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Ecologia populacional de pequenos mamíferos e o parasitismo por Trypanosoma cruzi em uma área rural do estado do Rio de JaneiroPortugal, Luciana Galdino January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Instituto Oswaldo Cruz, CNPq, PAPES III / Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública. Rio de janeiro, RJ, Brasil / Este trabalho determinou o perfil de infecção natural, ao longo do tempo, do
Trypanosoma cruzi nos marsupiais Didelphis aurita e Philander frenatus e nos
roedores Nectomys squamipes, Akodon cursor e Oligoryzomys nigripes no Município
de Sumidouro, RJ. O diagnóstico parasitológico, obtido através de hemocultivos, e as
prevalências sorológicas, obtidas através de Imunoflorescência Indireta, foram
analisadas e correlacionadas com os dados populacionais, biológicos e de habitat dos
hospedeiros, e com as variáveis ambientais e de composição de fauna da área. As
dinâmicas populacionais dos pequenos mamíferos seguiram os padrões observados
para as espécies neotropicais, estando relacionadas às suas estratégias reprodutivas,
sendo estacional para os marsupiais e oportunista para os roedores. Apesar da
degradação ambiental, os marsupiais e roedores apresentaram preferências por
microhabitats específicos dentro da área de captura. Nenhuma amostra proveniente
dos roedores foi positiva no hemocultivo, nem na análise sorológica. Na análise
parasitológica dos marsupiais, 5% dos hemocultivos foram positivos, enquanto que na
sorologia, a prevalência variou de 20% a 60% para D. aurita e 0% e 67,5% para P.
frenatus. Através das taxas de infecção, não foram encontradas relações entre o
parasitismo e a riqueza ou diversidade de mamíferos da área de estudo. Não houve
diferença entre o habitat de animais infectados e não infectados. Não houve diferença
entre machos e fêmeas infectados. O parasitismo por T. cruzi não afetou a biologia
dos seus hospedeiros nem suas dinâmicas populacionais neste cenário de
transmissão do parasito. Assim, foi verificada a existência de um ciclo de transmissão
de T. cruzi na área, com ausência de participação dos roedores. Os marsupiais
atuaram como hospedeiros mantenedores nas duas áreas de estudo, devido às
evidências sorológicas e as baixas parasitemias. É possível que outras espécies de
mamíferos estejam atuando na área como hospedeiros mantenedores ou
amplificadores da infecção, como o furão Galictis cf. Cuja, que foi a primeira espécies
capturada com infecção natural por T. cruzi na área. Concluímos que o ciclo de
transmissão do T. cruzi nesta região apresentou um perfil de parasitemia sub-patente
nas espécies marsupiais, caracterizada apenas pelo diagnóstico sorológico, e uma
continuidade de transmissão ao longo de todo o ano nas duas áreas, observada
através das conversões sorológicas. / The aim of this study was to understand the natural infection dynamic by
Trypanosoma cruzi in the marsupials Didelphis aurita and Philander frenatus and the
rodents Nectomys squamipes, Akodon cursor and Oligorysomys nigripes in order to
along time, in Sumidouro Municipality, Rio de Janeiro State. The parasitological
diagnose obtained from Haemoculture and the Serological prevalence obtained from
Immunofluorescense assay were analyzed and correlated with the population
dynamics of the hosts, their habitat and biological factors, and also with environment
variables and species composition of the study area. The population dynamics of the
small mammals followed the patterns observed for Neotropical species, showing a
relation with the reproductive strategies, which was seasonal for the marsupials and
opportunist for the rodents. Despite of the environment degradation, the marsupials
and rodents presented preference for specifics microhabitats in the study area. No
rodent was positive neither in the haemoculture nor in serology for T. cruzi infection.
In the parasitological analysis of the marsupials, 5% of the haemocultures were
positive while the prevalence using serology ranged from 20% to 60% for D. aurita
and from 0% to 67,5% for P. frenatus. No relation was found between parasitism and
richness and diversity of mammals’ species. Marsupials’ habitats were more related
to triatomines’ habitat than the rodents’ habitat. No difference was observed between
males and females infected animals. The parasitism of T. cruzi did not affect the
biology of the hosts, neither their population dynamics in this scenario of
transmission. Thus, a transmission cycle of T. cruzi was confirmed in the study area,
and the rodents’ species were not participating in the transmission. The marsupials
D.aurita and P. frenatus acted in this scenario as maintaining hosts in both study
areas, due to the serological evidences and low parasitemia. It is possible that other
mammal species are participating in this cycle as maintaining or amplifier hosts, for
example the ferret Galictis cf. cuja. In conclusion, the profile of the transmission cycle
of T. cruzi in this area was a sub-patent parasitemia in the marsupials, evidenced
only by serologic results, and there is continuity in the parasite transmission
throughout the year in the two study areas, observed in the serologic conversions.
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