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Nasalidade e nasalância após palatoplastia primária / Speech nasality and nasalance after primary palatoplasty

Ferreira, Daniele Baraldi de Paula 29 April 2011 (has links)
Objetivo: Verificar os resultados de nasalidade da fala após a palatoplastia primária, por meio de avaliação perceptiva combinada à avaliação nasométrica. Modelo: Estudo clínico prospectivo. Local de Execução: Laboratório de Fisiologia do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP). Método: Análise da nasalidade da fala realizada em 73 indivíduos com fissura de palato±lábio, com 10 anos de idade, em média, submetidos à palatoplastia primária em um único tempo cirúrgico pela técnica de von Langenbeck. Para a avaliação perceptiva, a nasalidade foi classificada por 3 juízes utilizando-se uma escala de 4 pontos (1=hipernasalidade ausente, 2=leve, 3=moderada e 4=grave), a partir de amostras de fala registradas em um sistema de áudio e vídeo. O grau de concordância inter e intrajuízes foi verificado por meio do coeficiente de Kappa. Um escore final para a nasalidade (média dos juízes) foi estabelecido para cada indivíduo. Na avaliação instrumental da nasalidade, determinou-se a nasalância da fala por meio de um nasômetro 6200-3 IBM, Kay Elemetrics, utilizando-se o valor de corte de 27%. A comparação entre os resultados dos dois métodos, no que se refere à proporção de casos com ausência e presença de hipernasalidade foi verificada por meio do teste de McNemar (p<0,05). Resultados: Na avaliação perceptiva, ausência de hipernasalidade foi verificada em 70% (51) dos casos, 26% (19) apresentaram hipernasalidade leve, 3% (2) moderada e 1% (1), grave. Concordância interjuízes discreta a substancial foi verificada na classificação da nasalidade. Na análise da concordância intrajuízes, o grau variou de quase perfeito a perfeito. À avaliação nasométrica, 78% (57) dos sujeitos apresentaram valores de nasalância sugestivos de ausência de hipernasalidade, enquanto que os demais 22% (16) apresentaram valores de nasalância aumentados (>27%). Não houve diferença estatisticamente significante entre as proporções de sujeitos com presença e ausência da hipernasalidade obtidas pelos dois métodos. Conclusão: Os resultados obtidos por meio da avaliação perceptiva combinada à nasométrica permitiram concluir que a palatoplastia primária foi efetiva em eliminar a hipernasalidade em parcela significante dos indivíduos analisados. / Objective: To verify speech nasality after primary palatoplasty by means of perceptual and nasometric assessment. Design: Prospective clinical study. Setting: Laboratory of Physiology, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP). Method: Analysis of speech nasality in 73 cleft palate±lip subjects, with 10 years of age, on average, who underwent one-stage primary palatoplasty by von Langenbeck technique. For perceptual assessment, nasality was classified by 3 judges using a 4-point scale (1=hypernasality absent, 2=mild, 3=moderate and 4=severe), based on speech samples recorded in audio and video system. Inter and intra-judge agreement was verified using Kappa coefficient. A final nasality score (mean of the judges) was established for each subject. In the instrumental assessment of nasality, nasalance scores were provided by a nasometer, model 6200-3 IBM, Kay Elemetrics, using the cutoff score of 27%. Comparison between the results of both methods, with regard to proportion of cases with absence and presence of hypernasality was verified by the McNemar test (p<0.05). Results: Perceptually, absence of hypernasality was verified in 70% (51) of cases, 26% (19) presented mild hypernasality, 3% (2) moderate and 1% (1), severe. Kappa coefficient showed fair to substantial inter-judge agreement. Intra-judge agreement ranged from almost perfect to perfect. Nasometric assessment found 78% (57) of cases with normal nasalance scores, indicating absence of hypernasality, whereas the remaining 22% (16) presented increased scores (>27%). There was no statistically significant difference between the proportion of subjects with presence and absence of hypernasality provided by both methods. Conclusion: The results obtained by perceptual and nasometric assessment indicated that primary palatoplasty was effective in eliminating hypernasality in a significant number of the subjects analyzed.
