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O VÍNCULO POR UM FIO: A TOXICOMANIA COMO OBJETO TRANSICIONAL

Alves, Fábio Pereira 17 October 2005 (has links)
Submitted by admin tede (tede@pucgoias.edu.br) on 2016-12-13T12:04:47Z No. of bitstreams: 1 FABIO PEREIRA ALVES.pdf: 201664 bytes, checksum: 718e7efb9c550a5fe0196ea09029b588 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-12-13T12:04:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 FABIO PEREIRA ALVES.pdf: 201664 bytes, checksum: 718e7efb9c550a5fe0196ea09029b588 (MD5) Previous issue date: 2005-10-17 / Based on psychoanalysis, the present work has as its objective to study the family ties between a drug addict and his family. According to DSM-IV, the medical nosography insists on considering drug addiction a disease; however, would that be one of the causes or just the consequence of other pathologies? On the other hand, drug addiction seems to be what some authors call “modernity excesses”. This way, it is regarded as a sign of abuse, of law breaking; that is, it is the absence of reference points, limits, rules. The drugs say what cannot be said (Olievenstein, 1989), they expose the susceptible family ties. They sustain an identification in the emptiness, without a body, they are the sign of what is “missing”. A drug addicted recognizes in the abstinence what is lacking, that is why he dedicates himself completely to this cause that is why drug addiction exists (Rassial, 1999). Through the psychoanalytical listening process, two clinical interviews were held in two different moments: first with the father and later with his addict son. The results show family ties as a “transitional object”; ties that put in evidence the fragile link between father and son. This fragility is the result of the poor identification of the subject with the object, what seems to end up in the son’s fixation on a position of demand, a position between primary narcissism and the entrance in the Oedipus. The results make us suppose that the transitional object’s paradigm is an important theoretical model that enables the understanding and the clinical intervention in cases of drug addiction. / A partir do referencial psicanalítico, buscou-se no presente trabalho estudar como se configura o vínculo em uma família com adolescente toxicômano. Segundo o DSMIV, a nosografia médica insiste em colocar a toxicomania como uma doença; mas seria essa uma causa ou conseqüência de outras patologias? Por outro lado, a toxicomania parece apontar para o que alguns autores chamam de “excessos da modernidade”. Dessa forma, ela funciona como um signo do abuso, da transgressão à Lei; ou seja, é a ausência de referenciais, de limites, de norma. A droga tem a função de dizer o indizível (Olievenstein, 1989) ela denuncia o fio tênue do vínculo familiar. Ela sustenta uma identificação no vazio, sem corpo, ela é a marca da ‘falta’. O sujeito toxicômano reconhece na abstinência o que lhe falta [manque], por isso, encontra-se totalmente envolvido na busca desse objeto, essa é a verdadeira razão de ser da estrutura toxicômana (Rassial, 1999). Dentro do dispositivo de escuta psicanalítica, procedeu-se a duas entrevistas do tipo clínico, realizadas em dois momentos: inicialmente com o pai, e posteriormente com o filho adolescente usuário de droga. O material coletado nas entrevistas aponta para uma configuração no vínculo familiar, que parece tomar a noção de “objeto transicional” como modelo; um vínculo que evidencia uma ligação frágil entre pai e filho. Em que essa fragilidade é resultado de uma identificação precária do sujeito com o objeto, que parece resultar na fixação do filho em uma posição de demanda, uma posição entre narcisismo primário e a entrada no Édipo. Os resultados nos levam a supor que o paradigma do objeto transicional é um importante modelo teórico para a compreensão e a intervenção clínica em casos de toxicomania.
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"A ciência e a verdade": a psicanálise proposta como uma ciência no texto de Jacques Lacan

Grostein, Sandra Arruda 27 May 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T14:16:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Sandra Arruda Grostein.pdf: 368022 bytes, checksum: 1c35d0ca90bbf5edd0a6beaa6430c6fb (MD5) Previous issue date: 2010-05-27 / The following research aims to find in the text Science and Truth, by Jacques Lacan, published in 1966, the arguments with which he justifies the scientific vocation of psychoanalysis and most importantly, shows that it is located in the field of science through the subject. Searching beyond this, to analyze if these justifications are consistent and to identify through which elements they are supported. The investigation is divided into three parts, which correspond to the three chapters of the dissertation, which have the following focus: The subject of science, the object of psychoanalysis and the scientific vocation of psychoanalysis. To bring together science and psychoanalysis, Lacan, in the main text, refuses to include psychoanalysis in the area of human science. Considering this, the research aims to find, through the study of the criticism completed by Lacan, of man as the subject of science, the debate with psychology, implicit in the text. The argument that there is equality between the subject of science and the Freudian unconscious is another focus of this research. Searching to identify the consistency of this argument through the Freudian references that Lacan is examining in the main text. Concluding that psychoanalysis had, and still has, as in Lacan s view, to face two big challenges to be included in the scientific field: the first has to do with the question of the object and the second deals with the differentiation between psychoanalyses and psychology, that the latter seeks to include the first in its set, since it claims for a unity in its field of knowledge / A presente pesquisa visa a localizar no texto A Ciência e a Verdade, de Jacques Lacan, publicado em 1966, os argumentos com que ele justifica a vocação científica da psicanálise, e, principalmente, mostra que esta se insere no campo da ciência por meio do sujeito. Procurando, além disso, analisar se essas justificativas são consistentes e em que elementos se apoiam. A investigação está dividida em três partes, que correspondem a três capítulos da Dissertação, as quais têm os seguintes focos: o sujeito da ciência, o objeto da psicanálise e a vocação científica da psicanálise. Para aproximar a psicanálise da ciência, Lacan, no texto base, recusa, no entanto, incluir a psicanálise no bojo das ciências humanas. Em face disso, este trabalho objetiva encontrar, mediante o estudo da crítica, empreendida por Lacan, ao homem como objeto da ciência, o debate com a psicologia, implícito no texto. O argumento de que há equivalência entre o sujeito da ciência e o inconsciente freudiano é outro foco desta pesquisa. Buscar-se-á identificar, na leitura das referências freudianas apresentadas por Lacan no texto base, a coerência desta argumentação. Chega-se à conclusão de que a psicanálise tinha, e continua tendo, como na visão de Lacan, de enfrentar dois grandes obstáculos para localizar-se no campo científico: o primeiro, dizendo respeito ao debate, que se dá, em seus termos próprios, na ciência, sobre a questão do objeto, e o segundo, acerca da diferenciação em relação à psicologia, que visa a incluí-la em seu conjunto, na medida em que busca a unidade enquanto campo do saber

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