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O oficinar como possibilidade de exercício da cognição enativa

Lopes, Graziela Pereira January 2009 (has links)
O uso de substâncias químicas tem sido relatado em diferentes culturas e períodos históricos; entretanto os tipos de substâncias utilizadas, o contexto social, as práticas de consumo e o que é considerado excesso, bem como as práticas de seu controle e os modos de intervenção, apresentam especificidades. Deparamo-nos hoje com o fato de que o uso considerado abusivo pode ser caracterizado como doença (dependência). Para os sujeitos nessa condição de existência, existe toda uma estrutura de poderes (Ministério da Saúde e Ministério Público) e saberes (médico, jurídico, psicológico, religioso, etc.) propondo instituições e modelos de tratamento. Através da inserção em uma dessas instituições de tratamento para dependentes químicos e da análise dos modos de subjetivação e das políticas cognitivas, propomos uma pesquisa-intervenção, com a finalidade de possibilitar o exercício da cognição enativa/inventiva. Adotar como perspectiva a cognição enativa/inventiva implica estabelecer outra relação de conhecimento, baseada na produção de si próprio (autopoiese) e daquilo que tomamos por realidade em distintas redes de conversação. Dessa forma, as oficinas de máscaras surgem como uma proposta de pesquisa-intervenção que tem como objetivo mapear e acompanhar os movimentos cognitivos emergentes nas mesmas, inseridas no marco institucional de um serviço para dependentes de substâncias químicas. Tomamos como foco de estudo os modos pelos quais os usuários desse serviço de saúde que participam da oficina (intervenção) de produção de máscaras colocam questões e compartilham emoções - por eles consideradas pertinentes - em relação às experiências pessoal, institucional e com as tecnologias. Buscamos ainda, avaliar os efeitos da emergência de uma política de cognição enativa em um contexto terapêutico predominantemente recognitivo. Para a análise das oficinas, tomamos o conceito de cognição enativa como uma ferramenta metodológica que nos potencialize distinguir momentos em uma rede de produção-conversação nos quais exista um linguajar que vitalize coordenações de ações até então inusitadas na história desse coletivo e um emocionar no qual a experiência do outro possa ser aceita como legítima. / The use of chemical substances has been reported in different cultures and historical periods. However, the types of substances used, the social context, the consumption practices and what is considered excessive, as well as control practices and means of intervention present specificities. Nowadays, we face the fact that the use considered abusive may be characterized as a disease (dependence). There is a structure of powers (Health Ministry and Public Ministry) and knowledge (medical, legal, psychological, religious, etc.) proposing institutions and treatment models concerning subjects who live under such conditions. Through the insertion in one of such treatment institutions for chemical dependents and through the analysis of the subjectivation forms and of the cognitive policies, we propose an interventionresearch, aiming to enable the assignment of the inventive/enactive cognition. Adopting the inventive/enactive cognition as a perspective implies to establish another knowledge relation based on the production of oneself (autopoiesis) and on what we take as reality in distinct conversation networks. Thus, the mask workshops rise as a proposal of intervention-research that have as their aim to map and follow the cognitive movements emerging from them, inserted on the institutional placement of a service for chemical substance dependents. Our study focuses on the means by which the users of this health service that take part on the mask production workshop (intervention) lay questions and share emotions - considered relevant by them - concerning personal and institutional experiences, as well as the experiences regarding technologies. Yet, we pursue to evaluate the effects of the emergency of enactive cognition policies in a predominantly recognitive therapeutic context. Regarding the analysis of the workshops, we take the concept of enactive cognition as a methodological tool that potentializes the distinction of moments in a productionconversation network in which there is an expression through the language that vitalizes unusual coordination of actions in the history of this group and an emotional stimulation in which the experience of the other ones may be accepted as legitimate.
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O oficinar como possibilidade de exercício da cognição enativa

