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Distrofia muscular de cinturas em crianças: caracterização clínica, histológia e molecular / Limb-Girdle muscular dystrophy in Brazilian children: clinical, histological and molecular characterization

Albuquerque, Marco Antonio Veloso de 04 October 2013 (has links)
Introdução: As distrofias de cinturas representam um grupo de miopatias progressivas, geneticamente determinadas, envolvendo 16 formas de herança autossômica recessiva e oito dominantes, sendo as formas recessivas mais comuns, particularmente em crianças. Caracterizam-se por fraqueza muscular progressiva de predomínio proximal em cinturas escapular e pélvica, existindo desde formas graves de início na infância a formas leves de início em adultos. A biópsia muscular, com estudo histológico e imunoistoquímico, é fundamental para o diagnóstico, porém o exame molecular é o teste padrão ouro para o diagnóstico de certeza. Objetivos: Determinar a freqüência dos diferentes subtipos de distrofia de cinturas em crianças na nossa população, descrevendo os aspectos clínicos, histológicos e moleculares. Resultados: Fizeram parte deste estudo 39 crianças provenientes do ambulatório de doenças neuromusculares do HC-FMUSP, sendo a proporção entre o sexo feminino e masculino de 3:1. A idade de início da doença variou de dois a 13 anos, com média de 7,5 anos. Os sinais e sintomas na apresentação clínica incluíram: quedas frequentes (22 casos), dificuldades em subir escadas (13 casos), marcha digitigrada (2 casos) e dificuldades para se levantar do chão (2 casos). Os níveis de CK foram elevados em todos os pacientes, sendo maiores naqueles com diferlinopatia e algumas formas de sarcoglicanopatias. Dentre os 39 pacientes, 37 foram classificados como LGMD. Destes, 15 (40,5%) receberam o diagnóstico de sarcoglicanopatia (LGMD2C-F), cinco (13,5%) de disferlinopatia (LGMD2B), cinco (13,5%) de calpainopatia, dois (5,5%) de LGMD1B, dois (5,5%) de LGMD2I, um (2,5%) de caveolinopatia (LGMD1A), e em sete (19%) não foi possível identificar o subtipo específico. A biópsia muscular mostrou um padrão distrófico em todos os casos, sendo mais acentuado nas sarcoglicanopatias e na LGMD2I. A presença de inflamação foi incomum na LGMD2B, e a presença de fibras lobuladas foi um achado marcante na LGMD2A. Conclusões: O diagnóstico do subtipo específico de LGMD em crianças é um desafio. Este estudo em crianças brasileiras provenientes de um centro de doenças neuromusculares de um grande hospital da rede pública mostrou alta frequência de sarcoglicanopatias, seguida por LGMD2A e LGMD2B. Já a LGMD2I parece ser incomum no Brasil / Background: Limb-girdle muscular dystrophies (LGMD) are a heterogeneous group of genetic muscular dystrophies, involving 16 autosomal recessive subtypes and eight autosomal dominant subtypes. Autosomal recessive dystrophy is far more common than autosomal dominant dystrophy, particularly in children. The clinical course in this group is characterized by progressive proximal weakness, initially in pelvic and after in shoulder-girdle musculature, varying from very mild to severe degree. Significant overlap of clinical phenotypes, with genetic and clinical heterogeneity, constitutes the rule for this group of diseases. Muscle biopsies are useful for histopathologic and immunolabeling studies, and DNA analysis is the gold standard to establish the specific form of muscular dystrophy. Objectives: The aim of this study was to characterize the clinical, histological and molecular aspects in children with LGMD who attend a big public neuromuscular centre in our country to determine the frequency of different forms. Results: Thirty seven patients were classified as LGMD and included in this analysis. The study period extended from 2009-2012. The female to male ratio was 3:1. The age of onset ranged from two to 13 years, mean 7,5 years. Onset in the first decade was seen in 90%. The initial clinical signs included: frequent falls (22 cases), difficulty in climbing stairs (13 