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Sistemática dos Ensifera insecta, (Orthopteroida) da Formação Santana (Cretáceo inferior do nordeste do Brasil) / Not available.

Martins Neto, Rafael Gioia 16 August 1990 (has links)
A pesquisa aborda o estudo taxonômico de 508 espécimes de insetos fósseis da Ordem Ensifera (grilos e esperanças), provenientes do nível de calcário laminado, parte superior do Membro Crato, unidade inferior da Formação Santana (Cretáceo Inferior), Bacia do Araripe, de afloramentos situados nas proximidades dos municípios de Santana do Cariri e Nova Olinda (Ceará, Nordeste do Brasil). O estado de preservação é excelente, espécimes relativamente completos, em sua maioria articulados e a fossilização se processou através da substituição da quitina pela apatita. Outros exemplares estão representados por impressões. O tema é inédito, de natureza básica. A primeira parte deste trabalho atém-se ao contexto geográfico, temporal e geológico regional, fornecendo-se breve levantamento das diversas propostas de divisões estratigráficas que envolvam sedimentos da Bacia do Araripe, baseando-se em dados disponíveis na literatura. Especial ênfase é dada ao conteúdo paleontológico da Formação Santana, listando-se todos os taxa conhecidos, dos diversos grupos de organismos ali representados. São abordados também, de maneira breve, embora abrangente, a idade e a ecologia dessa importante unidade estratigráfica. A segunda parte dedica-se ao embasamento teórico, envolvendo classificação, morfologia, metodologias diversas, problemas taxonômicos (dimorfismo sexual) e levantamento de todo o registro fóssil de Ensifera meso-cenozóicos, para efeito de comparação, segundo a literatura disponível. A seguir dá-se ênfase à descrição dos 27 taxa identificados que representam 26 novas espécies (distribuídas em 12 gêneros) de 6 famílias (4 das quais com representação atual). A terceira parte refere-se aos resultados e conclusões obtidos, abordando-se aspectos bioestratigráficos, paleoambientais, baseando-se nos taxa descritos na Parte 2. Procura-se demonstrar que a fauna de Ensifera do Membro Crato é resultante de possível especiação alocrônica, decorrente de alterações climáticas e crise biótica. A discussão envolve teorias de especiação, além de considerações sobre ciclode vida de Ensifera. Implicações cronoestratigráficas e climáticas são sugeridas, bem como é efetuada análise tafonômica e discussões sobre a provável origem da fauna, considerada excepcional. / This dissertation presents the results of a taxonomic study of 508 specimens of fossil insects of the order Ensifera. All of the material comes from laminated limestone of the upper most part of the Crato Member, lowest unit of the Santana Formation (Lower Cretaceous), Araripe Basin, near Santana do Cariri and Nova Olinda municipalities (Ceará State, Northeast Brazil). The fossils are very well-preserved, articulated specimens. The fossilization process envolved the substitution of carbonate and chitinous matter by apatite. The first part of this work deals with the geographic, temporal and regional geology context and furnishes and account of the various stratigraphic schemes proposed for the Araripe Basin sedimentary sequence. Special reference is made to the paleontological record of the Santana Formation, listing all known taxa in this stratigraphic unit. The second part contains the theoretical basis for the classification and methodology here employed, including a discussion of taxonomic problem and the Mesozoic-Cenozoic ensiferan fossil record. Following this 27 taxa are described which represent 26 new species distributed among 12 genera of 6 families (4 of which are extant). Finally, the third part presents the results and conclusions of this research focussing especially upon biostratigraphical and paleoenvironmental apects based on the taxa described in Part 2. It is demonstrable that the Ensifera fauna from the Crato Member resulted from possible allochronic speciation in concert with climatic changes and biotic crises. This discussion involves speciation theories and considerations on the life-cycle of this group. Chronostratigraphic implications based of the apparent life-cycle of these insects, taphonomic analysis and origins of this exceptional fauna are also discussed.
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Contribuição ao estudo do fluoreto nas águas subterrâneas da Bacia do Médio-Tiête (região de Piracicaba) - caracterização e metodologias propostas para sua extração / Not available.

Ribeiro, Regina Aparecida 13 April 1993 (has links)
A bacia do Médio Tietê engloba vários municípios que utilizam-se de água subterrânea para seu abastecimento. Como vários poços apresentaram águas com teores anormalmente altos, de fluoreto, procurou-se através deste trabalho, definir a distribuição de fluoreto nas águas dos poços localizados ao longo da bacia. Para tanto, desenvolveu-se um sistema de monitoramento na região onde feitas 216 análises específicas de água para detectar o fluoreto e 56 análises de água do tipo físico-química e bacteriológicas completas. As análises de água foram listadas e separou-se os elementos que apresentaram teores acima dos limites de portabilidade estabelecidos pela Organização mundial de Saúde(1978) e conselho Nacional de Meio Ambiente (1986), através de histogramas. Através dos dados obtidos nos histogramas, que foram distribuídos num dendograma, estabeleceu-se as correlações de excesso existentes entre os íons sódio e fluoreto. As correlações encontradas foram devidamente evidenciadas quando encontrou-se águas bicarbonatadas sódicas na maioria dos casos, comprovando que as águas portadoras de fluoreto são pobres em cálcio. Os teores de íon fluoreto encontrados nas águas subterrâneas variaram de 1,5 a 5,2 ppm em média (chegando a atingir 10,8 em pontos isolados), em águas que circulam através das formações do grupo Passa-Dois e do Grupo Tubarão, neste último, quando há a presença de sills de diabásio. Como a água subterrânea destina-se ao abastecimento público, houve priorização no estudo dos métodos de tratamento para se tornar a água potável. Métodos estes que foram adequados a realidade da região, Os métodos pesquisados foram: a) adsorção com carvão de ossos - \"descartado\" devido à sua complexidade na operação e manutenção, alto custo e grande quantidade de efluentes. b) filtração com resina de osmose reversa- não foi utilizado devido ao altíssimo consumo de energia. c) adsorção com alumina ativada- baixo custo pois em nosso país a alumina é barata, abundante e apresenta a \"vantagem\" de ocupar uma área reduzida, porém é um método demorado. d) simples mistura- seria o melhor dos métodos se existissem outros mananciais com água sem excesso de fluoretos. O método que mais se adequou à região foi a adsorção em alumina ativada que foi implantado para tratar a água subterrânea que serve como abastecimento do Município de Pereiras e até o \"´presente\" momento tem apresentado bons resultados. / The Middle Tietê basin includes several counties which use ground water for their supply. As several wells present waters with anomaly high contents of fluorine , the aims of this work are to determine the distribution of the íon along the basin. For this reason, a monitoral system was developed in the region 216 fluorine analyses were made, besides 56 complete physical-chemical and bacteriological analyses. These analyses were put on a list in order to separate the sample that have fluorine content above the potability limits indicated by means of the world organization for health (1978), National council of Environment and by histograms. The obtained data were distributed on a dendogram through which it is possible to define the relationships between fluorine and sodium íons. Those relationships became evident in the case of bicarbonated waters in almost all of the analyses, which prove that the fluorine waters have low concentration in calcium .The fluorine ion concentration of the ground waters range from 1,5 to 5,2 ppm in average, but could reach 10,8 ppm in isolated points in waters which circulate through the geological formations of the \"passa-Dois\" and \"Tubarão\" Groups, especially in the last ones when there are sills of diabase rock. Taking in account that the ground waters are used for urban supply, it was given priority in this study to the methods of treatment in order to turn potable the waters. The following methods were tested: a) adsorption with bone-coal was considered not suitable for the region because of its complex operation and main tenance , high cost and great quantities of effluent production. b) filtration through reverse osmotic resin was not used due to high power consumption. c) adsorption with activated alumina is of low cost, since in Brazil alumina is abundant and the method requires small area. However , it is a very slow procedure. d) simple blending - this would be the best process if there would be other sources of water without excess of fluorine. The best method for the region is the adsorption with activated alumina, which was established in order to treat the ground water used in the urban supply of the \"Municipio de Pereiras\" with good results until to-day.
