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Planeta dos Macacos: A negação do pertencer ao lugar e suas implicações na construção do espaço do cidadão

Jose Vitoriano Serrano, Maria January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:08:02Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo6899_1.pdf: 6431572 bytes, checksum: 7a87884b96a0e1f1f6ce349c416844eb (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2006 / A cidade do Recife sofreu, ao longo das últimas décadas do século 20, um processo de urbanização acelerado e concentrador que, aliado a um modelo socioeconômico, gerou grandes desigualdades sócio-espaciais, com a criação do espaço do não cidadão. As décadas de 1970 e 1980 foram caracterizadas por um acirramento das disputas pelo solo urbano, entre os agentes e atores sociais, o que ocasionou o fenômeno das invasões em terrenos disponíveis da cidade, ampliando ainda mais as favelas, ou o espaço do não cidadão, o qual se apresenta desprovido de acesso aos serviços e equipamentos urbanos. Por outro lado, essas décadas também se caracterizam por uma forte mobilização social, que passou a exercer pressão junto aos gestores da cidade. Esse fato culminou em algumas conquistas as quais levaram à construção do espaço do cidadão, ainda que isso não tenha se dado de forma plena. Em uma dessas áreas de favela, denominada Planeta dos Macacos, identificamos a negação da identidade sócio-espacial expressa no sentimento de não pertencer ao lugar. Descobrimos que, em relação a esse espaço, a discriminação e a visão estereotipada e estigmatizante que a sociedade tem pelos moradores constitui obstáculo para que eles não assumam a sua identidade sócio-espacial com o lugar. Contudo, acreditamos que existe possibilidade de superação do desejo de não pertencimento ao lugar, desde que haja uma tomada de consciência, o que ocasionará a busca dos seus moradores para exercer sua cidadania nesse espaço, sobretudo os moradores mais jovens. Dessa forma, dar-se-á continuidade à construção do espaço do cidadão e, por conseguinte, a identidade sócio-espacial tenderá a ser conquistada, a exemplo do que ocorreu com os primeiros ocupantes

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