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O Movimento de Cultura Popular do Recife (1959-1964) / The Popular Culture Movement in Recife (1959-1964)Souza, Fabio Silva de 08 August 2014 (has links)
Nesta dissertação, analisamos as dinâmicas internas do Movimento de Cultura Popular (MCP) nos anos 1960 e a aproximação de determinada elite intelectualizada com as camadas populares. Entendemos que os jovens intelectuais que militaram no MCP, uma vez confrontados com os desafios do meio sócio-político-cultural popular da cidade do Recife e do interior de Pernambuco, desenvolveram propostas programáticas e ações político-culturais que contribuíram para a percepção de que as classes populares deveriam ser sujeitos da sua história e protagonistas da construção de sua identidade. Na nossa hipótese, essa percepção pode ser contraposta às ações e aos valores dos intelectuais que se caracterizaram por certo dirigismo e elitismo. Em outras palavras, sustentamos que a experiência histórica do MCP rompeu os limites e valores que motivaram os intelectuais que formaram o Movimento. A partir dessa hipótese, buscamos, por meio da análise das especificidades das correntes, debates e contradições do Movimento, demonstrar que o MCP surgiu de um interesse político-partidário, mas acabou indo além dele. O lugar dos intelectuais no movimento foi tensionado entre o dirigismo e o contato efetivo com as massas populares, na construção de um idioma cultural e ideológico comum, marcado por um reformismo e pelo nacionalismo progressista. As relações entre intelectuais e povo, no contexto recifense, seguiram padrões nacionais (intelectual como mediador entre povo, Estado e Nação), porém, também sofreram influxos do contexto local. Por último, defendemos que o MCP, como movimento cultural e político, não teve tempo de maturar suas próprias contradições, dado seu fim abrupto em 1964 / In this masters thesis, we analyze the 1960s internal dynamics of the Movimento de Cultura Popular (MCP) and the approximation of a certain intellectualized elite with the working class. We understand that the young intellectuals who have participated in activism in MPC, when confronted with the challenges of the socio-political and cultural working class environment from the city of Recife and from the country side of Pernambuco, have developed programmatic proposals as well as political and cultural actions that have contributed to the perception that the working class should be the subjects of their own history and protagonist of their own identity construction. Its our hypothesis that this perception contrasts with the intellectuals actions and values which are characterized by a certain dirigisme and elitism. In other words, we claim that the MCP historical experience has surpassed the limits and values that have motivated the intellectuals from the Movement. Based on this hypothesis and trough the analysis of the specificities of the different lines of thoughts, debates and contradictions of the Movement, we have tried to demonstrate that MCP was originated by partisan interests, but was not restricted to it. The intellectuals place in the Movement was a battle between dirigisme and the actual contact with the working class in the construction of a common cultural and ideological language marked by a reformism and by the progressive nationalism. The relationship between intellectuals and the people, in the context of Recife, has followed the national pattern (intellectual as mediators of the People, State and Nation), but it was also influenced by the local context. Lastly, we conclude by saying that MCP as a cultural and political movement didnt have time to bring to maturity their own contradictions as it was abruptly interrupted in 1964
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O Movimento de Cultura Popular do Recife (1959-1964) / The Popular Culture Movement in Recife (1959-1964)Fabio Silva de Souza 08 August 2014 (has links)
Nesta dissertação, analisamos as dinâmicas internas do Movimento de Cultura Popular (MCP) nos anos 1960 e a aproximação de determinada elite intelectualizada com as camadas populares. Entendemos que os jovens intelectuais que militaram no MCP, uma vez confrontados com os desafios do meio sócio-político-cultural popular da cidade do Recife e do interior de Pernambuco, desenvolveram propostas programáticas e ações político-culturais que contribuíram para a percepção de que as classes populares deveriam ser sujeitos da sua história e protagonistas da construção de sua identidade. Na nossa hipótese, essa percepção pode ser contraposta às ações e aos valores dos intelectuais que se caracterizaram por certo dirigismo e elitismo. Em outras palavras, sustentamos que a experiência histórica do MCP rompeu os limites e valores que motivaram os intelectuais que formaram o Movimento. A partir dessa hipótese, buscamos, por meio da análise das especificidades das correntes, debates e contradições do Movimento, demonstrar que o MCP surgiu de um interesse político-partidário, mas acabou indo além dele. O lugar dos intelectuais no movimento foi tensionado entre o dirigismo e o contato efetivo com as massas populares, na construção de um idioma cultural e ideológico comum, marcado por um reformismo e pelo nacionalismo progressista. As relações entre intelectuais e povo, no contexto recifense, seguiram padrões nacionais (intelectual como mediador entre povo, Estado e Nação), porém, também sofreram influxos do contexto local. Por último, defendemos que o MCP, como movimento cultural e político, não teve tempo de maturar suas próprias contradições, dado seu fim abrupto em 1964 / In this masters thesis, we analyze the 1960s internal dynamics of the Movimento de Cultura Popular (MCP) and the approximation of a certain intellectualized elite with the working class. We understand