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Interação humano-cão: o social constituído pela relação interespécie

Faraco, Ceres Berger January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:08:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000400810-Texto+Completo-0.pdf: 744320 bytes, checksum: e77619866c3a8c766af81f4144f583d1 (MD5) Previous issue date: 2008 / The present thesis consists of studies in the Anthrozoology field approaching the Human-Dog Interaction. It claims that there is a private society constituted by humans and dogs and that the theory about the social proposed by Humberto Maturana may support both the identification and knowledge about this interspecies autopoietic system. The thesis has been divided finto sections. The first one is a theoretical essay, followed by two empirical sections. The theoretical essay proposes the social enlargement of Maturana's theory as an explicative hypothesis of the human-dog social system. It also introduces some central concepts about living social systems that have been adopted by the Biology of Cognition, articulating them with the properties identified in the relationship between humans and dogs as they constitute a new reality domain: fundamentally, the legitimation of the other in the relationship and the attachment from the history of consensual coordinations that are recurrent between humans and dogs, thus producing a new domain. The afim of the first empirical section is to present an observational instrument, which has been denominated "Child-Animal Interaction Code - Dog" (CACI), to observe the properties of the interaction between children and dogs, in an attempt to identify the structural dynamics of such interaction. The objects of study were images of child¬dog dyads obtained by the research team, totalizing 21,067 seconds of film in honre settings. The stages of the process of construction of this instrument have been described, as well as the operational definitions and its final structure. Finally, the second empirical section reports the transcultural analyses of validity in Brazil and Spain and the reliability of the instrument as a scientificity criterion, especially as a flow of senses accepted by different observers. The thesis offers another understanding of the human-dog relationship, advocating the ides that both of them constitute the social, and proposing a methodological advance. / A presente tese consiste de estudos na área da Psicologia, abordando o sistema social na lnteração Humano-Cão. Defende-se que ha uma sociedade particular constituída por humanos e cães e que a teoria sobre o social de Humberto Maturana nos oferece apoio para identificar e conhecer esse sistema autopoiético constituído interespécie. O trabalho é apresentado na forma do seções, sendo que a primeira é um ensaio teórico seguido de duas seções empíricas. O ensaio teórico propõe uma ampliação do social na teoria de Humberto Maturana como hipótese explicativa para o sistema social humano-cão. Apresenta alguns conceitos centrais sobre os sistemas sociais vivos adotados na Biologia do Conhecer e articula-os às propriedades identificadas na relação entre humanos e cães ao constituírem um novo domínio da realidade: fundamentalmente, a legitimação do outro na relação e o acoplamento a partir da história de coordenações consensuais recorrentes entre o humano e o cão, produzindo um novo domínio. 0 objetivo da primeira seção empírica é apresentar um instrumento observacional de propriedades cia. interação entre crianças e cães, denominado “Código de Interação Criança-Cão” (CACI). Por meio desse instrumento, buscamos identificar a dinâmica estrutural dessa interação. O objeto do estudo foram imagens de vídeos de díades crianças-cães filmadas pela equipe de pesquisa, totalizando 21. 067 segundos do filme em ambiente doméstico. São descritas as etapas do processo da construção desse instrumento, as definições operacionais e a sua estrutura final. Por fim, a segunda seção empírica relata as análises transculturais da validade no Brasil e na Espanha e a análise de dignidade do instrumento como um critério de cientificidade, especialmente como fluxo dos sentidos aceitos entre diferentes observadores. A tese oferece uma outra compreensão da relação humano-cão, defende a idéia de que o social é constituído por ambos e propõe um avanço metodológico.