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Nasalidade e nasalância após palatoplastia primária / Speech nasality and nasalance after primary palatoplasty

Daniele Baraldi de Paula Ferreira 29 April 2011 (has links)
Objetivo: Verificar os resultados de nasalidade da fala após a palatoplastia primária, por meio de avaliação perceptiva combinada à avaliação nasométrica. Modelo: Estudo clínico prospectivo. Local de Execução: Laboratório de Fisiologia do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP). Método: Análise da nasalidade da fala realizada em 73 indivíduos com fissura de palato±lábio, com 10 anos de idade, em média, submetidos à palatoplastia primária em um único tempo cirúrgico pela técnica de von Langenbeck. Para a avaliação perceptiva, a nasalidade foi classificada por 3 juízes utilizando-se uma escala de 4 pontos (1=hipernasalidade ausente, 2=leve, 3=moderada e 4=grave), a partir de amostras de fala registradas em um sistema de áudio e vídeo. O grau de concordância inter e intrajuízes foi verificado por meio do coeficiente de Kappa. Um escore final para a nasalidade (média dos juízes) foi estabelecido para cada indivíduo. Na avaliação instrumental da nasalidade, determinou-se a nasalância da fala por meio de um nasômetro 6200-3 IBM, Kay Elemetrics, utilizando-se o valor de corte de 27%. A comparação entre os resultados dos dois métodos, no que se refere à proporção de casos com ausência e presença de hipernasalidade foi verificada por meio do teste de McNemar (p<0,05). Resultados: Na avaliação perceptiva, ausência de hipernasalidade foi verificada em 70% (51) dos casos, 26% (19) apresentaram hipernasalidade leve, 3% (2) moderada e 1% (1), grave. Concordância interjuízes discreta a substancial foi verificada na classificação da nasalidade. Na análise da concordância intrajuízes, o grau variou de quase perfeito a perfeito. À avaliação nasométrica, 78% (57) dos sujeitos apresentaram valores de nasalância sugestivos de ausência de hipernasalidade, enquanto que os demais 22% (16) apresentaram valores de nasalância aumentados (>27%). Não houve diferença estatisticamente significante entre as proporções de sujeitos com presença e ausência da hipernasalidade obtidas pelos dois métodos. Conclusão: Os resultados obtidos por meio da avaliação perceptiva combinada à nasométrica permitiram concluir que a palatoplastia primária foi efetiva em eliminar a hipernasalidade em parcela significante dos indivíduos analisados. / Objective: To verify speech nasality after primary palatoplasty by means of perceptual and nasometric assessment. Design: Prospective clinical study. Setting: Laboratory of Physiology, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP). Method: Analysis of speech nasality in 73 cleft palate±lip subjects, with 10 years of age, on average, who underwent one-stage primary palatoplasty by von Langenbeck technique. For perceptual assessment, nasality was classified by 3 judges using a 4-point scale (1=hypernasality absent, 2=mild, 3=moderate and 4=severe), based on speech samples recorded in audio and video system. Inter and intra-judge agreement was verified using Kappa coefficient. A final nasality score (mean of the judges) was established for each subject. In the instrumental assessment of nasality, nasalance scores were provided by a nasometer, model 6200-3 IBM, Kay Elemetrics, using the cutoff score of 27%. Comparison between the results of both methods, with regard to proportion of cases with absence and presence of hypernasality was verified by the McNemar test (p<0.05). Results: Perceptually, absence of hypernasality was verified in 70% (51) of cases, 26% (19) presented mild hypernasality, 3% (2) moderate and 1% (1), severe. Kappa coefficient showed fair to substantial inter-judge agreement. Intra-judge agreement ranged from almost perfect to perfect. Nasometric assessment found 78% (57) of cases with normal nasalance scores, indicating absence of hypernasality, whereas the remaining 22% (16) presented increased scores (>27%). There was no statistically significant difference between the proportion of subjects with presence and absence of hypernasality provided by both methods. Conclusion: The results obtained by perceptual and nasometric assessment indicated that primary palatoplasty was effective in eliminating hypernasality in a significant number of the subjects analyzed.