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Estudo metodológico de técnicas estatísticas para análise de dados geoquímicos / Not available.

Suslick, Saul Barisnik 24 October 1978 (has links)
Este trabalho teve como proposta básica um conjunto de programas e algoritmos estatísticos, orientados segundo as necessidades ditadas pelos métodos de prospecção geoquímica de multi-elementos. Os pressupostos para a utilização destes programas, tem como ponto de partida a revisão de alguns conceitos e critérios de interpretação de dados geoquímicos. Neste sentido, a aplicabilidade da metodologia proposta está diretamente condicionadas à qualidade da informação obtida, quer em âmbito regional ou local. Tal limitação, pela sua própria especificidade, obriga a uma integração das diversas etapas do processo, desde amostragem até o tratamento e armazenamento desta informação. O papel desempenhado pelo processamento automático, através dos computadores eletrônicos, se reveste de fundamental importância, onde a análise multivariável é um instrumento indispensável. A sua funcionalidade não se justifica somente pelo ganho considerável de tempo, na redução e síntese do enorme volume de dados geoquímicos, mas também, pela interpretação mais precisa e realística dos resultados com base na associação dos elementos dosados. O projeto piloto de prospecção tática - Projeto São Francisco - foi um dos responsáveis pela criação desta Cadeia de Programas. A sua consecução não se deu de maneira isolada, mas de uma forma integrada com os vários parâmetros intervenientes no universo da prospecção geoquímica, tais como: amostragem, estudos analíticos, partição e comportamento dos elementos traços e a própria operacionalidade da cadeia. / Not available.
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Água Subterrânea em Joinville - SC - Avaliação hidrogeológica do aqüífero fraturado / Not available.

Baggio, Sérgio Benjamin 05 November 1997 (has links)
As águas subterrâneas são nossas reservas mais importantes e representam 97% da água doce disponível no mundo. Joinville é uma cidade em que a precipitação pluviométrica é uma das mais altas do País, em torno de 2.000 mm/ano. A média anual de ocorrência de chuvas está em torno de 200 dias. Apesar deste aporte hídrico, a distribuição de água apresenta sérios problemas, e o racionamento ou a falta de água, ainda é uma constante no dia a dia dos habitantes da cidade de Joinville. Na região as águas subterrâneas estão acumuladas no Aqüífero Fraturado, representado geologicamente por Rochas do Escudo Catarinense, onde o manto de intemperismo atinge em média 40 m de espessura. Este aqüífero está compartimentado em duas direções principais N30-40E e N20-30W. A produtividade dos poços bem locados está em torno de 10 metros cúbicos por hora. A recarga da água estocada no aqüífero fraturado atualmente alcança aproximadamente 31 milhões de m³ por ano. A exploração atual de água subterrânea atinge aproximadamente 3 milhões de metros cúbicos por ano o que representa 10% da recarga. Para a Bacia do Rio Cubatão a recarga estimada chega a 325 milhões de metros cúbicos de água por ano. Com relação à qualidade da água, as análises realizadas pelo Instituto Tecnológico do Paraná - TECPAR, mostram que as águas subterrâneas de Joinville podem ser localmente definidas como águas alcalinas bicarbonatadas, e ainda não existem problemas de contaminação sanitária. Este aqüífero é uma nova alternativa complementar ao recurso hídrico superficial. É estrategicamente a maior reserva de água potável da cidade e representa uma excelente opção, haja visto que seus mananciais encontram-se relativamente melhor protegidos dos efeitos da poluição. Por estas características poderá ser a futura fonte complementar de água para a coletividade Joinvilense, se forem mantidas as atuais condições de proteção das suas áreas de recarga. / The groundwater are the most important reserves and represents 97% of the fresh water in the world. The increasing necessity of good quality water is, and will be, the reason for a large number of studies and investments. The city of Joinville is located northeastern of the state of Santa Catarina horing the geografic coordenates 26°18\'05\" South Latitude and 48°50\'38\" Longitude West of Greenwich Meridian. The local pluvial precipitation is one of the highest in Brazil, about 2,000 mm/year. The annual rain precipitation distribution is about 200 days. In spite of such water surplus its irregular distribution presents serious problems and the lack of, and rationing of water are still a constant nowadays among the city\'s population. In its region the groundwater is situated in the fissured rock zones, geologicaly represented by rocks, of Escudo Catarinense, where the weathered zones reaches at about 40m length. Such aquifer is located in fractured zones into two main directions: N30° - 40°E and N20°-30°W. The well production is around l,0 - 3,0 m³/h, due to the lack of criterious for its location. This amount could be 10 m³/h if improved hydrogeological studies. The amount of water utilized from the fissured aquiferous reaches approximately 3.000.000 m³/year. With relation to the water quality, the analyses made by the Paraná Tecnological Institute (Instituto Tecnológico do Paraná - TECPAR) shows that Joinville\'s groundwater can be defined as a mineral water and there\'s no problems of organic contamination yet. There are no doubts that the aquifer is a needed alternative to the Rivers Cubatão and Piraí. lts is strategically the largest reserve of potable water for the city and represents an excellent option, taking into consideration that this option is the one most protected from the effects of the polution.
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Geoquímica e Geocronologia do Plutonismo Granítico Mesoproterozóico do SW do Estado de Mato Grosso (SW do Cráton Amazônico) / Not available.