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Efeito de variáveis de treino e teste sobre a recombinação de repertórios em pombos (Columba Livia), ratos (Rattus norvegicus) e corvos da Nova Caledônia (Corvus moneduloides) / Effects of training and test variables upon the interconnection of repertoires in pigeons (Columba livia), rats (Rattus norvegicus) and new caledonian crows (Corvus moneduloides)

Neves Filho, Hernando Borges 30 April 2015 (has links)
A resolução de problemas é uma metodologia de investigação utilizada pela Psicologia experimental desde sua fundação. Um debate na área é quais os efeitos de variáveis de treino sobre a resolução de problemas, e como ocorre um tipo específico de resolução, a chamada resolução súbita, tradicionalmente descrita como Insight. O presente trabalho teve por objetivo averiguar a resolução de problemas a partir do treino independente de habilidades pré-requisito em diferentes tarefas de recombinação de repertórios com diferentes espécies. Adicionalmente, foram feitos testes de entendimento de propriedades funcionais de objetos e repertórios treinados. No Experimento I, dois pombos (Columba livia) foram testados no procedimento padrão de deslocamento de caixa. Os sujeitos aprenderam: a) empurrar uma caixa em direção a um alvo, e b) subir e bicar outro alvo. O teste final requeria que o animal empurrasse a caixa para debaixo de um alvo, subisse e o bicasse. Os dois sujeitos resolveram a tarefa final. No Experimento II, quatro pombos passaram por histórias assimétricas de treino das duas habilidades pré-requisito também da tarefa de deslocamento de caixa. Apenas um dos sujeitos resolveu o problema, e sem a mesma fluidez apresentada pelos sujeitos do Experimento I. O Experimento III manipulou a consequência utilizada no treino de cada habilidade pré-requisito, também na tarefa de deslocamento de caixas. Empurrar em direção a uma luz foi treinado com alimento como consequência, e subir e bicar foi treinado com água como consequência. Nenhum dos quatro pombos resolveu a tarefa em sua primeira tentativa. Todos os sujeitos que resolveram a tarefa nos Experimentos I, II ou III apresentaram resultados similares nos testes de entendimento de propriedades funcionais, que indicaram que pequenas mudanças na situação de teste dificultam a resolução. No Experimento IV, com ratos (Rattus norvegicus), uma nova tarefa foi desenvolvida, que envolvia a recombinação de a) cavar maravalha, e b) subir escadas. Na tarefa final os ratos deveriam cavar a maravalha, encontrar uma passagem escondida que dava acesso a um segundo ambiente no qual haviam escadas que levavam a um pedaço de alimento. Dois ratos aprenderam os dois repertórios e resolveram a tarefa, de forma súbita. Outros quatro ratos que aprenderam somente um dos repertórios não resolveram a tarefa. O Experimento V testou os efeitos da quantidade de treino (Experimento II), tipo de consequência (Experimento III) e contexto de treino e teste, em uma tarefa específica com corvos da Nova Caledônia (Corvus moneduloides). Todos os animais resolveram a tarefa final, entretanto, de forma não súbita. Os dados indicam que a resolução súbita, a partir da recombinação de repertórios aprendidos independentemente é passível do efeito de uma série de variáveis de treino e teste até então pouco estudadas, como a quantidade de treino, tipo de consequência e contexto de treino e teste / Experimental Psychology utilizes problem-solving methodology since its inception. Much was debated about the effects of training variables upon the solution of a problem, especially concerning the sudden solution of specific problem, called Insight. The present work aimed to investigate the solution of different problem in different species after the independent training of pre-requisite repertoires. Additionally, tests regarding the understanding of functional properties of stimuli were made. In Experiment I, two pigeons (Columba livia) were tested in the box-displacement test. The subjects learned to, a) push a box towards a target, and b) to climb and peck another target. The