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Viver honradamente de ofícios: trabalhadores manuais livres, garantias e rendeiros em Mariana (1709-1750)Silva, Fabiano Gomes da 31 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-31 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O trabalho e os trabalhadores foram recorrentemente entendidos e explicados pela ótica da desvalorização e da desclassificação social no período colonial. Não se nega completamente esse quadro analítico, mas se deve matizá-lo, e foi nessa direção que a pesquisa caminhou. Partiu-se da premissa de que a experiência nascida do trabalho honesto e justo também concorria para a classificação social na época Moderna. O ambiente mineiro do termo de Mariana (1709-1750) foi tomado como lócus de análise para se compreender o viver do trabalho a jornal, à soldada e à empreita como recurso disponível e válido de classificação social. Para isso, foi necessário: i) reconstituir parcela do mercado de trabalho livre numa sociedade escravista colonial; ii) entender os mecanismos de acesso e atuação no mercado de trabalho, bem como as redes de garantias e créditos locais; iii) narrar os fragmentos das trajetórias, dos comportamentos e das estratégias dos mestres e oficiais de ofícios manuais da localidade. O resultado foi o dimensionamento do trabalhador manual livre como parte decisiva da dinâmica econômica e social na cidade de Mariana, pois nem tudo se resolveu com os carregamentos de mercadorias de outras regiões coloniais ou do Atlântico. Assim, tem-se um trabalhador livre que exercia seu ofício útil e de forma honrada na comunidade. As trajetórias dos mestres Antônio Coelho da Fonseca, Pedro Rodrigues da Costa e João Marques Pimenta mostram, por exemplo, que o ofício manual aprendido ou herdado era sustento e fonte do procedimento decente e honrado, que, inclusive, podia trazer a distinção e a fazenda necessária ao viver como se nobre fosse. Se passageira a alguns, a experiência no mundo do trabalho não foi uma aba esquecida na história de muitos trabalhadores livres, libertos e escravos. Antes, foi página importante nas narrativas morais de muitos. / Scholars of Brazilian colonial history have long examined labor and workers as categories that were marked by degradation and social declassification. While this argument is not totally incorrect, such attitudes were not absolute and both categories need to be re-examined. That is the objective of this text. The basic idea here is that during the Modern Age life experiences acquired through honest and just labor could contribute positively to social classification. The town of Mariana (1709-1750) in Minas Gerais, Brazil, was chosen as the locus for analysis in attempting to understand different forms of labor* as readily available and valid sources of social classification. To do so it was necessary to: i) reconstitute a portion of the free labor market in a colonial slaveholding society; ii) understand access to and operational mechanisms specific to that labor market, as well as local credit networks; iii) narrate fragments of the trajectories, behavior, and strategies of local masters and journeymen. The results indicate the dimensions of free manual labor as a decisive part of economic and social dynamics in Mariana, especially because local production proved essential to regional economic survival. What emerged from the narratives were free workers who carried out their work in honorable fashion within the community. The trajectories of the master artisans Antônio Coelho da Fonseca, Pedro Rodrigues da Costa, and João Marques Pimenta, for instance, show that manual labor, whether learned or inherited, was a source of livelihood and was regarded as decent and honorable, giving workers the possibility of living like nobles. The experience in the world of labor may have been brief for some, but for many freeborn and freed workers and slaves it would never be forgotten. It was a page of the utmost importance in the moral narratives of many.
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