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Naturalismo biolÃgico: a soluÃÃo dualista de John Searle para o problema mente-corpo

Maxwell Morais de Lima Filho 23 June 2010 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O objetivo deste trabalho à propor uma classificaÃÃo do naturalismo biolÃgico de John Searle em uma das concepÃÃes teÃricas de Filosofia da Mente. Para tanto, apresentarei uma visÃo panorÃmica das principais teorias e uma exposiÃÃo das teses que compÃem o naturalismo biolÃgico, com o intuito de comparar este com aquelas. O prÃprio Searle resiste em rotular o naturalismo biolÃgico, jà que, segundo ele, todas as teorias da tradiÃÃo em Filosofia da Mente partem de um pressuposto equivocado, a saber, o dualismo conceitual, segundo o qual hà uma exclusÃo mÃtua entre as categorias fÃsica e mental: o fÃsico à nÃo mental, e o mental à nÃo fÃsico. Para Searle, fenÃmenos mentais sÃo biolÃgicos e, portanto, sÃo fÃsicos. No entanto, isso nÃo significa que hà uma reduÃÃo ontolÃgica do mental ao fÃsico, pois existe uma distinÃÃo ontolÃgica entre esses dois nÃveis â ontologia de primeira pessoa e ontologia de terceira pessoa, respectivamente. O problema à que com tal distinÃÃo ontolÃgica, Searle acaba por criar um novo tipo de dualismo, que em vez de contrapor o fÃsico ao mental, contrapÃe o objetivo (ontologia de terceira pessoa) ao subjetivo (ontologia de primeira pessoa). Por defender o fisicalismo ontolÃgico e, ao mesmo tempo, endossar que os eventos mentais sÃo reais, causalmente eficazes e ontologicamente irredutÃveis, a concepÃÃo de Searle converge em muitos pontos com o fisicalismo nÃo-redutivo e com o dualismo de propriedade. Compararei o naturalismo biolÃgico com ambas as teorias e, ao final, terei subsÃdios para argumentar o porquà de classificÃ-lo em uma delas e nÃo na outra. / The objective of this work is to propose a classification of John Searle‟s biological naturalism in one of theoretical conceptions of Philosophy of Mind. In order to do that, I will present a panoramic vision of principal theories and a presentation of theses of biological naturalism in order to compare this with those. Searle himself resist to label the biological naturalism since, according him, all theories of tradition in Philosophy of Mind start from a mistaken assumption, that is, the conceptual dualism, according to which there is a mutual exclusion between the physical and mental categories: the physical is not mental, and mental is not physical. For Searle, mental phenomena are biological and, therefore, physical. However, this does not mean that there is an ontological reduction of mental to physical, because there is an ontological distinction between these two levels â first-person ontology and third-person ontology, respectively. The problem is that with such ontological distinction, Searle ends up creating a new kind of dualism, that instead of countering the physical to the mental, opposes the objective (third-person ontology) to the subjective (first-person ontology). By defending the ontological physicalism and, at the same time, to endorse that mental events are real, causally effective and ontologically irreducible, Searle‟s conception converges at many points with the non-reductive physicalism and property dualism. I will compare the biological naturalism with both theories and â at the end â I will have subsidies to argue why classify it in one and not the other.

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