyntactic aspects to which these morphemes are subject. In addition, some semantic-pragmatic properties are described. Morphemes are subject to processes of assimilation of sonority and nasality, as well as ablaut. There are also some suppletive allomorphs and portamanteau morphemes. TAM suffixes mark tense: three degrees of past (immediate, medial, distant) and future; aspects - imperative, iterative, imperfect used only in the distant past, resumptive; and mood - imperative, hortative, vetitive (prohibitive), permissive, admonitive, interrogative, intentional and frustrative. When inflected for these tense and aspect categories, the person prefixes of the verbs interact with a person hierarchy in transitive verbs and with two classes of intransitive verbs. Transitive verbs can be inflected with two sets of different personal prefixes, A and O, while each class of intransitive verbs can be inflected by one of the personal prefixes that are similar to the ones found with the transitive verbs, either the SA or SO series of prefixes. Personal prefixes of verbs inflected for all the mentioned moods form smaller paradigms, which are composed by a restricted number of person markers. Regarding the number category, there are distinct morphemes that occur with certain TAM inflections. Specific number morphemes occur only with the third person of the distant past and the third person of the medial past. In this way, the plural is marked by different suffixes in the same paradigm. Non-verbal constructions are also addressed. In these constructions, the TAM category is expressed by particles and morphemes of nominal tense when the copula is absent or by TAM morphemes if the verbal copula itxi is in the predication. The methodology employed is to perform analyses consistent with the internal structures of the language. These analyses are based on analytical concepts from typological funcionalist and historical-comparative literature. We used data from fieldwork, which consists of texts and sentences.
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Morfofonologia, morfossintaxe e o sistema de tempo, aspecto e modo em Arara (Karib) / Morphophonology, Morphosyntax and the tense, aspect and mood system in Arara (Carib)

Ana Carolina Ferreira Alves 02 May 2017 (has links)
Esta tese consiste em um estudo descritivo da morfofonologia e da morfossintaxe da língua Arara, pertencente à família linguística Karib. O objetivo principal consiste em compreender como as categorias gramaticais de Tempo, Aspecto e Modo (TAM) interagem com as categorias de pessoa e número no predicado verbal. Certos morfemas de pessoa, assim como de número são selecionados por determinadas propriedades de TAM da sentença. Para dar conta do entendimento completo da interação entre essas categorias, as análises da presente tese incluíram propriedades gerais das interfaces morfofonológica e morfossintática que atuam nas formas e distribuição dos morfemas. Além disso, foram descritas algumas propriedades semântico-pragmáticas. Os morfemas estão sujeitos aos processos alomórficos comuns à língua como assimilação da sonoridade e da nasalidade, além de ablaut. Alomorfes supletivos também foram identificados, bem como morfemas portmanteau. Foram apresentados morfemas de tempo (passados - imediato, médio, distante - e futuro), aspecto (imperfectivo, iterativo, imperfectivo passado e resuntivo) e modo (imperativo, hortativo, vetativo, permissivo, admonitivo, interrogativo, intencional, frustrativo). As flexões de pessoa nos tempos e aspectos mencionados interagem com hierarquia de pessoa em verbos transitivos e com duas classes de verbos intransitivos. Verbos transitivos são afixados por duas séries de prefixos pessoais, A e O, enquanto cada classe de verbo intransitivo é afixada por apenas uma das séries de morfemas morfologicamente semelhantes aos morfemas encontrados em verbos transitivos, SA ou SO. Já os prefixos pessoais que ocorrem com as flexões de modo apresentam paradigmas menores, dos quais fazem parte um restrito conjunto de pessoas. As flexões de número, por sua vez, consistem em morfemas distintos que ocorrem com determinadas flexões de TAM. Apenas na terceira pessoa do passado distante e na terceira do passado médio são selecionados morfemas específicos. Deste modo, o plural é marcado por diferentes morfemas no mesmo paradigma. Também foram abordadas as construções não verbais, nas quais a categoria de TAM é expressa por partículas e morfemas de tempo nominal quando a cópula está ausente e por meio dos morfemas anteriormente investigados quando a cópula verbal itxi está presente. A metodologia empregada consistiu em realizar análises coerentes com a estrutura interna da língua, a partir do embasamento de conceitos analíticos provenientes da literatura de viés tipológico funcionalista e histórico-comparativo. Foram utilizados dados atuais, provenientes de trabalho de campo, que consistem em textos e sentenças. Palavras-chave: Esta tese consiste em um estudo descritivo da morfofonologia e da morfossintaxe da língua Arara, pertencente à família linguística Karib. O objetivo principal