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Autorreferencialidade em território partilhado

Corona, Marilice January 2009 (has links)
Autorreferencialidade em Território Partilhado trata-se de uma investigação em pintura e fotografia a partir de uma definição mais ampla do que seja do campo da pintura. Contrapondo-se as definições modernistas que estabeleciam ser do campo da pintura somente seus elementos essências, ou seja, o plano, a cor e o gesto, esta investigação parte de uma definição ampliada demonstrando que se tomarmos o ilusionismo, o diálogo com outras linguagens e a narrativa como capacidades inerentes à linguagem pictórica, alcançaremos um número muito mais amplo de significações. A autorreferencialidade aqui referida trata-se da representação das três instâncias que perpassam o trabalho artístico: o espaço de produção, o espaço de representação e o espaço de apresentação da obra. Em virtude disso, a presença do dispositivo fotográfico nesse processo torna-se fundamental não apenas como recurso documental ou mera referência, mas revela-se como um agente determinante na constituição das imagens pictóricas. O cruzamento das três instâncias citadas acima somado às confluências entre pintura e fotografia funda, então, o Território Partilhado. A análise do papel dos documentos de trabalho na constituição do trabalho artístico evidenciará, também, sua presença dinâmica nesse processo. A presença do dispositivo fotográfico no processo da pintura gera a representação en abyme. A representação en abyme como recurso caracteristicamente autorreferencial tem como objetivo colocar as três instâncias em circularidade infinita. Como um recurso especular, faz a obra dobrar-se sobre si mesma, sobre suas referências e sobre seu modo de apresentação. Autorreferencialidade em Território Partilhado trata-se de um processo de auto-análise no qual pintura e fotografia questionam-se sobre suas capacidades e comungam em uma mesma direção: a construção do olhar. Do olhar reflexivo, sempre en abyme. / Self-referentiality in a Shared Territory is an investigation into both painting and photography, considering a broader definition of the field of painting. In contraposition to modernist definitions, which established that only essential elements, such as plane, color, and gesture, belonged to the field of painting, this investigation has stemmed from a broader definition, showing that, if we regard illusionism, the dialogue with other languages, and narrative as capacities inherent to the pictorial language, we will reach a more significant number of significations. Self-referentiality here concerns the representation of the three instances that permeate the art work: the production space, the representation space, and the exhibition space. Because of that, the presence of the photographic device in this process is not only fundamental as a documental resource or reference, but is also a determining agent in the constitution of pictorial images. The crossing of the three instances mentioned, together with the confluences between painting and photography, has founded the Shared Territory. The analysis of the role of work documents in the constitution of the art work has also evidenced its dynamic presence in this process. The presence of the photographic device in the painting process generates a mise en abyme representation. Mise en abyme representation, as a resource that is characteristically referential, aims at putting the three instances in endless circularity. As a specular resource, it makes the art work fold on itself, its references, and its mode of exhibition. Self-referentiality in Shared Territory is a self-analysis process in which painting and photography question their capacities and join the same direction: the construction of the look - the reflective look, always mise en abyme.
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Autorreferencialidade em território partilhado