final task required to subjects to push one box towards a target hanging in the ceiling, climb the box and then peck the target. The two subjects solved the final task. In Experiment II, four pigeons had an asymmetric training of the two abilities. Only one of the subjects solved the final task, not as fluidly as the subjects from Experiment I. In Experiment III, the consequence used during the training of each ability was different. Pushing towards a target was reinforced with food, and to climb and peck with water. None of the four birds solved the task in its first presentation. All the subjects that solved the tasks in Experiments I, II and III showed similar performances in the tests regarding the understanding of functional properties of stimuli, suggesting that even minima changes in the test situation can impair the solution. Experiment IV employed a new task, with rats (Rattus norvegicus). Subjects learned to a) digg shavings, and b) climb stairs. In the final task, the rats had to digg and find a passage leading to another ambient containing stairs that lead to food. Two rats that learned the two abilities solved the problem, suddenly. Other four rats that learned only one of the two abilities (dig or climb) didnt solved the problem. Experiment V tested the effects of quantities of training (Experiment II), consequences of trained abilities (Experiment III), and context of training and testing with new caledonian crows (Corvus moneduloides). All four crows solved the problem, but not suddenly. The data of all experiments suggests that the sudden solution, when acquired through the interconnection of repertoires is more subtle then it is usualy regarded, and that variables of training and testing are crucial for the solution of a problem
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Intera??o humano-c?o : o social constitu?do pela rela??o interesp?cie

Faraco, Ceres Berger 27 March 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:21:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 400810.pdf: 744320 bytes, checksum: e77619866c3a8c766af81f4144f583d1 (MD5) Previous issue date: 2008-03-27 / A presente tese consiste de estudos na ?rea da Psicologia, abordando o sistema social na lntera??o Humano-C?o. Defende-se que ha uma sociedade particular constitu?da por humanos e c?es e que a teoria sobre o social de Humberto Maturana nos oferece apoio para identificar e conhecer esse sistema autopoi?tico constitu?do interesp?cie. O trabalho ? apresentado na forma do se??es, sendo que a primeira ? um ensaio te?rico seguido de duas se??es emp?ricas. O ensaio te?rico prop?e uma amplia??o do social na teoria de Humberto Maturana como hip?tese explicativa para o sistema social humano-c?o. Apresenta alguns conceitos centrais sobre os sistemas sociais vivos adotados na Biologia do Conhecer e articula-os ?s propriedades identificadas na rela??o entre humanos e c?es ao constitu?rem um novo dom?nio da realidade: fundamentalmente, a legitima??o do outro na rela??o e o acoplamento a partir da hist?ria de coordena??es consensuais recorrentes entre o humano e o c?o, produzindo um novo dom?nio. 0 objetivo da primeira se??o emp?rica ? apresentar um instrumento observacional de propriedades cia. intera??o entre crian?as e c?es, denominado C?digo de Intera??o Crian?a-C?o (CACI). Por meio desse instrumento, buscamos identificar a din?mica estrutural dessa intera??o. O objeto do estudo foram imagens de v?deos de d?ades crian?as-c?es filmadas pela equipe de pesquisa, totalizando 21.067 segundos do filme em ambiente dom?stico. S?o descritas as etapas do processo da constru??o desse instrumento, as defini??es operacionais e a sua estrutura final. Por fim, a segunda se??o emp?rica relata as an?lises transculturais da validade no Brasil e na Espanha e a an?lise de dignidade do instrumento como um crit?rio de cientificidade, especialmente como fluxo dos sentidos aceitos entre diferentes observadores. A tese oferece uma outra compreens?o da rela??o humano-c?o, defende a id?ia de que o social ? constitu?do por ambos e prop?e um avan?o metodol?gico.
