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Práticas socioespaciais e processos de resistência na grande cidade: relações de solidariedade nos bairros populares de SalvadorDias, Clímaco César Siqueira 21 August 2017 (has links)
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Climaco_Cesar_Siqueira_Dias_Tese_Doutorado_Final.pdf: 8153312 bytes, checksum: 599c5ce23edbb297590cd1304648ff1d (MD5) / A presente tese é uma pesquisa fundamentada na teoria do Período Popular da história do geógrafo Milton Santos, que propõe a existência de uma resistência popular dos pobres das grandes cidades dos países do terceiro mundo, em virtude de estes serem muito numerosos e poderem estabelecer uma comunicação, ditada pela necessidade, que forja cotidianos diferenciados dos grupos de rendas mais elevadas que têm acesso pleno às técnicas e consumos do mundo contemporâneo. A pesquisa abrangeu trinta e seis bairros populares de Salvador, distribuídos em três unidades de análise, no que aqui se denomina de Aglomerados de Bairros, e um Bairro trabalhado de forma isolada do seu Aglomerado. Os conceitos de bairro de parte da literatura foram problematizados e se fundamenta uma proposição de bairro popular como um lugar articulado com a cidade, mas que apresenta especificidades, sendo que o conceito de pobre é formulado a partir, principalmente, da ideia de pobre em uma dimensão territorial, que é submetido à oferta de serviços públicos deficientes e a violência do tráfico de drogas, da polícia e das milícias. Para entender as origens dos bairros populares buscou-se resgatar uma história da Cidade, desde os primórdios da colonização, ancorada em instrumentos que cerceavam o acesso ao solo urbano pela maioria da população, como o laudêmio, enfiteuse, terrenos da União e, já no século XX, um planejamento modernista que também teve um traço excludente. Foram observadas inúmeras práticas socioespaciais nos bairros populares, através de entrevistas abertas e questionários com perguntas fechadas, que demonstraram uma comunicação dos pobres, baseada em intensas relações de parentesco e vizinhança, práticas não verificadas em outras áreas da cidade habitadas por população de maior renda, consumo e qualidade de moradia, a exemplo de passeios coletivos, encontros de rua, blocos carnavalescos, passeios culturais noturnos, solidariedades no cuidar das crianças, aniversários coletivos em espaços públicos, caronas para vizinhos em locais de ladeiras de fortes aclives, entre outras. Essas práticas, nas proposições aqui formuladas, ao mesmo tempo em que mitigam as agruras do dia a dia, são formas diferenciadas do uso do território que se expressam como resistências espaciais e que gestam o Período Popular da História. / ABSTRACT
The following thesis is a research based on the theory of Popular Period of History, by geographer Milton Santos, that advocates the existence of a popular resistance among poor people in third world countries big cities, given that they constitute a large population that enables its own communication, dictated by necessity, and forges an everyday way of living different from the one lived by higher income groups that have full access to the techniques and consumption habits of contemporary world. The survey comprehended thirty-six inner city neighborhoods in Salvador, distributed in three units of analysis, in what we call here the Neighborhood Agglomerates, and one neighborhood studied isolated from its Agglomerate. The conceptualization of neighborhood established by part of literature was challenged and the concept of inner city neighborhood that we propose is built as a location articulated with the city, but that has specific features, and the concept of poor people is formulated mainly from the idea of poor people in a territorial dimension, a population which is subject to the provision of failing public services and the violence of drug dealers, police and militias. To understand the origins of inner city neighborhoods, we summarized the history of Salvador from the earliest days of colonization, revealing the instruments that restricted access to urban land by most of the population, such as laudemia, emphyteuseus, and Federal Government owned real state, and by the XXth century, a modernist urban plan that also had an excluding bias. Many socio-spatial practices were observed at inner city neighborhoods through open interviews and forms with closed questions that demonstrated the existence of a communication of poor people, based on intense relations of kinship and proximity, practices that weren’t found in other areas of the city inhabited by higher income population, Consumption habits and housing quality, such as group tours, street meetings, carnival groups, artistic night tours, sympathetic child care, open birthday parties in public spaces, rides for neighbors to go through high slopes, among others . These practices, in the propositions here formulated, at the same time mitigate the hardships of everyday life, and constitute distinct forms of use of territory that express themselves as spatial resistances and nurture the Popular Period of History.
