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A "nova cultura da adoção": reflexões acerca do cenário atual da adoção no Brasil / The "new culture of adoption": reflections on the current scenario of adoption in BrazilSouza, Maria de Lourdes Nobre 03 June 2016 (has links)
Submitted by Rosivalda Pereira (mrs.pereira@ufma.br) on 2017-05-22T19:24:56Z
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Previous issue date: 2016-06-03 / Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) / This research aims to describe and analyze the argument sustained by professionals from different sectors of society related to adoption that support the "new culture of adoption". This refers to a set of ideas that have been introduced in Brazil for almost three decades by the adopting national movement, which currently enjoys a great political insertion in state spheres. The "new culture of adoption" objectives guarantee the right to family living and community to institutionalized children and adolescents by encouraging the practice of adoption. It is observed a certain stuck to their roots disregard towards generating factors that lead children and adolescents not to stay in their families of origin, need to be placed in a foster family. Therefore, it is the question if the current disseminators discourses of "new culture of adoption" would not be extolling the adoption as a "solution" more feasible for the problems of the needy children in the country and with it, covering up and naturalizing the social issues that lead many socially excluded families to lose their parental authority over their children. The survey was conducted from the content analysis of seven lectures given by professionals in defense of the "new culture of adoption", which were part of the program of the First online National Congress on Adoption (CONADOTE), occurred in 2015. Five categories emerged from the analysis of these lectures: the situation of institutionalized children and adolescents, examination of legislation and legal adoption procedures, references to the service network, the disqualification of the biological family and the adoption as a solution, which were analyzed based the theoretical framework of Social Psychology in a socio-historical perspective, and related areas. It is concluded that the "new culture of adoption", despite victories in relation to the increased visibility of the practice of adoption, remains fighting for the same ideals of the beginning of its creation, seeking to ensure family and community life to such public children and youth by finding families willing to adopt it, confirming the idea of adoption as a solution to the problems that quota had as "no family". Thus, there is a disqualification of the origin family and the fight for the adoption ceases to be an exceptional measure, as it is considered legal. Finally, it appears that the ideas defended by the "new culture of adoption" are inscribed within the larger interests of the current economic order, characterized by the ideals of neo-liberal capitalism. / Esta pesquisa tem como objetivo geral circunscrever e analisar a argumentação sustentada por profissionais de diferentes setores da sociedade vinculados à adoção que apoiam a “nova cultura da adoção”. Esta se refere a um conjunto de ideias que vêm sendo instauradas no Brasil há quase três décadas pelo movimento nacional de adoção, que atualmente desfruta de grande inserção política nas esferas estatais. A “nova cultura da adoção” objetiva garantir o direito à convivência familiar e comunitária a crianças e adolescentes institucionalizados, através do incentivo à prática da adoção. Observa-se, neste sentido certa desconsideração em relação aos fatores geradores que levam crianças e adolescentes a não permanecerem em suas famílias de origem, necessitando ser colocados em família substituta. Diante disso, cabe o questionamento se os discursos atuais disseminadores da ”nova cultura da adoção” não estariam exaltando a adoção enquanto “solução” mais viável para os problemas da infância desvalida do país e com isso, encobrindo e naturalizando as questões sociais que levam inúmeras famílias excluídas socialmente a perderem o poder familiar sobre seus filhos. A pesquisa foi realizada a partir da análise do conteúdo de sete palestras ministradas por profissionais que vêm se notabilizando na defesa da “nova cultura da adoção”, as quais fizeram parte da programação do I Congresso Nacional on line de Adoção (CONADOTE), ocorrido 2015. Cinco categorias emergiram da análise destas palestras: A situação de crianças e adolescentes institucionalizados, Exame da legislação e de procedimentos jurídicos da adoção, Referências à rede de atendimento, A desqualificação da família biológica e A adoção como solução, as quais foram analisadas com base no arcabouço teórico da Psicologia Social em uma perspectiva sócio-histórica, além de áreas afins. Concluiu-se que a “nova cultura da adoção”, apesar das vitórias conquistadas no que tange à maior visibilidade em relação à prática da adoção, permanece lutando pelos mesmos ideais do início de sua criação, buscando garantir a convivência familiar e comunitária ao referido público infanto-juvenil através da busca de famílias que se disponham a adotá-lo, confirmando a ideia de adoção enquanto solução para os problemas deste contingente tido como “sem família”. Desta forma, observa-se a desqualificação da família de origem e a luta para que a adoção deixe de ser uma medida excepcional, como é considerada juridicamente. Por fim, verifica-se que as ideias defendidas pela “nova cultura da adoção” se inscrevem dentro dos interesses maiores da ordem econômica vigente, caracterizada pelos ideais do capitalismo neoliberal.
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