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Não adesão ao tratamento: efeitos para a equipe e efeito da equipe / Non-adherence to treatment: effects to team and effect from teamFerreira, Ana Paula Chacon 29 June 2017 (has links)
A não adesão ao tratamento é um terreno complexo para compreensão e manejo. Este estudo evidenciou os profissionais de saúde que, cotidianamente, são interpelados por tal questão. O objetivo foi refletir acerca de quais os efeitos da não adesão ao tratamento para a equipe de saúde, assim como quais ações/reações da equipe podem gerar, como efeito, a não adesão ao tratamento. O instrumento de coleta de dados foi uma entrevista semiestruturada. A amostra foi composta por 10 profissionais que trabalham com adolescentes em tratamento de doenças crônicas, entre eles: médicos (as), psicólogos (as), fisioterapeutas, nutricionistas e enfermeiros (as). O método para análise dos dados foi a Análise Temática e a Psicanálise foi utilizada para interpretação e discussão do material. Como resultado, a não adesão foi vinculada às carências (socioeconômicas, familiares e educacionais) percebidas nos pacientes, ao período da adolescência (quando o próprio paciente começa a cuidar de seu tratamento) e ao sofrimento advindo da condição da doença. Outros elementos também foram identificados: a presença de uma dinâmica entre paciente-família-equipe, da qual emergiu um ciclo de encaminhamentos, cujo objetivo poderia significar uma tentativa de eliminação de um incômodo (a não adesão), produzindo a cronificação do mesmo. Verificou-se, também, a presença de uma confusão entre cuidado e controle, sendo que as relações estiveram permeadas por desconfiança, verificação e correção. Percebeu-se, ainda, a relação entre não adesão e frustração, seja porque o tratamento é insuficiente para evitar o sofrimento do paciente, podendo até mesmo causá-lo; seja pelo desconforto advindo da percepção de não cooperação do outro, acarretando em uma sensação de inutilidade do trabalho realizado. Ao final, como efeitos para a equipe, evidenciou-se a presença de profissionais envolvidos por um discurso de frustração e impotência. Como efeitos da equipe, verificam-se profissionais produzindo aquilo a de que se queixam, pelos lugares subjetivos que delineiam e cristalizam nas relações. A partir disso, problematiza-se o sentido que a não adesão ao tratamento assume no contexto assistencial (falha que impede o trabalho, necessitando ser controlada/corrigida/extirpada), o que dificulta abordá-la como um sintoma que necessita ser colocado em evidência, já que pode sinalizar os percalços (e as possíveis resoluções) de um contrato relacional, no qual a própria equipe está, necessariamente, implicada / Non-adherence to treatment is a complex field for understanding and handling. This study emphasizes the health professionals who, on a daily basis, face this question. The objective is to think over on the effects of non-adherence to treatment to the health team, as well as which actions/reactions from the team can generate, as an effect, non-adherence to treatment. The instrument of data collection is a semi-structured interview. The sample consists of 10 professionals working with adolescents in the treatment of chronic illness: doctors, psychologists, physiotherapists, nutritionists and nurses. The method for data analysis is Thematic Analysis, and Psychoanalysis is used for interpretation and discussion. As a result, non-adherence is related to: a socioeconomic, family and educational lack in the patients; to the adolescence period (when the patient begins to take care of his/her own treatment); and to the suffering coming from the condition of the disease. Other elements are also identified: the presence of a patient-family-team dynamics, from which a cycle of problem transmission to the other arises, wich could mean an attempt to eliminate a nuisance (non-adherence), producing a chronification of the issue. It is also verified the presence of a confusion between care and control, and the relations are permeated by distrust, verification and correction. The relationship between non-adherence and frustration are also noticed, because the treatment is insufficient to avoid the suffering of the patient, and may even cause it; or because of the discomfort arising from the perception of non-cooperation of the other, resulting in a sense of uselessness of the work performed. In the end, as effects to the team, the presence of professionals involved by a speech of frustration and impotence is evidenced. As effects from the team, it is possible to notice professionals producing what they complain about, by the subjective places that delineate and crystallize in relationships. From this, the meaning that non-adherence to treatment assumes in the care context (failure that restrains work, need to be controlled/corrected/eliminated) is problematized, which makes it difficult to approach it as a symptom that needs to be highlighted, since it can mean the mishaps (and possible resolutions) of a relational contract, in which the team itself is necessarily involved
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Não adesão ao tratamento: efeitos para a equipe e efeito da equipe / Non-adherence to treatment: effects to team and effect from teamAna Paula Chacon Ferreira 29 June 2017 (has links)
