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Percepções e formas de adaptação a riscos socioambientais na Região do Páramo colombiano

Rios Cardona, Juan Camilo de los January 2009 (has links)
A modernidade, a globalização econômica, as mudanças climáticas, os organismos geneticamente modificados, a recente crise econômica mundial, são temas de atualidade com abrangência global que, aparentemente, só podem ser tratados pelas altas classes políticas, econômicas e acadêmicas, sem levar em conta a opinião e percepção dos grupos sociais mais vulneráveis. Esses fenômenos globais, além de muitos outros de abrangência nacional e local, são potenciais fontes de riscos para a sociedade contemporânea, especialmente para os grupos sociais mais vulneráveis, os quais sentem mais rápido e com maior severidade os efeitos negativos de tais riscos. Nesse sentido, o presente estudo pretende analisar os riscos socioambientais em comunidades rurais altamente vulneráveis. O local de pesquisa é a Região do Páramo, localizada no centro-oeste da Colômbia, no departamento de Antioquia, municípios de Abejorral, Argelia, Nariño e Sonsón. Nesta região se localiza o ecossistema Páramo, declarado em 1995 como área de proteção especial pelas autoridades ambientais locais. Nela habitam agricultores e grupos sociais com marcada pobreza econômica, isolados dos principais centros de desenvolvimento do País e com baixa presença e apoio institucional. Além disso, nos últimos anos, o confronto político-militar que afeta a Colômbia também os têm afetado significativamente. O objetivo do presente estudo foi analisar as percepções e formas de adaptação a riscos socioambientais dos agricultores da Região do Páramo, e observar quais os fatores socioambientais que influíam e tinham a ver com essas percepções e formas de adaptação. O trabalho de campo baseou-se em metodologias qualitativas, entre elas se destacam o diário de campo, a revisão documental, a leitura da paisagem, a entrevista semiestruturada com 22 agricultores; igualmente utilizou-se o software N-Vivo para a organização e análise dos resultados. A teoria cultural dos riscos de Mary Douglas e a Teoria da Sociedade do Risco de Ulrich Beck foram as norteadoras da pesquisa. Encontrou-se, na Região do Páramo, três tipos de agricultores, os cafeeiros, extrativistas e diversificados. A análise dos resultados permitiu evidenciar diferenças importantes nas percepções de risco e nas formas de adaptação entre esses três grupos de agricultores. Na medida em que aumentava a dependência das atividades agrícolas pelos fatores de mercado e pelos elementos do sistema natural, aumentava a quantidade e diversidade de riscos percebidos pelos agricultores. Da mesma maneira, identificou-se que as percepções de riscos e, em menor grau as formas de adaptação, estavam muito influenciadas pelo tipo e forma de relacionamento entre os agricultores e as diferentes instituições que marcam presença na Região. / Modernity, economic globalization, climate changes, genetically-modified organisms, and the recent global economic crisis are present-day matters that, apparently, can only be handled by academic, political, and economical high-classes, disregarding the opinions and perception of the most vulnerable social groups. Such global phenomena, in addition to many others that affect both the local and regional contexts, could eventually become sources of risk for modern society, and especially for the most vulnerable social groups. These groups are the ones that experience these risks and their negative effects more rapidly and closely. Based on those reasons, the present study intends to analyse the socio-environmental risks in highlyvulnerable rural communities. The geographical area in which this research was conducted is a moorland region located in central western Colombia, in the province of Antioquia, and more precisely in four towns called Abejorral, Argelia, Nariño, and Sonsón. The moorland ecosystem located in this region was declared a special-management area by local environmental authorities in 1995. The region is inhabited by drastically impoverished farmers and social groups, and it is isolated from Colombia’s main development centres, thus having a weak institutional presence. In addition to these conditions, the political-military conflict Colombia has been going through has also drastically affected the inhabitants of the region in the last few years. The main objectives of the present study include analysing how farmers from the moorland region perceive and adapt to socio-environmental risks, as well as identifying the socio-environmental factors that influence and relate to those perceptions and ways of adaptation. The fieldwork was based on qualitative methodologies, the most salient being the use of a field journal, desk review, reading of the landscape, and semi-structured interviews to 22 farmers. N-Vivo software was used for organizing and analysing the results. Our research work has been based on Mary Douglas’ Cultural Theory of risk, as well as on Ulrich Beck’s risk society theory. Three kinds of farmers were identified in the moorland region: coffee