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A sociedade luso-africana do Rio de Janeiro (1930-1939): uma vertente do colonialismo português em terras brasileiras / The portuguese-african society in Rio de Janeiro (1930-1939): a side of the portuguese colonialism in Brazil

Assunção, Marcello Felisberto Morais de 09 March 2017 (has links)
Submitted by JÚLIO HEBER SILVA (julioheber@yahoo.com.br) on 2017-03-17T18:31:07Z No. of bitstreams: 2 Tese - Marcello Felisberto Morais de Assunção - 2017.pdf: 4043751 bytes, checksum: 17a47fefc7608b8600bcb04e41b44fc0 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-03-20T13:47:10Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese - Marcello Felisberto Morais de Assunção - 2017.pdf: 4043751 bytes, checksum: 17a47fefc7608b8600bcb04e41b44fc0 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-20T13:47:10Z (GMT). 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In the following chapters, we seek to understand the many peculiarities of the Bulletin by evidencing the trajectory of the Portuguese-African Society in Rio de Janeiro in its two main moments: from the veiled criticism to the Salazar government and the search for a strong “panluso coalition” (1931-1934), to the rejection of the Estado Novo in the final years of the Bulletin (1935-1939). We grasp these transformations by inspecting varied sources, mainly the editorials of the Bulletin. Next, we explore the political senses of the “pan-lusitanism” within the larger logic of the “pan-ethinicisms”, also discussing the pan-lusitan discourse shown in the “Cartilha Colonial” by Augusto Casimiro and in the Bulletin. After that, we analyze the colonial project of the republican military-administrators and correspondent members of the Society, emphasizing the criticism these people made to the colonial practices of the Salazarism and the idealized mirroring in the “Norton de Matos model”. Finally, we investigate the relationship between the historiography of colonialism and the Africanist studies with the ideology of “imperial vocation”, present in the hegemonic colonial knowledge in the 30s. All in all, the careful examination of the discourse of the Bulletin and other publications by the Society allow us to visualize the particularities of the republican colonialism in the middle of the Salazarist political hegemony in the 30s. This discourse can be considered a vanguard of the colonial reformism, which will become stronger in the 50s. The defeat of the project of the colonial reformism in the 30s is an expression of the fact that, in times of Estados Novos, the “democratic” rhetoric (even if restricted to discourse) has no place. / Nosso objetivo principal nessa tese é analisar o projeto colonial da Sociedade LusoAfricana do Rio de Janeiro, tendo como fonte primordial de estudo os vinte volumes do seu Boletim (1931-1939), como também os livros, cartilhas e outras produções oriundas dos membros da Sociedade. Para realizar esse intento, num primeiro momento (capítulo I) analisamos as condições de emergência do “nacionalismo imperial” do qual o boletim é somente uma das expressões. Nos outros quatro capítulos, buscamos entender as diversas especificidades do Boletim. No capítulo II evidenciamos a trajetória da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro em suas duas grandes fases: da crítica velada ao salazarismo e a busca por uma grande “coalização panlusa” (1931-1934) até a repulsa ao Estado Novo dos últimos anos (1935-1939), apreendendo essas transformações a partir de diversas fontes, mas primordialmente através dos editoriais do Boletim. No III capítulo buscamos explorar os sentidos políticos do “panlusitanismo” no seio do contexto mais global dos “pan-etnicismos”, abordando também a partir do boletim e da obra “Cartilha Colonial”, de Augusto Casimiro” o discurso panlusitano. A frente, no capítulo IV, fizemos uma análise do projeto colonial dos gestoresmilitares republicanos e sócio-correspondentes da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro, dando ênfase as críticas que estes faziam às práticas coloniais do salazarismo e o espelhamento idealizado no “modelo Norton de Matos”. Por fim, no capítulo V, perscrutamos as relações entre a historiografia do colonialismo e os estudos africanistas com um ideário de “vocação imperial” tão presente no saber colonial hegemônico nos anos 30. Em suma, o exame destes discursos permitem visualizar no seio do Boletim, e das publicações da Sociedade, a particularidade do colonialismo republicano em meio à hegemonia política salazarista nos anos 30. Estes irão ser uma vanguarda do reformismo colonial que só ganha força nos anos 50. A derrota do seu projeto nos anos 30 é uma expressão de que em tempos de Estados Novos a retórica “democrática” (mesmo que restrita ao discurso) não tinha espaço.

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