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Jornalismo transnacional: prática, método e conceito / -Demeneck, Ben Hur 17 March 2016 (has links)
O jornalismo transnacional (in. cross border journalism; es. periodismo transfronteirizo; din. journalistik over grænser) ganhou visibilidade nos anos 2010 a partir de séries como o OffshoreLeaks e o SwissLeaks, por estabelecer uma rede de investigação colaborativa entre equipes de diferentes países em torno de temas de relevância continental ou mundial, que normalmente envolvem estratagemas nas finanças internacionais com fins ilícitos. Tais séries jornalísticas são o ponto de partida desta tese, sendo contextualizadas com a renovação dos marcos do jornalismo profissional, que inclui o jornalismo pós-industrial (ANDERSON, BELL&SHIRKY, 2013), o qual coincide com uma \"improvável época de ouro do jornalismo investigativo\" (LEWIS, 2009). Procura-se, na presente pesquisa, mapear um território de pioneiros dessa prática de imprensa, que atrai jornalistas veteranos e interessa até às redações clássicas. A partir das constatações do crescimento dessa prática, esta tese procura refletir sobre essa tendência e identificar nela fundamentos de um método, ainda que não plenamente consolidado. E de tal método extrair elementos para um conceito, cuja prática expõe as assimetrias da globalização e se projeta numa \"sociedade civil global\" (IANNI, 1996; KALDOR, 2003). Praticado por jornalistas investigativos como David Kaplan e jornalistas-pesquisadoras como a dinamarquesa Brigitte Alfter (2015) e a chilena Florencia Melgar Hourcade (2015), o jornalismo transnacional se beneficia do saber acumulado pelo \"jornalismo de dados\" e pelo \"jornalismo sem fins lucrativos\", o que estimula uma cultura não competitiva entre redações, fortalece empreendimentos não corporativos e dá abertura a uma estimulante discussão sobre identidade profissional. No campo teórico, esta tese investiga se essa nova fronteira profissional da imprensa subsidia de fato a emergência de uma opinião pública global de caráter generalista na medida em que abre um horizonte multifacetado e plural para o conceito de objetividade jornalística (agora entendida como transparência), e na medida em que incorpora valores de uma \"ética de jornalismo global\" (WARD, 2005, 2008, 2010). / The cross border journalism (es. periodismo transfronteirizo; din. journalistik over grænser; pt. jornalismo transnacional) gained visibility in the years 2010 from series like OffshoreLeaks and SwissLeaks, by establishing a network of collaborative reporting between teams from different countries around issues of continental or global relevance, which usually involves stratagems in international finances for illicit purposes. These journalistic series are the starting point of this thesis, and they are contextualized with the renovation of the milestones of professional journalism, including the post-industrial journalism (ANDERSON, BELL & SHIRKY, 2013) and its coincidence with an \"unlikely golden era of investigative journalism\" (LEWIS, 2009). The research tries to report this territory of pioneers of this new practice from press, which attracts veteran journalists and interests even the classic newsrooms. From the factual findings, this thesis aims to reflect on this trend identifying foundations of a method, although not fully consolidated, and tries to extract therefrom the elements of a concept, and relating its practice to an emergent \"global civil society\" (IANNI, 1996; KALDOR, 2003) and exposing the asymmetries of globalization. Practiced by investigative journalists like David Kaplan and journalists-researchers as the Danish Brigitte Alfter (2015) and the Chilean Florencia Melgar Hourcade (2015), the transnational method takes benefit from the accumulated knowledge by the \"data journalism\" and the \"nonprofit journalism\" and can stimulates a non-competitive culture among newsrooms. This journalism strengthens non-corporate enterprises and gives opening to a stimulating discussion about professional identity. In theory, this thesis investigates if this new professional frontier of press subsidizes indeed the emergence of a global public opinion in a \"generalist\" character as it opens to journalistic field a multifaceted and plural horizon to objectivity (now understood as transparency), and as it incorporates values from a \"global journalism ethics\" (WARD, 2005, 2008, 2010).
