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Arte-educação nos contextos de periferias urbanas: um desafio social

Nascimento, Roseli Machado Lopes do 08 June 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T20:23:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Roseli Machado Lopes do Nascimento.pdf: 2371292 bytes, checksum: 5e6b031f2e460c6f4da858ab54f3fdbb (MD5) Previous issue date: 2010-06-08 / Fundação Ford / In the course of recent decades, the Supplementary Education or Non-Formal Education took important space in NGOs (Non Governental Organization) and in socio-educational works developed directly by the public power, with particular emphasis in the practices of Art-education, including many artistic languages aimed to occupy the opening intercalated public fundamental school activities. Such works happen, mainly, in the outskirts of urban centers, or even in the regions of slums in the center of the town. Most of this area is inhabited by a predominantly black population, migrant or a descendant of Northeast immigrants living in what Souza Martins would call contexts of perverse inclusion . It is in this scenario where Art-education takes place: a complex area of knowledge with many specificities, precisely because of its target audience and the geographical area where it develops. Art-education developed in the outskirt of urban area, what does it want? How does it act concerning issues dealing with perverse inclusion of this population, such as, racism, discrimination and the prejudice found in such places? In which way the art-educator deals with the issues related to cultural universe of this people (religious options, musical tastes and food, values, etc.) ? We´ve found, by observing the everyday spaces, where art-educational activities occur, as well as by the development of courses and workshops we offer about the theme, where a number of questions are involved in this actions and have impact on the performance of professionals in their daily. However, which critical benchmarks guide his action day to day? We must not forget that is in the Art that the human is recognized as a builder of self and that, despite the life and its hardships, the Art teaches to understand and develop alternatives for survival and the transformation of his reality / No decorrer das últimas décadas, a Educação Complementar ou Educação Não Formal assumiu importante espaço nas ONGs (Organizações Não Governamentais) e nos trabalhos sócio-educativos desenvolvidos diretamente pelo poder público, com particular ênfase nas práticas de Arte-educação, englobando inúmeras linguagens artísticas destinadas a ocupar os horários intercalados a atividades da escola pública fundamental. Tais trabalhos acontecem, predominantemente, nas periferias dos centros urbanos, ou ainda nas regiões de cortiços do Centro da cidade. A maior parte dessas áreas é habitada por uma população predominantemente negra, migrante ou descendente de migrantes nordestinos, vivendo naquilo que José de Souza Martins chamaria de contextos de inclusão perversa . É nesse cenário que acontece a Arte-educação: uma área de conhecimento complexa e com muitas especificidades, exatamente por conta de seu público-alvo e do espaço geográfico onde se desenvolve . O que pretende a Arte-educação desenvolvida nas periferias urbanas? Como ela atua no tocante a temas que abordam a inclusão perversa dessas populações, como, por exemplo, o racismo, a discriminação e o preconceito presentes em tais localidades? De que forma o arteeducador lida com as questões referentes ao universo cultural dessas populações (opções religiosas, gostos musicais e alimentares, valores, etc.)? Constatamos, pela observação do cotidiano dos espaços onde ocorrem as atividades arte-educativas, bem como pelo desenvolvimento de cursos e workshops que oferecemos sobre o tema, que inúmeras questões estão imbricadadas nestas ações e marcam a atuação do profissional em seu cotidiano. Entretanto, que referenciais críticos orientam sua atuação no dia a dia? É preciso não esquecer que é na Arte que o humano se reconhece como construtor de si e que, apesar da vida e de suas agruras, a Arte ensina a compreender e a desenvolver alternativas para a vivência e a transformação de sua realidade
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Arte-educação nos contextos de periferias urbanas: um desafio social

Nascimento, Roseli Machado Lopes do 08 June 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:58:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Roseli Machado Lopes do Nascimento.pdf: 2371292 bytes, checksum: 5e6b031f2e460c6f4da858ab54f3fdbb (MD5) Previous issue date: 2010-06-08 / Fundação Ford / In the course of recent decades, the Supplementary Education or Non-Formal Education took important space in NGOs (Non Governental Organization) and in socio-educational works developed directly by the public power, with particular emphasis in the practices of Art-education, including many artistic languages aimed to occupy the opening intercalated public fundamental school activities. Such works happen, mainly, in the outskirts of urban centers, or even in the regions of slums in the center of the town. Most of this area is inhabited by a predominantly black population, migrant or a descendant of Northeast immigrants living in what Souza Martins would call contexts of perverse inclusion . It is in this scenario where Art-education takes place: a complex area of knowledge with many specificities, precisely because of its target audience and the geographical area where it develops. Art-education developed in the outskirt of urban area, what does it want? How does it act concerning issues dealing with perverse inclusion of this population, such as, racism, discrimination and the prejudice found in such places? In which way the art-educator deals with the issues related to cultural universe of this people (religious options, musical tastes and food, values, etc.) ? We´ve found, by observing the everyday spaces, where art-educational activities occur, as well as by the development of courses and workshops we offer about the theme, where a number of questions are involved in this actions and have impact on the performance of professionals in their daily. However, which critical benchmarks guide his action day to day? We must not forget that is in the Art that the human is recognized as a builder of self and that, despite the life and its hardships, the Art teaches to understand and develop alternatives for survival and the transformation of his reality / No decorrer das últimas décadas, a Educação Complementar ou Educação Não Formal assumiu importante espaço nas ONGs (Organizações Não Governamentais) e nos trabalhos sócio-educativos desenvolvidos diretamente pelo poder público, com particular ênfase nas práticas de Arte-educação, englobando inúmeras linguagens artísticas destinadas a ocupar os horários intercalados a atividades da escola pública fundamental. Tais trabalhos acontecem, predominantemente, nas periferias dos centros urbanos, ou ainda nas regiões de cortiços do Centro da cidade. A maior parte dessas áreas é habitada por uma população predominantemente negra, migrante ou descendente de migrantes nordestinos, vivendo naquilo que José de Souza Martins chamaria de contextos de inclusão perversa . É nesse cenário que acontece a Arte-educação: uma área de conhecimento complexa e com muitas especificidades, exatamente por conta de seu público-alvo e do espaço geográfico onde se desenvolve . O que pretende a Arte-educação desenvolvida nas periferias urbanas? Como ela atua no tocante a temas que abordam a inclusão perversa dessas populações, como, por exemplo, o racismo, a discriminação e o preconceito presentes em tais localidades? De que forma o arteeducador lida com as questões referentes ao universo cultural dessas populações (opções religiosas, gostos musicais e alimentares, valores, etc.)? Constatamos, pela observação do cotidiano dos espaços onde ocorrem as atividades arte-educativas, bem como pelo desenvolvimento de cursos e workshops que oferecemos sobre o tema, que inúmeras questões estão imbricadadas nestas ações e marcam a atuação do profissional em seu cotidiano. Entretanto, que referenciais críticos orientam sua atuação no dia a dia? É preciso não esquecer que é na Arte que o humano se reconhece como construtor de si e que, apesar da vida e de suas agruras, a Arte ensina a compreender e a desenvolver alternativas para a vivência e a transformação de sua realidade

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