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A imagem rarefeita : entre o vazio e o infinitoPrates, Katia Maria Kariya January 2011 (has links)
A partir da minha produção de fotografias da série Paredes, este estudo investiga a representação de paredes brancas e relaciona as imagens produzidas com as reflexões dos teóricos contemporâneos de arte Hanneke Grootenboer, sobre fundos de naturezas-mortas da Holanda seiscentista, e Georges Didi-Huberman, sobre a representação de paredes em alguns afrescos de Fra Angelico. As interpretações de ambos apontam como tais imagens de paredes, usualmente encontradas em fundos pictóricos, podem ser consideradas como áreas onde há a ocorrência de algo que excede a representação. A série Paredes propõe a análise de imagens que qualificamos como rarefeitas e neutras com a intenção de verificar se elas apresentam ou evocam algo diverso da cena fotografada, como o vazio proposto por Grootenboer ou o infinito divino sugerido por Didi-Huberman em imagens similares. Ao utilizar o conceito de “neutro” de Roland Barthes, podemos situar essas imagens, por serem representações de superfícies inexpressivas e sem importância, em um campo de oscilação no qual elas não aderem a nenhuma posição fixa quanto à definição de seu conteúdo. A condição de deriva – inerente ao neutro – que as imagens de parede carregam as tornam potências com capacidade de suscitar quaisquer ideias, inclusive opostas e extraordinárias, como as de vazio e de infinito. / This study is based on my photographic work the Paredes series and investigates the representation of white walls, relating the images to the work of the contemporary art theorists Hanneke Grootenboer and Georges Didi-Huberman, the former reflecting on the backgrounds of 17th-century Dutch still-life painting and the latter considering the representation of walls in some of Fra Angelico’s frescos. Their interpretations indicate how such images of walls usually found in the backgrounds of paintings might be considered as areas where something occurs that goes beyond representation. The Paredes series proposes an analysis of images that we consider neutral or less dense, with the aim of testing whether they present or evoke something other than the photographic scene, such as the void proposed by Grootenboer or the divine infinity suggested by Didi-Huberman in similar images. By employing Roland Barthes’s concept of the “neutral” we might, due to their being representations of inexpressive surfaces of no importance, situate these images in a field of fluctuation, in which they adopt no fixed position in terms of definition of content. The condition of drift – inherent to the neutral – contained in the images of walls, gives them potential to support any idea, including contrasting and exceptional ones such as the void and infinity.
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Natureza-morta sobre a praia : deslocamento do sujeito e o invisível da paisagem na metafísica de Filippo de PisisPina, Raisa Ramos de 08 March 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Artes, Programa de Pós-graduação em Arte, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-05-12T15:11:32Z
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Atenciosamente on 2017-05-24T20:04:56Z (GMT) / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-05-25T15:53:58Z