Lopes, Graziela Pereira January 2009 (has links)
O uso de substâncias químicas tem sido relatado em diferentes culturas e períodos históricos; entretanto os tipos de substâncias utilizadas, o contexto social, as práticas de consumo e o que é considerado excesso, bem como as práticas de seu controle e os modos de intervenção, apresentam especificidades. Deparamo-nos hoje com o fato de que o uso considerado abusivo pode ser caracterizado como doença (dependência). Para os sujeitos nessa condição de existência, existe toda uma estrutura de poderes (Ministério da Saúde e Ministério Público) e saberes (médico, jurídico, psicológico, religioso, etc.) propondo instituições e modelos de tratamento. Através da inserção em uma dessas instituições de tratamento para dependentes químicos e da análise dos modos de subjetivação e das políticas cognitivas, propomos uma pesquisa-intervenção, com a finalidade de possibilitar o exercício da cognição enativa/inventiva. Adotar como perspectiva a cognição enativa/inventiva implica estabelecer outra relação de conhecimento, baseada na produção de si próprio (autopoiese) e daquilo que tomamos por realidade em distintas redes de conversação. Dessa forma, as oficinas de máscaras surgem como uma proposta de pesquisa-intervenção que tem como objetivo mapear e acompanhar os movimentos cognitivos emergentes nas mesmas, inseridas no marco institucional de um serviço para dependentes de substâncias químicas. Tomamos como foco de estudo os modos pelos quais os usuários desse serviço de saúde que participam da oficina (intervenção) de produção de máscaras colocam questões e compartilham emoções - por eles consideradas pertinentes - em relação às experiências pessoal, institucional e com as tecnologias. Buscamos ainda, avaliar os efeitos da emergência de uma política de cognição enativa em um contexto terapêutico predominantemente recognitivo. Para a análise das oficinas, tomamos o conceito de cognição enativa como uma ferramenta metodológica que nos potencialize distinguir momentos em uma rede de produção-conversação nos quais exista um linguajar que vitalize coordenações de ações até então inusitadas na história desse coletivo e um emocionar no qual a experiência do outro possa ser aceita como legítima. / The use of chemical substances has been reported in different cultures and historical periods. However, the types of substances used, the social context, the consumption practices and what is considered excessive, as well as control practices and means of intervention present specificities. Nowadays, we face the fact that the use considered abusive may be characterized as a disease (dependence). There is a structure of powers (Health Ministry and Public Ministry) and knowledge (medical, legal, psychological, religious, etc.) proposing institutions and treatment models concerning subjects who live under such conditions. Through the insertion in one of such treatment institutions for chemical dependents and through the analysis of the subjectivation forms and of the cognitive policies, we propose an interventionresearch, aiming to enable the assignment of the inventive/enactive cognition. Adopting the inventive/enactive cognition as a perspective implies to establish another knowledge relation based on the production of oneself (autopoiesis) and on what we take as reality in distinct conversation networks. Thus, the mask workshops rise as a proposal of intervention-research that have as their aim to map and follow the cognitive movements emerging from them, inserted on the institutional placement of a service for chemical substance dependents. Our study focuses on the means by which the users of this health service that take part on the mask production workshop (intervention) lay questions and share emotions - considered relevant by them - concerning personal and institutional experiences, as well as the experiences regarding technologies. Yet, we pursue to evaluate the effects of the emergency of enactive cognition policies in a predominantly recognitive therapeutic context. Regarding the analysis of the workshops, we take the concept of enactive cognition as a methodological tool that potentializes the distinction of moments in a productionconversation network in which there is an expression through the language that vitalizes unusual coordination of actions in the history of this group and an emotional stimulation in which the experience of the other ones may be accepted as legitimate.
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O oficinar como possibilidade de exercício da cognição enativa

Lopes, Graziela Pereira January 2009 (has links)
O uso de substâncias químicas tem sido relatado em diferentes culturas e períodos históricos; entretanto os tipos de substâncias utilizadas, o contexto social, as práticas de consumo e o que é considerado excesso, bem como as práticas de seu controle e os modos de intervenção, apresentam especificidades. Deparamo-nos hoje com o fato de que o uso considerado abusivo pode ser caracterizado como doença (dependência). Para os sujeitos nessa condição de existência, existe toda uma estrutura de poderes (Ministério da Saúde e Ministério Público) e saberes (médico, jurídico, psicológico, religioso, etc.) propondo instituições e modelos de tratamento. Através da inserção em uma dessas instituições de tratamento para dependentes químicos e da análise dos modos de subjetivação e das políticas cognitivas, propomos uma pesquisa-intervenção, com a finalidade de possibilitar o exercício da cognição enativa/inventiva. Adotar como perspectiva a cognição enativa/inventiva implica estabelecer outra relação de conhecimento, baseada na produção de si próprio (autopoiese) e daquilo que tomamos por realidade em distintas redes de conversação. Dessa forma, as oficinas de máscaras surgem como uma proposta de pesquisa-intervenção que tem como objetivo mapear e acompanhar os movimentos cognitivos emergentes nas mesmas, inseridas no marco institucional de um serviço para dependentes de substâncias químicas. Tomamos como foco de estudo os modos pelos quais os usuários desse serviço de saúde que participam da oficina (intervenção) de produção de máscaras colocam questões e compartilham emoções - por eles consideradas pertinentes - em relação às experiências pessoal, institucional e com as tecnologias. Buscamos ainda, avaliar os efeitos da emergência de uma política de cognição enativa em um contexto terapêutico predominantemente recognitivo. Para a análise das oficinas, tomamos o conceito de cognição enativa como uma ferramenta metodológica que nos potencialize distinguir momentos em uma rede de produção-conversação nos quais exista um linguajar que vitalize coordenações de ações até então inusitadas na história desse coletivo e um emocionar no qual a experiência do outro possa ser aceita como legítima. / The use of chemical substances has been reported in different cultures and historical periods. However, the types of substances used, the social context, the consumption practices and what is considered excessive, as well as control practices and means of intervention present specificities. Nowadays, we face the fact that the use considered abusive may be characterized as a disease (dependence). There is a structure of powers (Health Ministry and Public Ministry) and knowledge (medical, legal, psychological, religious, etc.) proposing institutions and treatment models concerning subjects who live under such conditions. Through the insertion in one of such treatment institutions for chemical dependents and through the analysis of the subjectivation forms and of the cognitive policies, we propose an interventionresearch, aiming to enable the assignment of the inventive/enactive cognition. Adopting the inventive/enactive cognition as a perspective implies to establish another knowledge relation based on the production of oneself (autopoiesis) and on what we take as reality in distinct conversation networks. Thus, the mask workshops rise as a proposal of intervention-research that have as their aim to map and follow the cognitive movements emerging from them, inserted on the institutional placement of a service for chemical substance dependents. Our study focuses on the means by which the users of this health service that take part on the mask production workshop (intervention) lay questions and share emotions - considered relevant by them - concerning personal and institutional experiences, as well as the experiences regarding technologies. Yet, we pursue to evaluate the effects of the emergency of enactive cognition policies in a predominantly recognitive therapeutic context. Regarding the analysis of the workshops, we take the concept of enactive cognition as a methodological tool that potentializes the distinction of moments in a productionconversation network in which there is an expression through the language that vitalizes unusual coordination of actions in the history of this group and an emotional stimulation in which the experience of the other ones may be accepted as legitimate.

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