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Levantamento de questões sobre a estruturação das narrativas infantis e o papel desempenhado pelo outroOLIVEIRA, Juliana Galindo de January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / Tomando como base a proposta Sócio-interacionista Estrutural de De Lemos, este estudo teve
como objetivo levantar questões sobre a estruturação de narrativas infantis, considerando o
papel desempenhado pelo outro , enquanto participante desse processo. Participaram deste
estudo 7 crianças, com idade variando entre 2 anos e 10 meses a 3 anos e 7 meses, que
freqüentam uma creche pública, a própria investigadora e uma monitora que convive com as
crianças. A fim de atender ao objetivo proposto, cada criança foi convidada a participar de
atividades de contar histórias, ora com a investigadora, ora com a monitora, sendo o estudo,
portanto, dividido em duas etapas. Essa atividade de contar histórias era dividida em dois
momentos. No primeiro momento, o adulto fazia a leitura de dois livros infantis com histórias
tradicionais. Após terminar as leituras, era permitido que a criança escolhesse uma das duas,
ou mesmo as duas histórias a fim de contar para o adulto, sendo esse, portanto, o segundo
momento da atividade. Com relação aos dados, a sua análise foi dividida em três passos. O
primeiro passo consistiu numa análise acerca da postura assumida por cada um dos adultos
diante da estruturação de narrativas pelas crianças, considerando os tipos de intervenções
dominantes de cada um desses adultos. No segundo passo da análise, foram selecionados os
momentos de reconto de cada história por cada uma das crianças, visando a analisar como
ocorre esse processo de estruturação de narrativas, nessa situação específica. Portanto, cada
reconto foi comparado com a história original, para que fossem localizados os pontos de
ruptura com a história contada anteriormente pelo adulto. Após a localização destas rupturas,
foi possível indicar como a criança rompe com o discurso do outro e sugerir em que
consistem essas rupturas. Vale destacar que essa ruptura da fala da criança em relação à fala
do adulto não foi aqui considerada como um não saber , mas como correspondente a uma
forma particular de convocar e arrumar significantes durante a estruturação de narrativas,
levando em conta que a fala da criança estaria subordinada ao próprio funcionamento da
língua, ou seja, aos processos metafóricos e metonímicos. O terceiro passo da análise
consistiu numa tentativa de articulação entre os dois primeiros, visto que se buscou identificar
a existência de uma possível relação entre a postura do adulto e a forma como as crianças
estruturam suas narrativas, considerando os limites da situação específica do presente
trabalho. Para isso, foi feita uma seleção de alguns momentos de reconto de cada história,
mais especificamente dos momentos em que a criança rompe com a história narrada pelo
adulto, considerando a interpretação deste diante das rupturas. Nesse sentido, foi possível
supor que quando a fala da criança, marcada por rupturas com o texto da história original, era
anulada ou mesmo interditada pelo outro , havia uma mudança no movimento de
estruturação de narrativas. Portanto, o estudo aponta para a suposição de que a postura do
outro diante da fala da criança poderia, num certo sentido, permitir ou não que fluísse a
singularidade nesta fala
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A posição assumida pelo outro e os possíveis efeitos na fala da criança durante a estruturação de diferentes narrativasPontes, Juliana Galindo de Oliveira 30 April 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-04-30 / As questões investigadas neste estudo estão centradas nos efeitos produzidos pelas posições assumidas pelos outros que se encontraram em interação com as crianças – com idade média de 3 anos – durante a estruturação de narrativas por essas crianças. Considerando que o outro se encontra no foco da investigação, foram convidados a assumir tal posição as mães das crianças, a professora que convive com as crianças na escola, a própria investigadora e uma outra criança que também já conviva com a criança narradora. Dessa forma, as duas crianças narradoras participaram de quatro momentos de produção de narrativas, sendo sugerido, em cada momento, que as crianças produzissem três narrativa: