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A influência da consciência do contraste oral/nasal na aquisição inicial do sistema de nasalização da ortografia do portuguêsALVES, Virginia de Oliveira 16 October 2000 (has links)
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Previous issue date: 2000-10-16 / CNPQ / A ortografia tem uma função social relevante, reflete tentativa de unificar a escrita, possibilitando facilidade na comunicação. É objeto de conhecimento obrigatório nas escolas, ensinado e cobrado a sua correção em diferentes níveis de ensino. Estudos com crianças falantes de diferentes línguas têm procurado contribuir para a compreensão dos obstáculos enfrentados pelas crianças ao aprender ortografia. O presente estudo tem por objetivo investigar a aquisição inicial das regras do nosso sistema ortográfico que envolvem a nasalização, considerando as habilidades cognitivas envolvidas nesse processo, investigando se crianças com diferentes hipóteses quanto à marcação da nasalização na escrita se diferenciam em relação à consciência fonológica do contraste oral/nasal. A investigação foi realizada com 108 alunos da alfabetização a 2ªsérie do Ensino Fundamental, de escolas localizadas em Recife, com idades entre 6 anos e 10 anos. A amostra foi organizada em quatro grupos, considerando a escola de origem – pública ou particular, e o tempo de escolaridade em relação à aquisição do sistema de escrita alfabética. Cada uma das crianças foi submetida à tarefa de escrita de palavras e de pseudopalavras, e a tarefas de consciência fonológica. Inicialmente, realizamos a análise do desempenho das crianças em cada uma das tarefas, com o objetivo de conhecer o desempenho de cada grupo. Em seguida, realizamos comparações entre os diferentes grupos nas diferentes tarefas. Por último, avaliamos o desempenho das crianças nas tarefas de consciência fonológica a partir do seu desempenho na tarefa de escrita de palavras e pseudopalavras. A produção de cada criança na tarefa de escrita de palavras e de pseudopalavras foi classificada de acordo com as categorias de desempenho para a representação das vogais nasais. Apenas 31% das crianças apresentaram produções com marcação completa. Ao atingir a fase alfabética, a criança não adquire de imediato as convenções ortográficas para marcar as vogais nasais. As tarefas de consciência fonológica exigem habilidades cognitivas diferentes. A consciência do contraste oral/nasal a nível do fonema vocálico na sílaba inicial foi mais difícil do que a nível do fonema vocálico no final da palavra. Na comparação entre os grupos, verificou-se que as crianças com um ano a mais da escola particular estão mais evoluídas quanto à consciência fonológica do que as crianças da escola pública com o mesmo tempo de escolaridade; e as crianças que apresentam melhores desempenhos em relação à marcação da nasalização na escrita também apresentam níveis de consciência fonológica mais complexos. À medida que a criança começa a demonstrar na escrita a preocupação com a distinção da representação da vogal oral e da vogal nasal, sua consciência fonológica em relação ao contraste oral/nasal também evolui. Os resultados indicam que explorar o conhecimento lingüístico das crianças, proporcionando-lhes desenvolver conhecimentos metalingüísticos, pode facilitar o desenvolvimento em relação à aquisição das regras ortográficas. / Spelling has a relevant social function, reflects an attempt to unify writing, making communication easier. It is the subject of compulsory knowledge in schools, taught and charged for its correction at different levels of education. Studies with children of different languages have sought to contribute to understanding the obstacles faced by children in learning spelling. The present study aims to investigate the initial acquisition of the rules of our orthographic system involving nasalization, considering the cognitive abilities involved in this process, investigating whether children with different hypotheses regarding the marking of nasalization in writing differ in relation to the phonological awareness of the Oral / nasal contrast. The research was carried out with 108 students, from literacy to 2nd grade of Elementary School, from schools located in Recife, aged between 6 years and 10 years. The sample was organized in four groups, considering the school of origin - public or private, and the time of schooling in relation to the acquisition of the alphabetical writing system. Each of the children was submitted to the task of writing words and pseudowords, and tasks of phonological awareness. Initially, we performed the analysis of the performance of the children in each one of the tasks, in order to know the performance of each group. Then, we make comparisons between the different groups in the different tasks. Finally, we evaluated the performance of children in phonological awareness tasks based on their performance in the task of writing words and pseudowords. The production of each child in the task of writing words and pseudowords was classified according to performance categories for the representation of nasal vowels. Only 31% of the children presented productions with full marking. Upon reaching the alphabetic phase, the child does not immediately acquire the spelling conventions to mark the nasal vowels. Phonological awareness tasks require different cognitive abilities. The awareness of oral / nasal contrast at the level of the vowel phoneme in the initial syllable was more difficult than at the level of the vowel phoneme at the end of the word. In the comparison between the groups, it was verified that the children who are one year older than the private school are more evolved as to the phonological awareness than the children of the public school with the same period of schooling; And children who perform better in relation to marking of nasalization in writing also have more complex levels of phonological awareness. As the child begins to demonstrate in writing the concern with the distinction between the representation of the oral vowel and the nasal vowel, his phonological awareness of oral / nasal contrast also evolves. The results indicate that exploring children's linguistic knowledge, allowing them to develop metalinguistic knowledge, can facilitate development in relation to the acquisition of orthographic rules.
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