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Ecologia comparativa dos lagartos Phyllopezus Periosus e Phyllopezus Pollicaris (Sauria: Phyllodactylidae) em simpatria em área de caatinga no Nordeste do BrasilFreitas, Paulo Ragner Silva de 04 December 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-12-04 / The dimensions in which species share resources can be classified into three general axis: food, habitat and time. The degree of sharing can be set indirectly throughout morphological differences, foraging mode and the use of space by sympatric species. This study presented two chapters, the first of which is entitled “Niche partitioning between the sympatric lizards Phyllopezus periosus and Phyllopezus pollicaris (Sauria: Phyllodactylidae) in a Caatinga area in northeastern Brazil”. We presented data on habitat use, perch height, period of activity, diet and morphology for both species. The second chapter was to focus on the “Demographic aspects of sympatric lizards Phyllopezus periosus and Phyllopezus pollicaris (Sauria: Phyllodactylidae) in a Caatinga area in northeastern Brazil”. In this chapter, we estimated the probability of survival (apparent survival), recapture probability and population density of P. periosus and P. pollicaris. Data collection was conducted in a Caatinga area (divided into sub-areas I, II and III) in the Salgadinho municipality, Paraíba State, from April 2012 to March 2013. The search for lizards occurred between 18:00 and 5:00 am of the following day. For each individual observed and/or captured, we recorded the following information: date and time of observation, microhabitat use, time, morphometric measurements, and gender. The marking of lizards was performed using Visible Implant Fluorescent Elastomer (polymer thick liquid that once applied subcutaneously, solidifies, however, remained flexible and visible). The analysis of apparent survival and recapture probability were performed using the model Cormack-Jolly Sebber (CJS), in the software MARK 6.2. Estimates of population density were calculated by the sums the individuals sighted, divided by the area (sub-area I) used in the study. Both species occupied predominantly saxicolous microhabitats, being observed a high overlap in the use of different microhabitats. The perch height preferentially used by P. periosus and P. pollicaris was 0 and 60 cm. However, P. periosus occupied higher perches (421 to 540 cm). The first individuals of both species were sighted from 18:02 until 04:29 hours of the the following morning. The two species showed no significant differences in the activity period. The more consumed prey by P. periosus were Coleoptera, Formicidae and Hemiptera, while the most consumed items for P. pollicaris were Coleoptera, Isoptera and Araneae. Phyllopezus pollicaris presented both the trophic niche breadth based on prey number and volume higher compared to P. periosus. However, the two species showed high overlap in their diets. We not observed differences in the volume of consumed prey. Both differed in body size and body mass, but adults of P. periosus and P. pollicaris showed no intraspecific differences in body size and body mass in relation to sex. Phyllopezus periosus presented a recapture rate of 30%, while P. pollicaris showed an average rate of 19%. Only Phyllopezus pollicaris showed variation in recapture rate over time, that it was negatively correlated with average rainfall of each month. The estimated survival in both species was constant over time. Phyllopezus periosus and P. pollicaris survival estimates showed 66% and 94%, respectively. P. pollicaris presented population density greater than P. periosus throughout the study. The highest densities observed for P. periosus were in July and November 2012, as for P. pollicaris were in the months of May and November of the same year. Both species showed variations in their population abundances depending on the sub-sampled area. While P. pollicaris was more abundant in sub-area I, P. periosus was more abundant in the sub-area III. Variations in population abundances between these two species may contribute to the coexistence of the two species in the area. / As dimensões em que as espécies animais partilham recursos podem ser classificadas em três grupos gerais: tipo de alimento, habitat e tempo. A forma mais comum de segregação é por habitat, seguido por tipo de alimento e, por