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Biodegradação de querosene de aviação por fungos filamentososMACIEL, Carla do Couto Soares 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / O querosene é um produto derivado da destilação do petróleo, formado por uma mistura de
hidrocarbonetos parafínicos e naftênicos. O presente trabalho objetivou avaliar o potencial
de Aspergillus tamarii (UFPEDA 870), Curvularia lunata (UFPEDA 885), Penicillium
aurantiogriseum (UFPEDA 884), P. corilophylum (UFPEDA 886)e P. griseofulvum
(UFPEDA 880), isolados de uma lagoa poluída na região portuária de Suape, Pernambuco,
em degradar o querosene. Inicialmente foi feito um ensaio primário de degradação
utilizando o indicador redox 2,6 diclorofenol indofenol. Em seguida os fungos foram
adaptados em concentrações crescentes de querosene (1% a 30%) e os produtos da
degradação foram analisados por fitotoxicidade. Os fungos que se destacaram foram
submetidos ao ensaio de bioestímulo, onde foram empregados três meios de cultura:
Bushnell-Haas: tradicional (BH1) e modificados com relações carbono:nitrogênio de 50:1
(BH2) e de 100:1 (BH3). Nos ensaios preliminares A. tamarii e P.griseofulvum
apresentaram menor tempo de mudança do indicador, com 14 horas de contato e ainda
promoveram um efeito sinérgico para com as demais linhagens, quando em consórcio. Nos
ensaios de adaptação, os mesmos cresceram em até 30% de querosene, enquanto que as
demais linhagens não sobreviveram a concentrações superiores a 5% (C. lunata) ou
produziram baixos teores de biomassa (P. aurantiogriseum e P. corilophyllum), a partir de
15%. Nos ensaios de fitotoxicidade, os resíduos da biodegradação por A. tamarii e por P.
griseofulvum, causaram menor impacto às sementes de Brassica oleracea var. capitata
(repolho roxo) até a concentração de 12%, obtendo-se 62,6% e 83,6% para o índice de
germinação, respectivamente, embora todas as sementes tenham germinado. Para os
resíduos degradados por C. lunata, P. aurantiogriseum e P. corilophyllum, as sementes não
cresceram apenas germinaram, indicando toxicidade dos produtos da degradação. Os
experimentos de bioestímulo realizados com A. tamarii e P. griseofulvum, mostraram
maior degradação dos hidrocarbonetos alifáticos do querosene no meio de BH 1 para A.
tamarii, enquanto que para P. griseofulvum a melhor composição de meio foi em BH 3.
Os resultados obtidos destacam A. tamarii (UFPEDA 870) e P.griseofulvum (UFPEDA
880) como microrganismos promissores na biorremediação de ambientes impactados por
querosene
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