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Previous issue date: 2017-05-26 / O pintor italiano do início do século XX Filippo de Pisis criou, ao longo de aproximadamente quarenta anos, composições de natureza-morta sobre a praia, com a paisagem litorânea de plano de fundo: mar, horizonte, céu e, por vezes, uma figura humana solitária contempladora. A frequência dessa produção e o destaque dado à paisagem apesar de as telas serem batizadas como natureza-morta suscitam, em um primeiro momento, questionamentos a respeito da definição do conceito de natureza-morta, que se mostra complexo e flexível ao longo da história da arte, além de problematizar a tensão entre gêneros pictóricos. Mais do que uma simples sobreposição de gêneros – natureza-morta e paisagem –, a composição evidencia o interesse metafísico do pintor, que contribuiu na década de 1910 com a nascente proposta de Giorgio de Chirico. A Escola Metafísica não foi uma vanguarda e os artistas que participaram dela tiveram produções independentes, difíceis de serem aproximadas pela estética, mas similares para além do visível, por meio do deslocamento do sujeito da obra e da revelação do invisível. A partir disso, esta dissertação analisa a metafísica dos elementos praianos recorrentes da paisagem de Filippo de Pisis, em diálogo constante com o gênero de natureza-morta. A tensão entre os gêneros e a metafísica do italiano apontam para uma ressignificação da morte: não seria mais castigo aos humanos pecadores, mas a concretização da promessa divina de vida eterna. / The early 20th-century Italian painter Filippo de Pisis created, over approximately forty years, stilllife compositions on the beach, with coastal landscape backgrounds: the sea, the horizon, the sky and sometimes a lonely human being figure. The frequency of this production and the emphasis given to the landscape, despite the fact that the canvases are called still-life, rise questions about the definition of the concept of still-life, which is complex and flexible throughout the history of Art, in addition to problematizing the tension between pictorial genres. More than a simple overlapping of the genres - still life and landscape - the composition evidences the metaphysical interest of the painter, who contributed in the decade of 1910 with the nascent proposal of Giorgio de Chirico. The Metaphysical School was not a vanguard and the artists who participated in it had independent productions, difficult to approximate by aesthetics, but similar to the visible, through the displacement of the subject of the work and the revelation of the invisible. From this, this dissertation analyzes the metaphysics of the recurrent beach elements of the Filippo de Pisis' landscapes, in constant dialogue with the genre of still life. The tension between the genres and the metaphysics of the Italian point to a re-signification of death: it would be no more punishment for sinful humans, but the concretization of the divine promise of eternal life. / Le peintre italien du debut du XXeme siècle Filippo de Pisis a créé, pendant environ quarante ans, des compositions de nature morte sur la plage avec de paysage côtier au fond: la mer, l’horizon, le ciel et, parfois, une figure humaine solitaire contemplative. La fréquence de cette prodution et l’accentuation données au paysage malgré que les tableaux soient nommés comme nature morte évoquent, dans un premier moment, quelques doutes à propôs de la definition du concept nature morte, qui se montre complexe et flexible à travers l’histoire de l’art, un plus de problématiser la tension entre genres picturaux. Plus qu’un simple superposition de genres – la nature morte et le paysage – la composition evoque l’intérêt métaphysique du peintre, qui a contribué dans la décennie 1910 à la proposition de Giorgio de Chirico. L’École Métaphysique n’était pas un mouvement d’avant-garde et les artistes qui y ont participé ont eu des produtions indépendantes, dificiles à rapprochées par l’esthétique, mais similaires au-delà du visible, à travers le déplacement du sujet de l’ œuvre et de la révélation de l’invisible. A partir de celà, cette dissertation analyse la métaphysique des élements de la plage solvente présents dans le paysage de Filippo de Pisis, em dialogue constant avec le genre de nature morte. La tension entre genres et la métaphysique de l’italian pointent vers une resignification de la mort: ce n’est plus une punition aux humains pêcheurs, mais la concretization de la promesse divine de la vie éternelle.