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Funcionamento velofaríngeo com e sem prótese de palato após palatoplastia / Velopharyngeal function with and without speech bulb after palatoplasty

Rodrigues, Raquel 30 June 2011 (has links)
Introdução: Indivíduos com fissura palatina podem apresentar disfunção velofaríngea após palatoplastia primária e assim, necessitarem de um procedimento secundário. Nestes casos, a prótese de palato pode ser utilizada temporariamente enquanto aguarda-se a cirurgia, além de funcionar como uma ferramenta diagnóstica ou mesmo terapêutica. Objetivo: Este estudo teve como objetivo comparar a ressonância de fala, nas condições com e sem prótese de palato. Material e Método: A casuística do estudo foi composta por 30 pacientes (15 do sexo feminino e 15 de masculino), com fissura labiopalatina operada que foram submetidos à palatoplastia primária entre 9 e 18 meses de idade. Todos permaneceram com insuficiência velofaríngea após a palatoplastia primária e estavam temporariamente utilizando prótese de palato enquanto aguardavam melhora do funcionamento velofaríngeo para definição de procedimento cirúrgico para reparo da insuficiência. Os pacientes faziam uso de prótese de palato há, pelo menos, 6 meses e, no momento da avaliação estavam com idades entre 6 e 14 anos (Média = 9 anos). O funcionamento velofaríngeo foi avaliado por meio do Teste de Hipernasalidade e do julgamento perceptivoauditivo por ouvintes da ocorrência (presença/ausência) da hipernasalidade de fala, ambos nas condições com e sem prótese de palato. Resultados: No Teste de Hipernasalidade, o resultado do numerador revelou uma média de 2,64 na condição com prótese de palato e uma média de 9,77 na condição sem prótese. A diferença entre as duas condições foi estatisticamente significante, demonstrando melhora na função velofaríngea com o uso da prótese de palato. O julgamento da ocorrência de hipernasalidade realizado por ouvintes demonstrou concordância intraouvintes de 100% na condição com prótese e de 83% na condição sem prótese de palato e concordância interouvintes de 83% a 97% na condição com prótese e de 93% na sem prótese. Os resultados revelaram presença de hipernasalidade em 28 (93%) pacientes na condição sem prótese e ausência de hipernasalidade em 2 (7%) pacientes, enquanto que na com prótese houve presença de hipernasalidade em 9 (30%) e ausência de hipernasalidade em 21 (70%). A diferença entre as duas condições foi estatisticamente significante, demonstrando melhora significante da ressonância de fala com o uso da prótese de palato. Conclusão: O uso temporário da prótese de palato foi capaz de corrigir a insuficiência velofaríngea e eliminar a hipernasalidade de fala da maior parte dos pacientes do presente estudo, possibilitando, assim, se prever bom prognóstico de fala com a indicação de uma cirurgia secundária. / Introduction: Individuals with cleft palate can present velopharyngeal dysfunction after primary palatoplasty and thus require a secondary procedure. In these cases, the speech bulb can be used temporarily while waiting for the surgery, besides functioning as a diagnostic or even a therapy tool. Objective: This study aimed to compare the speech resonance in the conditions with and without speech bulb. Methods: The sample of this study had 30 unilateral cleft lip and palate patients, 15 females and 15 males, who underwent primary palatoplasty between 9 and 18 months of age. All of them remained with velopharyngeal insufficiency after primary palatoplasty and were making temporary use of speech bulb (for at least 6 months) while waiting improvement of velopharyngeal function for defining a surgical procedure to repair the failure. Their ages ranged between 6 and 14 years (Mean = 9 years) by the time the evaluation was performed. The velopharyngeal function was assessed by means of the Hypernasality Test and by the perceptual judgement of the hypernasality occurrence (presence/absence), by listeners, both with and without speech bulb. Results: In Hypernasality Test, the result has shown an average of 2.64 in the condition with speech bulb and an average of 9.77 without speech bulb. The difference between the two conditions was statistically significant, showing an improvement in velopharyngeal function with the use of speech bulb. The judgement of the hypernasality occurrence performed by judges has shown an intrajudge agreement of 100% with speech bulb and 83% without speech bulb, and an interjudge agreement varying from 83% to 97% with speech bulb and of 93% without the bulb. The results of the judgements revealed presence of hypernasality without speech bulb for 28 (93%) patients and absence of that for 2 (7%). With speech bulb only 9 (30%) patients were judged to present hypernasality, and 21 (70%) were judged to be normal. The difference between the two conditions was statistically significant, demonstrating significant improvement in speech resonance with the use of speech bulb. Conclusion: The temporary use of speech bulb was able to correct velopharyngeal insufficiency and eliminate hypernasality for most patients of this study, thus enabling to predict good speech prognosis with the indication of a secondary surgery.
