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A democracia na União Europeia o Parlamento Europeu e a redução do déficit democráticoMuneratti, Rafael Ramia January 2013 (has links)
Submitted by Haia Cristina Rebouças de Almeida (haia.almeida@uniceub.br) on 2015-03-05T17:41:39Z
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61100062.pdf: 5618775 bytes, checksum: b4bf87488016faca17af48fb376a23aa (MD5) / A União Europeia representa, até o momento, o melhor exemplo de integração
regional entre Estados soberanos tanto no âmbito econômico quanto no político e,
ademais, serve de modelo para outros projetos de integração como o Mercosul. Sua
criação e evolução ocorreram por meio da adoção de sucessivos tratados
internacionais que, além de modelarem sua estrutura, transferiram-lhe certa parcela
das soberanias de seus Estados-membros. A União Europeia, portanto, é formada
por instituições com características supranacionais, cujas decisões influenciam
diretamente os países membros e seus respectivos povos. O exercício desses
poderes soberanos, porém, aparenta não contar com uma efetiva participação dos
cidadãos dos Estados-membros, que praticamente em nada influenciam as decisões
tomadas em nível europeu. O resultado desse processo é a ainda atual discussão a
respeito da existência de um déficit democrático no processo decisório da União
Europeia. As decisões no âmbito do bloco são tomadas por uma elite política
distante dos cidadãos dos Estados-membros e essa elite, além de não sofrer um
efetivo controle político (political accountability), mantém a população afastada do
processo decisório. Ademais, o sistema de tomada de decisões previsto nos
Tratados Constitutivos da União Europeia envolve vários órgãos, é complexo, e de
difícil compreensão por parte dos cidadãos, além de delegar pouca importância e
força ao Parlamento Europeu, único órgão eleito diretamente pelo povo. Em
consequência, as ações da União Europeia não refletem os anseios dos seus
cidadãos, que se sentem distantes do bloco, mesmo sendo por elas afetados
diretamente. Assim, essas decisões acabam por sofrer críticas de falta de respaldo,
de legitimidade popular, e de uma crise de confiança. Nesse contexto, o
fortalecimento das funções do Parlamento Europeu pode reduzir essas deficiências
inerentes às decisões da União Europeia ao conceder maior transparência ao
modelo decisório, simplificando-o e tornando-o mais próximo do cidadão, além de
fomentar a participação e atribuir maior valor à vontade do povo europeu. Dessa
forma, o incremento da participação popular, por meio do Parlamento Europeu,
legitima, fortalece e desenvolve a União Europeia. O presente estudo, portanto,
analisa a formação e a evolução do sistema decisório da União Europeia e o
possível atendimento aos princípios mínimos da democracia para a comprovação da
existência, ou da inexistência, de um déficit democrático. Pretende-se também
apontar os incrementos ao Parlamento Europeu nas suas três principais funções,
representativa, legislativa e de controle político, que colaborariam para a redução do
referido déficit democrático, além da possível adoção de um modelo federal, para
tornar a União Europeia mais democrática, uma vez que o sucesso de uma efetiva
integração regional, para além do campo econômico, demanda instrumentos e
órgãos democráticos, capazes de permitir uma intensa participação popular.
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A democracia na União Europeia o Parlamento Europeu e a redução do déficit democráticoMuneratti, Rafael Ramia January 2013 (has links)
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regional entre Estados soberanos tanto no âmbito econômico quanto no político e,
ademais, serve de modelo para outros projetos de integração como o Mercosul. Sua
criação e evolução ocorreram por meio da adoção de sucessivos tratados
internacionais que, além de modelarem sua estrutura, transferiram-lhe certa parcela
das soberanias de seus Estados-membros. A União Europeia, portanto, é formada
por instituições com características supranacionais, cujas decisões influenciam
diretamente os países membros e seus respectivos povos. O exercício desses
poderes soberanos, porém, aparenta não contar com uma efetiva participação dos
cidadãos dos Estados-membros, que praticamente em nada influenciam as decisões
tomadas em nível europeu. O resultado desse processo é a ainda atual discussão a
respeito da existência de um déficit democrático no processo decisório da União
Europeia. As decisões no âmbito do bloco são tomadas por uma elite política
distante dos cidadãos dos Estados-membros e essa elite, além de não sofrer um
efetivo controle político (political accountability), mantém a população afastada do
processo decisório. Ademais, o sistema de tomada de decisões previsto nos
Tratados Constitutivos da União Europeia envolve vários órgãos, é complexo, e de
difícil compreensão por parte dos cidadãos, além de delegar pouca importância e
força ao Parlamento Europeu, único órgão eleito diretamente pelo povo. Em
consequência, as ações da União Europeia não refletem os anseios dos seus
cidadãos, que se sentem distantes do bloco, mesmo sendo por elas afetados
diretamente. Assim, essas decisões acabam por sofrer críticas de falta de respaldo,
de legitimidade popular, e de uma crise de confiança. Nesse contexto, o
fortalecimento das funções do Parlamento Europeu pode reduzir essas deficiências
inerentes às decisões da União Europeia ao conceder maior transparência ao
modelo decisório, simplificando-o e tornando-o mais próximo do cidadão, além de
fomentar a participação e atribuir maior valor à vontade do povo europeu. Dessa
forma, o incremento da participação popular, por meio do Parlamento Europeu,
legitima, fortalece e desenvolve a União Europeia. O presente estudo, portanto,
analisa a formação e a evolução do sistema decisório da União Europeia e o
possível atendimento aos princípios mínimos da democracia para a comprovação da
existência, ou da inexistência, de um déficit democrático. Pretende-se também
apontar os incrementos ao Parlamento Europeu nas suas três principais funções,
representativa, legislativa e de controle político, que colaborariam para a redução do
referido déficit democrático, além da possível adoção de um modelo federal, para
tornar a União Europeia mais democrática, uma vez que o sucesso de uma efetiva
integração regional, para além do campo econômico, demanda instrumentos e
órgãos democráticos, capazes de permitir uma intensa participação popular.