Geraldes, Mauro Cesar 07 April 2000 (has links)
O objetivo deste trabalho é o estudo geocronológico e da composição química dos granitóides da porção SW do estado do Mato Grosso. A abordagem deste projeto tem relevância para o entendimento da evolução geológica através da identificação, na área de estudo, de eventos de acresção crustal durante o Paleo e Mesoproterozóico que vieram a compor significativa fração do SW Cráton Amazônico. Na região do Terreno Jauru, tonalitos, vulcânicas ácidas e gnaisses analisados pelo método U/Pb em zircões apresentam idades de 1790 a 1750 Ma. Análises químicas de rocha total indicam características calcioalcalinas para as rochas intrusivas, o que, adicionado a dados de quimismo de rochas vulcânicas disponíveis na literatura sugerem um ambiente de arco vulcânico para suas origens. Dados isotópicos Sm/Nd (\'T IND.DM\' entre 2.000 a 1800 Ma e \'épsilon IND. Nd(t)\' entre +3 e +2) reforçam as características juvenis para estas unidades. Nesta mesma região, outras rochas intrusivas (com composição entre granito e tonalito) apresentam idades U/Pb em zircões entre 1550 e 1530 Ma. O estudo químico indica trend calcioalcalino e resultados isotópicos Sm/Nd (\'T IND. DM\' entre 2047 e 1743 Ma. e \'épsilon IND. Nd(t)\' entre +3,7 e -1,3) e de isótopos de O (valores de \'delta\'O entre +9,0%o e +6,3%o) sugerem ainda que a formação destas rochas ocorreu em arco magmático desenvolvido na margem continental pré-existente, com significativo retrabalhamento desta crosta durante a geração destes corpos plutônicos. Nesta área ainda ocorrem granitos de idade U/Pb entre 1470 Ma e 1390 Ma. A Suíte Santa Helena apresenta idades U/Pb em zircões entre 1460 Ma a 1420 Ma e \'T IND. DM\' entre 1700 Ma a 1500 Ma (com \'épsilon IND. Nd(t)\' entre +4,1 e +2,6) e valores de \'delta\'O entre +10,4%o e +8,3%o. São rochas de composição granítica a tonalítica, com quimismo calcioalcalino, sugerindo formação em ambiente de arco magmático distal à margem continental pré-existente (Terreno Jauru) a qual teve participação subordinada na geração do plutonismo. Rochas vulcânicas toleíticas e intrusivas básica-ultrabásicas da Sequência Vulcanossedimentar Rio Alegre foram datadas (U/Pb) entre 1508 e 1494 Ma (\'T IND. DM\' entre 1,67 e 1,54 Ga e \'épsilon\' IND. Nd(t)\' entre 4,8 e 2,5). Estas rochas constituem o Terreno Rio Alegre representada por rochas geradas em cadeia meso-oceânica e que possivelmente foram acreciobanadas ao protocráton Amazônico após aformação da Suíte Santa Helena. Na porção oeste do Terreno Rio Alegre ocorre ainda o Domínio Fazenda Reunidas, englobando rochas tonalíticas, granodioríticas e graníticas com idades U/Pb entre 1600 Ma e 1360 Ma. Estas rochas apresentam, de forma geral, zircões herdados, sugerindo processos de rehomogeneização isotópica (eventos policíclicos) na história geológica destas rochas. A Suíte Rio Branco representa parte de uma associação AMCG (anortosito, mangerito, charnockito e granito) na região de Jauru-Araputanga com idades U/Pb entre 1460 Ma e 1420 Ma. Rochas de composição básica a félsica, com estrutura rapakivi, indicam mistura de magmas, o que é também sugerido pela composição bimodal identificada nos estudos litoquímicos desta unidade. Dados de isótopos de Sm/Nd e de O para as unidades básicas (\'T IND. DM\' entre 1800 e 1700 Ma e \'épsilon IND. Nd(t)\' entre +1,9 +1,2 e \'delta O\' entre +8,4%o e +5,4%o) e para as unidades félsicas (\'T IND. DM\' entre 1700 e 1600 Ma; \'épsilon IND. Nd(t)\' entre +0,9 e -0,1 e \'delta\'O entre +9,0%o e +7,3%o) sugerem que os protólitos destas rochas têm origem mantélica e da base da crosta, respectivamente. Os dados de elementos traços (indicando um ambiente intra-placas) e as idades U/Pb permitem sugerir que a Suíte Rio Branco foi gerada em um ambiente extensional no antepaís durante o desenvolvimento do arco magmático Santa Helena. Corpos graníticos intrusivos com idade U/Pb em zircões de 930 a 920 Ma, possivelmente ) relacionados a magmatismo contemporâneo (idade K/Ar entre 960 e 880 Ma) à deformação das rochas do Grupo Aguapeí ocorrem na região de Pontes e Lacerda. Estes corpos têm composição cálcica, metaluminosa e foram gerados após a estabilização da crosta constituída pelas acresções descritas anteriormente, tratando-se provavelmente de unidades alóctones. / This work deals with geochronological and chemical analysis on granitoids in the SW Amazon Craton, State of Mato Grosso. The results define three crustal acrecionary events correlated to Jauru Terrane (JT), Rio Alegre Terrane (RAT), and Pontes e Lacerda Terrane (PLT), of Paleo and Mesoproterozoic ages, leading to compose significant fraction of SW Amazon Cráton. In the JT, acid volcanics, tonalite and granite gnaisses (Alto Jauru greenstone belt) present U/Pb ages from 1790 to 1750 Ma. Whole rock chemical analyses indicate calcioalkaline affinity for the intrusive rocks, which added to the data on volcanic rocks in the literature (interpreted as having formed in volcanic arc), suggest a B-type collision for its origin. Sm/Nd isotopic data (Tdm (t) from 1.93 to 1.77 Ma and \'\'epsilon\' IND.Nd\' from +2.6 to 2.2) indicate juvenile signature for these units. In this same area (JT), intrusive rocks present U/Pb ages in zircon from 1580 to 1520 Ma. The chemistry indicates calcioakaline trend, with rocks varying from granites to tonalites. The Sm/Nd results (T \'IND.DM\' from 2.05 to 1.74 Ma and \'\'epsilon\' IND.Nd(t)\' from +3.7 to -1.3) and O isotope results (\'sigma\' O values from +9.0 (POR MIL) to +6.3 (POR MIL)) suggest a magmatic arc (Cachoeirinha Arc) geological setting for the formation of these rocks developed in a continental margin. Post-orogenic granites of U/Pb age from 1.47 and 1.39 Ga also occur. In PLT is observed the Santa Helena suite, which presents U/Pb ages in zircons from 1480 Ma to 1420 Ma and T \'IND.DM\' from 1.70 Ma to 1.50 Ma (with \'\'epsilon\' IND.Nd(t)\' between +4.1 and +2.6) and \'sigma\'O values from +10.4 (POR MIL) to 8.3 (POR MIL). Rock composition varies from granite to tonalite, with calcialkaline trend, suggesting formation in distal magmatic arc to the older continental margin (dated in 1790-1550 Ma) described previously. The Rio Alegre Vulcanossedimentary Sequence is located in JP and it was described in the literature as an association of ocean floor-related rocks, as tholeitic basalts, cherts and BIIF\'s. Felsic rocks of this unit were dated from 1508 to 1494 Ma (U/Pb) and regional geology suggests its collage to the west of Santa Helena Terrane and consequenly it became part of the Amazon protocraton after the Santa Helena suite formation. Westernward of Rio Alegre Terrane rocks with inherited zircons (U/Pb ages from 1.60 to 1.36 Ga) also occur, suggesting isotoperesetting processes (policiclic events) in the geologic history of this region. The Rio Branco suite comprises basic and felsics rocks that probably represents part of an AMCG association (anortite, mangerite, charnockite and granite) hosted in the JT with U/Pb ages from 1460 Ma to 1420 Ma. Rapakivi texture indicates magma mixture, what is corroborated by bimodal composition identified in the chemical studies on this unit. Sm/Nd and O isotope data for the basic unit T \'IND.DM\' from 1.80 to 1.70 Ma; \'\'epsilon\' IND.Nd(t)\' from +1.9 +1.2 and \'sigma\'O from 8.4 (POR MIL) and +5.4 (POR MIL)) and for felsic unit (T \'IND.DM\' from 1.70 to 1.60 Ma; \'\'epsilon\' IND.Nd(t) from +0.9 to -0.1 and \'sigma\'O from +9.0 (POR MIL) to +7.3 (POR MIL)) suggest mantle-derived and inferior crust origin, respectively. Trace elements data (indicating intra-plates ambient) and U/Pb ages allow suggesting Rio Branco suite was generated in an extensional event during the development of the magmatic arc responsible for the Santa Helena suite genesis. Granitic intrusive bodies in Santa Helena suite vielded U/Pb age in zircons from 930 to 920 Ma possibly related to coerval (K/Ar age from 960 to 880 Ma) Aguapei deformational event. These bodies have calcic and metaluminous composition, and they were generated after the stabilization of the crust constituted by the acrecionary events described previously, being probably alloctones units.