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Efeito de variáveis de treino e teste sobre a recombinação de repertórios em pombos (Columba Livia), ratos (Rattus norvegicus) e corvos da Nova Caledônia (Corvus moneduloides) / Effects of training and test variables upon the interconnection of repertoires in pigeons (Columba livia), rats (Rattus norvegicus) and new caledonian crows (Corvus moneduloides)

Hernando Borges Neves Filho 30 April 2015 (has links)
A resolução de problemas é uma metodologia de investigação utilizada pela Psicologia experimental desde sua fundação. Um debate na área é quais os efeitos de variáveis de treino sobre a resolução de problemas, e como ocorre um tipo específico de resolução, a chamada resolução súbita, tradicionalmente descrita como Insight. O presente trabalho teve por objetivo averiguar a resolução de problemas a partir do treino independente de habilidades pré-requisito em diferentes tarefas de recombinação de repertórios com diferentes espécies. Adicionalmente, foram feitos testes de entendimento de propriedades funcionais de objetos e repertórios treinados. No Experimento I, dois pombos (Columba livia) foram testados no procedimento padrão de deslocamento de caixa. Os sujeitos aprenderam: a) empurrar uma caixa em direção a um alvo, e b) subir e bicar outro alvo. O teste final requeria que o animal empurrasse a caixa para debaixo de um alvo, subisse e o bicasse. Os dois sujeitos resolveram a tarefa final. No Experimento II, quatro pombos passaram por histórias assimétricas de treino das duas habilidades pré-requisito também da tarefa de deslocamento de caixa. Apenas um dos sujeitos resolveu o problema, e sem a mesma fluidez apresentada pelos sujeitos do Experimento I. O Experimento III manipulou a consequência utilizada no treino de cada habilidade pré-requisito, também na tarefa de deslocamento de caixas. Empurrar em direção a uma luz foi treinado com alimento como consequência, e subir e bicar foi treinado com água como consequência. Nenhum dos quatro pombos resolveu a tarefa em sua primeira tentativa. Todos os sujeitos que resolveram a tarefa nos Experimentos I, II ou III apresentaram resultados similares nos testes de entendimento de propriedades funcionais, que indicaram que pequenas mudanças na situação de teste dificultam a resolução. No Experimento IV, com ratos (Rattus norvegicus), uma nova tarefa foi desenvolvida, que envolvia a recombinação de a) cavar maravalha, e b) subir escadas. Na tarefa final os ratos deveriam cavar a maravalha, encontrar uma passagem escondida que dava acesso a um segundo ambiente no qual haviam escadas que levavam a um pedaço de alimento. Dois ratos aprenderam os dois repertórios e resolveram a tarefa, de forma súbita. Outros quatro ratos que aprenderam somente um dos repertórios não resolveram a tarefa. O Experimento V testou os efeitos da quantidade de treino (Experimento II), tipo de consequência (Experimento III) e contexto de treino e teste, em uma tarefa específica com corvos da Nova Caledônia (Corvus moneduloides). Todos os animais resolveram a tarefa final, entretanto, de forma não súbita. Os dados indicam que a resolução súbita, a partir da recombinação de repertórios aprendidos independentemente é passível do efeito de uma série de variáveis de treino e teste até então pouco estudadas, como a quantidade de treino, tipo de consequência e contexto de treino e teste / Experimental Psychology utilizes problem-solving methodology since its inception. Much was debated about the effects of training variables upon the solution of a problem, especially concerning the sudden solution of specific problem, called Insight. The present work aimed to investigate the solution of different problem in different species after the independent training of pre-requisite repertoires. Additionally, tests regarding the understanding of functional properties of stimuli were made. In Experiment I, two pigeons (Columba livia) were tested in the box-displacement test. The subjects learned to, a) push a box towards a target, and b) to climb and peck another target. The final task required to subjects to push one box towards a target hanging in the ceiling, climb the box and then peck the target. The two subjects solved the final task. In Experiment II, four pigeons had an asymmetric training of the two abilities. Only one of the subjects solved the final task, not as fluidly as the subjects from Experiment I. In Experiment III, the consequence used during the training of each ability was different. Pushing towards a target was reinforced with food, and to climb and peck with water. None of the four birds solved the task in its first presentation. All the subjects that solved the tasks in Experiments I, II and