Corona, Marilice January 2009 (has links)
Autorreferencialidade em Território Partilhado trata-se de uma investigação em pintura e fotografia a partir de uma definição mais ampla do que seja do campo da pintura. Contrapondo-se as definições modernistas que estabeleciam ser do campo da pintura somente seus elementos essências, ou seja, o plano, a cor e o gesto, esta investigação parte de uma definição ampliada demonstrando que se tomarmos o ilusionismo, o diálogo com outras linguagens e a narrativa como capacidades inerentes à linguagem pictórica, alcançaremos um número muito mais amplo de significações. A autorreferencialidade aqui referida trata-se da representação das três instâncias que perpassam o trabalho artístico: o espaço de produção, o espaço de representação e o espaço de apresentação da obra. Em virtude disso, a presença do dispositivo fotográfico nesse processo torna-se fundamental não apenas como recurso documental ou mera referência, mas revela-se como um agente determinante na constituição das imagens pictóricas. O cruzamento das três instâncias citadas acima somado às confluências entre pintura e fotografia funda, então, o Território Partilhado. A análise do papel dos documentos de trabalho na constituição do trabalho artístico evidenciará, também, sua presença dinâmica nesse processo. A presença do dispositivo fotográfico no processo da pintura gera a representação en abyme. A representação en abyme como recurso caracteristicamente autorreferencial tem como objetivo colocar as três instâncias em circularidade infinita. Como um recurso especular, faz a obra dobrar-se sobre si mesma, sobre suas referências e sobre seu modo de apresentação. Autorreferencialidade em Território Partilhado trata-se de um processo de auto-análise no qual pintura e fotografia questionam-se sobre suas capacidades e comungam em uma mesma direção: a construção do olhar. Do olhar reflexivo, sempre en abyme. / Self-referentiality in a Shared Territory is an investigation into both painting and photography, considering a broader definition of the field of painting. In contraposition to modernist definitions, which established that only essential elements, such as plane, color, and gesture, belonged to the field of painting, this investigation has stemmed from a broader definition, showing that, if we regard illusionism, the dialogue with other languages, and narrative as capacities inherent to the pictorial language, we will reach a more significant number of significations. Self-referentiality here concerns the representation of the three instances that permeate the art work: the production space, the representation space, and the exhibition space. Because of that, the presence of the photographic device in this process is not only fundamental as a documental resource or reference, but is also a determining agent in the constitution of pictorial images. The crossing of the three instances mentioned, together with the confluences between painting and photography, has founded the Shared Territory. The analysis of the role of work documents in the constitution of the art work has also evidenced its dynamic presence in this process. The presence of the photographic device in the painting process generates a mise en abyme representation. Mise en abyme representation, as a resource that is characteristically referential, aims at putting the three instances in endless circularity. As a specular resource, it makes the art work fold on itself, its references, and its mode of exhibition. Self-referentiality in Shared Territory is a self-analysis process in which painting and photography question their capacities and join the same direction: the construction of the look - the reflective look, always mise en abyme.
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Autorreferencialidade em território partilhado

Corona, Marilice January 2009 (has links)
Autorreferencialidade em Território Partilhado trata-se de uma investigação em pintura e fotografia a partir de uma definição mais ampla do que seja do campo da pintura. Contrapondo-se as definições modernistas que estabeleciam ser do campo da pintura somente seus elementos essências, ou seja, o plano, a cor e o gesto, esta investigação parte de uma definição ampliada demonstrando que se tomarmos o ilusionismo, o diálogo com outras linguagens e a narrativa como capacidades inerentes à linguagem pictórica, alcançaremos um número muito mais amplo de significações. A autorreferencialidade aqui referida trata-se da representação das três instâncias que perpassam o trabalho artístico: o espaço de produção, o espaço de representação e o espaço de apresentação da obra. Em virtude disso, a presença do dispositivo fotográfico nesse processo torna-se fundamental não apenas como recurso documental ou mera referência, mas revela-se como um agente determinante na constituição das imagens pictóricas. O cruzamento das três instâncias citadas acima somado às confluências entre pintura e fotografia funda, então, o Território Partilhado. A análise do papel dos documentos de trabalho na constituição do trabalho artístico evidenciará, também, sua presença dinâmica nesse processo. A presença do dispositivo fotográfico no processo da pintura gera a representação en abyme. A representação en abyme como recurso caracteristicamente autorreferencial tem como objetivo colocar as três instâncias em circularidade infinita. Como um recurso especular, faz a obra dobrar-se sobre si mesma, sobre suas referências e sobre seu modo de apresentação. Autorreferencialidade em Território Partilhado trata-se de um processo de auto-análise no qual pintura e fotografia questionam-se sobre suas capacidades e comungam em uma mesma direção: a construção do olhar. Do olhar reflexivo, sempre en abyme. / Self-referentiality in a Shared Territory is an investigation into both painting and photography, considering a broader definition of the field of painting. In contraposition to modernist definitions, which established that only essential elements, such as plane, color, and gesture, belonged to the field of painting, this investigation has stemmed from a broader definition, showing that, if we regard illusionism, the dialogue with other languages, and narrative as capacities inherent to the pictorial language, we will reach a more significant number of significations. Self-referentiality here concerns the representation of the three instances that permeate the art work: the production space, the representation space, and the exhibition space. Because of that, the presence of the photographic device in this process is not only fundamental as a documental resource or reference, but is also a determining agent in the constitution of pictorial images. The crossing of the three instances mentioned, together with the confluences between painting and photography, has founded the Shared Territory. The analysis of the role of work documents in the constitution of the art work has also evidenced its dynamic presence in this process. The presence of the photographic device in the painting process generates a mise en abyme representation. Mise en abyme representation, as a resource that is characteristically referential, aims at putting the three instances in endless circularity. As a specular resource, it makes the art work fold on itself, its references, and its mode of exhibition. Self-referentiality in Shared Territory is a self-analysis process in which painting and photography question their capacities and join the same direction: the construction of the look - the reflective look, always mise en abyme.

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