growers, extractors and those who perform diversified tasks. The analysis of the results allowed us to identify salient differences in risk perception and adaptation among these three groups. As dependency to agricultural activities, market-related factors, and natural-system elements increases, so do the quantity and diversity of the risks perceived by farmers. Likewise, it was found that risk perception and, to a minor extent, the forms of adaptation, were highly influenced by the kind of relation farmers have with the institutions that are present in that region. / La modernidad, la globalización económica, los cambios climáticos, los organismos genéticamente modificados, la reciente crisis económica mundial, son temas de actualidad con influencia mundial que, aparentemente, sólo puede ser tratados por las altas clases políticas, económicas y académicas, sin tener en cuenta la opinión y percepción de los grupos sociales más vulnerables. Esos fenómenos globales, además de muchos otros de impacto nacional y local, son fuentes potenciales de riesgos para la sociedad contemporánea, especialmente para los grupos sociales más vulnerables, los cuales sienten más rápido y con mayor severidad los efectos negativos de tales riesgos. En ese sentido, el presente estudio pretende analizar los riesgos socioambientales en comunidades rurales altamente vulnerables. El área de investigación es la Región del Páramo, localizada en el centro-oeste de Colombia, en el Departamento de Antioquia, municipios de Abejorral, Argelia, Nariño y Sonsón. En esa región se localiza el ecosistema Páramo, declarado en 1995 como área de manejo especial por las autoridades ambientales locales. En ella habitan agricultores y grupos sociales con marcada pobreza económica, aislados de los principales centros de desarrollo del país y con baja presencia institucional. Además, en los últimos años, el conflicto político militar por el que atraviesa Colombia, también los ha afectado significativamente. El objetivo del presente estudio fue analizar las percepciones y formas de adaptación a riesgos socioambientales de los agricultores de la Región del Páramo, y observar cuales factores socioambientales influyen y tienen que ver con esas percepciones y formas de adaptación. El trabajo de campo se apoyó en metodologías cualitativas, entre ellas se destacan el diario de campo, la revisión documental, la lectura del paisaje, la entrevista semi-estructurada con 22 agricultores; igualmente se utilizó el software N-Vivo para la organización y análisis de los resultados. La Teoría Cultural de los Riesgos de Mary Douglas y la Teoría de la Sociedad del Riesgo de Ulrich Beck orientaron la investigación. Se identificó, en la región del Páramo, tres tipos de agricultores, los cafeteros, extractores y diversificados. El análisis de los resultados permitió evidenciar diferencias importantes en las percepciones de riesgo y en las formas de adaptación entre esos tres tipos de agricultores. En la medida en que aumentaba la dependencia de las actividades agrícolas de los factores de mercado y de los elementos del sistema natural, aumentaba la cantidad y diversidad de riesgos percibidos por los agricultores. De la misma manera, se identificó que las percepciones y, en menor grado las formas de adaptación, estaban bastante influenciadas por el tipo de relación entre los agricultores y las diferentes instituciones que hacen presencia en la región.
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Percepções e formas de adaptação a riscos socioambientais na Região do Páramo colombiano

Rios Cardona, Juan Camilo de los January 2009 (has links)
A modernidade, a globalização econômica, as mudanças climáticas, os organismos geneticamente modificados, a recente crise econômica mundial, são temas de atualidade com abrangência global que, aparentemente, só podem ser tratados pelas altas classes políticas, econômicas e acadêmicas, sem levar em conta a opinião e percepção dos grupos sociais mais vulneráveis. Esses fenômenos globais, além de muitos outros de abrangência nacional e local, são potenciais fontes de riscos para a sociedade contemporânea, especialmente para os grupos sociais mais vulneráveis, os quais sentem mais rápido e com maior severidade os efeitos negativos de tais riscos. Nesse sentido, o presente estudo pretende analisar os riscos socioambientais em comunidades rurais altamente vulneráveis. O local de pesquisa é a Região do Páramo, localizada no centro-oeste da Colômbia, no departamento de Antioquia, municípios de Abejorral, Argelia, Nariño e Sonsón. Nesta região se localiza o ecossistema Páramo, declarado em 1995 como área de proteção especial pelas autoridades ambientais locais. Nela habitam agricultores e grupos sociais com marcada pobreza econômica, isolados dos principais centros de desenvolvimento do País e com baixa presença e apoio institucional. Além disso, nos últimos anos, o confronto político-militar que afeta a Colômbia também os têm afetado significativamente. O objetivo do presente estudo foi analisar as percepções e formas de adaptação a riscos socioambientais dos agricultores da Região do Páramo, e observar quais os fatores