III showed similar performances in the tests regarding the understanding of functional properties of stimuli, suggesting that even minima changes in the test situation can impair the solution. Experiment IV employed a new task, with rats (Rattus norvegicus). Subjects learned to a) digg shavings, and b) climb stairs. In the final task, the rats had to digg and find a passage leading to another ambient containing stairs that lead to food. Two rats that learned the two abilities solved the problem, suddenly. Other four rats that learned only one of the two abilities (dig or climb) didnt solved the problem. Experiment V tested the effects of quantities of training (Experiment II), consequences of trained abilities (Experiment III), and context of training and testing with new caledonian crows (Corvus moneduloides). All four crows solved the problem, but not suddenly. The data of all experiments suggests that the sudden solution, when acquired through the interconnection of repertoires is more subtle then it is usualy regarded, and that variables of training and testing are crucial for the solution of a problem
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A atribuição de cultura a primatas não humanos: a controvérsia e a busca por uma abordagem sintética / The attribution of culture to nonhuman primates: the controversy and the search for a synthetic approach

Pagnotta, Murillo 17 April 2012 (has links)
A separação histórica entre as ciências naturais e as ciências sociais fundamenta-se na distinção ontológica entre os domínios da natureza e da cultura, e na ideia moderna de que a condição (cultural) humana corresponde a um afastamento radical dos outros animais. Porém, somando-se a outros críticos insatisfeitos com essa visão dualista, muitos estudiosos do comportamento animal tem utilizado o termo cultura em referência a não humanos, provocando uma controvérsia que ainda parece longe de um consenso. Neste trabalho, investiguei o sentido da noção de cultura para os antropólogos e o uso etológico (limitando-nos aos primatas) do termo, com os objetivos de compreender melhor a controvérsia e identificar caminhos possíveis na busca por um consenso. Na Antropologia, a noção moderna de cultura se desenvolveu do século XIX até os anos 1950. Cultura passou a ser vista como um fenômeno emergente exclusivamente humano, dependente de nossa capacidade de utilizar símbolos e correspondendo aos padrões e normas comportamentais, artefatos, ideias e, principalmente, valores que os indivíduos adquirem no processo de socialização. Mais recentemente, essa concepção de cultura, e a epistemologia dualista que a sustenta, tem sido alvo de críticas e intenso debate. Ainda que não compartilhem um arcabouço teórico comum, virtualmente todos os antropólogos contemporâneos concordam que o comportamento cultural humano é fundamentalmente simbólico. A discussão recente em torno da atribuição de cultura a primatas não humanos remonta aos estudiosos japoneses que, na década de 1950, acompanharam a dispersão de uma nova técnica de manipulação de alimento em Macaca fuscata, e descreveram o fenômeno com os termos pré-cultura, subcultura e cultura infra-humana. A partir da década de 1960, as pesquisas de campo com populações selvagens e as evidências experimentais de aprendizagem em contexto social levaram ao estabelecimento da Primatologia Cultural e os prefixos foram abandonados. Entre primatólogos, o termo cultura se refere a padrões comportamentais que dependem de um contexto social para se desenvolver, e que podem atravessar gerações. Eu sugiro uma estratégia analítica que distingue os motivos de discordância entre descrições, explicações, teorias e visões de mundo, e argumento que a controvérsia é complexa e inclui discordâncias entre visões de mundo sem, no entanto, dividir os envolvidos em grupos homogêneos (digamos, primatólogos contra antropólogos). Por conta disso, a redefinição e o uso que os primatólogos fazem do termo acabam por manter ilesos os fundamentos da dicotomia natureza/cultura, o que pode explicar, parcialmente, a manutenção da controvérsia. Concluo que o diálogo entre os dois lados da fronteira será imprescindível para os pesquisadores que estiverem interessados em buscar uma abordagem consensual. É possível alcançar um consenso, mas a busca por uma abordagem sintética do comportamento animal que inclua os humanos deverá levar ao abandono ou reconstrução das dualidades natureza/cultura, inato/adquirido e gene/ambiente, e também da atribuição de primazia causal aos genes. Além disso, é necessário discutir a fundo sobre como incluir a questão do simbolismo e do significado em uma perspectiva comparativa / The Western ontological distinction between nature and culture, and