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Funcionamento velofaríngeo com e sem prótese de palato após palatoplastia / Velopharyngeal function with and without speech bulb after palatoplasty

Raquel Rodrigues 30 June 2011 (has links)
Introdução: Indivíduos com fissura palatina podem apresentar disfunção velofaríngea após palatoplastia primária e assim, necessitarem de um procedimento secundário. Nestes casos, a prótese de palato pode ser utilizada temporariamente enquanto aguarda-se a cirurgia, além de funcionar como uma ferramenta diagnóstica ou mesmo terapêutica. Objetivo: Este estudo teve como objetivo comparar a ressonância de fala, nas condições com e sem prótese de palato. Material e Método: A casuística do estudo foi composta por 30 pacientes (15 do sexo feminino e 15 de masculino), com fissura labiopalatina operada que foram submetidos à palatoplastia primária entre 9 e 18 meses de idade. Todos permaneceram com insuficiência velofaríngea após a palatoplastia primária e estavam temporariamente utilizando prótese de palato enquanto aguardavam melhora do funcionamento velofaríngeo para definição de procedimento cirúrgico para reparo da insuficiência. Os pacientes faziam uso de prótese de palato há, pelo menos, 6 meses e, no momento da avaliação estavam com idades entre 6 e 14 anos (Média = 9 anos). O funcionamento velofaríngeo foi avaliado por meio do Teste de Hipernasalidade e do julgamento perceptivoauditivo por ouvintes da ocorrência (presença/ausência) da hipernasalidade de fala, ambos nas condições com e sem prótese de palato. Resultados: No Teste de Hipernasalidade, o resultado do numerador revelou uma média de 2,64 na condição com prótese de palato e uma média de 9,77 na condição sem prótese. A diferença entre as duas condições foi estatisticamente significante, demonstrando melhora na função velofaríngea com o uso da prótese de palato. O julgamento da ocorrência de hipernasalidade realizado por ouvintes demonstrou concordância intraouvintes de 100% na condição com prótese e de 83% na condição sem prótese de palato e concordância interouvintes de 83% a 97% na condição com prótese e de 93% na sem prótese. Os resultados revelaram presença de hipernasalidade em 28 (93%) pacientes na condição sem prótese e ausência de hipernasalidade em 2 (7%) pacientes, enquanto que na com prótese houve presença de hipernasalidade em 9 (30%) e ausência de hipernasalidade em 21 (70%). A diferença entre as duas condições foi estatisticamente significante, demonstrando melhora significante da ressonância de fala com o uso da prótese de palato. Conclusão: O uso temporário da prótese de palato foi capaz de corrigir a insuficiência velofaríngea e eliminar a hipernasalidade de fala da maior parte dos pacientes do presente estudo, possibilitando, assim, se prever bom prognóstico de fala com a indicação de uma cirurgia secundária. / Introduction: Individuals with cleft palate can present velopharyngeal dysfunction after primary palatoplasty and thus require a secondary procedure. In these cases, the speech bulb can be used temporarily while waiting for the surgery, besides functioning as a diagnostic or even a therapy tool. Objective: This study aimed to compare the speech resonance in the conditions with and without speech bulb. Methods: The sample of this study had 30 unilateral cleft lip and palate patients, 15 females and 15 males, who underwent primary palatoplasty between 9 and 18 months of age. All of them remained with velopharyngeal insufficiency after primary palatoplasty and were making temporary use of speech bulb (for at least 6 months) while waiting improvement of velopharyngeal function for defining a surgical procedure to repair the failure. Their ages ranged between 6 and 14 years (Mean = 9 years) by the time the evaluation was performed. The velopharyngeal function was assessed by means of the Hypernasality Test and by the perceptual judgement of the hypernasality occurrence (presence/absence), by listeners, both with and without speech bulb. Results: In Hypernasality Test, the result has shown an average of 2.64 in the condition with speech bulb and an average of 9.77 without speech bulb. The difference between the two conditions was statistically significant, showing an improvement in velopharyngeal function with the use of speech bulb. The judgement of the hypernasality occurrence performed by judges has shown an intrajudge agreement of 100% with speech bulb and 83% without speech bulb, and an interjudge agreement varying from 83% to 97% with speech bulb and of 93% without the bulb. The results of the judgements revealed presence of hypernasality without speech bulb for 28 (93%) patients and absence of that for 2 (7%). With speech bulb only 9 (30%) patients were judged to present hypernasality, and 21 (70%) were judged to be normal. The difference between the two conditions was statistically significant, demonstrating significant improvement in speech resonance with the use of speech bulb. Conclusion: The temporary use of speech bulb was able to correct velopharyngeal insufficiency and eliminate hypernasality for most patients of this study, thus enabling to predict good speech prognosis with the indication of a secondary surgery.

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