socioambientais que influíam e tinham a ver com essas percepções e formas de adaptação. O trabalho de campo baseou-se em metodologias qualitativas, entre elas se destacam o diário de campo, a revisão documental, a leitura da paisagem, a entrevista semiestruturada com 22 agricultores; igualmente utilizou-se o software N-Vivo para a organização e análise dos resultados. A teoria cultural dos riscos de Mary Douglas e a Teoria da Sociedade do Risco de Ulrich Beck foram as norteadoras da pesquisa. Encontrou-se, na Região do Páramo, três tipos de agricultores, os cafeeiros, extrativistas e diversificados. A análise dos resultados permitiu evidenciar diferenças importantes nas percepções de risco e nas formas de adaptação entre esses três grupos de agricultores. Na medida em que aumentava a dependência das atividades agrícolas pelos fatores de mercado e pelos elementos do sistema natural, aumentava a quantidade e diversidade de riscos percebidos pelos agricultores. Da mesma maneira, identificou-se que as percepções de riscos e, em menor grau as formas de adaptação, estavam muito influenciadas pelo tipo e forma de relacionamento entre os agricultores e as diferentes instituições que marcam presença na Região. / Modernity, economic globalization, climate changes, genetically-modified organisms, and the recent global economic crisis are present-day matters that, apparently, can only be handled by academic, political, and economical high-classes, disregarding the opinions and perception of the most vulnerable social groups. Such global phenomena, in addition to many others that affect both the local and regional contexts, could eventually become sources of risk for modern society, and especially for the most vulnerable social groups. These groups are the ones that experience these risks and their negative effects more rapidly and closely. Based on those reasons, the present study intends to analyse the socio-environmental risks in highlyvulnerable rural communities. The geographical area in which this research was conducted is a moorland region located in central western Colombia, in the province of Antioquia, and more precisely in four towns called Abejorral, Argelia, Nariño, and Sonsón. The moorland ecosystem located in this region was declared a special-management area by local environmental authorities in 1995. The region is inhabited by drastically impoverished farmers and social groups, and it is isolated from Colombia’s main development centres, thus having a weak institutional presence. In addition to these conditions, the political-military conflict Colombia has been going through has also drastically affected the inhabitants of the region in the last few years. The main objectives of the present study include analysing how farmers from the moorland region perceive and adapt to socio-environmental risks, as well as identifying the socio-environmental factors that influence and relate to those perceptions and ways of adaptation. The fieldwork was based on qualitative methodologies, the most salient being the use of a field journal, desk review, reading of the landscape, and semi-structured interviews to 22 farmers. N-Vivo software was used for organizing and analysing the results. Our research work has been based on Mary Douglas’ Cultural Theory of risk, as well as on Ulrich Beck’s risk society theory. Three kinds of farmers were identified in the moorland region: coffee growers, extractors and those who perform diversified tasks. The analysis of the results allowed us to identify salient differences in risk perception and adaptation among these three groups. As dependency to agricultural activities, market-related factors, and natural-system elements increases, so do the quantity and diversity of the risks perceived by farmers. Likewise, it was found that risk perception and, to a minor extent, the forms of adaptation, were highly influenced by the kind of relation farmers have with the institutions that are present in that region. / La modernidad, la globalización económica, los cambios climáticos, los organismos genéticamente modificados, la reciente crisis económica mundial, son temas de actualidad con influencia mundial que, aparentemente, sólo puede ser tratados por las altas clases políticas, económicas y académicas, sin tener en cuenta la opinión y percepción de los grupos sociales más vulnerables. Esos fenómenos globales, además de muchos otros de impacto nacional y local, son fuentes potenciales de riesgos para la sociedad contemporánea, especialmente para los grupos sociales más vulnerables, los cuales sienten más rápido y con mayor severidad los efectos negativos de tales riesgos. En ese sentido, el presente estudio pretende analizar los riesgos socioambientales en comunidades rurales altamente vulnerables. El área de investigación es la Región del Páramo, localizada en el centro-oeste de Colombia, en el Departamento de Antioquia, municipios de Abejorral, Argelia, Nariño y Sonsón. En esa región se localiza el ecosistema Páramo, declarado en 1995 como área de manejo especial por las autoridades ambientales locales. En ella habitan agricultores y grupos sociales con marcada pobreza