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Educação, saberes psicológicos e morte voluntária: fundamentos para a compreensão da morte de si no Brasil colonial / Education psychological, knowledge and voluntary death: foundations for the understanding of death of self in colonial BrazilBerenchtein Netto, Nilson 28 May 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-05-28 / This research is a historical investigation, of bibliographical matrix, which aims to
contribute to the building of a history of suicide in Brazil, from the role played by the
education in relation to this phenomenon. The studied period circumscribes to that in
which such lands were a Portuguese colony. The colonial period was structured under
the slavery and has as main form of education that one promoted by the religious orders,
especially the Society of Jesus (until 1759, when the Marquis of Pombal drove them
out). We take education here in its broad sense, not restricted to the formal aspect. Such
religious education was intended to control the life and the death of slaves. It is
necessary to clearly understand that both, the Indians and Africans who were
enslaved,had cultural and religious traditions very different from European, which made
connect in different ways with death. Thus, compared to the excesses committed by
settlers and the fact that these slaves commonly dying from overwork to which they
were exposed, it became a common occurrence among these enslaved workers give
themselves up voluntarily to death, to escape to the destiny of a short life, full of
sufferings, and to undermine the slave masters or to escape punishment or separation of
family and friends. Faced with this situation, the Catholic Church had a vital role, to
inculcate in these individuals (mostly slaves, but also in the settlers) the guilt and the
fear related to the voluntary death, a fact which allowed a strong entrance of the church
in the control of the colony and fiercer exploitation by masters to their slaves, because
each one shall bear his cross. In general, these lessons were transmitted through the
sermons and prayers (mainly funeral and Lenten) uttered in public by the priests, but
also in other types of situations, like for sermons printed in Portugal and circulated in
the the colony or during the confessions. The Treatises of Moral Theology used in the
formation of priests sometimes also devoted several pages to the issue of voluntary
death and the way in which should the religious deal with and it and with those who
search of it or conquer it. All items shown here, more extensive and detailed are
presented and analyzed in this. The documental sources are the mentioned sermons and
treatises, as well as texts of that period that could contribute to the contextualization of
the phenomenon in the studied time and/or in the preceding history aiding in it s
understanding. The documents are analyzed from a Marxist perspective in the History
of Psychology and of the Cultural Historical Psychology / Esta pesquisa é uma investigação histórica, de cunho bibliográfico, que busca contribuir
para a construção de uma história do suicídio no Brasil, a partir do papel que teve a
educação em relação a tal fenômeno. O período estudado circunscreve-se àquele em que
essas terras eram colônia portuguesa. O período colonial estruturou-se sobre o
escravagismo e teve como principal forma de educação aquela promovida pelas ordens
religiosas, principalmente pela Companhia de Jesus, além disso, toma-se aqui a
educação em sentido amplo, sem restringir-se a seu aspecto formal. Tal educação
religiosa tinha o objetivo de controlar a vida e a morte de colonos e escravos. Tanto os
indígenas quanto os africanos que foram escravizados, tinham tradições culturais e
religiosas bastante diferentes das europeias, o que fazia com que se relacionassem de
formas diferentes com a morte. Com isso, frente aos excessos cometidos pelos
colonizadores e o fato de comumente esses escravos morrerem devido ao sobretrabalho
a que eram expostos, tornou-se fato comum entre esses trabalhadores escravizados darse
voluntariamente à morte, tanto para escapar ao destino de uma vida curta, cheia de
sofrimentos, como para prejudicar aos senhores de escravos ou para fugir de castigos ou
da separação dos familiares e amigos. A igreja católica teve um papel fundamental
nesse processo, o de inculcar nesses indivíduos a culpa e o medo relacionados à morte
voluntaria, fato que permitia uma forte entrada da igreja no controle da colônia e a
exploração mais acirrada por parte dos senhores a seus escravos. Esses ensinamentos
eram transmitidos através dos sermões e orações proferidos publicamente pelos
sacerdotes, mas também em outras situações, como sermões impressos e confissões. Os
Tratados de Teologia Moral muitas vezes dedicavam algumas páginas à questão da
morte voluntária e da forma como deveria o religioso lidar com ela. Todos os elementos
aqui expostos, de maneira mais abrangente e pormenorizada são analisados neste
trabalho. As fontes documentais são os já mencionados sermões e tratados, além de
textos de época que possam contribuir para a contextualização do fenômeno tanto no
momento estudado quanto na história precedente ajudando em sua melhor compreensão.
Os documentos são analisados a partir de uma perspectiva marxista em História da
Psicologia e da Psicologia Histórico-cultural
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