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Geocronologia \'RB\'-\'SR\' e k-\'AR\', evolução isotópica e implicações tectônicas dos enxames de diques máficos de Uaua e Vale do Rio Curaca, Bahia / Not available.

Leal, Luiz Rogério Bastos 06 April 1992 (has links)
Este trabalho visou avaliar e propor alternativas de investigação geocronológicas nas rochas básicas pré-cambrianas, particularmente em enxames de diques máficos. Como aplicação foram efetuadas análises isotópicas k-Ar, Rb-Sr e Sm-Nd nos diques máficos de Uauá e Vale do rio Curaçá, situados na região norte do estado da Bahia. Complementarmente, são apresentados também novos dados geocronológicos K-Ar e Rb-Sr para as rochas gnáissicas da região de Uauá. Além de proceder-se a reinterpretação dos dados geocronológicos das diversas unidades litológicas da porção centro norte do estado da Bahia, fundamentando assim, a modelagem tectônica. As rochas gnáissicas da região de Uauá possuem composição tonalítica a granodiorítica, apresentam idade de formação entre 3,1-3,0 G.a., tendo sido deformadas e metamorfisadas há 2,7 G.a. atrás e durante o ciclo Transamazônico (2,2-1,8 G.a.). De acordo com os dados geocronológicos, as rochas que compõem o Complexo Caraíba, aflorantes na região do Vale do rio Curaçá, tiveram a sua evolução crustal (formação, metamorfismo e deformação) especialmente centrada no Proterozóico Inferior, entre 2,3-2,15 G.a.. O enxame de diques máficos de Uauá é caracterizado por duas gerações, a primeira com idade de 2,38 G.a. e a segunda com idade de aproximadamente 2,0 G.a.. Estes diques foram variavelmente deformados e metamorfisados pela orogenia Transamazônica entre 2,0-1,9 G.a. atrás, especialmente nos setores marginais ao enxame. Com base nos dados isotópicos de Sr, os diques da primeira geração derivaram de uma fonte mantélica empobrecida na razão Rb/Sr, enquanto que para aqueles da segunda geração, os dados isotópicos de Sr e Nd revelaram uma gênese a partir de uma fonte mantélica levemente enriquecida em Rb X Sr e Nd x Sm. Possivelmente, este diques foram diferentemente contaminados por materiais crustais mais antigos durante sua colocação na crosta continental. Os diques máficos da primeira geração se formaram num regime tectônico precoce (anorogênico) no Proterozóico Inferior associados ao desenvolvimento de fraturas extencionais, ao passo que os da segunda geração se formaram durante a evolução do ciclo geotectônico Transamazônico. Os diques máficos do Vale do rio Curaçá intrudiram a crosta continental há aproximadamente 650-700 M.a. atrás, tendo sido derivados de uma fonte mantélica enriquecida em Rb X Sr e Nd X Sm. Estes diques não apresentam indícios de metamorfismo e deformação e representam um magmatismo intracontinental, interpretado aqui como reflexo da evolução do Sistema de Dobramentos Sergipano, marginal ao Craton do São Francisco, durante o ciclo Brasiliano. / This research deals with the evaluation of alternative geochronological techniques applied for Precambrian mafic dykes. Rb-Sr, Sm-Nd and K-Ar methods were performed on mafic dykes belonging to the swarms of Uauá and Curaçá river Valley, both located in the north of the state of Bahia Besides, integration of radiometric data for the basement rocks is presented in order to establish the main tectonic events of the investigated area, as well as their relationships with the emplacement of the studied mafic dyke swarms. The gneissic basement rocks of Uauá region (Uauá metamorphic complex), tonalitic to granodioritic in composition, yielded an age between 3, 1 - 3, 0 G.a. for their formation. Later, they were deformed and metamorphosed at 2, 7 G. a. ago and eventually during the Transamazonico cycle (2, 2-1, 8 G. a.). On the other hand the formation and metamorphism of the basement rocks belonging to the Caraíba Complex are mainly associated to the Lower Proterozoic (2, 3 to 2, 15 G.a.). The mafic dyke swarm of Uauá which cuts the Uauá metamorphic Complex reveals two distinct generations of dykes, as supported by the geochronological data: the first one with Rb-Sr isochron age of 2, 38 G.a and the second with Rb-Sr isochron age of c. 2, 0 G.a.. Both generations of dykes were variable deformed and metamorphosed during the Transamazonico orogeny, but in special along the marginal sector of the Uauá dyke swarm. The first generation Uauá dykes may be originated from a mantle source depleted in Rb X Sr, as suggested by Sr isotopic evidences. For the second generation of dykes Sr and Nd isotopic evidences point to a slightly enriched mantle source for its origin. Nevertheless these younger dykes may be partially contaminated by crustal material because of their extreme high Sr/Sr ratios. The first generation dykes are interpreted as anorogenic, associated with extension factures of the crust, which developed during the beginning of the Lower Proterozoic. The second generation dykes are clearly related to the evolution of the Transamazonico cycle, on the basis of field evidences and geochronology. The Curaçá river Valley dyke swarm intruded the Caraíba Complex at about 0, 65- 0, 70 G.a. ago, as supported by the Rb-Sr isochron ages. These dykes appear to be derived from an enriched mantle source according to the Sr and Nd isotopic evidences. Tectonicaly, this dyke swarm is interpreted as a reflex intracratonic magmatism associated to the evolution of the Sergipano folded belt which took place marginally to the SFC, during the Brasiliano cycle.
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Caracterização mineralógica e geoquímica dos gossans portadores de ouro na região de São Bartolomeu (GO) / Not available.