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A imagem rarefeita : entre o vazio e o infinitoPrates, Katia Maria Kariya January 2011 (has links)
A partir da minha produção de fotografias da série Paredes, este estudo investiga a representação de paredes brancas e relaciona as imagens produzidas com as reflexões dos teóricos contemporâneos de arte Hanneke Grootenboer, sobre fundos de naturezas-mortas da Holanda seiscentista, e Georges Didi-Huberman, sobre a representação de paredes em alguns afrescos de Fra Angelico. As interpretações de ambos apontam como tais imagens de paredes, usualmente encontradas em fundos pictóricos, podem ser consideradas como áreas onde há a ocorrência de algo que excede a representação. A série Paredes propõe a análise de imagens que qualificamos como rarefeitas e neutras com a intenção de verificar se elas apresentam ou evocam algo diverso da cena fotografada, como o vazio proposto por Grootenboer ou o infinito divino sugerido por Didi-Huberman em imagens similares. Ao utilizar o conceito de “neutro” de Roland Barthes, podemos situar essas imagens, por serem representações de superfícies inexpressivas e sem importância, em um campo de oscilação no qual elas não aderem a nenhuma posição fixa quanto à definição de seu conteúdo. A condição de deriva – inerente ao neutro – que as imagens de parede carregam as tornam potências com capacidade de suscitar quaisquer ideias, inclusive opostas e extraordinárias, como as de vazio e de infinito. / This study is based on my photographic work the Paredes series and investigates the representation of white walls, relating the images to the work of the contemporary art theorists Hanneke Grootenboer and Georges Didi-Huberman, the former reflecting on the backgrounds of 17th-century Dutch still-life painting and the latter considering the representation of walls in some of Fra Angelico’s frescos. Their interpretations indicate how such images of walls usually found in the backgrounds of paintings might be considered as areas where something occurs that goes beyond representation. The Paredes series proposes an analysis of images that we consider neutral or less dense, with the aim of testing whether they present or evoke something other than the photographic scene, such as the void proposed by Grootenboer or the divine infinity suggested by Didi-Huberman in similar images. By employing Roland Barthes’s concept of the “neutral” we might, due to their being representations of inexpressive surfaces of no importance, situate these images in a field of fluctuation, in which they adopt no fixed position in terms of definition of content. The condition of drift – inherent to the neutral – contained in the images of walls, gives them potential to support any idea, including contrasting and exceptional ones such as the void and infinity.
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A imagem rarefeita : entre o vazio e o infinitoPrates, Katia Maria Kariya January 2011 (has links)
A partir da minha produção de fotografias da série Paredes, este estudo investiga a representação de paredes brancas e relaciona as imagens produzidas com as reflexões dos teóricos contemporâneos de arte Hanneke Grootenboer, sobre fundos de naturezas-mortas da Holanda seiscentista, e Georges Didi-Huberman, sobre a representação de paredes em alguns afrescos de Fra Angelico. As interpretações de ambos apontam como tais imagens de paredes, usualmente encontradas em fundos pictóricos, podem ser consideradas como áreas onde há a ocorrência de algo que excede a representação. A série Paredes propõe a análise de imagens que qualificamos como rarefeitas e neutras com a intenção de verificar se elas apresentam ou evocam algo diverso da cena fotografada, como o vazio proposto por Grootenboer ou o infinito divino sugerido por Didi-Huberman em imagens similares. Ao utilizar o conceito de “neutro” de Roland Barthes, podemos situar essas imagens, por serem representações de superfícies inexpressivas e sem importância, em um campo de oscilação no qual elas não aderem a nenhuma posição fixa quanto à definição de seu conteúdo. A condição de deriva – inerente ao neutro – que as imagens de parede carregam as tornam potências com capacidade de suscitar quaisquer ideias, inclusive opostas e extraordinárias, como as de vazio e de infinito. / This study is based on my photographic work the Paredes series and investigates the representation of white walls, relating the images to the work of the contemporary art theorists Hanneke Grootenboer and Georges Didi-Huberman, the former reflecting on the backgrounds of 17th-century Dutch still-life painting and the latter considering the representation of walls in some of Fra Angelico’s frescos. Their interpretations indicate how such images of walls usually found in the backgrounds of paintings might be considered as areas where something occurs that goes beyond representation. The Paredes series proposes an analysis of images that we consider neutral or less dense, with the aim of testing whether they present or evoke something other than the photographic scene, such as the void proposed by Grootenboer or the divine infinity suggested by Didi-Huberman in similar images. By employing Roland Barthes’s concept of the “neutral” we might, due to their being representations of inexpressive surfaces of no importance, situate these images in a field of fluctuation, in which they adopt no fixed position in terms of definition of content. The condition of drift – inherent to the neutral – contained in the images of walls, gives them potential to support any idea, including contrasting and exceptional ones such as the void and infinity.
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