that the young intellectuals who have participated in activism in MPC, when confronted with the challenges of the socio-political and cultural working class environment from the city of Recife and from the country side of Pernambuco, have developed programmatic proposals as well as political and cultural actions that have contributed to the perception that the working class should be the subjects of their own history and protagonist of their own identity construction. Its our hypothesis that this perception contrasts with the intellectuals actions and values which are characterized by a certain dirigisme and elitism. In other words, we claim that the MCP historical experience has surpassed the limits and values that have motivated the intellectuals from the Movement. Based on this hypothesis and trough the analysis of the specificities of the different lines of thoughts, debates and contradictions of the Movement, we have tried to demonstrate that MCP was originated by partisan interests, but was not restricted to it. The intellectuals place in the Movement was a battle between dirigisme and the actual contact with the working class in the construction of a common cultural and ideological language marked by a reformism and by the progressive nationalism. The relationship between intellectuals and the people, in the context of Recife, has followed the national pattern (intellectual as mediators of the People, State and Nation), but it was also influenced by the local context. Lastly, we conclude by saying that MCP as a cultural and political movement didnt have time to bring to maturity their own contradictions as it was abruptly interrupted in 1964
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O ser e o fazer : os intelectuais e o povo no Recife dos anos 1960SILVA, Bianca Nogueira da 01 March 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-03-01 / 1960 consists of an effervescent and controversial chapters in the history of the city of Recife in its early republic. Several policy initiatives and cultural activities are held in urban upper chamber, as the New Cinema, Theatre Street, unions, the Movement for Basic Education, Neighborhood Associations, the Cultural Squares etc. Cultural movements that use dramas and everyday relationships as raw material for their works and thereby build a differentiated perception of the concept of popular culture and education, as well as its political role in society. Among these organizations, the experience of creation of the Popular Culture Movement - MCP (1960-1964) is taken here as the main object of this work, the focus chosen for analysis is the role played by its main creators: the intellectuals, as well as its main manufacturing: the people. The MCP in this sense, it constitutes in our view as a rich vantage point from Recife, in the first half of the 1960s, not only in its cultural aspects, but also from the standpoint of social and relationship between the so-called intellectuals and the public. Thus, the main goal of our work is to provide a historiographical contribution as regards the analysis of historical categories "people" and "intellectuals" and of their enterprises in the construction and development of a project of democratic society for the city of Recife of the early 1960s. To this end, we use the journalistic discourses, official documents of the Municipality of Recife and the State Legislative Assembly and the status of the MCP, as one of the fields of performance and ideological formation of these intellectuals on the people. Backed by an Enlightenment ideal, where through popular education to social development was made possible, these intellectuals have launched a series of efforts in trying to raise culturally the people, and are forced to retreat with the coup civil-military on the 1st of April 1964. / A década de 1960 compõe um dos capítulos polêmicos e efervescentes da história da cidade do Recife em sua fase republicana. Várias iniciativas políticas e culturais têm lugar nesse cenáculo urbano, como o Cinema Novo, o Teatro de Rua, os Sindicatos, o Movimento de Educação de Base, as Associações de Bairro, as Praças de Cultura etc. Movimentos culturais que utilizam os dramas e relações cotidianas como matéria-prima para suas obras e, com isso, constroem uma percepção diferenciada do conceito de cultura e educação popular, assim como o seu papel político na sociedade. Entre essas organizações, a experiência da criação do Movimento de Cultura Popular - MCP (1960 a 1964) é tomada aqui como objeto principal desse trabalho; o foco escolhido para análise é o papel desempenhado pelos seus principais idealizadores: os intelectuais, bem como sua principal fabricação: o povo. O MCP, neste sentido, constitui-se no nosso entendimento como um rico ponto de observação da cidade do Recife, na primeira metade dos anos 1960, não só em seus aspectos culturais, mas também do ponto de vista social e relacional entre os chamados Intelectuais e o Povo. Desta forma, o principal objetivo do nosso trabalho é oferecer uma contribuição historiográfica no que se refere à análise das categorias históricas “povo” e “intelectuais”, e dos seus empreendimentos na construção e desenvolvimento de um projeto de sociedade democrática para a cidade do Recife, do início dos anos 1960. Para tal, utilizamos os discursos jornalísticos, os documentos oficiais da Câmara Municipal do Recife e da Assembléia Legislativa do Estado e o estatuto do MCP, como um dos campos de atuação e formação ideológica desses intelectuais sobre o povo. Lastreados por um ideal iluminista, onde através da educação popular o desenvolvimento social se fazia possível, esses intelectuais empreendem uma série de esforços na tentativa de fazer elevar culturalmente o povo, e se vêem obrigados a recuar com o golpe civil-militar no dia 1º de abril de 1964.