história, relato e caso. O estudo teve como base teórica a abordagem interacionista de aquisição da linguagem, inaugurada e representada por Cláudia Lemos, a qual considera que o processo de aquisição da linguagem acontece a partir de mudanças de posição numa estrutura, onde estão relacionadas a fala da criança, a fala do outro e o próprio funcionamento da língua. Nessa perspectiva, a criança passaria de infans a sujeito falante a partir de mudanças de posição nessa estrutura. Essa mesma autora trata também do discurso narrativo, fazendo uma correspondência entre as mudanças de posição da criança na estrutura relacional e a trajetória da criança através da narrativa. Considerando que a ação narrativa está ligada à constituição da subjetividade, esse tipo de produção foi colocado em destaque, no presente estudo, também pelo fato de ser um lugar empírico privilegiado, no qual podemos visualizar os movimentos linguísticos durante a estruturação de narrativas pela criança. Esses movimentos permitem compreender a captura da criança pelo próprio funcionamento da língua. Quanto à análise dos dados, esta foi dividida em três partes. Primeiro foram analisadas as posições assumidas pelos outros diante das produções narrativas das crianças, observando se essa posição assumida sofria variações em função da narrativa. Em seguida, foram analisados os movimentos que caracterizaram a estruturação das narrativas infantis, considerando ainda se tais movimentos foram afetados pela narrativa. Relacionando esses dois momentos de análise, por fim, foram identificados os efeitos da posição assumida pelos outros em interação com as crianças sobre as produções verbais singulares destas crianças durante a estruturação de narrativas. A análise dos resultados foi realizada, considerando a seguinte proposta: já que o processo de aquisição da linguagem está diretamente ligado as posições assumidas na estrutura relacional (a fala do outro, a fala da criança e o funcionamento da língua), quando um desses pólos muda, é provável que a arrumação dentro da estrutura também se modifique. É a partir destas indagações que o estudo aponta para a especificidade do papel do outro, assim como para as diversas formas em que esse outro pode interferir durante o processo de aquisição da linguagem, neste caso, mais precisamente sobre a produção narrativa, podendo assumir desde uma função estruturante, até mesmo uma função de interdição da fala da criança na sua singularidade. Nesse sentido, abre-se uma possibilidade de diálogo entre a abordagem interacionista de aquisição da linguagem e as discussões mobilizadas pelo presente estudo.
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Dependencia dialógica na aquisição de segunda línguaTorres Jeruchimson, Paula January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / Pretende-se, neste estudo, verificar a relação de dependência dialógica, processo concebido como um espelhamento no desenrolar da conversação na interação face-a-face, que conduz a mudanças estruturais, como processo envolvido na aquisição de segunda língua. Essa dependência se faz ver nos deslocamentos do aprendiz em uma estrutura de aquisição em que comparecem, além da fala do próprio aprendiz, o professor, a língua alvo (inglês, neste estudo) e a língua materna. Tal deslocamento é abordado a partir das mudanças de relação da fala do aprendiz com esses elementos, hipotetizados neste estudo como pólos estruturalmente vinculados. Participa deste estudo uma turma de cinco estudantes de inglês de uma escola de idiomas da cidade de Recife. A transcrição de registros em vídeo da produção oral dos aprendizes e professor, de um período de oito horas de aulas, é analisada em cadeias dialógicas a fim de demonstrar como o aprendiz de segunda língua apoia-se em uma atividade discursiva que privilegia essas relações estruturalmente vinculadas. O modelo estrutural de De Lemos (2002) cumpre uma função heurística neste estudo. Ao modelo triádico proposto por essa autora para o estudo da aquisição da língua materna, acrescentamos mais um pólo estrutural, partindo da hipótese de que as relações do aprendiz com sua própria língua caracterizariam uma posição estrutural distinta em sua trajetória para o alvo, ou seja, a aquisição de uma segunda língua. Uma primeira discussão dos dados deste estudo conclui que a heterogeneidade das relações que o aprendiz