cases), walk on tip toes (2 cases), difficulty in rising from the floor (2 cases) and difficulty on walking (1 case). The serum CK levels were high in all cases. Among the 37 patients, 15 (40,5%) were classified as sarcoglycanopathies (LGMD2C-F), five (13,5%) as dysferlinopathy (LGMD2B), five (13,5%) as calpainopathy (LGMD2A). Mutations in LMNA gene (LGMD1B), FKRP gene (LGMDI) and caveolin gene (LGMD 1C) were identified in two (5,5%), two (5,5%) and one patient (2,5%), respectively. In seven of 37 cases (19%) it was impossible to determine specific diagnosis. Calf hypertrophy, scapular winging and scoliosis were the most characteristic signs in sarcoglycanopathies. In LGMD2I calf hypertrophy is also observed. Atrophy of posterior compartment of thighs is frequent in children with LGMD2B and could suggest the diagnosis. In LGMD2A winging of scapulae and contractures in Achilles tendons were important findings. Muscle biopsy showed a dystrophic pattern in all cases, more intense in sarcoglycanopathies and LGMD2I. Differently from adult\'s patients, inflammation changes in dysferlinopaties were uncommon. Lobuled fibers were characteristic changes in calpainopathies in children. Conclusions: A definitive diagnosis among various subtypes of LGMD in children is challenging. Our series was a large study on LGMD in Brazilian children and showed high frequency of sarcoglycanopathies followed by LGMD2A, LGMD2B, LGMD2I, LGMD1B and LGMD1C
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Distrofia muscular de cinturas em crianças: caracterização clínica, histológia e molecular / Limb-Girdle muscular dystrophy in Brazilian children: clinical, histological and molecular characterization

Marco Antonio Veloso de Albuquerque 04 October 2013 (has links)
Introdução: As distrofias de cinturas representam um grupo de miopatias progressivas, geneticamente determinadas, envolvendo 16 formas de herança autossômica recessiva e oito dominantes, sendo as formas recessivas mais comuns, particularmente em crianças. Caracterizam-se por fraqueza muscular progressiva de predomínio proximal em cinturas escapular e pélvica, existindo desde formas graves de início na infância a formas leves de início em adultos. A biópsia muscular, com estudo histológico e imunoistoquímico, é fundamental para o diagnóstico, porém o exame molecular é o teste padrão ouro para o diagnóstico de certeza. Objetivos: Determinar a freqüência dos diferentes subtipos de distrofia de cinturas em crianças na nossa população, descrevendo os aspectos clínicos, histológicos e moleculares. Resultados: Fizeram parte deste estudo 39 crianças provenientes do ambulatório de doenças neuromusculares do HC-FMUSP, sendo a proporção entre o sexo feminino e masculino de 3:1. A idade de início da doença variou de dois a 13 anos, com média de 7,5 anos. Os sinais e sintomas na apresentação clínica incluíram: quedas frequentes (22 casos), dificuldades em subir escadas (13 casos), marcha digitigrada (2 casos) e dificuldades para se levantar do chão (2 casos). Os níveis de CK foram elevados em todos os pacientes, sendo maiores naqueles com diferlinopatia e algumas formas de sarcoglicanopatias. Dentre os 39 pacientes, 37 foram classificados como LGMD. Destes, 15 (40,5%) receberam o diagnóstico de sarcoglicanopatia (LGMD2C-F), cinco (13,5%) de disferlinopatia (LGMD2B), cinco (13,5%) de calpainopatia, dois (5,5%) de LGMD1B, dois (5,5%) de LGMD2I, um (2,5%) de caveolinopatia (LGMD1A), e em sete (19%) não foi possível identificar o subtipo específico. A biópsia muscular mostrou um padrão distrófico em todos os casos, sendo mais acentuado nas sarcoglicanopatias e na LGMD2I. A presença de inflamação foi incomum na LGMD2B, e a presença de fibras lobuladas foi um achado marcante na LGMD2A. Conclusões: O diagnóstico do subtipo específico de LGMD em crianças é um desafio. Este estudo em crianças brasileiras provenientes de um centro de doenças neuromusculares de um grande hospital da rede pública mostrou alta frequência de sarcoglicanopatias, seguida por