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Filogeografia e história demográfica de tabebuia serratifolia e tabebuia ochracea (bignoniaceae), duas espécies arbóreas neotropicais / Phylogeography and demographic history of tabebuia serratifolia and tabebuia ochracea (bigno-niaceae), two neotropical tree speciesVitorino, Luciana Cristina 09 December 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-12-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / There is strong evidence that the Neotropical vegetation has been influenced by climate changes at the end of the Tertiary and Quaternary. The response of vegetation to the cold weather and dry these periods, consistent with the occurrence of the last glacial maximum, still remains in debate. It is suggested that the areas currently occupied by the Cerrado and seasonal forests (SDTFs) are remnants of a continuous vegetation that existed in the past. From the perspective of that species widely distributed in savannas and Brazilian SDTFs could help unravel the role of climate change Pleistocene on the current distribution pattern of genetic diversity in these vegetation types, we sampled 17 populations of Tabebuia serratifolia in SDTFs and 24 populations Tabebuia ochracea in savannas and sequenced intergenic non-coding regions of chloroplast (psbA-trnH, trnG-trnS e trnC-ycf6) as well as the nuclear region ITS (nrDNA). Later, we used coalescent analysis, Ecological Niche Modeling techniques (ENM) and simulations of demographic hypothesis for these species in an attempt to broaden the understanding of the changes undergone by neotropical landscape during the last ice age cycles. The sampled populations for both species showed high genetic diversity for both markers (hcpDNA = 0.8731 and hnrDNA = 0.7723 - T. serratifolia and hcpDNA = 0.927 and hnrDNA = 0.637 - T. ochracea), and large structure (Fst(cpDNA) = 0.528, P < 0.001 and Fst(ITS) = 0.742, P < 0.001 - T. serratifolia and Fst(cpDNA) = 0.742, P < 0.001 and Fst(ITS) = 0.544, P < 0.001 - T. ochracea). The coalescing analysis showed the time to the most recent common ancestor between haplotypes of the sampled populations, oldest to T. serratifolia (~ 3.4 Ma - 95% CI 1.9 - 6.8), which for T. ochracea (~ 1.9 Ma - 95% CI 0.1 - 2.3). The two species show standard recent population expansion and the niche modeling revealed for the T. serratifolia a higher potential distribution area during Holoceno medium while for T. ochracea the highest suitability area was predicted for maximum glacial last (LGM - 21ka), going in favor the hypothesis that the savannas and STDFs have submitted in the past, a wider distribution than currently known. / Há fortes evidências de que a vegetação Neotropical tenha sido influenciada por alterações climáticas ocorridas no final do período Terciário e no Quaternário. A resposta da vegetação ao clima mais frio e seco desses períodos, condizente com a ocorrência do último máximo glacial, ainda permanece em debate. Sugere-se que as áreas atualmente ocupadas pelo Cerrado e florestas estacionais (SDTFs) sejam remanescentes de uma vegetação contínua que existia no passado. Sob a perspectiva de que espécies amplamente distribuídas em savanas e SDTFs brasileiras pudessem ajudar a desvendar o papel das mudanças climáticas do Pleistoceno sobre o padrão atual de distribuição da diversidade genética nessas formações vegetais, nós amostramos 17 populações de Tabebuia serratifolia em SDTFs e 24 populações de Tabebuia ochracea em savanas e sequenciamos regiões intergênicas não codificantes de cloroplasto (psbA-trnH, trnG-trnS e trnC-ycf6), bem como a região nuclear ITS (rDNA). Posteriormente, utilizamos análises coalescentes, técnicas de Modelagem de Nicho Ecológico (ENM) e simulações de hipóteses demográficas para essas espécies, na tentativa de ampliar o entendimento das mudanças sofridas pela paisagem neotropical durante os últimos ciclos de glaciação. As populações amostradas para as duas espécies apresentaram alta diversidade genética para ambos os marcadores (hcpDNA = 0.8731 e hnrDNA = 0.7723 – T. serratifolia e hcpDNA = 0.927 e hnrDNA = 0.637 – T. ochracea), e grande estruturação (Fst(cpDNA) = 0.528, P < 0.001 e Fst(ITS) = 0.742, P < 0.001 – T. serratifolia e Fst(cpDNA) = 0.742, P < 0.001 e Fst(ITS) = 0.544, P < 0.001 – T. ochracea). As análises coalescentes mostraram um tempo para o ancestral comum mais recente, entre os haplótipos das populações amostradas, mais antigo para T. serratifolia (~3.4 Ma - 95% CI 1.9 - 6.8), que para T. ochracea (~1.9 Ma - 95% CI 0.1 - 2.3). As duas espécies apresentaram padrão de expansão populacional recente sendo que a modelagem de nicho revelou, para T. serratifolia, maior área de distribuição potencial durante o Holoceno médio enquanto que para T. ochracea a maior área de adequabilidade foi predita para o último glacial máximo (LGM – 21ka), indo de encontro à hipótese de que as savanas e as STDFs possam ter apresentado, no passado, uma distribuição mais ampla que a conhecida atualmente.
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