fim, divisão temporal. O grau de partilha de recursos pode ser definido indiretamente através das diferenças morfológicas, do tipo de forrageamento e da utilização dos recursos espaciais por espécies simpátricas. O presente estudo foi desenvolvido em dois capítulos, o primeiro deles é intitulado de “Partição de nicho entre os lagartos Phyllopezus periosus e Phyllopezus pollicaris (Sauria: Phyllodactylidae) em simpatria em uma área de Caatinga no Nordeste do Brasil”. Foram abordados dados sobre uso do habitat, altura de empoleiramento, período de atividade, dieta e morfometria em ambas as espécies de lagartos. No segundo capítulo, intitulado de “Aspectos demográficos dos lagartos Phyllopezus periosus e Phyllopezus pollicaris (Sauria: Phyllodactylidae) em simpatria em área de Caatinga no Nordeste do Brasil”, foi estimada a probabilidade de sobrevivência (sobrevivência aparente), probabilidade de recaptura e densidade populacional de P. periosus e P. pollicaris. A coleta de dados foi realizada em uma área (dividida nas sub-áreas I, II e III) de caatinga no município de Salgadinho – PB, durante os meses de abril de 2012 a março de 2013. A busca pelos lagartos ocorreu entre 18:00 e 05:00 horas do dia seguinte. Para cada indivíduo observado e/ou capturado, eram registradas as seguintes informações: data e horário da observação, categoria de microhábitat utilizado, altura do empoleiramento, medidas morfométricas, sexo e número de marcação. A marcação dos lagartos foi realizada através do Implante Visível de Elastômero Fluorescente (polímero líquido pastoso - que depois de aplicado subcutaneamente solidifica-se, porém, se mantendo flexível e visível). As análises de sobrevivência aparente e probabilidade de recaptura foram realizadas através do modelo Cormack-Jolly Sebber (CJS), no software MARK 6.2. As estimativas de densidade populacional foram calculadas através da soma dos indivíduos avistados, divididos pela área (sub-área I) utilizada no estudo. Ambas as espécies ocuparam predominantemente microhábitats saxícolas, sendo constatada uma alta sobreposição quanto ao uso dos diferentes microhábitats. A altura de empoleiramento utilizada preferencialmente por P. periosus e P. pollicaris foi de 0 e 60 cm, entretanto, P. periosus ocupou poleiros mais altos (421 até 540 cm de altura), o que não foi observado em P. pollicaris. Os primeiros indivíduos de ambas as espécies foram avistados a partir das 18:02 até as 04:29 horas da manhã do dia seguinte e as duas espécies de lagartos não apresentaram diferenças significativas quanto ao período de atividade. As presas mais consumidas por P. periosus foram Coleoptera, Formicidae e Hemiptera, já para P. pollicaris os itens mais consumidos foram Coleoptera, Isoptera e Aranae. P. pollicaris apresentou ambas as larguras de nicho trófico (número e volume) bem superiores quando comparado com P. periosus. No entanto, as duas espécies apresentaram alta sobreposição em suas dietas. Não foi constatado diferenças quanto ao volume das presas consumidas. As duas espécies diferiram em relação ao tamanho do corpo e massa corpórea. Mas, indivíduos adultos de P. periosus e P. pollicaris não apresentaram diferenças intraespecíficas do tamanho do corpo e massa corpórea em relação ao sexo. P. periosus apresentou uma taxa de recaptura de 30%, enquanto que seu congênere apresentou uma taxa média de 19%. Apenas a espécie P. pollicaris apresentou variação na taxa de recaptura ao longo do tempo, que se mostrou negativamente correlacionada com a precipitação média de cada mês. A estimativa de sobrevivência em ambas as espécies foi constante ao longo do tempo. P. periosus e P. pollicaris apresentaram estimativas de sobrevivência de 66% e 94%, respectivamente. P. pollicaris apresentou densidade populacional maior que P. periosus durante todo o estudo. A maior densidade observada para P. periosus foi no mês de julho de 2012, já para P. pollicaris foi no mês de novembro do mesmo ano. Ambas as espécies apresentaram variações em suas abundâncias populacionais dependendo da sub-área amostrada. Enquanto P. pollicaris foi mais abundante na sub-área I, P. periosus mostrou-se mais abundante que seu congênere na sub-área III. Variações nas abundâncias populacionais entre essas duas espécies, provavelmente seja um fator que possa vir a contribuir para coexistência das duas espécies na área de estudo.
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