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Arte e décadence em Nietzsche: o caso Wagner e outros escritosPetry, Isadora Raquel 09 October 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-10-09 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo / This dissertation aims at presenting some aspects of Nietzsche's theory of décadence. It limits itself to Nietzsche's confrontation with 19th century art and focuses on the way in which Nietzsche undertakes, by means of the décadent-artists, a certain diagnosis and a certain critique of his own epoch, i.e, of modernity. In order to bring this diagnosis to light the philosopher undertakes an analysis of certain artists; among these it is Richard Wagner the one who best expresses the modern condition. In The case of Wagner, written in 1888, Nietzsche interprets the musician as a very great actor owing to Wagner's necessity to disguise, to travesty a decadent and fragmented reality into a seemingly unified and coherent form. Art is thus transformed into an art of seduction and excitement, into an attempt at escaping from reality. But if décadent art is, according to Nietzsche, the means by which to detect the dangers of the present, it is also, on the other hand, only through it that the philosopher envisages an overcoming of modernity itself and of the décadence which constitutes it. In order to introduce ourselves to the genealogic-physiologic procedures by which Nietzsche analyses décadent art, we have shown (Chapter 1) some aspects of the first form of decadence diagnosed by Nietzsche, the socratic decadence of hellenic culture such as made explicit in The Birth of Tragedy (1872). Thereupon we brought to light (Chapter 2) some elements of the historical context out of which the concept décadence emerged in the French literary milieu, thus approaching the theme of Nietzsche's reception particularly of the literary critic Paul Bourget and of the poet Charles Baudelaire. Furthermore we analysed (Chapter 3) some aspects of the décadent art departing from the nietzschean diagnosis of Wagner's Gesamtkunstwerk , setting as background thereto the problem of the actor and the critique of theatrocracie developed in Nietzsche's later philosophy. We concluded our dissertation by indicating how Nietzsche envisages the possibility of an immanent overcoming of décadence / Esta dissertação tem como objetivo apresentar alguns aspectos da teoria da décadence em
Nietzsche, limitando-se ao seu confronto com a arte do século XIX e tendo sempre no
horizonte a maneira como Nietzsche empreende, por meio dos artistas da décadence, um
diagnóstico e uma crítica de sua época, i.é, da modernidade. Para realizar tal diagnóstico, o
filósofo empreende uma análise de certos artistas; dentre estes, Richard Wagner será o que
melhor exprime a condição moderna. Em O caso Wagner, escrito em 1888, Nietzsche
reconhece o músico como um grandíssimo ator , devido à sua necessidade de disfarçar,
travestir uma realidade decadente e fragmentária em uma forma aparentemente unitária e
coesa. A arte se transforma numa arte da sedução e da excitação, em uma tentativa de fuga da
realidade. Mas se a arte da décadence é, para Nietzsche, um meio a partir do qual é possível
detectar os perigos da época, é também, por outro lado, somente a partir dela que Nietzsche
vislumbra uma superação da própria modernidade e da décadence que lhe constitui. A fim de
introduzirmo-nos ao procedimento genealógico-fisiológico por meio do qual Nietzsche
analisa a arte da décadence, mostramos (Cap. 1) alguns aspectos da primeira forma de
decadência diagnosticada por Nietzsche, a decadência socrática da cultura helênica tal como
explicitada em O nascimento da tragédia (1872). Em seguida (Cap. 2), trouxemos à tona
alguns elementos do contexto histórico do surgimento do conceito décadence no meio
literário francês, elucidando, com isso, a recepção nietzschiana em especial do crítico literário
Paul Bourget e do poeta Charles Baudelaire. No último capítulo (Cap. 3), analisamos alguns
aspectos da arte da décadence a partir do diagnóstico nietzschiano da obra de arte total
wagneriana, tendo como pano de fundo o problema do ator e a crítica à teatrocracia na
filosofia tardia de Nietzsche. Por fim, à guisa de conclusão, tentamos mostrar como Nietzsche
vislumbra a possibilidade de uma superação imanente da décadence
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