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“Muito mais que segurança”: identidade profissional de policiais militares do Distrito Federal a partir de suas representações sociaisAlcântara, Daniele de Sousa 30 November 2017 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2018-05-08T16:39:13Z
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Previous issue date: 2018-05-16 / Esta tese investigou aspectos da identidade profissional de policiais militares da Polícia Militar do Distrito Federal por meio de dois bancos de dados, sendo o primeiro de 2011, referente à pesquisa do Núcleo de Estudos sobre Violência e Segurança Pública, sob coordenação da Doutora Maria Stela Grossi Porto. O instrumento da pesquisa foi aplicado novamente em 2015, com a seleção de questões específicas do presente estudo. As amostras tiveram 1153 respondentes para fins estatísticos, sendo que na amostra de 2015 a PMDF passou exigir o nível superior para o ingresso de novos policiais. Pelas representações sociais dos sujeitos da pesquisa acerca de si mesmo e do trabalho policial, foi possível apreender uma identidade profissional dinâmica e marcada pela distinção do outro principalmente no tocante à natureza da atividade policial e a missão de manter a ordem e garantir a segurança pública. Os sujeitos evidenciaram uma identidade profissional voltada para a atividade operacional, ou seja, o serviço de rua, onde são “coisas de polícia” apreender armas, fazer abordagens e realizar prisões em flagrante. Logo, embora a ideia clara de manutenção da ordem e apoio a sociedade seja parte do discurso dos sujeitos, os mesmos expressam que a missão policial está ligada diretamente ao combate ao crime. As diferenças marcantes entre os grupos se referem ao fato das praças expressarem os baixos salários e a falta de autonomia como dificuldades no serviço em ambas as amostras, enquanto os oficiais afirmaram que as maiores dificuldades estão em torno da política na polícia, e ambos os grupos afirma que o estresse da atividade é uma grande dificuldade. A pesquisa e a forma como os dados foram trabalhados, evidenciaram um sistema de ação profissional fundamentado em um referencial comum no campo profissional, permitindo aos sujeitos disporem de um sistema de informações e de representações sociais que orientam, determinam e justificam sus práticas dentro de um denominador comum oriundo da noção de que “eu sou PM”, garantindo-lhe uma identidade profissional coletiva. As identidades são marcadas pela aprendizagem na formação, como também pela experiência prática e pelo contato com policiais mais experientes. Os dados explicitam que a identidade profissional de policiais militares da PMDF está em movimento no sentido da busca pela estabilidade profissional e por um serviço de qualidade prestado à sociedade. / This thesis investigated aspects of the professional identity of military police officers from the Federal District Military Police by means of two databases. The first one comes from a research conducted by the Nucleus of Studies on Violence and Public Safety, coordinated by PHD Maria Stela Grossi Porto. The research instrument was applied again in 2015, with the selection of specific questions for the present study. That sample counted on 1153 respondents. By the time the sample of 2015 was collected, PMDF had already adopted a high degree educational requirement for new police officer applicants. From the social representations of the research subjects about themself and about the police tasks itself, it was possible to apprehend a professional identity which is dynamic and marked by the distinction of the other ones, mainly regarding the nature of the police activity and its mission of maintaining order and guaranteeing public safety. The subjects showed a professional identity attached to the operational police duties, which stands for the street service - where "police things" means seizing illegal firearms, making personal searches and carrying out arrests in flagrante delicto. Therefore, although the clear idea of maintaining order and providing support for society are part of the subjects discourse, they express that the police mission is directly linked to the fight against crime. The more highlighted differences between the groups in both samples refer to the fact that the non-commissioned officers express that they receive the lowest wages and are lack of autonomy. On the other hand, the commissioned officer stated that the greatest difficulties they face are related to the politicians influence within the police organization administration. Furthermore, both groups say that the stress of the activity is a great difficulty faced by them. The research also evidenced a system of professional action based on a common reference in the professional field, allowing the subjects to have a system of information and social representations that guide, determine and justify their practices within a common denominator stemming from the notion that "I am PM ", guaranteeing a collective professional identity. The professional identity of the subjects is marked by a learning process during the basic police training course, as well as by the day-today experience and the contact with more experienced police officers. Finally, The data analyses explains that the professional identity of military police officers is moving towards the search for professional stability and the provision of high stand services to