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Análise de polimorfismos do gene ciclooxigenase-2 (COX-2) no câncer colorretal / Analysis of the cyclooxygenase-2 (COX-2) gene polymorphisms in colorectal cancer

Tomitão, Michele Tatiana Pereira 03 February 2016 (has links)
A População brasileira apresenta elevada diversidade genética devido à multietnicidade, que têm implicações clínicas/genéticas importantes. O estudo de genes polimórficos pode auxiliar na detecção de pessoas com maior risco de desenvolver câncer, caracterização de evolução diferenciada, resposta distinta ao tratamento quimioterápico ou radioterápico e prognóstico. A ciclooxigenase-2 (COX-2) é induzida em resposta ao fator de crescimento e citocinas, sendo expressa nas doenças inflamatórias, lesões pré-malignas e tumores colorretais. Este trabalho teve como objetivos avaliar a influência dos polimorfismos 1195A > G e 8473T > C do gene COX-2 como fatores de risco para o desenvolvimento de câncer colorretal e investigar o impacto dos polimorfismos na progressão e sobrevida de pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico por câncer colorretal. Avaliaram-se SNPs (polimorfismos de nucleotídeo único) em 230 pacientes submetidos à ressecção cirúrgica no Hospital das Clínicas (SP), seguidos por 5 anos e 196 controles, operados por doença benigna na mesma instituição, pareados quanto ao sexo e idade, sem histórico individual ou familial de câncer. Isolou-se o DNA dos leucócitos utilizando-se do kit de extração e purificação PureLink DNA Minikit, seguido de amplificação pela reação em cadeia da polimerase (PCR). Utilizou-se a análise do PCR em Tempo Real para determinar os genoótipos os polimorfismos através dos ensaios TaqMan ® SNP Genotyping Assay. Os resultados encontrados foram associados aos dados epidemiológicos e clinicopatológicos dos pacientes. Determinaram-se as frequências genotípicas, alélicas e estimaram-se as frequências de haplótipos dos polimorfismos do COX-2 -1195A > G e 8473T > C. As populações estão em equilíbrio de Hardy-Weinberg, a exceção do grupo controle para o polimorfismo 8473T > C (p=0,02). As frequências foram similares nos grupos caso e controle para genótipos e haplótipos, portanto, não há associação entre esses polimorfismos e risco de CCR. Em relação às variáveis epidemiológicas e anatomopatológicas do grupo caso, demonstraram-se associação das mesmas com alguns perfis genotípicos. Encontrou-se frequência elevada do genótipo polimórfico -1195GG na população oriental, grupo constituído em sua maioria por japoneses, e dos genótipos 8473TC e CC em afrodescendentes (p < 0,05). Neste grupo, o genótipo -1195GG é ausente. Foi encontrada. Encontrou-se associação entre invasão angiolinfática e genótipo polimórfico 8473 CC (p < 0,05). Na análise de sobrevida, houve associação, no modelo codominante e dominante, do genótipo COX-2 -1195GG com menor sobrevida global (AAxGG: RR = 2,78; IC95% = 1,13-6,84; p < 0,020 e AA/AG x GG: RR = 2,59; IC95% = 1,07-6,27; p < 0,04), utilizando o modelo de regressão múltipla, ajustado para as variáveis de confusão. Assim, pode-se concluir que as variantes -1195A > G e 8473T > C não participam da suscetibilidade genética ao CCR na população brasileira. O polimorfismo -1195A > G, associado à menor sobrevida, pode atuar como marcador prognóstico nestes pacientes / Brazilian population displays very high levels of genomic diversity due to the multi-ethnicity, which have important clinical/genomic implications. Polymorphic genes\' study may aid in the detection of people at higher risk of developing cancer, characterization of differentiated outcome, distinctive response to chemotherapy or radiotherapy and prognosis. Cyclooxygenase-2 (COX-2) is induced in response to growth factor and cytokines, and it is expressed in inflammatory diseases, precancerous lesions and colorectal tumors. This study aimed to evaluate the influence of