LGMD2A e LGMD2B. Já a LGMD2I parece ser incomum no Brasil / Background: Limb-girdle muscular dystrophies (LGMD) are a heterogeneous group of genetic muscular dystrophies, involving 16 autosomal recessive subtypes and eight autosomal dominant subtypes. Autosomal recessive dystrophy is far more common than autosomal dominant dystrophy, particularly in children. The clinical course in this group is characterized by progressive proximal weakness, initially in pelvic and after in shoulder-girdle musculature, varying from very mild to severe degree. Significant overlap of clinical phenotypes, with genetic and clinical heterogeneity, constitutes the rule for this group of diseases. Muscle biopsies are useful for histopathologic and immunolabeling studies, and DNA analysis is the gold standard to establish the specific form of muscular dystrophy. Objectives: The aim of this study was to characterize the clinical, histological and molecular aspects in children with LGMD who attend a big public neuromuscular centre in our country to determine the frequency of different forms. Results: Thirty seven patients were classified as LGMD and included in this analysis. The study period extended from 2009-2012. The female to male ratio was 3:1. The age of onset ranged from two to 13 years, mean 7,5 years. Onset in the first decade was seen in 90%. The initial clinical signs included: frequent falls (22 cases), difficulty in climbing stairs (13 cases), walk on tip toes (2 cases), difficulty in rising from the floor (2 cases) and difficulty on walking (1 case). The serum CK levels were high in all cases. Among the 37 patients, 15 (40,5%) were classified as sarcoglycanopathies (LGMD2C-F), five (13,5%) as dysferlinopathy (LGMD2B), five (13,5%) as calpainopathy (LGMD2A). Mutations in LMNA gene (LGMD1B), FKRP gene (LGMDI) and caveolin gene (LGMD 1C) were identified in two (5,5%), two (5,5%) and one patient (2,5%), respectively. In seven of 37 cases (19%) it was impossible to determine specific diagnosis. Calf hypertrophy, scapular winging and scoliosis were the most characteristic signs in sarcoglycanopathies. In LGMD2I calf hypertrophy is also observed. Atrophy of posterior compartment of thighs is frequent in children with LGMD2B and could suggest the diagnosis. In LGMD2A winging of scapulae and contractures in Achilles tendons were important findings. Muscle biopsy showed a dystrophic pattern in all cases, more intense in sarcoglycanopathies and LGMD2I. Differently from adult\'s patients, inflammation changes in dysferlinopaties were uncommon. Lobuled fibers were characteristic changes in calpainopathies in children. Conclusions: A definitive diagnosis among various subtypes of LGMD in children is challenging. Our series was a large study on LGMD in Brazilian children and showed high frequency of sarcoglycanopathies followed by LGMD2A, LGMD2B, LGMD2I, LGMD1B and LGMD1C
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Caracterização da força e da função muscular nas disferlinopatias em amostra brasileira / Characterization of muscle strength and function in Brazilian subjects with dysferlinopathy

Leite, Isabela Pessa Anequini 14 November 2017 (has links)
Introdução: As disferlinopatias são doenças genéticas causadas por alterações no gene da disferlina (DYSF), também denominadas distrofia muscular de cinturas (DMC) do tipo 2B, sendo a segunda em frequência em diversos países. A determinação de biomarcadores de função muscular desta doença se faz necessária. Objetivo: Estudo de caracterização da força e da função muscular nas disferlinopatias para estabelecer biomarcadores de habilidades motoras. Método: Amostra de 40 pacientes com dados de prontuário de força muscular (Medical Research Council - MRC), índice MRC, tempo de deambulação de 10 metros e, escalas de Vignos, Egen Klassifikation, Avaliação Funcional para distrofia muscular de Duchenne (FES-DMD) e North Star Ambulatory Assessment adaptada (a-NSAA). Resultados: Prevalência da disferlinopatia de 