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Aspectos comportamentais e eletrofisiol?gicos da percep??o de alturas sonoras: um estudo sobre o ouvido absolutoLeite, Raphael Bender Chagas 23 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-23 / Nos seres humanos, o processamento da informa??o sonora possibilitou o aparecimento da
linguagem oral e da m?sica. A altura sonora (do ingl?s, pitch), que permite a constru??o da
melodia de uma m?sica e da pros?dia no discurso falado, ? um desses atributos. A percep??o
da altura ? uma habilidade universal, contudo alguns indiv?duos se destacam por serem
capazes de identificar ou produzir um tom em uma altura particular sem o uso de uma
refer?ncia externa. Essa habilidade ? popularmente conhecida por ?Ouvido Absoluto? (em
ingl?s, absolute pitch ou perfect pitch). No entanto, os mecanismos neurais respons?veis por
tal habilidade ainda n?o s?o totalmente conhecidos. O presente trabalho tem o objetivo de
contribuir para o entendimento dos processos neurais envolvidos na percep??o de alturas em
indiv?duos com a habilidade de Ouvido Absoluto (OA). No nosso primeiro estudo, avaliamos
a preval?ncia do OA em uma popula??o local de m?sicos (Escola de M?sica, UFRN). Para
isso, utilizamos de ferramentas psicof?sicas e um question?rio. Nesse trabalho inicial,
observamos que a habilidade do OA n?o se apresenta como um processo do tipo "tudo-ounada",
mas sim com diferentes n?veis de desempenho: desde as pessoas que acertam abaixo
do acaso, aumentando gradativamente a performance at? chegar aos 100%. Enquanto limiares
tradicionais (~85%) mostraram uma preval?ncia de OA similar ?quela observada em m?sicos
da Europa e Estados Unidos, a aplica??o de um limiar estat?stico resultou na detec??o de um
n?mero maior de indiv?duos com algum grau de OA. Al?m disso, mostramos que indiv?duos
com OA tem maior prefer?ncia de acerto para as chamadas notas naturais (aquelas
relacionadas ?s teclas brancas no piano) em compara??o com as notas de teclas pretas (que
s?o as notas sustenidas ou bem?is). Encontramos tamb?m que indiv?duos com OA apresentam
in?cio mais precoce do treinamento musical. Finalmente, mostramos que quanto maior a
profici?ncia musical, maior a preval?ncia dessa habilidade. Num segundo estudo, utilizamos
potenciais evocados auditivos do tronco encef?lico (PEATE) para quantificar a ativa??o de
n?cleos do tronco encef?lico no processamento de alturas de indiv?duos com OA. Nesse
trabalho, mostramos a presen?a de respostas sustentadas (mas n?o transientes) com maior
energia em indiv?duos com OA do que em m?sicos sem essa habilidade. Observamos tamb?m
que a amplitude dessa resposta sustentada correlaciona-se com o tempo de rea??o em um teste
de nomea??o de alturas. Esses resultados sugerem que indiv?duos com OA possuem maior
refinamento no processamento da informa??o ac?stica nos primeiros est?gios do processamento auditivo, contribuindo assim para uma maior automatiza??o da identifica??o
de alturas. Acreditamos que esses resultados, como um todo, poder?o facilitar entendimento
das rela??es entre o desenvolvimento do sistema nervoso e o aprendizado musical,
contribuindo assim para a elabora??o de novas t?cnicas de ensino de m?sica e programas de
treinamento. / In humans, the processing of sound information allowed the appearance of speech and music.
The pitch - which allows the melody of a song and prosody in spoken discourse - is one of
these attributes. Pitch perception is a universal skill, however, just a few individuals are able
to identify or produce a tone at a particular pitch without an external tonal reference, an ability
known as the Absolute Pitch (AP). However, the neural mechanisms responsible for such
ability are not yet fully understood. The present work has the objective to contribute to the
understanding of the neural processes involved in the perception of pitch in AP possessors. In
the first study, we evaluated AP prevalence in a local population of musicians (School of
Music, UFRN). For this, we used psychophysical tools and a questionnaire. This first work
showed that AP is not an "all-or-nothing" process, but rather that it has different levels of
performance: from people that perform below chance, until it increases gradually to 100% of
correct answers. While traditional thresholds (~85%) showed a prevalence of AP similar to
that observed in musicians in Europe and the United States, the application of a statistical
threshold resulted in the detection of a greater number of individuals with some degree of AP.
In addition, we showed that AP possessors hit more the natural notes (those with the whitekeys
of the piano) than those that are accidental (flat or sharp, i.e. the black keys of the piano).
We also observed that AP possessors present an earlier onset of musical training. Finally, we
showed that AP was more prevalent in a high proficiency group in comparison to the average
proficiency group. In a second study, we used the auditory brainstem evoked potentials
(ABR) to quantify the activation of brainstem nuclei in the processing of heights of
individuals with OA. In this work, we showed that sustained responses (but not the transient
ones) present a higher energy in individuals with AP than in control musicians. We also found that the amplitude of this sustained response correlates with the reaction time in a pitch
naming test. These results suggest that individuals with AP have an increased refinement in
the processing of acoustic information in the early stages of auditory processing, which would
thus contribute to a greater automation of pitch identification. We believe that this thesis will
contribute to the understanding of the relationship between nervous system development and
musical learning, thus contributing to the development of new music teaching techniques and
training programs.
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