Keywords: Popular Period of History. Used territory. Poor people. Neighborhood and kinship. Socio-spatial practices
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Uso agrícola do território e pedagogia do Movimento Sem Terra (MST) - uma geografia do presente / Agricultural use of territory and pedagogy of the landless people\'s Movement (MST) - a geography of presentAlmeida, Maria do Fetal Carvalho Ferreira de 03 September 2007 (has links)
Essa tese de doutorado é uma tentativa transdisciplinar para desvendar o novo período histórico, fruto de nossos dias e de nossos trabalhos, neste início de século XXI: o Período Popular da História. Ao manter esse foco, usamos a Pedagogia do Movimento Sem Terra (MST) como o alicerce para caminharmos juntos ao repensar a Pedagogia como Técnica, Teoria e Prática. Em paralelo, esboçamos o instrumento de possíveis matrizes de periodização cruzadas: a Formação Territorial do MST (através de uma história estando sendo vivida) e a Formação Territorial realizada no MST (através de uma geografia ou epistemologia da própria existência). Desse modo, revelamos que a Formação Sócio- Espacial do MST é uma formação, (inter e transnacional), da possibilidade de um outro mundo: aquele do \"homem pobre e lento\" em sua real consciência de estar sendo \"cidadão do mundo\". O Território Usado, como principal categoria de análise de nossa tese, nos leva a pensar que o fundamental desafio urbano nos países \"subdesenvolvidos\" e \"periféricos\" não são somente as verticalidades do Uso Agrícola do Território, tal qual praticado pelas empresas, em tempos de Globalitarismo. Mas, também, o próprio Espaço Geográfico sendo praticado e multiplicado, pelo uso dos povos, no quotidiano das horizontalidades de uma outra Globalização. O que nos leva a uma indissociabilidade entre um Sistema de Ações, Objetos e Valores que interagem, simultaneamente e paradoxalmente, sobre as mais profundas contradições quotidianas do dia-a-dia do espaço de tudo e de todos: isto é, em pleno Espaço Banal. Assim, ao reatualizar, á luz do Período Popular da História, uma genealogia do saber e uma arqueologia do poder, é o próprio Lugar, tanto como resistência quanto acontecer solidário, que está sendo desvendado. Em sua necessidade histórica do saberfazer, em sua vontade filosófica do poder-fazer, e, em suas novas solidariedades políticas e conexões geográficas, doravante usadas em sua liberdade de Produção de Normas. Eis o evento das ciências humanas em pleno uso da prática de uma nova disciplina: a Espaciologia. / This PhD Thesis is a trans-disciplinary attempt to reveal the new historical period, a product of our times and our labors, in the dawn of the 21st century: the Popular Period of History. Maintaining this focus and using the pedagogy of the landless people\'s Movement (MST) as a foundation for us to move together re-thinking pedagogy as Technique, Theory and Practice. In parallel to that, we draft the instrument of possible matrixes of crossed periodization: a Territorial Training of the MST (through the living history) and the Territorial Training developed in the MST (through a geography or epistemology of its own existence). In that sense, we revealed that the Socio-Spatial Training of the MST is training (inter and transnational), of the possibility for another world: the one of the \"poor and slow man\" in its real awareness of being a \"citizen of the world\". The Territory Used, as a main category for analysis of our thesis, lead us to think that the fundamental urban challenge in \"under-developed\" and \"developing\" countries are not only verticalities of the Agricultural Use of Territory, as practiced by companies, in times of Globalitarism. But also the actual Geographical Space being practiced and multiplied, by the use of the peoples, in the everyday life of the horizontalities of another Globalization. Which leads to an inseparable system between Actions, Objects and values interacting, simultaneously and paradoxically, about the deepest contradictions in the dayto- day life of the space for everything from everyone: in other words, in the Banal Space. Therefore, when updating under the light of the Popular period of history, a genealogy of knowledge and an archeology of power, is the actual Place, both for resistance and as a solidarity setting, which is being unveiled. In its historical need for know-how, in its philosophical wish to be able to do, and in its new political solidarities and geographical connections, used from now on in its freedom for the Production of Norms. This is an event in human sciences in full use of the practice of a new discipline: Spaciology.
