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Hábitos prejudiciais à saúde: demanda e seus efeitos no atraso escolar e no mercado de trabalho

Almeida, Aléssio Tony Cavacante de 27 November 2014 (has links)
Submitted by Maike Costa (maiksebas@gmail.com) on 2016-04-12T14:12:03Z No. of bitstreams: 1 arquivo total.pdf: 3485882 bytes, checksum: 532f65ae550164b6f08df5c5c9581f30 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-12T14:12:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivo total.pdf: 3485882 bytes, checksum: 532f65ae550164b6f08df5c5c9581f30 (MD5) Previous issue date: 2014-11-27 / This thesis consists of three essays related to demand for unhealthy products and the role of behavioral risk factors to health on school outcomes and the labor market. The first essay analyzes the demand of Brazilian families for alcoholic beverages and cigarettes, with emphasis on price and expenditure elasticities and simulations of changes in the prices of these items on the welfare. We use the Quadratic Almost Ideal Demand System and data from the Household Budget Survey 2008-2009 and the Smoking Supplement of the National Research by Household Sample 2008. The main results show that cigarettes and alcohol have positive expenditure elasticity of demand and substitution relationship in terms of cross-price, regardless of per capita income level and region of residence. Positive price changes in these items have low adjustment of demand, as well as the rate of required income compensation due to changes in cigarette prices is higher for richer households and regions. In turn, the second essay evaluates the role of exposure of students to behavioral risk factors to health – smoking, alcohol and overweight – in educational attainment in Brazil. We use microdata from the National Survey of School Health 2012 provided by Brazilian Institute of Geography and Statistics and parametric and nonparametric techniques to estimate the effect of exposure to these factors in the indicator of delay in school progression of students in the 9th grade of elementary school. The main results confirm the hypothesis that exposure to risk factors has direct effect on delay in school progression. Furthermore, these effects are more intense for students with lower socioeconomic level. Then, the findings of this study ratify the importance of public policies that promote prevention of these risk factors among children, once the exposure to risk factors to health generates repercussions not only in health but also in the educational component of human capital. Finally, the core purpose of the last essay is to explore the heterogeneity of the repercussion of unhealthy personal behaviors, expressed by cigarette smoking, on labor productivity and wage-risk trade-off. Based on the Special Smoking Survey included in the National Survey by Household Sample 2008 and Yearbook Statistics of Job Injuries 2008, the empirical models are developed by instrumental quantile regression. The findings show that the smoking wage penalty with endogeneity control is statistically significant over the distribution of labor income, with wage losses ranging from 15.2% to 36.5%. Furthermore, smokers receive a lower risk premium than nonsmokers in economic activities with higher incidence of nonfatal occupational injuries. According to these estimates, the value of a statistical injury per year is, on median, for non-smokers approximately R$ 6,400 per injury and R$ 3,500 for smokers, with differences also in the other quantiles of the conditional wage distribution. / Esta tese é composta por três ensaios relacionados à demanda por produtos não saudáveis e ao papel de fatores comportamentais de risco à saúde nos resultados escolares e no mercado de trabalho. O primeiro ensaio analisa a demanda das famílias brasileiras por bebidas alcoólicas e cigarros, com ênfase nas elasticidades preço e dispêndio e nas simulações de mudanças nos preços destes itens sobre o bem-estar. A abordagem Quadratic Almost Ideal Demand System e os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 e do Suplemento de Tabagismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2008 são usados neste estudo. Pelos resultados auferidos, cigarro e bebidas alcoólicas possuem elasticidade-dispêndio positiva e relação de substitutibilidade independentemente do nível de renda domiciliar per capita e da macrorregião de residência. Choques positivos nos preços desses itens possuem um baixo ajustamento de demanda, assim como a taxa de compensação de renda requerida em função de mudanças nos preços do cigarro é maior para as famílias e regiões mais ricas. Por sua vez, o segundo ensaio objetiva avaliar o papel da exposição de alunos aos fatores de risco comportamentais à saúde – cigarro, bebida alcoólica e excesso de peso – no resultado educacional no Brasil. Para tanto, os microdados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2012 e técnicas paramétricas e não-paramétricas são utilizados para a estimação do efeito da exposição a esses fatores sobre o indicador de atraso escolar de discentes no 9o ano do ensino fundamental. Os principais resultados da pesquisa confirmam a hipótese de que a exposição aos fatores de risco se relaciona de forma direta com o atraso escolar, sendo os efeitos mais intensos para os estudantes com pior nível socioeconômico. Esses achados ratificam a importância de políticas públicas que promovam a prevenção desses fatores de risco desde a infância, pois as consequências dessas exposições geram desdobramentos não apenas na saúde mas também no componente educacional do capital humano. Por fim, o propósito central do último ensaio é explorar a heterogeneidade da repercussão de hábitos pessoais não saudáveis, expressa pelo o uso do cigarro, sobre a produtividade do trabalho e no trade-off salário-risco. Com base na Pesquisa Especial de Tabagismo integrante da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2008 e no Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho 2008, os modelos empíricos são desenvolvidos por meio de regressores quantílicos com variáveis instrumentais. Os resultados encontrados explicitam que a penalização salarial do cigarro com controle para endogeneidade é estatisticamente significativa ao longo da distribuição dos rendimentos individuais, com perdas salariais variando de 15,2% a 36,5%. Os fumantes também recebem um menor prêmio ao risco no comparativo ao recebido pelos não-usuários do cigarro nas atividades econômicas com maior incidência de acidentes do trabalho não-fatais. Conforme essas estimativas, o valor estatístico de um acidente do trabalho por ano é, na mediana, para os não-fumantes de aproximadamente R$ 6,4 mil por acidente e R$ 3,5 mil para os fumantes, com diferenças também nesses valores nos outros quantis da distribuição condicional do salário.

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