society. / Cette thèse a porté sur des aspects de l'identité professionnelle de la police militaire, especificament de la Police militaire du District Fédéral, au moyen de deux bases de données. La première est reliée à la recherche du Noyau d'Etudes sur la Violence et la Sécurité Publique, coordonnée par Dra. Maria Stela Grossi Porto. Le deuxième base, l'instrument de recherche a été appliqué à nouveau en 2015, avec la sélection de questions spécifiques dans le présente étude. Les échantillons ont eu 1153 répondants à des fins statistiques, dans les deux bases, et dans l'échantillon de 2015, la PMDF a passé exiger un niveau supérieur pour l'entrée de nouveaux policiers. Des représentations sociales des sujets de recherche sur le travail de la police et de lui même, il était possible d'appréhender une identité professionnelle dynamique marquée par la distinction de l'autre, principalement sur la nature de l'activité policière et la mission de maintien de l'ordre et de sécurité publique. Les sujets ont montré une identité professionnelle liée à l'activité opérationnelle, c'est-à-dire le service de rue, où il s'agit de «choses de police» pour saisir des armes, faire des approches et procéder à des arrestations en flagrant délit. Par conséquent, bien que l'idée claire de maintenir l'ordre et le soutien à la société fasse partie du discours des sujets, ils expriment que la mission de police est directement liée à la lutte contre le crime. Les différences frappantes entre les groupes se réfèrent au fait que les carrés expriment les bas salaires et le manque d'autonomie comme difficultés de service dans les deux échantillons, alors que les fonctionnaires ont déclaré que les plus grandes difficultés sont liées à la politique policière, et les deux groupes déclare que le stress de l'activité est une grande difficulté. La recherche et la manière dont les données ont été travaillées ont montré un système d'action professionnelle basé sur une référence commune dans le domaine professionnel, permettant aux sujets d'avoir un système d'information et de représentations sociales qui guident, déterminent et justifient leurs pratiques dans un dénominateur commun issu de la notion que "je suis PM", lui garantissant une identité professionnelle collective. Les identités sont marquées par l'apprentissage en formation, ainsi que par l'expérience pratique et le contact avec des policiers plus expérimentés. Les données expliquent que l'identité professionnelle de la police militaire de PMDF évolue vers la recherche de la stabilité professionnelle et d'un service de qualité fourni à la société.
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O habitus dos policiais militares do Distrito FederalSuassuna, Rodrigo Figueiredo 04 July 2008 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2008. / Submitted by Diogo Trindade Fóis (diogo_fois@hotmail.com) on 2009-10-08T15:31:40Z
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Previous issue date: 2008-07-04 / A presente dissertação tem como tema as práticas policiais, mais precisamente, o habitus dos policiais militares do Distrito Federal (DF). No trabalho, habitus é entendido como a composição social dos indivíduos biológicos, ou seja, o resultado da incorporação pelo indivíduo policial militar das necessidades objetivas de sua vida social. Busca-se a compreensão das distinções e classificações que compõem o habitus dos policiais militares, bem como as funções que essas distinções desempenham como sentido orientador da ação e como padronização da auto-restrição individual. Além disso, trata-se das necessidades práticas que estruturam cada uma dessas distinções. Dentre as distinções do habitus policial militar, enfatizou-se aquelas considerações de risco, este entendido como a representação das perdas e danos que decorrem de determinada ação individual. Inicialmente, a dissertação trata da questão do risco de ocorrência de crimes, conforme consideração pelos policiais militares do DF. Outro conteúdo com que o conceito de risco aparece no habitus desses agentes refere-se ao risco de danos físicos e perda da vida. Com relação ao risco de ocorrência criminal, o estudo concluiu que a prisão de criminosos é uma função central desempenhada pelos policiais militares, segundo as classificações de seu habitus. Para o cumprimento de tal função, o habitus dos agentes da lei mostra disposição para a individualização e a objetivação do elemento suspeito. A ênfase sobre a prisão de criminosos e, conseqüentemente, o padrão cultural de suspeição policial são distinções formadas a partir de necessidades práticas inter-relacionadas e que se ligam ao uso da autoridade coercitiva pelos policiais militares. Além disso, acrescenta-se como conclusão a observação de que a definição de crime no habitus policial militar é mais abrangente do que a que se estabelece no interior do sistema de justiça penal. A abrangência das definições de crime e de suspeito tem como origem, em parte, o desajuste dos policiais militares à diversidade moral própria da vida urbana. Tem-se ainda que as categorias normativas do habitus policial militar que se relacionam à proteção física do policial e à responsabilização das ações policiais favorecem a efetividade do autocontrole individual. Finalmente, conclui-se que as possibilidades de ocorrências fisicamente danosas no trabalho policial militar são incorporadas pelos policiais como consideração de risco à própria vida e à integridade física.
