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Jornalismo literário e cinema: uma análise de O que é isso, companheiro?Santos, Rafael Fonseca 14 December 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-12-14 / In the 1970s, a period when Brazil was under a military dictatorship that would last until 1985, many of the freedoms of expression and of information flow were threatened. The AI-5, Institutional Act No. 5, 1968, puts into question the good journalistic practice, which in turn, is forced to reinvent itself to get fulfill its duties. Thus it were not few journalists who ventured in the literature for new voices and new ways of resistance, including politics. This thesis investigates the relations, implications and possible meaning effects resulting from the rapprochement between journalism and literature by examining Fernando Gabeira's work O que é isso, companheiro?, and his subsequent transposition to the cinema, in 1997, directed by Bruno Barreto. The scope of analysis also pervades the elements of literary journalism, especially those of the New Journalism: description, narrative scene to scene, use of dialogues and points of view of the third person. In view of these elements, this thesis also investigates how the written text was moved for the audiovisual product. / Na década de 1970, período em que o Brasil esteve sob um regime ditatorial militar, que duraria até 1985, muitas das liberdades de expressão e de circulação de informações foram ameaçadas. O AI-5, Ato Institucional número 5, de 1968, coloca em xeque a boa prática jornalística que, por sua vez, se vê obrigada a se reinventar para conseguir cumprir com seus deveres. Assim, não foram poucos os jornalistas que se aventuraram na literatura em busca de novas vozes e novos caminhos para a resistência, inclusive política. Esta tese investiga as relações, implicações e possíveis efeitos de sentido resultantes da aproximação entre jornalismo e literatura, por meio do exame da obra O que é isso, companheiro?, de Fernando Gabeira, de 1979, e de sua posterior transposição para o cinema, em 1997, pelo diretor Bruno Barreto. O escopo de análise também perpassa os elementos do jornalismo literário, especialmente os do Novo Jornalismo: descrição, narrativa cena a cena, uso de diálogos e pontos de vista da terceira pessoa. Diante desses elementos, esta tese investiga, ainda, como se deu seu deslocamento do texto escrito para o produto audiovisual.
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Cinema, memória e ditadura civil-militar: representações sobre as juventudes em O que é isso, Companheiro? e Batismo de sangueNoronha, Danielle Parfentieff de 22 March 2013 (has links)
In this work I analyze the representations about youth from the corresponding period of the civil-military dictatorship in Brazil (1964-1985) in the narratives of contemporary Brazilian cinema, from an ethnography of the films O que é isso Companheiro? (Bruno Barreto, 1997) and Batismo de Sangue (Helvécio Ratton, 2007). I introduce the discussion between fiction and reality in cinema, which can create, modify or reinforce the imaginary about who were that youth, and still build imaginative discourses about the nation in the dictatorial period, and thus reformulate the social memory of that period. I understand cinema as language, which bears a complex relationship between author and audience with several possibilities for analysis and interpretation. In this sense, I consider the links between art and life, and thus between language and speech, and also as representations of memory and nation / Neste trabalho, analiso as representações sobre as juventudes do período correspondente à ditadura civil-militar brasileira (1964-1985) nas narrativas do cinema brasileiro contemporâneo, a partir de uma etnografia dos filmes O que é isso, companheiro? (Bruno Barreto, 1997) e Batismo de Sangue (Helvécio Ratton, 2007). Parto da discussão entre realidade e ficção existente em torno do tema, que pode criar,
reforçar ou modificar o imaginário sobre quem foram aqueles jovens, e ainda atuar na construção de discursos imaginativos sobre a nação no período ditatorial e, assim, reformular a memória social sobre o período. Entendo o cinema como linguagem, que carrega uma complexa relação entre autor e espectador, e possui diversas possibilidades de análise e interpretação. Neste sentido, levo em consideração os vínculos existentes entre arte e vida e entre linguagem e discurso, além das representações sobre memória e nação
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Do livro ao cinema: memórias da ditadura em Batismo de Sangue e O que é isso, companheiro? / Book to movie: memories of the dictatorship in Batismo de Sangue and O que é isso, companheiro?Gomes, Victor Emmanuel Farias January 2014 (has links)
GOMES, Victor Emmanuel Farias. Do livro ao cinema: memórias da ditadura em Batismo de Sangue e O que é isso, companheiro? 2014. 223f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em História, Fortaleza (CE), 2014. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-09-22T15:50:52Z
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Previous issue date: 2014 / The present work analyses two films produced in Brazil which has the military dictatorship (1964-1985) as the subject of his narratives. O que é isso, companheiro? (1997), directed by Bruno Barreto, and Batismo de Sangue (2007), by Helvécio Ratton. They are understood as vehicles of construction and appropriation of memories. The research trails the way since the publication of the books that inspired the movies till the movie’s release. Besides the books and movies narrative the essay deals with the personalities who wrote versions about the dictatorial past: moviemakers, armed force militants and writers. In the decades that followed the political freedom the memories about the period of dictatorship are built and reconstructed within the dialogue with the environment of the personalities and the transforming political structures. Through the analysis of the use, meanings and circulation of the cultural industrial products it is possible to have a view of the actual concepts of the dictatorship past and also identify the debates about these memories. The polemics and interpretations that rises from the literary and cinema versions of “O que é isso, companheiro” e “Batismo de Sangue” is used to investigate the process of auto critics of the armed fight, the construction of the emblematic figures of the opposition to the regime, such as Tito de Alencar e Carlos Marighella, the silence about the collaboration and omission before the arbitrary, among other questions that arises from the elaboration about the years of lead. / O presente trabalho analisa dois filmes produzidos no Brasil que tem a ditadura militar (1964-1985) como tema de suas narrativas. O que é isso, companheiro? (1997), dirigido por Bruno Barreto, e Batismo de Sangue (2007), de Helvécio Ratton, são compreendidos como veículos de apropriação e construção de memórias. Para isso, a pesquisa percorre o caminho trilhado desde a publicação dos livros que deram origem aos filmes, até o lançamento das películas nos cinemas. Além das narrativas que constituem os livros e filmes, o estudo se debruça sobre alguns dos sujeitos que elaboraram versões sobre o passado de ditadura: cineastas, militantes da luta armada e escritores. Nas décadas seguintes à abertura política, as memórias sobre a ditadura vão se acumulando e se reconstruindo, em diálogo com o lugar em que os diversos sujeitos se situam e com as conjunturas políticas que se transformam. Através da análise dos usos, sentidos e circulação dos produtos da indústria cultural, é possível visualizarmos algumas das posturas existentes diante do passado de ditadura, assim como identificar os embates que se dão em torno da memória. As polêmicas e interpretações surgidas a partir das versões literárias e fílmicas de O que é isso, companheiro? e Batismo de Sangue permitem a investigação do processo de autocrítica da luta armada, da construção das figuras emblemáticas da oposição ao regime, caso de Frei Tito de Alencar e Carlos Marighella, do silêncio acerca da colaboração e omissão diante do arbítrio, dentre outras questões suscitadas pelas elaborações acerca dos anos de chumbo.
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