Oliveira, Nelson Marinho de 06 December 1991 (has links)
No presente trabalho utilizou-se de estudos petrográficos, geoquímicos e morfoscópicos para a caracterização dos gossans auríferos constituintes do depósito de ouro de São Bartolomeu-GO. O depósito de ouro de São Bartolomeu, situado dentro de uma zona de cisalhamento, é constituido por um pacote de filito hidrotermalizado com presença de vênulas e \"boudins\" de quartzo mineralizados, e por um conjunto de corpos sulfetados maciços ou parcialmente maciços, mais ou menos oxidados, alongados em forma de \"charuto\" e encaixados nos filitos do Grupo Canastra (proterozóico médio) segundo sua foliação princiapl. O minério consiste de uma massa de oxi-hidróxidos de ferro secundários, impregnada de ouro. Estes óxidos derivam da oxidação dos corpos de sulfetos maciços formadores da mineralização primária. Apresentam as texturas dos sulfetos quase inteiramente preservadas, e constituem gossans na acepção clássica do termo. Os gossans são compostos por dois tipos de materiais misturados em várias proporções. O primeiro deles é o produto de alteração dos sulfetos e constitui-se de material ferruginoso; o segundo são restos do filito, com textura parcialmente conservada e fortemente ferruginizado. A mineralogia é dominada por goethita, sericita e quartzo; hematita ocorre em quantidades subordinadas, assim como óxidos de ferro amorfos em variados graus de hidratação. Restos de sulfetos frescos e grãos de ouro de dimensão micrométrica que assumem formas esféricas, placóides ou dendríticas podem aparecer disseminados no plasma ferruginoso. As texturas réplicas detectadas nos gossans são relacionadas às formas de ocorrência da pirita no minério primário. A principal forma de ocorrência da goethita é a cúbica, mas são muito frequentes as formas retangulares e poligonais, além de ramificações dendríticas. Frequentemente a goethita apresenta textura coloforme nos núcleos das cavidades dos \"boxworks\" ou margens de canais secundários. Geoquímicamente os gossans são caracterizados pela assembleia: Cu-Pb-Zn-Au-Ag. A análise dos coeficientes de correlação entre os elementos mostrou que o material é constituído por dois polos geoquímicos: o grupo da Si\'O IND. 2\' e \'Al IND. 2\'\'O IND. 3\' que também abrange o B, Ti, V, Y; La, e Sc; e o grupo do \'Fe IND. 2\'\'O IND. 3\' e pF que inclui o Zn, Pb, Cu e Au. FeO e Ag não apresentam correlação significativa com nenhum dos dois grupos. Esses grupos correspondem aos dois tipos de materiais que compõem as amostras. A correlação do ouro com os demais elementos mostrou que da grande associação \'Fe IND. 2\'\'O IND. 3\'-PF-Cu-Pb-Zn-Au-Ag há duas sub-associações: \'Fe IND. 2\'\'O IND. 3\'-PF-Cu-Pb-Zn e \'Fe IND. 2\'\'O IND. 3\'-PF-Au-Ag. O ouro, embora associado ao \'Fe IND. 2\'\'O IND. 3\' não parece associado ao Cu, Pb e Zn. As análises morfoscópicas das partículas de ouro indicaram haver ouro tanto de origem primária, quanto de origem secundária nos gossans, indicando a ação de algum enriquecimento supérgeno nas porções mais superficiais dos mesmos. / In this present work different approaches are made utilizing petrographic, geochemical and morphoscopic studies for the characterization of gold gossans which form the gold deposits of São Bartolomeu, Goiás State, Brazil. The São Bartolomeu gold deposit is situated in a shear zone made up of a sequence of hydrothermal phyllite with the presence of veinlets and boudins of quartz mineralized and also by massive or semi massive sulphide bodies, more ou less oxidezed and they are in the form of cigarette and are enclosed in the sequence of hydrothermal phyllite of Canastra Group following its principal foliation direction. The ore is made up of a mass of oxy-hydroxides of secondary iron impregnated with gold. These oxides are derived from the oxidation of bodies of massive sulphides forming the primary mineralization. They also possess textures of sulphides almost entirely well preserved and thus constitute gossan in the commonly accepted terminology. The gossans are composed of two types of materials mixed in different proportions. The first one is the alteration product of sulphides and consists of ferruginous material; the second one is the rest of phyllite with texture partially conserved and higly ferruginous. The mineralogy is dominated by goethite, sericite and quartz. Hematite occurs subordinately along with oxides of amorphous iron in different grades of hydration. Remains of fresh sulphides and grains of gold of micrometic dimensions have the shapes spherical, platy or dendritic may appear disseminated in the ferruginous plasma. The replica textures observed in the gossans are related to the forms of primary pyrite occurrence. The principal shape of goethite is cubic and rectangular and polygonal forms, and dendritic ramification are also frequent. Commonly goethite represents colloform texture in the nucleus of cavities of boxworks or in the border of secondary channels. Geochemically the gossans are characterized by Cu-Pb-Zn-Au-Ag assembly. The correlation coefficient analysis shows that the material is made up of two geochemical poles. The first one consists of Si\'O IND. 2\', \'Al IND. 2\'\'O IND. 3\' and also includes B, Ti, V, Y, La e Sc; the second group is made up of \'Fe IND. 2\'\'O IND. 3\', PF and includes Zn, Pb, Cu and Au. FeO and Ag do not show any correlative relation with these two types. These two groups show a great deal of correspondece with two types materials of which they are made up of. The correlation of gold with other elements demonstrate a greater association \'Fe IND. 2\'\'O IND. 3\'-PF-Cu-Pb-Zn-Au-Ag consisting of two subassociations \'Fe IND. 2\'\'O IND. 3\'-PF-Cu-Pb-Zn and \'Fe IND. 2\'\'O IND. 3\'-PF-Au-Ag. The gold though associated with \'Fe IND. 2\'\'O IND. 3\' does not appear associated with Cu-Pb-Zn. The morphoscopic analyses of gold particles show that the gold in the gossans can be of primary or secondary origin, indicating some action of supergene enrichment in the higher levels of the deposits.
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Paleoautoecologia dos bivalves do Grupo Passa Dois (Neopermiano), no Estado de São Paulo |b bivalves fósseis como indicadores da dinâmica sedimentar / Not available.