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Uso agrícola do território e pedagogia do Movimento Sem Terra (MST) - uma geografia do presente / Agricultural use of territory and pedagogy of the landless people\'s Movement (MST) - a geography of presentMaria do Fetal Carvalho Ferreira de Almeida 03 September 2007 (has links)
Essa tese de doutorado é uma tentativa transdisciplinar para desvendar o novo período histórico, fruto de nossos dias e de nossos trabalhos, neste início de século XXI: o Período Popular da História. Ao manter esse foco, usamos a Pedagogia do Movimento Sem Terra (MST) como o alicerce para caminharmos juntos ao repensar a Pedagogia como Técnica, Teoria e Prática. Em paralelo, esboçamos o instrumento de possíveis matrizes de periodização cruzadas: a Formação Territorial do MST (através de uma história estando sendo vivida) e a Formação Territorial realizada no MST (através de uma geografia ou epistemologia da própria existência). Desse modo, revelamos que a Formação Sócio- Espacial do MST é uma formação, (inter e transnacional), da possibilidade de um outro mundo: aquele do \"homem pobre e lento\" em sua real consciência de estar sendo \"cidadão do mundo\". O Território Usado, como principal categoria de análise de nossa tese, nos leva a pensar que o fundamental desafio urbano nos países \"subdesenvolvidos\" e \"periféricos\" não são somente as verticalidades do Uso Agrícola do Território, tal qual praticado pelas empresas, em tempos de Globalitarismo. Mas, também, o próprio Espaço Geográfico sendo praticado e multiplicado, pelo uso dos povos, no quotidiano das horizontalidades de uma outra Globalização. O que nos leva a uma indissociabilidade entre um Sistema de Ações, Objetos e Valores que interagem, simultaneamente e paradoxalmente, sobre as mais profundas contradições quotidianas do dia-a-dia do espaço de tudo e de todos: isto é, em pleno Espaço Banal. Assim, ao reatualizar, á luz do Período Popular da História, uma genealogia do saber e uma arqueologia do poder, é o próprio Lugar, tanto como resistência quanto acontecer solidário, que está sendo desvendado. Em sua necessidade histórica do saberfazer, em sua vontade filosófica do poder-fazer, e, em suas novas solidariedades políticas e conexões geográficas, doravante usadas em sua liberdade de Produção de Normas. Eis o evento das ciências humanas em pleno uso da prática de uma nova disciplina: a Espaciologia. / This PhD Thesis is a trans-disciplinary attempt to reveal the new historical period, a product of our times and our labors, in the dawn of the 21st century: the Popular Period of History. Maintaining this focus and using the pedagogy of the landless people\'s Movement (MST) as a foundation for us to move together re-thinking pedagogy as Technique, Theory and Practice. In parallel to that, we draft the instrument of possible matrixes of crossed periodization: a Territorial Training of the MST (through the living history) and the Territorial Training developed in the MST (through a geography or epistemology of its own existence). In that sense, we revealed that the Socio-Spatial Training of the MST is training (inter and transnational), of the possibility for another world: the one of the \"poor and slow man\" in its real awareness of being a \"citizen of the world\". The Territory Used, as a main category for analysis of our thesis, lead us to think that the fundamental urban challenge in \"under-developed\" and \"developing\" countries are not only verticalities of the Agricultural Use of Territory, as practiced by companies, in times of Globalitarism. But also the actual Geographical Space being practiced and multiplied, by the use of the peoples, in the everyday life of the horizontalities of another Globalization. Which leads to an inseparable system between Actions, Objects and values interacting, simultaneously and paradoxically, about the deepest contradictions in the dayto- day life of the space for everything from everyone: in other words, in the Banal Space. Therefore, when updating under the light of the Popular period of history, a genealogy of knowledge and an archeology of power, is the actual Place, both for resistance and as a solidarity setting, which is being unveiled. In its historical need for know-how, in its philosophical wish to be able to do, and in its new political solidarities and geographical connections, used from now on in its freedom for the Production of Norms. This is an event in human sciences in full use of the practice of a new discipline: Spaciology.
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