25,5% no Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células Tronco, idade média de 36,5 anos, 52,5% do sexo masculino e 75% deambuladores. Músculos mais acometidos: abdominal, glúteo, íliopsoas, isquiotibial, quadríceps femoral, tibial anterior e deltoide médio. Correlação forte entre MRC e tempo de deambulação de 10 metros (média r=0,77) e, muito forte da MRC distal dos MMII com a-NSAA (r=0,90). Interação da MRC dos membros superiores (MMSS) e membros inferiores (MMII) entre os segmentos proximal e distal (p < 0,001), sendo mais evidente em MMSS do que em MMII. Taxa variável de progressão da doença, com 60% dos pacientes moderadamente ou gravemente afetados com menos de 12 anos de doença. Conclusão: Os achados caracterizam o padrão de fraqueza muscular dos brasileiros com disferlinopatia como proximal e distal dos MMII, com comprometimento associado da região proximal dos MMSS, além de elucidar as habilidades motoras em relação ao processo de locomoção. A forte correlação encontrada entre a força muscular, o tempo de deambulação de 10 metros e a escala a-NSAA, associada ao acompanhamento da evolução do desempenho de alguns grupos músculos podem fornecer um biomarcador adequado para o estudo da doençaCharacterization of muscle strength and function in Brazilian subjects with dysferlinopathy / Introduction: Dysferlinopathies are genetic diseases, caused to changes in the disferlina gene (DYSF), also named limb-girdle dystrophy type 2B, that is the second one in frequency in several countries. The small number of biomarkers of functional performance researches brings the need for studies in this area. Objective: This study characterizes muscle strength and function in subjects with dysferlinopathy to establish biomarkers of motor skills. Method: Data were available from 40 patients and included muscle strength assessment using the Medical Research Council (MRC) power scale, MRC index, timed motor performances for walking and data from the Vignos, Egen Klassifikation, Functional Assessment for Duchenne muscular dystrophy (FES-DMD) and the adapted North Star Ambulatory Assessment (a-NSAA) scales. Results: The prevalence of dysferlinopathy was 25.5% in the Centre for the Study of the Human Genome and Stem Cells (CEGH-CEL), the mean cohort age was 36.5 years, 52.5% were males and 75% were walkers. The weaker muscle found were the abdominal, gluteus, iliopsoas, hamstrings, quadriceps femoris, tibialis anterior and medial deltoid. Strong correlations were observed between the MRC power score and walking time (r = 0.77) and very strong between the MRC distal lower limb power score and a-NSAA (r = 0.90). Interactions of MRC scores were observed between the upper and lower limbs and the proximal and distal regions (p < 0.001) but were more evident in the upper limbs. The disease progression rates were variable with 60% of patients moderately or severely affected after more than 12 years since diagnosis. Conclusion: These findings suggest the pattern of muscular weakness in Brazilians with dysferlinopathy is predominantly in the lower limbs (proximal and distal) with associated involvement of the proximal upper limbs and elucidates the motor abilities in relation to locomotion. Due to the strong correlation with muscle strength, the walking time and the a-NSAA scale, in association with monitoring the evolution of the performance of some specific muscles can provide a suitable biomarker for the study of the disease
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Caracterização da força e da função muscular nas disferlinopatias em amostra brasileira / Characterization of muscle strength and function in Brazilian subjects with dysferlinopathy

Isabela Pessa Anequini Leite 14 November 2017 (has links)