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Entre a Expertise e a Política: uma Questão de Escolha? O Perfil da Comissão Européia e o Empoderamento do Parlamento EuropeuSILVA, Cinthia Regina Campos Ricardo da 23 January 2015 (has links)
Submitted by Isaac Francisco de Souza Dias (isaac.souzadias@ufpe.br) on 2016-06-13T17:09:07Z
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Previous issue date: 2015-01-23 / CAPES / A União Européia é um dos fenômenos de integração regional mais pesquisados da
atualidade, porém ainda pouco explorado por pesquisadores brasileiros. Esta tese busca
sanar esta lacuna ao propor um desenho de pesquisa multimétodo sobre as duas
principais instituições, além do Conselho: a Comissão Européia e o Parlamento
Europeu. A pesquisa possui duas frentes: definir o perfil do comissário e identificar de
que forma o Parlamento Europeu influencia a formação desse perfil. A partir da análise,
conclui-se que: a) tanto variáveis políticas quanto técnicas estão presentes ao longo das
gestões; b) o cargo de Presidente da Comissão é o que tem mais se politizado em
comparação com os demais membros da instituição; c) os currículos dos comissários
não explicam a dinâmica de distribuição dos portfólios; d) há indícios para concluir que
a Comissão tem se tornado um trampolim profissional para aqueles burocratas de
carreira assumirem um cargo eletivo e/ou em empresas lobbystas. Por fim, percebe-se
que o Parlamento Europeu possui maior capacidade de exercer controle ex-ante do que
ex-post sobre a Comissão. / The Europe Union is currently one of the most studied phenomena of regional
integration, however it's still unexplored by brazilian researchers. This thesis aims to
reduce this gap and proposes a multimethod research design to analyze the two main
institutions, besides the Council: the European Commission and the European
Parliament. The research has a two-front work: to identify the commissioner profile
pattern and to determinate how and whether the European Parliament influences this
pattern. Therefore, the main conclusions are: a) both political and expertise variables are
presents along the Commissions; b) the position of Commission's President is the most
politicized when compared to the other members of the institution; c) the CV of the
commissioners don't explain the dynamics distribution of portfolios; d) there is
evidences to conclude that the Commission has become a professional springboard for
bureaucrats to assume a elective office or/and a position in lobbyists enterprises.
Ultimately, the European Parliament has greater institutional capacity to exercise an exante
control than an ex-post control over the Commission.
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[en] DEMOCRATIC DEFICIT AND THE EUROPEAN PARLIAMENT: AN ANALYSIS OF SUPRANATIONAL REPRESENTATIVE DEMOCRACY IN THE EUROPEAN UNION / [pt] DÉFICIT DEMOCRÁTICO E PARLAMENTO EUROPEU: UMA ANÁLISE DA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA SUPRANACIONAL DA UNIÃO EUROPEIAPIETRO DUTRA FAEDA PIZZIOLO 20 September 2023 (has links)
[pt] A União Europeia se apresenta como a mais bem sucedida experiência
supranacional. Diante do seu inevitável, e necessário, projeto de integração
regional, a presente pesquisa tem como objetivo verificar a existência de um déficit
democrático em sua instituição parlamentar. Para tanto, serão abordadas as teorias
democráticas liberais que dão forma teórica à democracia representativa ocidental,
para que se possa fundamentar as instituições que compõem o bloco. Após, serão
analisadas as posições quanto à existência do déficit democrático na União, a
perspectiva de um constitucionalismo para além do Estado-Nação, a
impossibilidade de aprofundamento federalista, e às críticas à abordagem liberal
europeísta, para que assim se analise a atuação do Parlamento Europeu como órgão
democraticamente legítimo de representatividade supranacional. / [en] The European Union presents itself as the most successful supranational
experiment. In view of its inevitable and necessary regional integration project, the
present research aims to verify the existence of a democratic deficit in its
parliamentary institution. To this end, liberal democratic theories that give
theoretical form to western representative democracy will be addressed, so that the
institutions that make up the bloc can be founded. Afterwards, the positions
regarding the existence of the democratic deficit in the Union, the perspective of a
constitutionalism beyond the Nation-State, the impossibility of federalist
deepening, and the criticisms of the liberal Europeanist approach will be analyzed,
so that the performance of Parliament can be analyzed. European Union as a democratically legitimate supranational representative body.
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