COX-2 -1195A> G and 8473T> C gene polymorphisms as a risk factor for developing colorectal cancer and to investigate the impact of polymorphisms on progression and survival in patients who have undergone surgical treatment for colorectal cancer. We evaluated SNPs (Single nucleotide Polymorphism) of 230 colorectal cancer resected patients admitted at the Hospital das Clinicas (SP), followed by 5 years, and 196 controls, operated for benign disease at the same institution, matched for age and sex, and no individual or familial history of cancer. DNA was isolated from leukocyte using PureLink (TM) Genomic DNA Mini Kit, followed by amplification by polymerase chain reaction (PCR). Real-time analysis was used for genotyping of polymorphisms, through the TaqMan ® SNP Genotyping Assay. The results of the polymorphisms were associated to epidemiological, clinicopathological and immunohistochemical features of the patients. Were determined genotype and allelic frequencies, and were estimated the haplotype frequencies of COX-2 -1195A > G and 8473T > C polymorphisms. The populations are in Hardy-Weinberg equilibrium, except for the control group to the 8473T > C polymorphism (p = 0,02). The frequencies were similar in case and control groups for genotypes and haplotypes, therefore, there is no association between these polymorphisms and risk of CCR. Regarding the epidemiological and pathological variables in the case group, we demonstrate their association with some genotypic profiles. A high frequency of the polymorphic genotype -1195GG was found in an Asiatic population, group composed in its majority by Japaneses, and 8473TC and CC genotypes in African descent (p < 0,05). In this group, the 1195GG genotype is absent. Association was found between angiolymphatic invasion and polymorphic genotype 8473 CC (p < 0,05). In survival analysis, there was an association, in co-dominant and dominant model, of the COX-2 genotype -1195GG with decreased overall survival (AAxGG: RR = 2,78, 95% CI 1,13-6,84; p < 0,020 and AA / AG x GG: RR = 2,59, 95% CI 1,07-6,27; p < 0,04), using the multiple regression model, adjusted for confounding variables. Therefore, -1195A variants > G and 8473T > C does not appear participate in genetic susceptibility to CCR in the Brazilian population, but the polymorphism -1195A > G, associated with decreased survival, may act as a prognostic marker in these patients
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Análise de polimorfismos do gene ciclooxigenase-2 (COX-2) no câncer colorretal / Analysis of the cyclooxygenase-2 (COX-2) gene polymorphisms in colorectal cancer

Michele Tatiana Pereira Tomitão 03 February 2016 (has links)
A População brasileira apresenta elevada diversidade genética devido à multietnicidade, que têm implicações clínicas/genéticas importantes. O estudo de genes polimórficos pode auxiliar na detecção de pessoas com maior risco de desenvolver câncer, caracterização de evolução diferenciada, resposta distinta ao tratamento quimioterápico ou radioterápico e prognóstico. A ciclooxigenase-2 (COX-2) é induzida em resposta ao fator de crescimento e citocinas, sendo expressa nas doenças inflamatórias, lesões pré-malignas e tumores colorretais. Este trabalho teve como objetivos avaliar a influência dos polimorfismos 1195A > G e 8473T > C do gene COX-2 como fatores de risco para o desenvolvimento de câncer colorretal e investigar o impacto dos polimorfismos na progressão e sobrevida de pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico por câncer colorretal. Avaliaram-se SNPs (polimorfismos de nucleotídeo único) em 230 pacientes submetidos à ressecção cirúrgica no Hospital das Clínicas (SP), seguidos por 5 anos e 196 controles, operados por doença benigna na mesma instituição, pareados quanto ao sexo e idade, sem histórico individual ou familial de câncer. Isolou-se o DNA dos leucócitos utilizando-se do kit de extração