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Construção do campo da educação popular no Brasil: história e repertóriosMarques, Mariana Pasqual 19 September 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-09-19 / This research aimed at the building up of popular education in Brazil. Based
on Doimo (1995) we defined the field as a gathering of meanings, values,
symbols and political projects, all indicators of common socialization, shared
by groups and political agents, in this case, by popular educators.
The scope of this research considered the framing of popular education
through the study and defining of the three different approaches constructed
along the last 40 years in Brazil. By this we understand the shared building
up of historical projects and of an educational know-how , fairly agreed upon
by educators, expressed in language, values, ideas and key-words. These are
formed and are followed up by constant conflict between a minimum of
background storage, which unifies the field, and permanent struggles within
this field, which enhance, diversify, rename and allows for the blooming of
diverse discourse.
The first of these repertoires to be analyzed was limited within the 1960
1964 period, identified with the popular cultural and educational movements.
We therefore highlight popular educational experiences and practices
considered as part of an individual field, initiated in the first half of the 1960
decade. Documents produced by these movements and published material on
this theme, outlined the repertoire centered on the debate between
nationalism or national consciousness .
The second repertoire, throughout the 1970 1980 decade, is the organic
relationship between popular education, popular movements and Basic
Ecclesiastical Communities. Values and elements hereby mentioned are self
explained along proper path undertaken in the setting up of popular
organizations the furthering of political instruments of the working classes.
Two political instruments, unequal by nature, significantly changed the field
of popular education: the founding of the Workers Party (PT) and the surging
of back up committees for popular education. Documents and studies related
to the theme were then used.
In the early 1990 s, landmark for the construction of present repertoire,
change started to take place in popular education, Known as refounding of
popular education , a revisionist movement of previous practices and
concepts.
In the last and present researched repertoire, based on interviews with
popular educators, documents and papers, we point out an acceptance of
discursive elements identified with those of the Third Track, currently
appropriated by the popular education field. This takes place in the
acceptance of militant NGOs practices, along with local businesses and city
governments, namely of the Worker s Party / Esta pesquisa investigou a construção do campo da educação popular no
Brasil. Apoiados em Doimo (1995) definimos o campo como um conjunto de
significados, valores, símbolos e projetos políticos indicadores de uma
sociabilidade comum partilhada por grupos e atores políticos, neste caso
educadores (as) populares.
Para os fins desta pesquisa, a configuração do campo da educação popular
deu-se pelo estudo e delineamento de três diferentes repertórios construídos
ao longo dos últimos quarenta anos no Brasil. Por repertório da educação
popular entendemos a construção partilhada dos projetos históricos e de um
saber fazer educativo mais ou menos consensuado por educadores (as)
expressos por linguagens, valores, idéias e palavras-chave. Estes se
formaram e são acompanhados de um permanente conflito entre um
repertório mínimo, ou seja, o que unifica o campo, e as disputas no interior
desse mesmo campo que ampliam, diversificam, resignificam e permitem o
surgimento de repertórios divergentes.
O primeiro repertório abordado circunscreveu-se entre 1960 e 1964 vinculado
aos movimentos de cultura e educação popular. Distinguimos, portanto, as
experiências ou práticas de educação popular no âmbito de um campo
próprio surgido na primeira metade da década de 1960. Documentos
produzidos pelos movimentos e publicações sobre o tema subsidiaram o
desenho do repertório cujo centro é o debate sobre o nacionalismo ou a
consciência nacional .
O segundo repertório vigente entre as décadas de 1970 e 1980 é expressão
da relação orgânica entre educação popular, movimentos populares e
Comunidades Eclesiais de Base. Os valores e elementos figurados neste
repertório são explicados pelo próprio percurso de organização popular
ampliação dos instrumentos políticos das classes trabalhadoras. Dois
instrumentos políticos, desiguais por natureza, modificaram, de forma
determinante, o campo da educação popular: a fundação do Partido dos
Trabalhadores e o surgimento de centros de assessoria em educação popular.
Utilizamos, para a pesquisa, documentos e estudos pertinentes ao tema.
No inicio da década de 1990, marco de construção do repertório atual,
começaram a acontecer mudanças no campo da educação popular
denominadas de refundação da educação popular , um movimento
revisionista das práticas e concepções do repertório anterior. No último e
atual repertório pesquisado, construído a partir de entrevistas com
educadores (as) populares, documentos e estudos, indicamos haver uma
assimilação de elementos discursivos próximos ao tema da Terceira Via,
agora apropriado pelo campo da educação popular. Essa assimilação
acontece pela interseção de práticas das ONGs militantes com as fundações
empresariais e prefeituras locais, principalmente daquelas governadas pelo
PT
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