This working paper was developed with the intention to provide a guideline for participatory analysis and development of commercial forest product value chains, in the context of developing countries. Basically, it was designed for identification and implementation of interventions or upgrading measures for the improvement of commercial forest product (Bamboo, Natural gum and resin, and Gum Arabic) value chains in Ethiopia and Sudan within the framework of a collaborative research project - CHAnces IN Sustainability: promoting natural resource based product chains in East Africa (CHAINS). The PIP instrument could also be applied for other commercial non-timber forest products (NTFPs), by adjusting to the local contexts and environments. It can be an important guide for value chain analysts, especially in the process of designing and verifying upgrading actions through the application of tools like interviewing actors, group discussions, or facilitated workshops. This working paper particularly provides: - Background information on basic concepts of value chain analysis and development; - Review of methodological frameworks for participatory value chain analysis and development; - Practical details for participatory value chain analysis as implemented by the CHAINS project, including checklists, diagrams, and tools used in the participatory process; - Critical reflection on the practical application of the approach:1. About the working paper 7 1.1. Purpose 7 1.2. Structure of the working paper 8 2. Introduction 9 2.1. Background: value chains 9 2.2. Background: Participative Innovation Platforms 12 2.3. The context 13 2.4. Overview of the CHAINS project 14 3. Methodological approach of PIP 16 3.1. Ownership and effect 16 3.2. Stages and roles 18 3.3. Diagnostic survey 21 3.3.1. Planning the diagnostic surveys 22 3.3.2. Conducting the diagnostic surveys 24 4. PIP workshops 26 4.1.1. The workshop contents 27 4.1.2. Selection of participants 28 4.1.3. Identification of facilitators 30 4.2. The workshop sessions 32 4.2.1. Schedule of PIP workshop 32 4.2.2. Preparatory session 33 4.2.3. Session 1: Welcome and Introductory 34 4.2.4. Session 2: Vetting of the survey results and detailed VC analysis 35 4.2.5. Session 3: Identification and analysis of critical points 37 4.2.6. Session 4: Identification and analysis of possible solutions 45 4.2.7. Session 5: Development and selection of upgrading strategies 46 4.2.8. Workshop evaluation and documentation 50 5. Limits of the PIP – a critical reflection 50 6. References 52 / Das als Leitfaden gestaltete Arbeitspapier beschreibt Schritt für Schritt das Vorgehen bei der Implementierung von ‚Participative Innovation Platforms‘ (PIP). Das PIP Methodenpaket zur partizipativen Analyse und Entwicklung von Wertschöpfungsketten in Entwicklungsländern wird an Beispielen von kommerziellen Nichtholz-Waldprodukten aus Trockenwäldern Ostafrikas erklärt und gibt praktische Unterstützung zur Durchführung der PIP Workshops mit dem Ziel, Aktivitäten und Interventionen für Innovationen mit Relevanz für die gesamte Wertschöpfungskette gemeinsam mit den beteiligten Akteuren zu vereinbaren. Das PIP Konzept wurde im Rahmen des entwicklungsorientierten Forschungsprojekts CHAINS (CHAnces IN Sustainability: promoting natural resource based product chains in East Africa) entwickelt, um Bambus -, Weihrauch- und Gummi arabicum Wertschöpfungsketten in Äthiopien und dem Sudan zu verbessern. Das PIP Instrument stellt die Akteure in den Mittelpunkt und kann deshalb sehr flexibel auch für andere Produkte angewendet werden. Der Leitfaden bietet: - Hintergrundinformationen zum Konzept von Wertschöpfungsketten; - Einführung in den methodischen Rahmen für partizipative Analyse und Entwicklung von Wertschöpfungsketten; - Praktische Anleitung für die partizipative Analyse von Wertschöpfungsketten nach dem im CHAINS Projekt entwickelten Methodenpaket, einschließlich Checklisten, Diagrammen und Methoden; - Kritische Reflektion zu Möglichkeiten und Grenzen des PIP Methodenpakets.:1. About the working paper 7 1.1. Purpose 7 1.2. Structure of the working paper 8 2. Introduction 9 2.1. Background: value chains 9 2.2. Background: Participative Innovation Platforms 12 2.3. The context 13 2.4. Overview of the CHAINS project 14 3. Methodological approach of PIP 16 3.1. Ownership and effect 16 3.2. Stages and roles 18 3.3. Diagnostic survey 21 3.3.1. Planning the diagnostic surveys 22 3.3.2. Conducting the diagnostic surveys 24 4. PIP workshops 26 4.1.1. The workshop contents 27 4.1.2. Selection of participants 28 4.1.3. Identification of facilitators 30 4.2. The workshop sessions 32 4.2.1. Schedule of PIP workshop 32 4.2.2. Preparatory session 33 4.2.3. Session 1: Welcome and Introductory 34 4.2.4. Session 2: Vetting of the survey results and detailed VC analysis 35 4.2.5. Session 3: Identification and analysis of critical points 37 4.2.6. Session 4: Identification and analysis of possible solutions 45 4.2.7. Session 5: Development and selection of upgrading strategies 46 4.2.8. Workshop evaluation and documentation 50 5. Limits of the PIP – a critical reflection 50 6. References 52