e purificação PureLink DNA Minikit, seguido de amplificação pela reação em cadeia da polimerase (PCR). Utilizou-se a análise do PCR em Tempo Real para determinar os genoótipos os polimorfismos através dos ensaios TaqMan ® SNP Genotyping Assay. Os resultados encontrados foram associados aos dados epidemiológicos e clinicopatológicos dos pacientes. Determinaram-se as frequências genotípicas, alélicas e estimaram-se as frequências de haplótipos dos polimorfismos do COX-2 -1195A > G e 8473T > C. As populações estão em equilíbrio de Hardy-Weinberg, a exceção do grupo controle para o polimorfismo 8473T > C (p=0,02). As frequências foram similares nos grupos caso e controle para genótipos e haplótipos, portanto, não há associação entre esses polimorfismos e risco de CCR. Em relação às variáveis epidemiológicas e anatomopatológicas do grupo caso, demonstraram-se associação das mesmas com alguns perfis genotípicos. Encontrou-se frequência elevada do genótipo polimórfico -1195GG na população oriental, grupo constituído em sua maioria por japoneses, e dos genótipos 8473TC e CC em afrodescendentes (p < 0,05). Neste grupo, o genótipo -1195GG é ausente. Foi encontrada. Encontrou-se associação entre invasão angiolinfática e genótipo polimórfico 8473 CC (p < 0,05). Na análise de sobrevida, houve associação, no modelo codominante e dominante, do genótipo COX-2 -1195GG com menor sobrevida global (AAxGG: RR = 2,78; IC95% = 1,13-6,84; p < 0,020 e AA/AG x GG: RR = 2,59; IC95% = 1,07-6,27; p < 0,04), utilizando o modelo de regressão múltipla, ajustado para as variáveis de confusão. Assim, pode-se concluir que as variantes -1195A > G e 8473T > C não participam da suscetibilidade genética ao CCR na população brasileira. O polimorfismo -1195A > G, associado à menor sobrevida, pode atuar como marcador prognóstico nestes pacientes / Brazilian population displays very high levels of genomic diversity due to the multi-ethnicity, which have important clinical/genomic implications. Polymorphic genes\' study may aid in the detection of people at higher risk of developing cancer, characterization of differentiated outcome, distinctive response to chemotherapy or radiotherapy and prognosis. Cyclooxygenase-2 (COX-2) is induced in response to growth factor and cytokines, and it is expressed in inflammatory diseases, precancerous lesions and colorectal tumors. This study aimed to evaluate the influence of COX-2 -1195A> G and 8473T> C gene polymorphisms as a risk factor for developing colorectal cancer and to investigate the impact of polymorphisms on progression and survival in patients who have undergone surgical treatment for colorectal cancer. We evaluated SNPs (Single nucleotide Polymorphism) of 230 colorectal cancer resected patients admitted at the Hospital das Clinicas (SP), followed by 5 years, and 196 controls, operated for benign disease at the same institution, matched for age and sex, and no individual or familial history of cancer. DNA was isolated from leukocyte using PureLink (TM) Genomic DNA Mini Kit, followed by amplification by polymerase chain reaction (PCR). Real-time analysis was used for genotyping of polymorphisms, through the TaqMan ® SNP Genotyping Assay. The results of the polymorphisms were associated to epidemiological, clinicopathological and immunohistochemical features of the patients. Were determined genotype and allelic frequencies, and were estimated the haplotype frequencies of COX-2 -1195A > G and 8473T > C polymorphisms. The populations are in Hardy-Weinberg equilibrium, except for the control group to the 8473T > C polymorphism (p = 0,02). The frequencies were similar in case and control groups for genotypes and haplotypes, therefore, there is no association between these polymorphisms and risk of CCR. Regarding the epidemiological and pathological variables in the case group, we demonstrate their association with some genotypic profiles. A high frequency