Introdução: As disferlinopatias são doenças genéticas causadas por alterações no gene da disferlina (DYSF), também denominadas distrofia muscular de cinturas (DMC) do tipo 2B, sendo a segunda em frequência em diversos países. A determinação de biomarcadores de função muscular desta doença se faz necessária. Objetivo: Estudo de caracterização da força e da função muscular nas disferlinopatias para estabelecer biomarcadores de habilidades motoras. Método: Amostra de 40 pacientes com dados de prontuário de força muscular (Medical Research Council - MRC), índice MRC, tempo de deambulação de 10 metros e, escalas de Vignos, Egen Klassifikation, Avaliação Funcional para distrofia muscular de Duchenne (FES-DMD) e North Star Ambulatory Assessment adaptada (a-NSAA). Resultados: Prevalência da disferlinopatia de 25,5% no Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células Tronco, idade média de 36,5 anos, 52,5% do sexo masculino e 75% deambuladores. Músculos mais acometidos: abdominal, glúteo, íliopsoas, isquiotibial, quadríceps femoral, tibial anterior e deltoide médio. Correlação forte entre MRC e tempo de deambulação de 10 metros (média r=0,77) e, muito forte da MRC distal dos MMII com a-NSAA (r=0,90). Interação da MRC dos membros superiores (MMSS) e membros inferiores (MMII) entre os segmentos proximal e distal (p < 0,001), sendo mais evidente em MMSS do que em MMII. Taxa variável de progressão da doença, com 60% dos pacientes moderadamente ou gravemente afetados com menos de 12 anos de doença. Conclusão: Os achados caracterizam o padrão de fraqueza muscular dos brasileiros com disferlinopatia como proximal e distal dos MMII, com comprometimento associado da região proximal dos MMSS, além de elucidar as habilidades motoras em relação ao processo de locomoção. A forte correlação encontrada entre a força muscular, o tempo de deambulação de 10 metros e a escala a-NSAA, associada ao acompanhamento da evolução do desempenho de alguns grupos músculos podem fornecer um biomarcador adequado para o estudo da doençaCharacterization of muscle strength and function in Brazilian subjects with dysferlinopathy / Introduction: Dysferlinopathies are genetic diseases, caused to changes in the disferlina gene (DYSF), also named limb-girdle dystrophy type 2B, that is the second one in frequency in several countries. The small number of biomarkers of functional performance researches brings the need for studies in this area. Objective: This study characterizes muscle strength and function in subjects with dysferlinopathy to establish biomarkers of motor skills. Method: Data were available from 40 patients and included muscle strength assessment using the Medical Research Council (MRC) power scale, MRC index, timed motor performances for walking and data from the Vignos, Egen Klassifikation, Functional Assessment for Duchenne muscular dystrophy (FES-DMD) and the adapted North Star Ambulatory Assessment (a-NSAA) scales. Results: The prevalence of dysferlinopathy was 25.5% in the Centre for the Study of the Human Genome and Stem Cells (CEGH-CEL), the mean cohort age was 36.5 years, 52.5% were males and 75% were walkers. The weaker muscle found were the abdominal, gluteus, iliopsoas, hamstrings, quadriceps femoris, tibialis anterior and medial deltoid. Strong correlations were observed between the MRC power score and walking time (r = 0.77) and very strong between the MRC distal lower limb power score and a-NSAA (r = 0.90). Interactions of MRC scores were observed between the upper and lower limbs and the proximal and distal regions (p < 0.001) but were more evident in the upper limbs. The disease progression rates were variable with 60% of patients moderately or severely affected after more than 12 years since diagnosis. Conclusion: These findings suggest the pattern of muscular weakness in Brazilians with dysferlinopathy is predominantly in the lower limbs (proximal and distal) with associated involvement of the proximal upper limbs and elucidates the motor abilities in relation to locomotion. Due to the strong correlation with muscle strength, the walking time and the a-NSAA scale, in association with monitoring the evolution of the performance of some specific muscles can provide a suitable biomarker for the study of the disease

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