Ghilardi, Renato Pirani 28 July 1999 (has links)
No presente estudo é realizada uma análise morfofuncional (paleoautoecológica) dos bivalves das formações Serra Alta, Terezina e Corumbataí, Grupo Passa Dois, Neopermiano, que ocorrem nas assembléias de Anhembia froesi, Pinzonella illusa e Pinzonella neotropica, no Estado de São Paulo. O estudo teve por objetivo a reconstrução do habito de vida destes invertebrados como ponto de partida para a discussão de aspectos paleoecológicos mais amplos. Na assembléia de Anhembia froesi (Formação Serra Alta e base da Formação Corumbataí), ocorrem bivalves escavadores rasos, lentos (Anhembia froesi, Tambaquyra camargoi, Mendesia piracicabensis, Maackia contorta), de semi-infauna (Barbosaia angulata) e epifauna (?Anthraconaia mezzalirai) bissadas. Na assembléia de Pinzonella illusa (formações Serra Alta e Corumbataí), com maior diversidade de guildas, predominam os bivalves escavadores rasos, lentos (Pinzonella illusa, Plesiocyprinella carinata, Ferrazia cardinalis, Terraiopsis aequilateralis e Othonella araguaiana), sendo encontrados, também, escavadores rasos, rápidos (Favalia arcuata, Holdhausiella elongata e Runnegariella fragilis) ou escavadores intermediários (Casterella gratiosa, Itatamba paraima). Evidências morfofuncionais (e.g., obesidade da concha) sugerem que estas espécies tiveram preferência por substrato arenoso, estável. Formas escavadoras intermediárias, rápidas (Cowperesia anceps, Angatubia cowperesioides), em substratos finos também ocorrem, sendo incomuns os escavadores profundos (Roxoa corumbataiensis) e de epifauna bissada (Coxesia mezzalirai). A assembléia de Pinzonella neotropica (formações Corumbataí e Terezina) inclui bivalves escavadores rasos, lentos, em substrato arenoso, estável (Pinzonella neotropica, Jacquesia brasiliensis), escavadores intermediários, rápidos, em substrato fino (Cowperesia anceps) e escavadores profundos, em substrato estável (Roxoa intricans). Além destes, bivalves da semi-infauna bissada (Naiadopsis lamellosus) são também freqüentes. A baixa proporção de bivalves da epifauna nas malacofaunas estudadas pode ser explicada pela interação de fatores, como a baixa disponibilidade de substratos grossos, duros; as condições de águas rasas, freqüentemente afetadas por tempestades e o alto grau de estresse ambiental (variação na salinidade) que marcam o intervalo estratigráfico de ocorrência dos bivalves. Nenhuma das 25 espécies estudadas apresenta características anatômicas (e.g., claustrum, tubérculos, torção das valvas) ou feições tafonômicas (e.g., pontos de dissolução do umbo, fraturas regeneradas) tipicamente encontradas nas conchas dos bivalves dulcícolas. Por outro lado, feições morfológicas exclusivas de bivalves marinhos foram observadas em Ferrazia cardinalis (e.g, costelas radiais), Runnegariella fragilia (e.g., concha anteriormente expandida) e Cowperesia anceps (e.g., ornamentação concêntrica). Além disso, características bioestratinômicas típicas de conchas de bivalves marinhos ou de águas salobras, como predação por organismos durófagos foram verificadas em valvas de Plesiocyprinella carinata e, principalmente, de Pinzonella illusa. Os bivalves do Grupo Passa Dois (exclusive Formação Irati) não foram, portanto, organismos dulcícolas. Essa hipótese encontra respaldo também em análises cladísticas que mostram que a maior parte, se não todos os bivalves do intervalo estudado, são afins à famílias marinhas (e.g., Família Megadesmidae). Entretanto, precisa ficar claro que o teor preciso de salinidade do ambiente não pode ser determinado com base exclusivamente na análise paleoautoecológica. Neste estudo, sugere-se, pela primeira vez, que Anhembia froesi e Tambaquyra camargoi (formações Serra Alta e Corumbataí) são excelentes candidatos permianos para figurarem no rol de bivalves quimiossimbiontes, como indicado pela presença de rostrum e gigantismo nas suas conchas e pelo fato de serem encontradas em sedimentos finos depositados abaixo ou junto ao nível de base das ondas de tempestades, em ambiente com teor variável de oxigênio, o que pode ser corroborado também por outras evidências estratigráficas e tafonômicas (e.g., presença de horizontes com nódulos fosfáticos nos sedimentos associados). No geral, os bivalves estudados ocorrem em concentrações fossilíferas internamente complexas, mormente representadas por tempestitos proximais (predominantes) e distais. Por exemplo, bivalves preservados em posição de vida são muito raramente encontrados nas concentrações fossilíferas examinadas. Geralmente, os bivalves escavadores rasos, de semi-infauna e epifauna, representam elementos parautóctones a alóctones nas acumulações esqueléticas, exibindo maior grau de mistura temporal e baixa resolução espacial (time-averaging), do que os bivalves escavadores profundos e intermediários. Isso se deve, possivelmente, a estratégia de vida mais exposta à ação de distúrbios físicos (e.g., correntes tracionais de fundo) exibida pelas formas de epifauna, semi-infauna e infauna rasa. As características morfofuncionais e tafonômicas das conchas dos bivalves podem constituir, em conjunto, importantes ferramentas para a determinação da dinâmica sedimentar (e.g., taxa de sedimentação). Por exemplo, em uma concentração coquinóide (tempestito), encontrada no topo da Formação Corumbataí (assembléia de Pinzonella neotropica), há a presença de conchas articuladas fechadas de bivalves escavadores rasos (Pinzonella neotropica), intermediários (Cowperesia anceps) e de semi-infauna bissada (Naiadopsis lamellosus). Valvas desta última espécie ocorrem desarticuladas, fragmentadas e caoticamente distribuídas na matriz, contribuindo significativamente com a composição da acumulação esquelética. Entretanto, valvas articuladas e em posição de vida ocorrem também no topo da concentração, permitindo não apenas o reconhecimento do processo de retroalimentação tafonômica, como também a identificação de diferentes eventos de não deposição de sedimentos, seguidos de episódios de rápida deposição de finos, possivelmente associados às tempestades. Todos os dados paleoautoecológicos e tafonômicos obtidos mostram, consistentemente, que reconstruções paleossinecológicas não podem ser estabelecidas sem o prévio conhecimento desses dados. Neste contexto, um protocolo contendo 7 etapas distintas (e.g., atividades preliminares como a delimitação do escopo de estudo e hipóteses, atividades de coleta, atividades de laboratório, análise qualitativa, análise quantitativa, interpretação dos dados e apresentação dos resultados) é sugerido, como ponto de partida para a análise e verificação mais rigorosa de hipóteses paleossinecológicas. / In this study a detailed paleoautoecological analysis of the Permian bivalves of Passa Dois Group (Serra Alta, Terezina and Corumbataí Formations), Paraná Basin, was carried out. Its main goal is the reconstruction of the mode of life of these bivalves as a starting point for broad paleoecological discussions. The Anhembia froesi assemblage (Serra Alta and Corumbataí Formations) is dominated by shallow and slow burrowing bivalves (Anhembia froesi, Tambaquyra camargoi, Mendesia piracicabensis, Maackia contorta). Semi-infaunal (Barbosaia angulata) and epifaunal, byssate (?Anthraconaia mezzalirai) bivalves are also common. On the other hand, a large number of shallow and slow burrowers (Pinzonella illusa, Plesiocyprinella carinata, Ferrazia cardinalis, Terraiopsis aequilateralis and Othonella araguaiana) dominate the Pinzonella illusa assemblage (Serra Alta and Corumbataí Formations). Rapid burrowers (shallow or intermediate) are, however, represented by the shallow burrowers Favalia arcuata, Holdhausiella elongata and Runnegariella fragilis, and the intermediate burrowers Cowperesia anceps, Angatubia cowperesioides, respectively. Slow, intermediate burrowers (Casterella gratiosa, Itatamba paraima) are less common, while deep burrowers (Roxoa corumbataiensis) and epifaunal byssate (Coxesia mezzalirai) bivalves