FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / A presente pesquisa intitulada AdolescÃncia, risco e proteÃÃo: um estudo narrativista-dialÃgico sobre trajetÃrias de vida trata de um estudo interessado nas histÃrias de vida de adolescentes que vivem em situaÃÃes de vulnerabilidade social, a fim de perceber o que suas narrativas revelam sobre risco e como se processa a construÃÃo social dessas significaÃÃes. Para tanto, foram entrevistados, por meio da tÃcnica de entrevista narrativa auto-biogrÃfica, cinco adolescentes, alunos da Escola de DanÃa e IntegraÃÃo Social para CrianÃa e Adolescente â Edisca, organizaÃÃo nÃo-governamental, que trabalha com uma proposta educativa centralizada na arte, junto a crianÃas e adolescentes provenientes de Ãreas em desvantagem social da cidade de Fortaleza. Para fins de anÃlise, trabalhou-se com trÃs das cinco histÃrias autobiogrÃficas. Duas perspectivas teÃricas emolduraram a abordagem adotada com essa problemÃtica: a narrativista e a dialÃgica. A primeira amparada nos estudos interessados na natureza narrativa da experiÃncia humana, tendo como expoente o psicÃlogo Jerome Bruner. A segunda fundamentada nas elaboraÃÃes teÃricas de Mikhail Bakhtin a respeito dos processos de dialogismo, polifonia e alteridade. TambÃm contribuÃram teoricamente as reflexÃes da teoria do desenvolvimento humano RedSig sobre âcircunscritoresâ e âposicionamentoâ, assim como as elaboraÃÃes da psicologia positiva a respeito de risco, proteÃÃo e resiliÃncia. Independente do estatuto ontolÃgico dos eventos e circunstÃncias que apresentam perigo ou dano aos jovens, este trabalho evita fixar o significado de ârisco socialâ, investigando, por meios narrativos e numa perspectiva dialÃgica, como adolescentes compreendem o risco no seu cotidiano e como se podem interpretar tais significados em diÃlogo com os narradores e os textos acadÃmicos sobre a temÃtica. A partir das histÃrias de vida desses trÃs adolescentes, observou-se que cada um, ao seu modo, pÃde revelar suas significaÃÃes sobre risco e proteÃÃo social, sendo possÃvel, em alguns casos, uma aproximaÃÃo com o conceito de resiliÃncia. Nessas histÃrias, escutam-se sinalizaÃÃes sobre as trajetÃrias de outros jovens, prÃximas a eles, ambientadas em situaÃÃes de risco. Na co-construÃÃo das narrativas de vida, as famÃlias aparecem em destaque. A Edisca mostra-se como uma voz que ajuda a construir um desenvolvimento saudÃvel. à comum a expectativa de um futuro feliz. A pretensÃo desta pesquisa à contribuir com os diÃlogos acadÃmicos e sociais a respeito da adolescÃncia que vive em situaÃÃo de vulnerabilidade social, como tambÃm a respeito de risco e proteÃÃo social, rompendo com estigmas sobre o destino de adolescentes de determinadas condiÃÃes, entendendo-os como protagonistas de suas âhistÃrias de vida compartilhadasâ. AlÃm de subsidiar reflexÃes Ãs instituiÃÃes e aos profissionais, em especial aos psicÃlogos, que desenvolvem aÃÃes com adolescentes, a respeito de suas construÃÃes subjetivas. / This research entitled Adolescence, risk and protective: a study on dialogic narrativist-life trajectories it is a study interested in the life stories of teens who live in situations of social vulnerability in order to understand what their narratives reveal about risk and how it handles the social construction of these meanings. For both, were interviewed using the technique of auto-biographical narrative interview, three teenagers, students of the School of Dance and Social Integration for Children and Adolescents - EDISCA, non-governmental organization that works with an educational approach centered on art together children and adolescents from socially disadvantaged areas of the city of Fortaleza. Two theoretical perspectives framed the approach taken with this problem: the narrativist and dialogic. The first supported in studies interested in the narrative nature of human experience, with the exponent of the psychologist Jerome Bruner. The second grounded in theoretical elaborations of Mikhail Bakhtin concerning the processes of dialogism, polyphony and otherness. Theoretically also contributed to the reflections of human development theory RedSig on "constraints" and "positioning" as well as the elaboration of positive psychology on risk, protection and resilience. Independent ontological status of events and circumstances that present a danger or harm to young people, this work avoids fixing the meaning of "social risk" by investigating, by means of a narrative and dialogical perspective, how teens understand the risk in their daily lives and how they can interpret such meanings in dialogue with the narrators and the scholarly literature on the topic. From the life stories of three teenagers showed that each, in their way, might reveal their meanings about risk and social protection, if possible, in some cases, an approach to the concept of resilience. In these stories, listen to signals on the paths of other young people close to them, acclimated in risky situations. In the co-construction of life narratives, families appear highlighted. The EDISCA shows up as a voice that helps build a healthy development. It is a common expectation of a happy future. The intention of this research is to contribute to the academic and social dialogues about teenager living in socially vulnerable, but also about risk and social protection, breaking stigmas about the fate of adolescents with certain conditions, understanding them as protagonists of their "life stories shared." In addition to funding considerations to institutions and professionals, especially to psychologists, to develop actions with adolescents about their subjective constructions.