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Confiança e reciprocidade entre policiais e cidadãos : a polícia democrática nas interaçõesSuassuna, Rodrigo Figueiredo 21 May 2013 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, 2013. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2013-08-29T15:30:47Z
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2013_RodrigoFigueiredoSuassuna.pdf: 5001048 bytes, checksum: 92122a64ec2b38760b616e0b5718e1a3 (MD5) / Este trabalho tem por objeto principal as interações entre policiais e cidadãos em um contexto urbano moderno, enfatizando o estabelecimento ou ruptura da confiança na relação entre prestadores e usuários dos serviços de polícia. As informações que fundamentam este estudo foram produzidas por meio de pesquisas envolvendo as experiências de atores sociais de dois tipos: (a) a população civil que utiliza os serviços de polícia na Grande Brasília; (b) os
policiais militares e civis que atuam nesta cidade. O método utilizado foi a etnografia, centrada na observação de interações entre policiais e cidadãos em delegacias de polícia, conselhos comunitários de segurança e vias públicas policiadas. Além disso, foram coletadas
narrativas proferidas por cidadãos que se percebem como vítimas de violência policial e foram utilizadas informações provenientes de surveys realizados com policiais militares e civis do Distrito Federal. Utiliza-se a noção de confiança proveniente da etnometodologia, que define o fenômeno como a interação orientada por determinadas expectativas de
reciprocidade. A etnometodologia, por meio de procedimentos demonstrativos, propõe que quando as expectativas de reciprocidade são frustradas, a interação entra em colapso, pois os participantes não conseguem dar sentido ao contato com os outros. Considerando as interações entre policiais e cidadãos, as rupturas na confiança foram agrupadas como (a)
questões de compromisso, relacionados ao desvio de atenção empreendido por policiais ou usuários, em detrimento da atenção recíproca pressuposta nas expectativas de confiança; e (b)
questões de competência, em que as interações conformavam cerimônias de degradação do status de indivíduos presentes ou ausentes nos encontros. A atenção desviada dos encontros entre policiais e cidadãos voltava-se para normas procedimentais das organizações
pesquisadas ou para aspectos de suspeição vinculados ao local de atuação do policial. Por outro lado, muitos policiais lograram “administrar” as condições de atenção dos encontros,
promovendo a confiança. Já as cerimônias de degradação dirigiam-se especialmente àqueles destituídos do status de vítimas criminais, aos que tinham menos de dezoito anos e, em certos casos, o próprio policial empreendia uma autodegradação, apresentando-se como impotente.
Este trabalho pautou-se também pela verificação dos efeitos das instituições sobre a confiança, entendendo-se instituições como rotinas historicamente consolidadas que se configuram como elementos externos aos encontros. Na medida em que as instituições
produzem assimetria, alienação da interação e homogeneização das apresentações dos participantes, a confiança entre policiais e cidadãos viu-se desfavorecida por instituições
como: (a) procedimentos burocráticos das organizações; (b) tradições profissionais policiais; (c) o direito à segurança; e (d) prerrogativas de autoridade policial. Por outro lado, verificou-se que certas instituições empoderam atores cujo status foi previamente degradado,
favorecendo a confiança na competência. Já a análise das narrativas de cidadãos que se veem como vítimas de violência policial aferiu os conteúdos das expectativas de reciprocidade dos cidadãos para com os policiais, conteúdos que foram evidenciados com a ruptura na confiança na relação policial-cidadão. Verificou-se ainda que muitas dessas expectativas se deixaram de
ser funcionais à vida social dos cidadãos. Finalmente, os surveys permitiram a comprovação da hipótese de os policiais que manifestam mais intensamente sua expectativa de
reciprocidade têm mais chance de encontrar confiança nas interações com os cidadãos. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The main object of this work is a set of interactions between police officers and civilians within a modern urban context, emphasizing the constitution or breaching in trust and considering the relation between providers and users of police services. This study is grounded on research involving social actors of two types: (a) citizens who use police services
within the Great Brasilia area; (b) military and civil police officers who work in that city. The method chosen was ethnography, focused on observations of interactions between officers and citizens within police stations, police-community councils and policed public spots. Moreover, there was a collection of narratives uttered by civilians who perceive themselves as victims of police violence; the research relies also on information from surveys involving military and civil police officers. The study uses the notion of trust provided by ethnomethodology, defined as an interaction oriented by certain reciprocity expectations.
