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Para uma psicossociologia da máscara : sobre curativos, óculos e próteses faciais na trajetória de vida de pessoas que passaram por mutilações na face

Katarina Barbosa da Silva, Anna 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T22:59:01Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3612_1.pdf: 7774979 bytes, checksum: a5607e142ed9efe70d88ff88ec791fbf (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / Este estudo teve o objetivo de investigar os sentidos conferidos a mutilações faciais a partir das apercepções de pessoas que convivem com o agravo têm de si mesmas, na interface com a interação que estabelecem no meio social. Tal pesquisa foi desenvolvida a partir da interlocução entre abordagens Psicossociais, Antropológicas e da Psicologia da Cultura, as quais buscam localizar o corpo como elemento importante para constituição da pessoa e da identidade: Corpo que é, na cultura, instância a partir e/ou pela qual os sentidos são produzidos; Corpo-pessoa atravessado por agências e posições de sujeito frente ao discurso presente na sociedade. Neste contexto teórico onde se chama atenção a centralidade da cabeça e do rosto no que tange a construção da identidade da pessoa e suas vicissitudes localizamos o objeto desta investigação: a vivência da mutilação facial. A pesquisa foi realizada em dois locais: no Centro de Reabilitação Buco-Maxilo-Facial, que funciona no Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) e em um consultório particular para reabilitação facial. Utilizaram-se as técnicas de observação participante, entrevista semi-dirigida e entrevista com enfoque biográfico, perfazendo estas últimas o total de 16 (dezesseis) participantes. A análise temática e a dupla hermenêutica foram as formas de análise escolhidas para tratamento das informações e, a partir da transcrição fiel das entrevistas, procurou-se entrar em contato com as histórias narradas, que foram apresentadas como resultados em forma de síntese das falas dos sujeitos, procurando evidenciar trechos que passaram por interpretações do pesquisador, o que já significou uma pré-análise do corpo de dados obtidos. Observou-se que o acréscimo de curativos, óculos e próteses faciais parece auxiliar na afirmação pessoal diante da impossibilidade sentida para modificar sua condição de existir como era antes , pois que agora se tem um buraco no rosto . A mutilação é significada como uma espécie de estigma da monstruosidade , sobre o qual Frankenstein, O corcunda de Norte Dame e, em especial, O fantasma da Ópera, já nos falavam desde as paginas da ficção. Numa tentativa de adequação social por meio daqueles acessórios, estes acabariam por funcionar como aquilo que mascara, ao mesmo momento que revela tal condição. Tais acessórios, para alguns, parecem facilitar a interação social, especialmente junto àqueles com os quais existem laços afetivos, familiares ou de amizade, sendo a aceitação por estes últimos ressaltada como fundamental para que os momentos difíceis advindos com a mutilação possam ser atravessados. O fato é que, e considerando a sociedade abrangente, as pessoas se sentem demasiadamente observadas, analisadas, avaliadas negativamente por causa desta modificação na face. Ainda assim, vislumbrou-se situações em que o indivíduo teve o poder de demonstrar sua diferença e sua autonomia, mesmo onde eram conhecidas as normas estigmatizantes presentes na sociedade. Também, nos espaços visitados, a princípio pensados para dar suporte a vivência da mutilação, não foi possível perceber a existência de grupos, ou instâncias de compartilhamento de experiências. As narrativas sugerem que o atendimento individual, focado na oferta de próteses, nem sempre contribui para a busca do convívio social, sendo o afastamento resposta comum ao que chamamos de estigma da monstruosidade : sentir-se ser recebido como diferente, estranho e até assustador. Estigma que permanece, mesmo para aqueles que já fazem uso de curativos, óculos e prótese facial. Os dados sinalizam que o caminho para lidar com o estigma, socialmente compartilhado e incorporado pela pessoa, está menos no uso de máscaras , e mais no de afirmar, para os que passaram pela mutilação e para seus outros, as suas humanidades

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