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A concepção da posição original na filosofia de John Rawls: uma reconstrução histórico-filosófica até A theory of justice / The conception of original position in John Rawls’s philosophy: a historical-philosophical reconstruction to A theory of justice

Marinho, William Tito Schuman [UNIFESP] 18 October 2013 (has links) (PDF)
Submitted by Andrea Hayashi (deachan@gmail.com) on 2016-06-27T14:41:59Z No. of bitstreams: 1 dissertacao-william-tito-schuman-marinho.pdf: 1564748 bytes, checksum: 901cf14e5cdf77cf922cb8a7fc6e229a (MD5) / Approved for entry into archive by Andrea Hayashi (deachan@gmail.com) on 2016-06-27T15:09:14Z (GMT) No. of bitstreams: 1 dissertacao-william-tito-schuman-marinho.pdf: 1564748 bytes, checksum: 901cf14e5cdf77cf922cb8a7fc6e229a (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-27T15:09:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissertacao-william-tito-schuman-marinho.pdf: 1564748 bytes, checksum: 901cf14e5cdf77cf922cb8a7fc6e229a (MD5) Previous issue date: 2013-10-18 / A ideia central da teoria da justiça de John Rawls, a justiça como equidade, como elaborada desde os seus escritos iniciais até a “edição-tradução revista” de A theory of justice, é apresentar uma concepção de justiça que generalize e eleve a um nível mais alto de abstração a tradicional concepção do contrato social, tal como estabelecida por Locke, Rousseau e Kant. O contrato social, no entanto, é substituído por uma situação inicial que contém certas restrições (sobre a concepção de bem e pelo véu de ignorância) aos argumentos, com o objetivo de conduzir as partes a um consenso justo sobre princípios de justiça. Essa interpretação (mais geral e abstrata da concepção do contrato social) é alcançada por intermédio da ideia, tanto intuitiva, quanto fundamental e de justificação, da posição original. A posição original é apresentada como artifício hipotético e heurístico de representação, verdadeiro experimento do pensamento, e a sua construção é analisada segundo suas categorias próprias. Em linhas gerais, é ela uma situação hipotética de liberdade igual (definição) sobre o justo no status quo que, semelhante ao estado de natureza do contrato social (fundamento filosófico), assegura que pessoas livres e iguais (pressupostos), de forma racional, na condição de representantes dos cidadãos de uma sociedade bem-ordenada, sob um véu de ignorância (característica), escolham certa concepção de justiça, com a finalidade de chegar a um consenso sobre os princípios de justiça para a regulação, na cooperação entre todos, da estrutura básica da sociedade (objetivo). A perspectiva adotada na pesquisa é tanto histórica quanto interpretativa. É sugerida, logo na Introdução, uma reanálise da leitura da obra de John Rawls, considerando-a, na perspectiva histórico-evolutiva, não segundo sua “data de publicação”, mas segundo a “evolução de seus conceitos”. Por isso, a edição-revista de A theory of justice e Justice as fairness: A restatement, sob tal justificativa, são realocadas. No Capítulo 1 é apresentada uma visão geral sobre os pontos de vistas morais adotados, como justificativas, pela justiça como equidade. No Capítulo 2 é iniciada a descrição da “evolução conceitual” da posição original, segundo os escritos iniciais de John Rawls, em consideração aos anos de 1950 até 1971. Neste período são apresentados os elementos estruturais da posição original. No Capítulo 3 é analisada a posição original como estabelecida em A theory of justice, nos aspectos que diferem dos escritos anteriores e no que veio a ser considerado como mais polêmico. A “natureza” da posição original como “experimento do pensamento” é discutida. O Capítulo 4 retoma a descrição da “evolução conceitual” da posição original, mas, agora, a partir dos escritos posteriores a 1971, e institui um diálogo das ideias de John Rawls com outros, a partir de seus esclarecimentos, de suas réplicas e de suas (eventuais) revisões, considerando as críticas que lhe foram dirigidas após a edição original de A theory of justice até 1975, ano de publicação da sua “edição-tradução revista” em alemão. Como Conclusão, sugiro que a posição original, ao menos até 1975, é essencial ao sistema filosófico sobre a justiça de John Rawls; porém, isolada, é insuficiente para, no seu plano, justificar, seja inicialmente, a escolha dos dois princípios de justiça da justiça como equidade, ou, seja posteriormente, estabilizá-los. A justiça como equidade, nestas duas etapas ou graus de justificação, de escolha e de estabilidade – e sem considerar o “giro” do liberalismo político –, além da posição original, necessita, como “complemento”, de outras ideias fundamentais: a de pessoa, a de sociedade bem-ordenada e a de equilíbrio reflexivo. / The central idea of John Rawls’ theory of justice, the justice as fairness, as elaborated from his first writings up to the “translated-edition revised” of A theory of justice, is to present a conception of justice that generalizes and elevates to a higher level of abstraction the traditional concept of social contract, such as established by Locke, Rousseau and Kant. The social contract, however, is replaced by an initial situation that contains certain restrictions (about the conception of good and by the veil of ignorance) to the arguments, with the purpose of conducting the parties to a fair consensus about the principles of justice. This interpretation (more general and abstract of the conception of social contract) is reached through the idea, both intuitive and fundamental, and of justification of the original position. The original position is presented as hypothetical and heuristic artifice of representation, a real thought experiment, and its construction is analyzed according to its own categories. In outline, it is a hypothetical situation of equal liberty (definition) about the just in the status quo that, similar to the state of nature of the social contract (philosophical fundament), assures that free and equal persons (presuppositions), in a rational way, in the condition of representatives of citizens of a well-ordered society, under the veil of ignorance (characteristic), choose certain conception of justice, with the purpose of reaching a consensus about the principles of justice for the regulation, in the cooperation among all, of the basic structure of society (objective). The perspective adopted in the research is both historical and interpretative. It is suggested, soon in the Introduction, a re-analysis of the reading of John Rawls’s work, considering it, in the historicalevolutional perspective, not according to “the date of its publication”, but according to the “evolution of their concepts”. For that reason, the revised-edition of A theory of justice and Justice as fairness: A restatement, under such justification, are relocated. On Chapter 1 is presented a general view about the moral point of views adopted, as justifications, by the justice as fairness. On Chapter 2 is initiated a description of the “conceptual evolution” of the original position, according to John Rawls’s initial writings, in consideration to years 1950 to 1971. In that period, the structural elements of the original position are presented. On Chapter 3 is analyzed the original position as established in the A theory of justice, in the aspects that differ from previous writings and which came to be considered as the most controversial. The “nature” of original position as “thought experiment” is discussed. The Chapter 4 retakes the description of the “conceptual evolution” of the original position, but now beginning from writings after 1971 and establishes a dialogue of John Rawls’s ideas with others, starting from his explanations, his replies and his (eventual) revisions, considering the critiques directed to him after the original edition of A theory of justice, up to 1975, year of the publication of the “translatededition revised” in German. As Conclusion, I suggest that the original position, at least until 1975, it is essential to the John Rawls’s philosophical system about justice; however, isolated, it is not sufficient to, in his plan, justify, be initially, the choice of the two principles of justice of the justice as fairness, or, be later, to stabilize them. The justice as fairness, in these two stages or justifications degrees, of choice and of stability – and without considering the political liberalism’s “turn” – besides the original position, needs, as “complement”, of other fundamental ideas: of person, of well-ordered society and of reflective equilibrium.

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