económica, aislados de los principales centros de desarrollo del país y con baja presencia institucional. Además, en los últimos años, el conflicto político militar por el que atraviesa Colombia, también los ha afectado significativamente. El objetivo del presente estudio fue analizar las percepciones y formas de adaptación a riesgos socioambientales de los agricultores de la Región del Páramo, y observar cuales factores socioambientales influyen y tienen que ver con esas percepciones y formas de adaptación. El trabajo de campo se apoyó en metodologías cualitativas, entre ellas se destacan el diario de campo, la revisión documental, la lectura del paisaje, la entrevista semi-estructurada con 22 agricultores; igualmente se utilizó el software N-Vivo para la organización y análisis de los resultados. La Teoría Cultural de los Riesgos de Mary Douglas y la Teoría de la Sociedad del Riesgo de Ulrich Beck orientaron la investigación. Se identificó, en la región del Páramo, tres tipos de agricultores, los cafeteros, extractores y diversificados. El análisis de los resultados permitió evidenciar diferencias importantes en las percepciones de riesgo y en las formas de adaptación entre esos tres tipos de agricultores. En la medida en que aumentaba la dependencia de las actividades agrícolas de los factores de mercado y de los elementos del sistema natural, aumentaba la cantidad y diversidad de riesgos percibidos por los agricultores. De la misma manera, se identificó que las percepciones y, en menor grado las formas de adaptación, estaban bastante influenciadas por el tipo de relación entre los agricultores y las diferentes instituciones que hacen presencia en la región.
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Percepções e formas de adaptação a riscos socioambientais na Região do Páramo colombiano

Rios Cardona, Juan Camilo de los January 2009 (has links)
A modernidade, a globalização econômica, as mudanças climáticas, os organismos geneticamente modificados, a recente crise econômica mundial, são temas de atualidade com abrangência global que, aparentemente, só podem ser tratados pelas altas classes políticas, econômicas e acadêmicas, sem levar em conta a opinião e percepção dos grupos sociais mais vulneráveis. Esses fenômenos globais, além de muitos outros de abrangência nacional e local, são potenciais fontes de riscos para a sociedade contemporânea, especialmente para os grupos sociais mais vulneráveis, os quais sentem mais rápido e com maior severidade os efeitos negativos de tais riscos. Nesse sentido, o presente estudo pretende analisar os riscos socioambientais em comunidades rurais altamente vulneráveis. O local de pesquisa é a Região do Páramo, localizada no centro-oeste da Colômbia, no departamento de Antioquia, municípios de Abejorral, Argelia, Nariño e Sonsón. Nesta região se localiza o ecossistema Páramo, declarado em 1995 como área de proteção especial pelas autoridades ambientais locais. Nela habitam agricultores e grupos sociais com marcada pobreza econômica, isolados dos principais centros de desenvolvimento do País e com baixa presença e apoio institucional. Além disso, nos últimos anos, o confronto político-militar que afeta a Colômbia também os têm afetado significativamente. O objetivo do presente estudo foi analisar as percepções e formas de adaptação a riscos socioambientais dos agricultores da Região do Páramo, e observar quais os fatores socioambientais que influíam e tinham a ver com essas percepções e formas de adaptação. O trabalho de campo baseou-se em metodologias qualitativas, entre elas se destacam o diário de campo, a revisão documental, a leitura da paisagem, a entrevista semiestruturada com 22 agricultores; igualmente utilizou-se o software N-Vivo para a organização e análise dos resultados. A teoria cultural dos riscos de Mary Douglas e a Teoria da Sociedade do Risco de Ulrich Beck foram as norteadoras da pesquisa. Encontrou-se, na Região do Páramo, três tipos de agricultores, os cafeeiros, extrativistas e diversificados. A análise dos resultados permitiu evidenciar diferenças importantes nas percepções de risco e nas formas de adaptação entre esses três grupos de agricultores. Na medida em que aumentava a dependência das atividades agrícolas pelos fatores de mercado e pelos elementos do sistema natural, aumentava a quantidade e diversidade de riscos percebidos pelos agricultores. Da mesma maneira, identificou-se que as percepções de riscos e, em menor grau as formas de adaptação, estavam muito influenciadas pelo tipo e forma de relacionamento entre os agricultores e as diferentes instituições que marcam presença na Região. / Modernity, economic globalization, climate changes, genetically-modified organisms, and the recent global economic crisis are present-day matters that, apparently, can only be handled by academic, political, and economical high-classes, disregarding the opinions and perception of the most vulnerable social groups. Such global phenomena, in addition to many others that affect both the local and regional contexts, could eventually become sources of risk for modern society, and especially for the most vulnerable social