estabelece com a língua materna não nos permite considerá-la um pólo distinto da estrutura de aquisição de segunda língua. Assim, o modelo inicialmente hipotetizado para este estudo não pode abarcar a complexidade das relações com a língua materna que a aquisição de segunda língua envolve. O fenômeno do espelhamento, tomado dos estudos de De Lemos (2002), pressupõe a condição de que o outro (a mãe, no caso desses estudos), em interação com a criança, seja um representante da língua . Assim, tendo em vista essa condição do outro, a análise dos dados desta investigação compara as interações aprendiz/aprendiz e professor/aprendiz, para abordar efeitos de espelhamento em cada uma dessas interações, e avaliar em que medida os tipos de interação freqüentemente empregados pelas metodologias de ensino de línguas podem, ou não, contribuir com a trajetória do aprendiz em direção à língua-alvo. A hipótese de dependência dialógica, através do espelhamento, se confirma e abre um caminho para as pesquisas na área da aquisição de segunda língua que abordam o erro, o fenômeno da fossilização e as interações nas metodologias de ensino
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Aquisição de linguagem em crianças abrigadas: a singularidade do papel do outro nesse processoBELTRÃO, Fernanda Rabelo de Carvalho January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Analisando fragmentos de diálogos entre mães e filhos, De Lemos, C., a partir de uma
perspectiva teórica de base estruturalista, trouxe para o campo da aquisição da linguagem o
papel essencial da atividade interpretativa do outro na trajetória de infans a sujeito falante de
uma língua. Nesse sentido, tomando-se como referência esta abordagem teórica, o presente
estudo objetivou refletir sobre o papel singular de um outro específico o cuidador no
percurso lingüístico de crianças abrigadas. Entretanto, como na referida proposta de base
estruturalista o papel de outro, comumente, estudado é o de outro/intérprete representado pela
mãe, só foi possível fazer considerações acerca de uma singularidade do papel do
outro/cuidador na medida em que esse papel se distanciou do que é, geralmente, discutido
sobre o papel de outro materno nos estudos em aquisição de linguagem da perspectiva teórica
em foco. A fim de atender ao objetivo de refletir sobre o papel de outro/cuidador, foi
realizado um estudo longitudinal, durante 11 meses, em que se visitou, quinzenalmente, uma
Unidade de Atendimento Protetivo da Fundação da Criança e do Adolescente FUNDAC ,
registrando em áudio os diálogos de três crianças com a cuidadora responsável por estas. Para
análise de tais diálogos, seguiu-se os seguintes passos: primeiramente, foram destacados os
enunciados insólitos produzidos pelas crianças que causaram estranhamento à cuidadora e à
investigadora; em um segundo momento, foi desenvolvida uma análise da postura do
outro/cuidador frente a tais enunciados estranhos, ou seja, destacou-se que características se
sobressaem nesta postura; observou-se ainda visando apreender os efeitos da fala do outro na
fala da criança, as relações entre algumas produções infantis e outras cadeias verbais
produzidas pelo adulto em outros momentos; por fim, alguns fragmentos de diálogos entre
crianças e suas mães, analisados em estudos que se inserem na perspectiva de referencial
estruturalista em aquisição de linguagem, foram utilizados como exemplos para ressaltar o
papel singular do outro/cuidador na trajetória lingüística de crianças abrigadas. Os resultados
encontrados indicam que, ao ser assumido, de modo singular, o lugar de outro, por um
cuidador, traria também marcas de singularidade no processo de aquisição da linguagem das
crianças que vivem em abrigos. Entretanto, apesar de ter desempenhado de maneira peculiar o
papel de outro na trajetória lingüística dessas crianças, o outro/cuidador se fez presente,
enquanto instância de funcionamento lingüístico, sendo a partir desse outro que a criança é
submetida a sua língua materna. Ao que parece, portanto, o lugar de outro (em uma estrutura)
no processo de aquisição da linguagem das crianças pode ser ocupado por diversos outros de
formas singulares, em diferentes momentos, mas o lugar central da interação com o outro a
importância na aquisição da linguagem não estaria sendo colocado em questão
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