Ethnomethodology, through demonstration procedures, sustains that interactions collapse when reciprocity expectations are breached, provided that participants are not capable of making sense of the contact with others. Considering interactions between officers and
civilians, trust breaching events were grouped as (a) matters of commitment, related to attention diverted by officers and users, which harms the reciprocal attention presupposed under trust expectations; and (b) matters of competence, when interactions show a pattern of
status degradation ceremonies, involving individuals who are present or absent in encounters. In encounters between officers and citizens, attention was diverted toward procedural norms of organizations or toward local aspects held as suspicious by the cops. On the other hand, many officers succeeded in “managing” attention conditions in encounters, thereby favoring
trust. Degradation ceremonies were especially targeted to those deprived of the status of crime victims, to those under eighteen years old and, in certain events, officers endeavored their self-degradation, presenting themselves as powerless. This work also assesses effects of institutions upon trust, institutions being conceived as historically consolidated routines that are external to encounters. Since institutions produce asymmetry, alienation from interaction
and homogenizes participants’ presentation of Self, trust between officers and civilians were harmed by institutions such as: (a) organizational bureaucratic procedures; (b) police professional traditions; (c) the right to public safety; and (d) prerogatives of police authority. On the other handed, it was observed that certain institutions empower citizens whose status had previously been degraded, favoring competence trust. The analysis of narratives uttered
by citizens victimized by police violence assessed the contents of reciprocity expectations, contents that came to be displayed through trust breaching in the police-citizen relation. It was
also observed that many of those expectations ceased to functional in the social life of victims. Furthermore, surveys confirmed the hypothesis that police officers that express more intensively their reciprocity expectations are more likely to face trust in the interactions with
citizens. ______________________________________________________________________________ Résumé / Ce travail a pour objet principal les interactions entre la police et les citoyens dans un cadre urbain moderne en soulignant l’établissement ou rupture de la confiance au sein des relations entre les fournisseurs et les consommateurs des services de la police. Les fondements de cet étude ont été produites par des recherches impliquant les expériences d’acteurs sociaux de deux types : (a) la population civile qui utilise les services de la police à l’intérieur de la Grande Brasilia ; (b) la police militaire et civile qui agit dans la ville. La méthode choisie fut la ethnographie, centrée sur l’observation des interactions entre la police et les citoyens aux commissariats, conseils locaux de sécurité et aux voies publiques surveillées. En outre, des relations de citoyens qui se perçoivent comme des victimes de la violence policière étaient collectés des informations provenant de surveys réalisées avec des policiers militaires et civils
étaient aussi employées. La ethnométhodologie postule que quand les perspectives de réciprocité sont frustrées, l’interaction collapse vu que les participants n’arrivent plus à
trouver le sens du contact avec autrui. En tenant en compte de l’interaction entre la police et les citoyens, les ruptures de confiance ont été groupées en tant que : (a) matières de compromis, relatives au détour d’attention de la part de la police ou des usagers au détriment de l’attention réciproque présupposée dans les rapports de confiance ; (b) matières de
compétence dans lesquelles les interactions comportaient des cérémonies de dégradations des individus présent ou absents aux rendez-vous. L’attention détournée des entretiens entre la police et les citoyens se retrouvait centrée sur les procédures des organisations recherchées ou sur des aspects de suspicion attachés au milieu d’actuation du policier. Par contre, plusieurs policiers réussirent à administrer les conditions d’attention des entretiens, en soutenant la
confiance. Cependant, les cérémonies de dégradation se tournaient spécialement vers les individus destitués du statut de victimes criminelles, vers des mineurs de dix-huit ans et, dans certains cas, vers le policier qui entreprenait une autodégradation en se présentant en tant
qu’impuissant. Ce travail s’est aussi proposé de vérifier les effets des institutions sur la confiance, en considérant les institutions en tant que routines historiquement consolidées qui
se configurent comme des éléments extérieurs aux entretiens. Dans la mesure où les institutions produisent l’asymétrie, l’aliénation de l’interaction et l’homogénéisation de l’introduction des participants, la confiance entre la police et les citoyens est défavorisée par
des institutions tels que : (a) procédures bureaucratiques des organisations ; (b) traditions
professionnels de la police ; (c) le droit à la sécurité ; e (d) prérogative de l’autorité policière. Par contre, il était constaté que certaines institutions affirment le pouvoir d’acteurs dont le statut était antérieurement dégradé, promouvant la confiance dans la compétence. L’analyse
des rapports des citoyens qui se voient comme des victimes de la violence policière confirme les contenus des espoirs de réciprocité des citoyens vers les policiers, contenus mit en évidence par la rupture de la confiance dans la relation entre la police et les citoyens. Il était
encore vérifié que une grande partie de ces attentes n’étaient plus utiles à la vie sociale des citoyens. Finalement, les surveys ont permis la vérification de l’hypothèse selon laquelle les policiers qui manifestent plus intensément leurs attentes de réciprocité présentent une plus grande probabilité de rétablir la confiance dans leurs interactions avec les citoyens.
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