the idea that the human (cultural) condition makes us radically different from other animals, are evident in the historical separation between the natural and social sciences. In parallel to other critics of this dualist view, some animal behaviorists have been using the term culture in relation to nonhumans, starting a controversy that is still far from cooling down. In this study, I investigated the meaning of the term culture as used by anthropologists, and also its recent use by ethologists (limiting myself to primatology), in order to better understand the controversy and identify possible paths that might lead to a consensus. In Anthropology, the modern concept of culture developed between the 19th century and the 1950s. It came to be seen as an emergent phenomenon exclusive to human social life. It was dependent on our capacity to use symbols and corresponded to behavioral patterns and norms, artifacts, ideas, and values that individuals acquire in the process of socialization. But this conception of culture, and the dualist epistemology supporting it, have since been largely criticized and intensely debated. Although contemporary anthropologists do not share a common ground or framework, virtually all of them agree that human cultural behavior is fundamentally symbolic. Recent attribution of culture to nonhuman primates started with Japanese scholars who, from the 1950s onward, have followed closely the spread of novel behaviors in Macaca fuscata, which they described with expressions such as preculture, subculture and infrahuman culture. Since the 1960s, field studies on wild populations and experimental research on learning in a social context, have led to the establishment of Cultural Primatology, and the prefixes were abandoned. Among primatologists, the term culture refers to behavioral patterns that depend on the social context to develop and that might be recurrent through generations. I suggest that it might be analytically useful to distinguish the matters of a disagreement between descriptions, explanations, theories and worldviews, and argue that this controversy goes all the way up to the highest reason of disagreement (worldviews). Still, one cannot divide those involved in it into a few homogeneous groups (say, primatologists contra anthropologists). Primatologists redefinition and use of the term do not alter the foundations of the criticized nature/culture dichotomy, and that might at least partially explain the maintenance of the controversy. It is possible to reach a consensus, but the search for a synthetic framework for animal behavior that includes humans might lead to the abandonment or reconstruction of the related dichotomies of nature/culture, innate/acquired and gene/environment, as well as of the causal primacy attributed to genes. It is also necessary to discuss how to include symbols and meanings in a comparative perspective
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A atribuição de cultura a primatas não humanos: a controvérsia e a busca por uma abordagem sintética / The attribution of culture to nonhuman primates: the controversy and the search for a synthetic approach

Murillo Pagnotta 17 April 2012 (has links)
A separação histórica entre as ciências naturais e as ciências sociais fundamenta-se na distinção ontológica entre os domínios da natureza e da cultura, e na ideia moderna de que a condição (cultural) humana corresponde a um afastamento radical dos outros animais. Porém, somando-se a outros críticos insatisfeitos com essa visão dualista, muitos estudiosos do comportamento animal tem utilizado o termo cultura em referência a não humanos, provocando uma controvérsia que ainda parece longe de um consenso. Neste trabalho, investiguei o sentido da noção de cultura para os antropólogos e o uso etológico (limitando-nos aos primatas) do termo, com os objetivos de compreender melhor a controvérsia e identificar caminhos possíveis na busca por um consenso. Na Antropologia, a noção moderna de cultura se desenvolveu do século XIX até os anos 1950. Cultura passou a ser vista como um fenômeno emergente exclusivamente humano, dependente de nossa capacidade de utilizar símbolos e correspondendo aos padrões e normas comportamentais, artefatos, ideias e, principalmente, valores que os indivíduos adquirem no processo de socialização. Mais recentemente, essa concepção de cultura, e a epistemologia dualista que a sustenta, tem sido alvo de críticas e intenso debate. Ainda que não compartilhem um arcabouço teórico comum, virtualmente todos os antropólogos contemporâneos concordam que o comportamento cultural humano é fundamentalmente simbólico. A discussão recente em torno da atribuição de cultura a primatas não humanos remonta aos