consiste em compreender como as categorias gramaticais de Tempo, Aspecto e Modo (TAM) interagem com as categorias de pessoa e número no predicado verbal. Certos morfemas de pessoa, assim como de número são selecionados por determinadas propriedades de TAM da sentença. Para dar conta do entendimento completo da interação entre essas categorias, as análises da presente tese incluíram propriedades gerais das interfaces morfofonológica e morfossintática que atuam nas formas e distribuição dos morfemas. Além disso, foram descritas algumas propriedades semântico-pragmáticas. Os morfemas estão sujeitos aos processos alomórficos comuns à língua como assimilação da sonoridade e da nasalidade, além de ablaut. Alomorfes supletivos também foram identificados, bem como morfemas portmanteau. Foram apresentados morfemas de tempo (passados - imediato, médio, distante - e futuro), aspecto (imperfectivo, iterativo, imperfectivo passado e resuntivo) e modo (imperativo, hortativo, vetativo, permissivo, admonitivo, interrogativo, intencional, frustrativo). As flexões de pessoa nos tempos e aspectos mencionados interagem com hierarquia de pessoa em verbos transitivos e com duas classes de verbos intransitivos. Verbos transitivos são afixados por duas séries de prefixos pessoais, A e O, enquanto cada classe de verbo intransitivo é afixada por apenas uma das séries de morfemas morfologicamente semelhantes aos morfemas encontrados em verbos transitivos, SA ou SO. Já os prefixos pessoais que ocorrem com as flexões de modo apresentam paradigmas menores, dos quais fazem parte um restrito conjunto de pessoas. As flexões de número, por sua vez, consistem em morfemas distintos que ocorrem com determinadas flexões de TAM. Apenas na terceira pessoa do passado distante e na terceira do passado médio são selecionados morfemas específicos. Deste modo, o plural é marcado por diferentes morfemas no mesmo paradigma. Também foram abordadas as construções não verbais, nas quais a categoria de TAM é expressa por partículas e morfemas de tempo nominal quando a cópula está ausente e por meio dos morfemas anteriormente investigados quando a cópula verbal itxi está presente. A metodologia empregada consistiu em realizar análises coerentes com a estrutura interna da língua, a partir do embasamento de conceitos analíticos provenientes da literatura de viés tipológico funcionalista e histórico-comparativo. Foram utilizados dados atuais, provenientes de trabalho de campo, que consistem em textos e sentenças. / This dissertation is a descriptive study on the morphophonology and morphosyntax of the Arara language, a member of the Karib linguistic family. The main goal of the study is to understand how the grammatical categories of Tense, Aspect and Mood (TAM) interact with the marking of person and number on the predicate. Some person morphemes as well as number morphemes are selected by certain TAM properties of the sentence. To account for the full understanding of the interactions, the analyses include general morphophological processes and morphosyntactic aspects to which these morphemes are subject. In addition, some semantic-pragmatic properties are described. Morphemes are subject to processes of assimilation of sonority and nasality, as well as ablaut. There are also some suppletive allomorphs and portamanteau morphemes. TAM suffixes mark tense: three degrees of past (immediate, medial, distant) and future; aspects - imperative, iterative, imperfect used only in the distant past, resumptive; and mood - imperative, hortative, vetitive (prohibitive), permissive, admonitive, interrogative, intentional and frustrative. When inflected for these tense and aspect categories, the person prefixes of the verbs interact with a person hierarchy in transitive verbs and with two classes of intransitive verbs. Transitive verbs can be inflected with two sets of different personal prefixes, A and O, while each class of intransitive verbs can be inflected by one of the personal prefixes that are similar to the ones found with the transitive verbs, either the SA or SO series of prefixes. Personal prefixes of verbs inflected for all the mentioned moods form smaller paradigms, which are composed by a restricted number of person markers. Regarding the number category, there are distinct morphemes that occur with certain TAM inflections. Specific number morphemes occur only with the third person of the distant past and the third person of the medial past. In this way, the plural is marked by different suffixes in the same paradigm. Non-verbal constructions are also addressed. In these constructions, the TAM category is expressed by particles and morphemes of nominal tense when the copula is absent or by TAM morphemes if the verbal copula itxi is in the predication. The methodology employed is to perform analyses consistent with the internal structures of the language. These analyses are based on analytical concepts from typological funcionalist and historical-comparative literature. We used data from fieldwork, which consists of texts and sentences.

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