are rare. Several lines of morphological evidence (e.g., shell morphology, obesity) strongly suggest that the shallow and deep burrowers as well as epifaunal byssate bivalves colonized stable (sandy) substrates. The same ecological guilds that are represented in this assemblage can be recognized in the Pinzonella neotropica assemblage (upper part of Corumbataí and Terezina Formations) such as: shallow and slow burrowers in soft and stable substrates (Pinzonella neotropica, Jacquesia brasiliensis); rapid and intermediate burrowers in soft bottoms (Cowperesia anceps); deep burrowers (Roxoa intricans) and endobyssate elements (Naiadopsis lamellosus) in soft, but bioclastic-rich sediments. All of them were suspension-feeding bivalves. The low percentage of epifaunal, byssate bivalves in these assemblages is noteworthy. An interplay of abiotic and biotic factors could explain this feature. For example, during the deposition of the Corumbataí and Terezina Formations, condition of shallow waters, with soft and unstable substrate, frequently affected by storm events prevailed. Morphologic (e.g., claustrum, tubercles, valve torsion) and taphonomic features (e.g., dissolution pits, regenerated breakages) commonly observed in freshwater bivalves were not found in the studied species (n= 25). On the other hand, morphologic features typically observed in marine bivalves were noted in Ferrazia cardinalis (e.g., radial ribs), Runnegariella fragilis (e.g., anteriorly expanded shells) and Cowperesia anceps (e.g., concentric ornamentation). Additionally, some specimens of Plesiocyprinella carinata, and particularly Pinzonella illusa, show signs (drill holes) of drilling predation. Drilled bivalves are unknown among freshwater forms. The Passa Dois Group bivalves (not including the Irati Formation) were not freshwater bivalves, which is in accordance with recent cladistic analysis that indicates affinities with marine bivalve families. In addition, Anhembia froesi and Tambaquyra camargoi (Serra Alta and Corumbataí) are interpreted, for the first time, as chemosymbiotic bivalves. This is supported by the occurrence of a rostrum (Anhembia froesi) and the large body size of their shells. These bivalves are also found in fine, soft, oxygen deficient substrates, deposited below or near storm wave base. The examined bivalves are often preserved in internally complex fossil concentrations (proximal and distal tempestites). In all of these bivalves in life position are rare. The occurrence of disharmonious time-averaging is remarkable, particularly among the epifaunal, semi-infaunal and shallow burrowers. This is because the shells of bivalves with exposed strategy are more prone to spatial and temporal mixing. The paleoautoecologic and taphonomic analysis could be an important tool for the study of sedimentary dynamics (e,g., sedimentation rate). For example, life positioned specimens of Naiadopsis lamellosus with the comissure plane inclined about 45 degrees to the bedding plane occur on the top of a thin (~10 cm) bioclastic-rich concentration, intercalated in siltstones. The underlying shell layer was buried to a depth of ~1.6 cm. Normally, the shells are buried up to their umbonal carena, the anterior margin (buried portion) of closed articulated shells being slightly compressed dorso-ventrally. The original substrate provided by the underlying accumulation, including a great amount of bioclasts and also some muddy parts, seems suitable for the setting of Naiadopsis lamellosus larvae. Still, the presence of disarticulated, complete or fragmented, and abraded or pristine shells of Naiadopsis lamellosus with different size classes suggests different episodes of substrate colonization and reworking, indicating the occurrence of different periods of extensive taphonomic feedback. Although preserved in life position taphonomic evidence indicates that the temporal resolution of these concentrations is variable, often preserving a time-averaged record of the benthic marine populations. In the case of Naiadopsis lamellosus, different periods of colonization and disruptment have contributed to the bioclast enrichment of the substrate, at different times, corroborating the idea that the genetic processes that are responsible for the origin of a particular concentration are less important for the time-averaging phenomenon than the presence of old shells or bioclasts in a given depositional system. The obtained data have shown consistently that paleossynecological reconstruction that are not based on detailed paleoautoecologic and taphonomic studies are not justifiable. In this context, a seven step protocol is proposed as an alternative approach for a more accurate test of paleossynecological hypothese.
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Acritarcas e prasinofitas da Formação Ponta Grossa (Devoniano) no flanco noroeste da Bacia do Paraná / Not available.

Oliveira, Sandra de Fátima 01 July 1991 (has links)
Esta dissertação é o resultado do estudo paleopalinológico (acritarcas s.l.) de 96 amostras provenientes da Formação Ponta Grossa ocorrentes no flanco noroeste da Bacia do Paraná. As amostras foram coletadas nas sondagens RSP-1 (Serra da Petrovina), RVR-1 (São José do Povo) e RPL-1 (Paraíso Leste), localizadas no sul do Estado do Mato Grosso, Brasil. Estas sondagens, de propriedades da Companhia Rio Doce Geologia e Mineração S.A. - DOCEGEO, foram realizadas durante a execução do Projeto Rondonópolis, em 1977. Os sedimentos pertencentes à Formação Ponta Grossa revelaram-se portadores de uma rica e bem preservada assembléia de acritarcas s.l. Foram identificados 29 gêneros e 58 espécies, entre as quais são descritos 2 gêneros e 8 novas espécies: Bipolarisvelata accreta gen et sp. n., Mediocorpore conspicuus gen. et sp. n., Duvernaysphaera dissimilis sp. n., Duvernaysphaera heliocêntrica sp. n., Evittia crucinata sp. n., Evittia matogrossensis sp. n., Gorgonisphaeridium reticulatum sp. n. e Pterospermella crassimarginata sp. n. Com base na comparação entre a assembléia de acritarcas s.l. aqui analisada com outras descritas, até o momento, para diversas regiões do mundo, além de estudos pré-existentes sobre esporos encontrados na área, foi possível propor que a idade da seqüência sedimentar estudada corresponde ao intervalo de tempo situado entre o Eifeliano Inferior e Frasniano Superior. Em relação ao paleoambiente, verificou-se a partir dos dados obtidos através da distribuição e diversidade dos microfósseis, que os sedimentos pertencentes à Formação Ponta Grossa, na área, foram depositados sob condições marinhas, apresentando alguns intervalos, no entanto, influência continental. / This dissertation is the result of a paleopalynologic study (acritarchs s.l.) of 96 samples from the Ponta Grossa Formation on the northwestern flank of Paraná Basin in Southern Mato Grosso State, Brazil. The samples were collected from boreholes RSP-1 (Serra da Petrovina), RVR-1 (São José do Povo) and RPL-1 (Paraíso Leste) drilled by the Companhia Rio Doce Geologia e Mineração S.A.- DOCEGEO, during the Rondonópolis Project in 1977. The Ponta Grossa Formation possesses a rich and well-preserved acritarch assemblage. Twenty-nine genera and fifty-eight species were identified, among which two new genera and eight new species: Bipolarisvelata accreta gen. et sp. n., Mediocorpore conspicuo gen. et sp. n., Duvernaysphaera dissimilis sp. n., Duvernaysphaera heliocentrica sp. n., Evittia crucinata sp. n., Evittia matogrossensis sp. n., Gorgonisphaeridium reticulatum sp.n. and Pterospermella crassimarginata sp. n. Comparation with acritarchs described in the literature for other parts of the world and studies of spores from the same region suggest a Early Eifelian to late Frasnian age for the studied sedimentary sequence. The distribution and diversity of the microfossils in the Ponta Grossa Formation in the area indicate deposition under marine conditions, with continental influence in several intervals.