groups. These groups are the ones that experience these risks and their negative effects more rapidly and closely. Based on those reasons, the present study intends to analyse the socio-environmental risks in highlyvulnerable rural communities. The geographical area in which this research was conducted is a moorland region located in central western Colombia, in the province of Antioquia, and more precisely in four towns called Abejorral, Argelia, Nariño, and Sonsón. The moorland ecosystem located in this region was declared a special-management area by local environmental authorities in 1995. The region is inhabited by drastically impoverished farmers and social groups, and it is isolated from Colombia’s main development centres, thus having a weak institutional presence. In addition to these conditions, the political-military conflict Colombia has been going through has also drastically affected the inhabitants of the region in the last few years. The main objectives of the present study include analysing how farmers from the moorland region perceive and adapt to socio-environmental risks, as well as identifying the socio-environmental factors that influence and relate to those perceptions and ways of adaptation. The fieldwork was based on qualitative methodologies, the most salient being the use of a field journal, desk review, reading of the landscape, and semi-structured interviews to 22 farmers. N-Vivo software was used for organizing and analysing the results. Our research work has been based on Mary Douglas’ Cultural Theory of risk, as well as on Ulrich Beck’s risk society theory. Three kinds of farmers were identified in the moorland region: coffee growers, extractors and those who perform diversified tasks. The analysis of the results allowed us to identify salient differences in risk perception and adaptation among these three groups. As dependency to agricultural activities, market-related factors, and natural-system elements increases, so do the quantity and diversity of the risks perceived by farmers. Likewise, it was found that risk perception and, to a minor extent, the forms of adaptation, were highly influenced by the kind of relation farmers have with the institutions that are present in that region. / La modernidad, la globalización económica, los cambios climáticos, los organismos genéticamente modificados, la reciente crisis económica mundial, son temas de actualidad con influencia mundial que, aparentemente, sólo puede ser tratados por las altas clases políticas, económicas y académicas, sin tener en cuenta la opinión y percepción de los grupos sociales más vulnerables. Esos fenómenos globales, además de muchos otros de impacto nacional y local, son fuentes potenciales de riesgos para la sociedad contemporánea, especialmente para los grupos sociales más vulnerables, los cuales sienten más rápido y con mayor severidad los efectos negativos de tales riesgos. En ese sentido, el presente estudio pretende analizar los riesgos socioambientales en comunidades rurales altamente vulnerables. El área de investigación es la Región del Páramo, localizada en el centro-oeste de Colombia, en el Departamento de Antioquia, municipios de Abejorral, Argelia, Nariño y Sonsón. En esa región se localiza el ecosistema Páramo, declarado en 1995 como área de manejo especial por las autoridades ambientales locales. En ella habitan agricultores y grupos sociales con marcada pobreza económica, aislados de los principales centros de desarrollo del país y con baja presencia institucional. Además, en los últimos años, el conflicto político militar por el que atraviesa Colombia, también los ha afectado significativamente. El objetivo del presente estudio fue analizar las percepciones y formas de adaptación a riesgos socioambientales de los agricultores de la Región del Páramo, y observar cuales factores socioambientales influyen y tienen que ver con esas percepciones y formas de adaptación. El trabajo de campo se apoyó en metodologías cualitativas, entre ellas se destacan el diario de campo, la revisión documental, la lectura del paisaje, la entrevista semi-estructurada con 22 agricultores; igualmente se utilizó el software N-Vivo para la organización y análisis de los resultados. La Teoría Cultural de los Riesgos de Mary Douglas y la Teoría de la Sociedad del Riesgo de Ulrich Beck orientaron la investigación. Se identificó, en la región del Páramo, tres tipos de agricultores, los cafeteros, extractores y diversificados. El análisis de los resultados permitió evidenciar diferencias importantes en las percepciones de riesgo y en las formas de adaptación entre esos tres tipos de agricultores. En la medida en que aumentaba la dependencia de las actividades agrícolas de los factores de mercado y de los elementos del sistema natural, aumentaba la cantidad y diversidad de riesgos percibidos por los agricultores. De la misma manera, se identificó que las percepciones y, en menor grado las formas de adaptación, estaban bastante influenciadas por el tipo de relación entre los agricultores y las diferentes instituciones que hacen presencia en la región.

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