of the polymorphic genotype -1195GG was found in an Asiatic population, group composed in its majority by Japaneses, and 8473TC and CC genotypes in African descent (p < 0,05). In this group, the 1195GG genotype is absent. Association was found between angiolymphatic invasion and polymorphic genotype 8473 CC (p < 0,05). In survival analysis, there was an association, in co-dominant and dominant model, of the COX-2 genotype -1195GG with decreased overall survival (AAxGG: RR = 2,78, 95% CI 1,13-6,84; p < 0,020 and AA / AG x GG: RR = 2,59, 95% CI 1,07-6,27; p < 0,04), using the multiple regression model, adjusted for confounding variables. Therefore, -1195A variants > G and 8473T > C does not appear participate in genetic susceptibility to CCR in the Brazilian population, but the polymorphism -1195A > G, associated with decreased survival, may act as a prognostic marker in these patients
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Concentração sérica da proteína C-reativa e seu polimorfismo genético em indivíduos sem evidências de cardiopatia / Serum concentration of C-reactive protein and its genetic polymorphism in individuals without heart disease

Araujo, Fernando 27 September 2002 (has links)
Dados epidemiológicos documentaram a associação entre elevação moderada dos níveis da proteína C-reativa (PCR) pela técnica hipersensível (PCRhs), dentro da variação normal, e risco cardiovascular em indivíduos sem doença clínica vascular. A potencial aplicação da PCRhs, como uma ferramenta auxiliar na avaliação global, de risco requer conhecimento de sua distribuição na população e das características clínicas envolvidas. Há carência de dados sobre a influência sobre a genética na concentração da PCR. Formulamos a hipótese de que variações alélicas (polimorfismo) no gene que codifica a PCR poderiam interferir na sua concentração sérica. Avaliamos a distribuição da concentração sérica da proteína C-reativa determinada pela técnica hipersensível em indivíduos de uma população brasileira sem evidências clínica e laboratorial de cardiopatia, e as variações desta concentração e, relação às características clínicas, variáveis laboratoriais e ao polimorfismo G1059C do gene da PCR. Realizamos um estudo de coorte, de indivíduos assintomáticos com exames clínico e cardiológico normais, atendidos na Unidade Clínica de Ambulatório Geral do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, no período de julho de 1998 a julho de 2001. Critérios de inclusão: indivíduos assintomáticos com exame físico normal, eletrocardiograma de repouso e esforço normais e radiografia do tórax normal. Foram excluídos aqueles com glicemia superior a 125 md/dl, alterações na concentração sérica do hormônio tíreo-estimulante (TSH) e sorologia positiva para doença de Chagas. Foram elegíveis 684 indivíduos: 295 (43,1%) do sexo masculino e 389 (56,9%) do feminino. Suas idades variaram entre 14 e 74 anos (média 40,6; desvio-padrão 11,5); 513 (75,0%) eram brancos, 117 (17,1%) mulatos, 32 (4,7%) amarelos e 22 (3,2%) negros. O tabagismo foi relatado por 160 (23,4%) indivíduos e 524 (76,6%) não eram tabagistas. A avaliação laboratorial incluiu a dosagem de glicemia, colesterol total e frações, triglicérides e ácido úrico. Foram colhidas amostras de sangue para dosagem sérica da PCRhs e genotipagem de PCR. A ecocardiografia bidimencional com Doppler foi realizada em 634 indivíduos, com resultado normal. A concentração sérica da PCRhs foi distribuída por quartis da população em estudo, os valores mínimo e máximo por quartil foram: 1º quartil 0,014-0,037 mg/dl; 2º quartil 0,0384,07 mg/dl; 3º quartil 0,080-0,187 mg/dl e 4º quartil 0,188-1,31 mg/dl. Num modelo de regressão múltipla as variáveis independentes correlacionadas ao log da PCRhs foram: idade (p=0,03), índice de massa corpórea (IMC) (p<0,01), razão colesterol total/HDL colesterol (ColT/HDL-C) (P<0,01) e frequência cardíaca (p<0,01). Para