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Estudo da alteração intempérica das rochas ricas em apatita da Mina de Campos, associadas ao maciço alcalino-carbonatitico de Ipanema, SP / Not available.

Florêncio, Raquel Valério de Sousa 29 May 1995 (has links)
Este trabalho trata dos materiais intemperizados expostos na Mina Gonzaga de Campos, formados a partir de rochas ricas em apatita associadas ao Complexo Alcalino Carbonatítico de Ipanema (SP), e visou ao reconhecimento das modificações morfológicas, filiações minerais e evolução química geral causadas pelo processo intempérico. Esta área corresponde a um dos locais pesquisados pela Serrana S.A. de Mineração, visando à lavra experimental do depósito fosfático de Ipanema, associado ao Complexo. Os estudos realizados (morfológicos, mineralógicos e geoquímicos pontuais) evidenciaram a presença de dois tipos litológicos básicos no local, interrelacionados espacialmente de maneira complexa, sendo que um deles apresenta características de dique, cortando o outro, anterior. São eles, respectivamente, rocha apatítica bandada (biotita, hastingsita, apatita, magnetita) e rocha glimerítica (biotita, apatita, hastingsita). Os minerais primários apresentaram uma evolução química e mineral em direção a materiais secundários típicos do intemperismo em clima tropical, sendo que as fases filossilicáticas apresentaram estágio intermediário importante. Assim, os anfibólios (hastingsita) mostraram alteração para oxihidróxidos de ferro (goethita) em pseudomorfoses. As biotitas, passando por estágio importante de interestratificados biotita-vermiculita e vermiculita, mostraram evolução para caulinita somente nas partes mais evoluídas do perfil. A magnetita mostrou dissolução parcial e, finalmente, a apatita evoluiu para wavelita. Apatita secundária teve formação muito restrita e ligada à mobilização de fósforo e cálcio fora dos pontos com apatita primária. A maior parte do perfil é de isalterita, sustentada pelos produtos ferruginosos e apatita, mais resistente. A aloterização ocorre tanto pela desestabilização progressiva das pseudomorfoses, como pela invasão de produtos iluviais (com presença de Fe, Si, Al, P e Ti, formando goethita, caulinita e wavelita) ao longo de fissuras em sucessivas gerações de cutãs que ajudaram a destruir o caráter isalterítico. Enquanto que na isalterita ainda há elementos potencialmente lixiviáveis nestas condições de intemperismo laterítico, tanto pela mais tardia alteração das apatitas (no caso do Ca) como pela lenta evolução das biotitas (no caso do K e Mg e, em menor escala, do Si), na aloterita ocorrem somente os elementos residuais (Fe, Al e, em parte, Si). O fósforo quase não ocorre na aloterita, demonstrando que sofreu lixiviação após a formação dos fosfatos secundários, embora não tenha sido verificada diretamente a desestabilização da wavelita. Dois pontos a serem ressaltados neste estudo com respeito a peculiaridades deste setor do manto de alteração sobre o Complexo de Ipanema são os seguintes: a) a alteração da apatita forma diretamente um fosfato de alumínio (wavelita) sem estágios intermediários existentes em outros locais (fosfatos da família da crandalita), promovendo, portanto, uma lixiviação imediata do cálcio mesmo em micromeios aparentemente mal drenados (espaços inter e intracristalinos fechados) e b) o papel do intemperismo na gênese do depósito mineral fosfático de Ipanema foi no sentido de friabilizar a rocha e não de promover um enriquecimento relativo em fósforo apatítico, já que a grande quantidade de micas primárias sofreram lenta evolução com pouca perda de matéria na maior parte do perfil, ao contrário do que ocorre em outros maciços com menor abundância de minerais micáceos em suas rochas primárias, onde a alteração com perda importante de massa aumenta relativamente os teores em apatita. / This work treats on the weathered material from the Gonzaga de Campos Mine, originated from apatite rich rocks associated to Ipanema Alkaline Complex. Its aim was recognizing morphological, mineral and chemical changes through weathering processes. This area corresponds to an experimental local for explotation of the Ipanema phosphatic deposit, associated to the Complex. Two lithological types was shown by the materials in that mine: one, an apatitic banded rock (biotite, hastingsite, apatite, magnetite), with dyke characteristics, and other, a glimerite (biotite, apatite, hastingsite). Primary minerals present a chemical and mineralogical evolution toward secondary materials typic of tropical weathering, although phyllosilicates had shown an important intermediate stage. So, amphibole (hastingsite) has weathered to iron oxyhidroxydes (goethite), forming pseudomorphs. Biotite, that has passed by an important earlier stage of interstratified biotite-vermiculite and vermiculite, finally evolved to kaolinite, in the upper parts of the profile. Magnetite has shown partial dissolution, and apatite, more resistent, evolved to wavelite, without intermediate minerals. Secondary apatite was formed in very restrict points, linked to the remobilization of Ca and P out of the apatite domaines. Most of the profile is isalteritic, kept by ferruginous products and apatite. Alloteritization occurs either by progressive desestabilization of pseudomorphs, or by invasion of illuvial products (with Fe, (Ti), Si, Al, and P, forming goethite, kaolinite, and wavelite, respectively) along fissures in successive generations of cutans, which allows destroying isalteritic characteristics. In the isalterite, mobile elements cen be still found, both because the late weathering of apatite (in the case of calcium), and because the slow evolution of phylossilicates (in the case of K and Mg and, in minor scale, Si). Phosphour is almost absent in the alloterite, which shows its lixiviation after later evolution of secondary phosphates, although this fact had not been directly observed. Two points about the particularities of the Gonzaga de Campos Mine stand out: a) apatite weathering forms directly a secondary aluminous phosphate without intermediate stages of calcium-aluminous phosphates, like crandallite family, for instance, which is common over other complexes, and b) weathering role in the generation of the apatitic ore seems to have been making the rocks friables without promoting a relative enrichment in apatitic phosphate, because the most important mineral, biotite, has undergone slow evolution without important loss of mass through most part of the profile, the opposite of which normally occurs over the other complexes, where other silicate minerals are also important, but whose weathering evolution promotes more important loss of mass, causing a relative enrichment of phosphate.

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