A comercialização de produtos florestais não madeireiros (PFNMs) popularizou-se como atividade promotora do desenvolvimento socioeconômico de comunidades florestais com baixo impacto ambiental. Há evidências, contudo, de que a exploração possa produzir efeitos ecológicos e socioeconômicos negativos, sugerindo que é necessário monitorar tais iniciativas. A comercialização frequentemente ocorre em áreas remotas e em contextos de pobreza, como é o caso de muitas daquelas da Amazônia brasileira. Desta forma, é necessário que o monitoramento restrinja-se a avaliar os efeitos evidenciados como mais comuns em estudos anteriores. Este estudo revisa e sintetiza as evidências científicas dos efeitos da exploração de PFNMs sobre parâmetros ecológicos e socioeconômicos e, a partir daí, indica aqueles mais relevantes ao monitoramento. O estudo também levanta até que ponto o monitoramento é implementado no contexto da Amazônia brasileira e avalia quais os parâmetros importantes e viáveis de monitoramento neste caso específico. Para isso, foram realizadas revisões sistemáticas da literatura e a consulta a profissionais da área através do método Delphi. Os resultados indicam que efeitos ecológicos negativos são frequentes, principalmente quando se coletam folhas ou cascas. Alterações em órgãos ou processos fisiológicos e a taxa de sobrevivência dos espécimes explorados são parâmetros que devem ser monitorados, em particular quando se coletam frutos e partes vegetativas. Para todos os tipos de PFNMs, o tamanho e a estrutura populacional são parâmetros prioritários ao monitoramento. A riqueza de espécies da comunidade explorada merece atenção, principalmente quando se coletam frutos. Para os aspectos socioeconômicos, efeitos positivos foram mais frequentes que negativos. A contribuição da renda monetária obtida com o comércio na renda total, a regularidade de ingresso desta renda e o papel dos PFNMs como recursos de salvaguarda são parâmetros do capital financeiro prioritários ao monitoramento. Para o capital social, o empoderamento feminino, a coesão de grupo e o acesso aos benefícios gerados pela comercialização devem ser monitorados. Na Amazônia brasileira são poucas as iniciativas de implementação do monitoramento da comercialização de PFNMs. Embora este seja considerado importante, existem dificuldades que derivam principalmente da falta de apoio institucional, políticas de incentivo e de recursos financeiros. Os profissionais participantes do Delphi consideram que os parâmetros ecológicos mais importantes a monitorar neste contexto são o tamanho e a estrutura populacional do recurso explorado, o aumento da taxa de mortalidade, a quantidade total de recurso extraída e a técnica de coleta utilizada. Para os parâmetros econômicos, aspectos do mercado, como o preço pago ao coletor, a demanda e a qualidade do produto, bem como a renda monetária obtida pelos indivíduos são os parâmetros considerados mais importantes. Por fim, para os aspectos sociais, os efeitos na cultura, na qualidade de vida e na organização interna da comunidade foram priorizados. Os profissionais indicam que é viável estabelecer o monitoramento dos parâmetros levantados. / Amazon, non-timber forest products, ecological effects, socioeconomic effects, monitoring.

A comercialização de produtos florestais não madeireiros (PFNMs) popularizou-se como atividade promotora do desenvolvimento socioeconômico de comunidades florestais com baixo impacto ambiental. Há evidências, contudo, de que a exploração possa produzir efeitos ecológicos e socioeconômicos negativos, sugerindo que é necessário monitorar tais iniciativas. A comercialização frequentemente ocorre em áreas remotas e em contextos de pobreza, como é o caso de muitas daquelas da Amazônia brasileira. Desta forma, é necessário que o monitoramento restrinja-se a avaliar os efeitos evidenciados como mais comuns em estudos anteriores. Este estudo revisa e sintetiza as evidências científicas dos efeitos da exploração de PFNMs sobre parâmetros ecológicos e socioeconômicos e, a partir daí, indica aqueles mais relevantes ao monitoramento. O estudo também levanta até que ponto o monitoramento é implementado no contexto da Amazônia brasileira e avalia quais os parâmetros importantes e viáveis de monitoramento neste caso específico. Para isso, foram realizadas revisões sistemáticas da literatura e a consulta a profissionais da área através do método Delphi. Os resultados indicam que efeitos ecológicos negativos são frequentes, principalmente quando se coletam folhas ou cascas. Alterações em órgãos ou processos fisiológicos e a taxa de sobrevivência dos espécimes explorados são parâmetros que devem ser monitorados, em particular quando se coletam frutos e partes vegetativas. Para todos os tipos de PFNMs, o tamanho e a estrutura populacional são parâmetros prioritários ao monitoramento. A riqueza de espécies da comunidade explorada merece atenção, principalmente quando se coletam frutos. Para os aspectos socioeconômicos, efeitos positivos foram mais frequentes que negativos. A contribuição da renda monetária obtida com o comércio na renda total, a regularidade de ingresso desta renda e o papel dos PFNMs como recursos de salvaguarda são parâmetros do capital financeiro prioritários ao monitoramento. Para o capital social, o empoderamento feminino, a coesão de grupo e o acesso aos benefícios gerados pela comercialização devem ser monitorados. Na Amazônia brasileira são poucas as iniciativas de implementação do monitoramento da comercialização de PFNMs. Embora este seja considerado importante, existem dificuldades que derivam principalmente da falta de apoio institucional, políticas de incentivo e de recursos financeiros. Os profissionais participantes do Delphi consideram que os parâmetros ecológicos mais importantes a monitorar neste contexto são o tamanho e a estrutura populacional do recurso explorado, o aumento da taxa de mortalidade, a quantidade total de recurso extraída e a técnica de coleta utilizada. Para os parâmetros econômicos, aspectos do mercado, como o preço pago ao coletor, a demanda e a qualidade do produto, bem como a renda monetária obtida pelos indivíduos são os parâmetros considerados mais importantes. Por fim, para os aspectos sociais, os efeitos na cultura, na qualidade de vida e na organização interna da comunidade foram priorizados. Os profissionais indicam que é viável estabelecer o monitoramento dos parâmetros levantados. / Amazon, non-timber forest products, ecological effects, socioeconomic effects, monitoring.