avaliar o comportamento das variáveis significativas deste modelo de regressão, a amostra foi estratificada em quatro grupos, segundo sexo e tabagismo, e foram estimados quatro modelos múltiplos. Nos homens tabagistas foram variáveis significativas a idade (p=0,04) e a razão ColT/HDL-C (p<0,01); nos homens não tabagistas foram o IMC (p<0,01) e a razão ColT/HDL-C (p<0,01); nas mulheres tabagistas o IMC (p<0,01) e nas mulheres não tabagistas foram o IMC (p<0,01), a razão ColT/HDL-C (p=0,01) e a frequência cardíaca (p=0,02). Não houve diferença estatisticamente significativa (p<0,05) na concentração da PCRhs entre os diferentes genótipos do gene da PCR. Portanto as variáveis idade, IMC, razão ColT/HD1-C e frequência cardíaca, não se relacionam com a concentração sérica da PCRhs de maneira homogênea, mas sim de acordo com o subgrupo analisado, referente ao sexo e tabagismo; e as concentrações da PCRhs não diferiram quanto a presença ou ausência do polimorfismo G1059C do gene da PCR. / Epidemiologic data have documented the association between moderate elevation, within the normal range, of the C-reactive protein (CPR) serum levels measured by high-sensitivity assays (hs-CRP), and cardiovascular risk among individuals without clinical evidence of vascular disease. The potential use of hs-CRP as a new auxiliary tool in the assessment of overall risk requires that its distribution in the population and the related clinical characteristics are known. There is few data about the influence of genetics upon CRP concentration. The hypothesis that allele variations in the gene responsible for coding CRP (polymorphism) could interfere with CRP serum concentration has been posed. The aim of this study was to assess the distribution of C-reactive protein (CRP) serum concentration measured by high-sensitivity assay (hs-CRP), in a Brazilian population of individuals without heart disease, as well as the association of variations of that concentration with clinical characteristics and laboratory variables, and with the CRP gene G1059C polymorphism. A cohort of asymptomatic patients visiting the Outpatient Clinic of the Heart Institute (InCor) of the University of São Paulo Medical School between July 1998 and July 2001, all with normal results in the clinical and cardiological evaluations, was studied. The inclusion criteria were: asymptomatic individuals with normal results in the physical evaluation, normal electrocardiography and stress test, and normal chest X-ray examination. Individuals with glucose level above 125mg/dl, changes in the thyroid-stimulating hormone (TSH) serum concentration, and positive serology for Chagas\' disease, were excluded. Thus, 684 individuals, 295 men (43.1 %) and 389 women (56.9%), ages 14 to 74 (mean 40.6, SD 11.5) years, were eligible. White people in the cohort were 513 (75.0%), mulatto 117 (17.1%), eastern people 32 (4.7%) and 22 of black color (3.2%) 160 individuals (23.4%) reported as currently smoking, while 524 (76.6%) were non-smokers Laboratory screening consisted of dosing of glucose, total and partial: cholesterol, triglycerides and uric acid plasma levels. Doppler two-dimensional echocardiography was performed in 636 individuals, all with normal results. Serum hs-CRP concentration of the study population was distributed in quartiles, with minimum and maximum values per quartile as follows: 1st quartil, 0.014-0.037mg/dl; 2nd quartile: 0.038-0.078mg/dl; 3rd quartile 0.080-0.\'187mg/dl; and 4th quartile: 0.188-1,31mg/dl. Multiple regression analysis has shown that the independent variables correlating with hs-CRP-log were age (p=0.03), body mass index (p<0.01), total/HOL cholesterol ratio (p<0.01) and heart rate (p<0.01). The study population was stratified in 4 groups according to gender and smoking status, to verify the behavior of the significant variables in this regression model, with estimation of 4 multiple models. