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Coletivos artísticos brasileiros:um estudo de casos sobre discurso e subjetividade política nos processos colaborativos em artes

Rocha, Lucía Naser January 2009 (has links)
247f. / Submitted by Suelen Reis (suziy.ellen@gmail.com) on 2013-03-27T15:21:07Z No. of bitstreams: 1 Dissertacao%20Rocha%20_seg.pdf: 1767218 bytes, checksum: a7b2771de87d7187c1bd85e0ddb431b6 (MD5) / Approved for entry into archive by Ednaide Gondim Magalhães(ednaide@ufba.br) on 2013-04-10T13:41:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertacao%20Rocha%20_seg.pdf: 1767218 bytes, checksum: a7b2771de87d7187c1bd85e0ddb431b6 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-04-10T13:41:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao%20Rocha%20_seg.pdf: 1767218 bytes, checksum: a7b2771de87d7187c1bd85e0ddb431b6 (MD5) Previous issue date: 2009 / Esta dissertação apresenta uma reflexão sobre produções discursivas de três coletivos artísticos brasileiros que, atuando dentro do amplo campo das artes cênicas, se autodenominam “coletivos”. No presente trabalho nos referiremos aos coletivos como aqueles grupos que desenvolvem processos criativos e ações colaborativas, bem como discursos sobre condições e propósitos políticos de suas ações. Levando em consideração a reflexividade política que muitos coletivos desenvolvem, o conceito também alude a um conjunto de discussões que se vêm tecendo, nas últimas décadas, sobre formatos de organização grupal e colaboração em processos artísticos. O foco são as questões “políticas” relacionadas ao conceito de “coletivos”. O método utilizado é o Estudo de Caso, combinado à técnica de análise chamada Análise Crítica do Discurso, sendo a unidade de análise o texto de três coletivos brasileiros, escolhidos a partir de um mapeamento geral realizado na web.Analisamos os discursos coletivos através da seleção de diferentes estratégias textuais: textos produzidos por eles mesmos (no caso do CDM) e ações (no caso do GIA e de Catadores de Histórias), atentando especialmente para sua auto-descrição como sujeitos estético-políticos, suas posições como atores sociais do campo artístico e sua participação no discurso intertextual e histórico que visa discutir relações entre arte e política, política e cultura. As conclusões relacionam características do discurso desses coletivos com a literatura específica que se tem produzido sobre coletivismo e colaboração no campo artístico. Uma das nossas conclusões preliminares indica que o termo “coletivo” não aceita dicotomias, como arte X política, artista X pessoa comum, arte X vida, mas propõe a possibilidade de transitar entre diferentes propósitos e filosofias. Aceitar sua polissemia é não só requisito prévio a sua análise, mas também à compreensão das heterogêneas filosofias (ou da filosofia da heterogeneidade) que o caracterizam. / Salvador
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Oswald de Andrade no jornal O Homem do Povo / Oswal de Andradde in the O Homem do Povo newspaper

Quadros, Aurora Cardoso de 19 October 2009 (has links)
Em 1931, Oswald de Andrade cria e publica O Homem do Povo, jornal em que manifesta seu ativismo comunista, e no qual satiriza a sociedade capitalista e burguesa no Brasil de seu tempo. Suas edições, no total de oito, foram publicadas em março e abril de 1931, contando com a participação de Patrícia Galvão (Pagu) e Queiroz Lima e com a parceria de importantes intelectuais como o crítico Astrojildo Pereira. O trabalho tem por objetivo analisar propriedades expressivas e críticas das construções do jornal, sobretudo nas formulações do ativista Oswald de Andrade. Para isso foram selecionados do jornal principalmente os editoriais escritos por Oswald de Andrade, vários artigos que levam a sua assinatura, e outros assinados por pseudônimos ou anônimos, evidenciados os traços peculiares de sua escrita e ideias. Por meio da pesquisa investigativa, leitura e análise do corpus, destacam-se três elementos substanciais presentes na sua escrita: o humor do jogo de espírito irreverente, a reflexão vinculada aos propósitos de sua própria formulação crítica a respeito da antropofagia, e a subversão, em que resume elementos de estética e política, cuja configuração se manifesta na própria organicidade do jornal. Tais ingredientes, em analogia com outros articulistas, dão sustentação à substância satírica que permeia o jornal O Homem do Povo. Assim, observa-se nas diferentes estratégias de sua linguagem, metafórica ou não, que Oswald de Andrade continuamente alia-se aos colaboradores para representar um mundo às avessas, alvejando a sociedade capitalista e suas elites. Neste sentido, interessa exibir que, por suas elaborações hiperbólicas, o jornal, provocativamente, serve de instrumento na procura de evidenciar, por diversos meios e modos, o destronamento do burguês e a entronização do povo. Nessa tarefa, Oswald de Andrade busca se reinventar criticamente, ao transpor pela atividade jornalística seu espaço legitimado na burguesia e balizar-se por projetos voltados para o povo. Nesse exercício desdobra-se em seus pseudônimos e se posiciona como líder de um grupo, fazendo da palavra e do humor escudo e arma, construindo paradoxos, trocadilhos, ironias e hipérboles. Com isso Oswald de Andrade aciona o potencial crítico dos recursos da linguagem expressiva e comunicativa que, no jornal O Homem do Povo, serve para denunciar, provocar e ridicularizar valores consagrados pela burguesia e pelo sistema capitalista que a sustenta, fundindo o embate político do articulista e o embate estético do escritor modernista. / In 1931, Oswald de Andrade creates O Homem do Povo, a newspaper in which he publicly declares his communist activism, and in which he satirizes both, capitalism and the bourgeois society at the time. Its eight editions, were published in March and April of 1931 together with the participation of both Patricia Galvão (Pagu) and Queiroz Lima. Such a work intended to analyze both expressive and critical properties of Oswald de Andrades constructions at the journal and to put in evidence points of contact between the aesthetic and political aspects of the activists formulations. For doing it so, Oswald de Andrades editorials were selected such as articles signed by him and others which clearly evidence his writings and ideas. Through reading and corpus analyses it is detected three substantial elements such as: the irreverent spirit game, the reflection tied to purposes of his own critical formulation as far as anthropophagy is concerned and the subversion where he summarizes aesthetics and political elements; the configuration of which shows itself in the setting of the journal. Such ingredients, allied to comicality back up the satirical element that permeates O Homem do Povo. So, it can be observed in any of the different strategies of his vocabulary, either metaphoric or not, that Oswald de Andrade continually tries to represent an upside down world having the capitalist society and its elites as targets. In that way, it is interesting to show that, due to his hyperbolic elaborations, the writer-journalist in a teasing way tries to put in evidence the bourgeois decline and the ascension of the people through many different ways and methods. In such a work, Oswald de Andrade looks forward to reinvent himself critically, by transposing his legitimate space in bourgeoisie through journalist activity and determining projects which concerns the proletariat, that is to say, the lower social class. While doing so he creates many different pseudonyms and situate himself as a leader of the referred class, using words and humor as both shield and weapon, building paradoxes, puns, irony and hyperboles. By doing so, Oswald de Andrade turns on the critical power of his communicative and expressive language that at O Homem do Povo is used for denouncing, teasing and making ridicule consecrated values of the bourgeoisie and of the capitalist system that supports it linking both the political resistance of the journal´s editor and the aesthetic resistance of the modernist writer.
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Oswald de Andrade no jornal O Homem do Povo / Oswal de Andradde in the O Homem do Povo newspaper

Aurora Cardoso de Quadros 19 October 2009 (has links)
Em 1931, Oswald de Andrade cria e publica O Homem do Povo, jornal em que manifesta seu ativismo comunista, e no qual satiriza a sociedade capitalista e burguesa no Brasil de seu tempo. Suas edições, no total de oito, foram publicadas em março e abril de 1931, contando com a participação de Patrícia Galvão (Pagu) e Queiroz Lima e com a parceria de importantes intelectuais como o crítico Astrojildo Pereira. O trabalho tem por objetivo analisar propriedades expressivas e críticas das construções do jornal, sobretudo nas formulações do ativista Oswald de Andrade. Para isso foram selecionados do jornal principalmente os editoriais escritos por Oswald de Andrade, vários artigos que levam a sua assinatura, e outros assinados por pseudônimos ou anônimos, evidenciados os traços peculiares de sua escrita e ideias. Por meio da pesquisa investigativa, leitura e análise do corpus, destacam-se três elementos substanciais presentes na sua escrita: o humor do jogo de espírito irreverente, a reflexão vinculada aos propósitos de sua própria formulação crítica a respeito da antropofagia, e a subversão, em que resume elementos de estética e política, cuja configuração se manifesta na própria organicidade do jornal. Tais ingredientes, em analogia com outros articulistas, dão sustentação à substância satírica que permeia o jornal O Homem do Povo. Assim, observa-se nas diferentes estratégias de sua linguagem, metafórica ou não, que Oswald de Andrade continuamente alia-se aos colaboradores para representar um mundo às avessas, alvejando a sociedade capitalista e suas elites. Neste sentido, interessa exibir que, por suas elaborações hiperbólicas, o jornal, provocativamente, serve de instrumento na procura de evidenciar, por diversos meios e modos, o destronamento do burguês e a entronização do povo. Nessa tarefa, Oswald de Andrade busca se reinventar criticamente, ao transpor pela atividade jornalística seu espaço legitimado na burguesia e balizar-se por projetos voltados para o povo. Nesse exercício desdobra-se em seus pseudônimos e se posiciona como líder de um grupo, fazendo da palavra e do humor escudo e arma, construindo paradoxos, trocadilhos, ironias e hipérboles. Com isso Oswald de Andrade aciona o potencial crítico dos recursos da linguagem expressiva e comunicativa que, no jornal O Homem do Povo, serve para denunciar, provocar e ridicularizar valores consagrados pela burguesia e pelo sistema capitalista que a sustenta, fundindo o embate político do articulista e o embate estético do escritor modernista. / In 1931, Oswald de Andrade creates O Homem do Povo, a newspaper in which he publicly declares his communist activism, and in which he satirizes both, capitalism and the bourgeois society at the time. Its eight editions, were published in March and April of 1931 together with the participation of both Patricia Galvão (Pagu) and Queiroz Lima. Such a work intended to analyze both expressive and critical properties of Oswald de Andrades constructions at the journal and to put in evidence points of contact between the aesthetic and political aspects of the activists formulations. For doing it so, Oswald de Andrades editorials were selected such as articles signed by him and others which clearly evidence his writings and ideas. Through reading and corpus analyses it is detected three substantial elements such as: the irreverent spirit game, the reflection tied to purposes of his own critical formulation as far as anthropophagy is concerned and the subversion where he summarizes aesthetics and political elements; the configuration of which shows itself in the setting of the journal. Such ingredients, allied to comicality back up the satirical element that permeates O Homem do Povo. So, it can be observed in any of the different strategies of his vocabulary, either metaphoric or not, that Oswald de Andrade continually tries to represent an upside down world having the capitalist society and its elites as targets. In that way, it is interesting to show that, due to his hyperbolic elaborations, the writer-journalist in a teasing way tries to put in evidence the bourgeois decline and the ascension of the people through many different ways and methods. In such a work, Oswald de Andrade looks forward to reinvent himself critically, by transposing his legitimate space in bourgeoisie through journalist activity and determining projects which concerns the proletariat, that is to say, the lower social class. While doing so he creates many different pseudonyms and situate himself as a leader of the referred class, using words and humor as both shield and weapon, building paradoxes, puns, irony and hyperboles. By doing so, Oswald de Andrade turns on the critical power of his communicative and expressive language that at O Homem do Povo is used for denouncing, teasing and making ridicule consecrated values of the bourgeoisie and of the capitalist system that supports it linking both the political resistance of the journal´s editor and the aesthetic resistance of the modernist writer.

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