A não adesão ao tratamento é um terreno complexo para compreensão e manejo. Este estudo evidenciou os profissionais de saúde que, cotidianamente, são interpelados por tal questão. O objetivo foi refletir acerca de quais os efeitos da não adesão ao tratamento para a equipe de saúde, assim como quais ações/reações da equipe podem gerar, como efeito, a não adesão ao tratamento. O instrumento de coleta de dados foi uma entrevista semiestruturada. A amostra foi composta por 10 profissionais que trabalham com adolescentes em tratamento de doenças crônicas, entre eles: médicos (as), psicólogos (as), fisioterapeutas, nutricionistas e enfermeiros (as). O método para análise dos dados foi a Análise Temática e a Psicanálise foi utilizada para interpretação e discussão do material. Como resultado, a não adesão foi vinculada às carências (socioeconômicas, familiares e educacionais) percebidas nos pacientes, ao período da adolescência (quando o próprio paciente começa a cuidar de seu tratamento) e ao sofrimento advindo da condição da doença. Outros elementos também foram identificados: a presença de uma dinâmica entre paciente-família-equipe, da qual emergiu um ciclo de encaminhamentos, cujo objetivo poderia significar uma tentativa de eliminação de um incômodo (a não adesão), produzindo a cronificação do mesmo. Verificou-se, também, a presença de uma confusão entre cuidado e controle, sendo que as relações estiveram permeadas por desconfiança, verificação e correção. Percebeu-se, ainda, a relação entre não adesão e frustração, seja porque o tratamento é insuficiente para evitar o sofrimento do paciente, podendo até mesmo causá-lo; seja pelo desconforto advindo da percepção de não cooperação do outro, acarretando em uma sensação de inutilidade do trabalho realizado. Ao final, como efeitos para a equipe, evidenciou-se a presença de profissionais envolvidos por um discurso de frustração e impotência. Como efeitos da equipe, verificam-se profissionais produzindo aquilo a de que se queixam, pelos lugares subjetivos que delineiam e cristalizam nas relações. A partir disso, problematiza-se o sentido que a não adesão ao tratamento assume no contexto assistencial (falha que impede o trabalho, necessitando ser controlada/corrigida/extirpada), o que dificulta abordá-la como um sintoma que necessita ser colocado em evidência, já que pode sinalizar os percalços (e as possíveis resoluções) de um contrato relacional, no qual a própria equipe está, necessariamente, implicada / Non-adherence to treatment is a complex field for understanding and handling. This study emphasizes the health professionals who, on a daily basis, face this question. The objective is to think over on the effects of non-adherence to treatment to the health team, as well as which actions/reactions from the team can generate, as an effect, non-adherence to treatment. The instrument of data collection is a semi-structured interview. The sample consists of 10 professionals working with adolescents in the treatment of chronic illness: doctors, psychologists, physiotherapists, nutritionists and nurses. The method for data analysis is Thematic Analysis, and Psychoanalysis is used for interpretation and discussion. As a result, non-adherence is related to: a socioeconomic, family and educational lack in the patients; to the adolescence period (when the patient begins to take care of his/her own treatment); and to the suffering coming from the condition of the disease. Other elements are also identified: the presence of a patient-family-team dynamics, from which a cycle of problem transmission to the other arises, wich could mean an attempt to eliminate a nuisance (non-adherence), producing a chronification of the issue. It is also verified the presence of a confusion between care and control, and the relations are permeated by distrust, verification and correction. The relationship between non-adherence and frustration are also noticed, because the treatment is insufficient to avoid the suffering of the patient, and may even cause it; or because of the discomfort arising from the perception of non-cooperation of the other, resulting in a sense of uselessness of the work performed. In the end, as effects to the team, the presence of professionals involved by a speech of frustration and impotence is evidenced. As effects from the team, it is possible to notice professionals producing what they complain about, by the subjective places that delineate and crystallize in relationships. From this, the meaning that non-adherence to treatment assumes in the care context (failure that restrains work, need to be controlled/corrected/eliminated) is problematized, which makes it difficult to approach it as a symptom that needs to be highlighted, since it can mean the mishaps (and possible resolutions) of a relational contract, in which the team itself is necessarily involved
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Subjetividade do homem idoso e a relação com a não adesão ao tratamento anti-hipertensivo: "estudo dos indivíduos do sexo masculino cadastrados no programa de saúde da familia na região leste de São Paulo"Ohara, Elisabete Calabuig Chapina 08 December 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-12-08 / World has been suffering demographic transformations, which are reflecting in a population
aging, causing changes in the social and economic aspects. In Brazil, in the next 20 years, the
elderly people will be probably over 30 million people, almost 13% of the population
according to data informed by Geography and Statistics Brazilian Institute (BRAZIL, 2003).
Among the illnesses that attack elderly people, the arterial hypertension is the most frequent
one, affecting about 60 to 70% of this population. It is frequent the presence of two or more
illnesses in the same elder, what causes a greater demand on public health. Relating to the
same sort, several studies show that there is less adhesion to the treatment for the male
population. Based on this context, I decided to think about cultural, social and cognitive
aspects of the elder who suffers from hypertension in relation to his not adhesion. I tried to
understand the men s perception about the medicinal action and their relationship with the
health professionals. It was a descriptive and qualitative study, for the approach remained
serving the research, with the aim of reaching the best of the desired knowledge (LAVILLE,
1999). I tried to understand the problems that appear in the social field, in order to contribute
to the solution of the same ones. The persons of the research had been elderly male that suffer
from hypertension and not adhere to the treatment, registered in the official list of a Family
Health Basic Unit, which is located in the east side of São Paulo city. In the attempt of
knowing them, it was applied a mean of collect with opened questions in the form of semistructured
interview, in which I tried to approach myself to their cultural codes through their
own speeches. According to the deponents, I visualized the difficulties experienced for them
in relation to their not adhesion to the treatment. Cultural concepts had been used for analysis
of the data and, at the same time, I used others theoretical elements, emphasising the large
diversity of the deponents speeches. Theoretical referential developed by anthropologist
Geertz and the Paidéia de Campos method had been used too. Based on the analysis, I
observed that for a part of men, the aging is faced as the end of the life, a phase in which
should not created perspectives refereeing to the quality of live, while to others, in spite of
being difficult, as they say, the aging appears as an opportunity to know and accomplish
things that brings pleasure. The alcoholism and the difficulty of communication between the
professionals and users collaborate to their not adhesion to the treatment. The social cultural
factors appeared as contributors to the construction of the male subjectivity, increasing the
disadvantage some how the morbid mortality of the men in relation to the women. The
conclusion that the lack of equality in the offered services in relation to the attention to the
male health influences directly and it has an impact in his not adhesion to the treatment. / O mundo está passando por transformações demográficas, refletindo em um envelhecimento
populacional, acarretando mudanças nos aspectos sociais e econômicos. No Brasil, nos
próximos 20 anos, a população idosa poderá ultrapassar os 30 milhões de pessoas, quase 13%
da população, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(BRASIL, 2003). Dentre as doenças que acometem os idosos, a hipertensão arterial é a mais
freqüente, aparecendo em 60 a 70% dessa população. É freqüente em um mesmo idoso a
presença de duas ou mais doenças, o que causa uma maior demanda na saúde pública. Em
relação ao gênero, vários estudos demonstram que existe menor adesão ao tratamento por
parte da população masculina. A partir desse contexto, decidi refletir sobre os aspectos
culturais, sociais e cognitivos do homem idoso hipertenso e a não adesão, compreender a
percepção que o homem apresenta em relação à ação medicamentosa e aos profissionais da
saúde. Tratou-se de um estudo qualitativo descritivo, pois a abordagem realizada permaneceu
a serviço da pesquisa, com o objetivo de tirar o melhor possível dos saberes
desejados.(LAVILLE,1999). Procurei compreender os problemas que surgem no campo
social, a fim de contribuir para a solução dos mesmos. Os sujeitos da pesquisa foram homens
idosos hipertensos que não aderem ao tratamento, cadastrados em uma Unidade Básica da
Saúde da Família, localizada na Região Leste da Cidade de São Paulo. Na tentativa de
conhecê-los, foi aplicado um instrumento de coleta com perguntas abertas na forma de
entrevista semi-estruturada, quando procurei me aproximar dos seus códigos culturais por
meio dos seus discursos. A partir da fala dos depoentes, visualizei as dificuldades vivenciadas
por eles em relação à não adesão ao tratamento. Para análise dos dados, foram utilizados
elementos teóricos, valorizando a riqueza dos relatos dos depoentes, o referencial
desenvolvido pelo antropólogo Geertz e o método Paidéia de Campos. A partir da análise
realizada, observei que para uma parcela dos sujeitos, o envelhecimento é visto como o fim da
vida, uma fase na qual não se deve criar perspectivas referentes à qualidade de vida, enquanto
para outros, apesar de ser difícil, como verbalizaram, o envelhecer aparece como uma
oportunidade para conhecer e realizar o que dá prazer. Colaboram para a não adesão a
presença do alcoolismo e a dificuldade de comunicação entre os profissionais e usuários. Os
fatores socioculturais apareceram como contribuintes para a construção da subjetividade
masculina, favorecendo uma desvantagem em termos de morbi-mortalidade do homem em
relação à mulher. Conclui-se que a falta de eqüidade nos serviços oferecidos em relação à
atenção à saúde do homem influencia diretamente e tem impacto na sua não adesão ao tratamento
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