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Jornalismo transnacional: prática, método e conceito / -Ben Hur Demeneck 17 March 2016 (has links)
O jornalismo transnacional (in. cross border journalism; es. periodismo transfronteirizo; din. journalistik over grænser) ganhou visibilidade nos anos 2010 a partir de séries como o OffshoreLeaks e o SwissLeaks, por estabelecer uma rede de investigação colaborativa entre equipes de diferentes países em torno de temas de relevância continental ou mundial, que normalmente envolvem estratagemas nas finanças internacionais com fins ilícitos. Tais séries jornalísticas são o ponto de partida desta tese, sendo contextualizadas com a renovação dos marcos do jornalismo profissional, que inclui o jornalismo pós-industrial (ANDERSON, BELL&SHIRKY, 2013), o qual coincide com uma \"improvável época de ouro do jornalismo investigativo\" (LEWIS, 2009). Procura-se, na presente pesquisa, mapear um território de pioneiros dessa prática de imprensa, que atrai jornalistas veteranos e interessa até às redações clássicas. A partir das constatações do crescimento dessa prática, esta tese procura refletir sobre essa tendência e identificar nela fundamentos de um método, ainda que não plenamente consolidado. E de tal método extrair elementos para um conceito, cuja prática expõe as assimetrias da globalização e se projeta numa \"sociedade civil global\" (IANNI, 1996; KALDOR, 2003). Praticado por jornalistas investigativos como David Kaplan e jornalistas-pesquisadoras como a dinamarquesa Brigitte Alfter (2015) e a chilena Florencia Melgar Hourcade (2015), o jornalismo transnacional se beneficia do saber acumulado pelo \"jornalismo de dados\" e pelo \"jornalismo sem fins lucrativos\", o que estimula uma cultura não competitiva entre redações, fortalece empreendimentos não corporativos e dá abertura a uma estimulante discussão sobre identidade profissional. No campo teórico, esta tese investiga se essa nova fronteira profissional da imprensa subsidia de fato a emergência de uma opinião pública global de caráter generalista na medida em que abre um horizonte multifacetado e plural para o conceito de objetividade jornalística (agora entendida como transparência), e na medida em que incorpora valores de uma \"ética de jornalismo global\" (WARD, 2005, 2008, 2010). / The cross border journalism (es. periodismo transfronteirizo; din. journalistik over grænser; pt. jornalismo transnacional) gained visibility in the years 2010 from series like OffshoreLeaks and SwissLeaks, by establishing a network of collaborative reporting between teams from different countries around issues of continental or global relevance, which usually involves stratagems in international finances for illicit purposes. These journalistic series are the starting point of this thesis, and they are contextualized with the renovation of the milestones of professional journalism, including the post-industrial journalism (ANDERSON, BELL & SHIRKY, 2013) and its coincidence with an \"unlikely golden era of investigative journalism\" (LEWIS, 2009). The research tries to report this territory of pioneers of this new practice from press, which attracts veteran journalists and interests even the classic newsrooms. From the factual findings, this thesis aims to reflect on this trend identifying foundations of a method, although not fully consolidated, and tries to extract therefrom the elements of a concept, and relating its practice to an emergent \"global civil society\" (IANNI, 1996; KALDOR, 2003) and exposing the asymmetries of globalization. Practiced by investigative journalists like David Kaplan and journalists-researchers as the Danish Brigitte Alfter (2015) and the Chilean Florencia Melgar Hourcade (2015), the transnational method takes benefit from the accumulated knowledge by the \"data journalism\" and the \"nonprofit journalism\" and can stimulates a non-competitive culture among newsrooms. This journalism strengthens non-corporate enterprises and gives opening to a stimulating discussion about professional identity. In theory, this thesis investigates if this new professional frontier of press subsidizes indeed the emergence of a global public opinion in a \"generalist\" character as it opens to journalistic field a multifaceted and plural horizon to objectivity (now understood as transparency), and as it incorporates values from a \"global journalism ethics\" (WARD, 2005, 2008, 2010).
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Historicizing #MeToo: The Systemic Devaluation of First-Person Accounts of Gender-Based Violence by the News IndustryDick, Bailey Gallagher 10 September 2021 (has links)
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