estudiosos japoneses que, na década de 1950, acompanharam a dispersão de uma nova técnica de manipulação de alimento em Macaca fuscata, e descreveram o fenômeno com os termos pré-cultura, subcultura e cultura infra-humana. A partir da década de 1960, as pesquisas de campo com populações selvagens e as evidências experimentais de aprendizagem em contexto social levaram ao estabelecimento da Primatologia Cultural e os prefixos foram abandonados. Entre primatólogos, o termo cultura se refere a padrões comportamentais que dependem de um contexto social para se desenvolver, e que podem atravessar gerações. Eu sugiro uma estratégia analítica que distingue os motivos de discordância entre descrições, explicações, teorias e visões de mundo, e argumento que a controvérsia é complexa e inclui discordâncias entre visões de mundo sem, no entanto, dividir os envolvidos em grupos homogêneos (digamos, primatólogos contra antropólogos). Por conta disso, a redefinição e o uso que os primatólogos fazem do termo acabam por manter ilesos os fundamentos da dicotomia natureza/cultura, o que pode explicar, parcialmente, a manutenção da controvérsia. Concluo que o diálogo entre os dois lados da fronteira será imprescindível para os pesquisadores que estiverem interessados em buscar uma abordagem consensual. É possível alcançar um consenso, mas a busca por uma abordagem sintética do comportamento animal que inclua os humanos deverá levar ao abandono ou reconstrução das dualidades natureza/cultura, inato/adquirido e gene/ambiente, e também da atribuição de primazia causal aos genes. Além disso, é necessário discutir a fundo sobre como incluir a questão do simbolismo e do significado em uma perspectiva comparativa / The Western ontological distinction between nature and culture, and the idea that the human (cultural) condition makes us radically different from other animals, are evident in the historical separation between the natural and social sciences. In parallel to other critics of this dualist view, some animal behaviorists have been using the term culture in relation to nonhumans, starting a controversy that is still far from cooling down. In this study, I investigated the meaning of the term culture as used by anthropologists, and also its recent use by ethologists (limiting myself to primatology), in order to better understand the controversy and identify possible paths that might lead to a consensus. In Anthropology, the modern concept of culture developed between the 19th century and the 1950s. It came to be seen as an emergent phenomenon exclusive to human social life. It was dependent on our capacity to use symbols and corresponded to behavioral patterns and norms, artifacts, ideas, and values that individuals acquire in the process of socialization. But this conception of culture, and the dualist epistemology supporting it, have since been largely criticized and intensely debated. Although contemporary anthropologists do not share a common ground or framework, virtually all of them agree that human cultural behavior is fundamentally symbolic. Recent attribution of culture to nonhuman primates started with Japanese scholars who, from the 1950s onward, have followed closely the spread of novel behaviors in Macaca fuscata, which they described with expressions such as preculture, subculture and infrahuman culture. Since the 1960s, field studies on wild populations and experimental research on learning in a social context, have led to the establishment of Cultural Primatology, and the prefixes were abandoned. Among primatologists, the term culture refers to behavioral patterns that depend on the social context to develop and that might be recurrent through generations. I suggest that it might be analytically useful to distinguish the matters of a disagreement between descriptions, explanations, theories and worldviews, and argue that this controversy goes all the way up to the highest reason of disagreement (worldviews). Still, one cannot divide those involved in it into a few homogeneous groups (say, primatologists contra anthropologists). Primatologists redefinition and use of the term do not alter the foundations of the criticized nature/culture dichotomy, and that might at least partially explain the maintenance of the controversy. It is possible to reach a consensus, but the search for a synthetic framework for animal behavior that includes humans might lead to the abandonment or reconstruction of the related dichotomies of nature/culture, innate/acquired and gene/environment, as well as of the causal primacy attributed to genes. It is also necessary to discuss how to include symbols and meanings in a comparative perspective

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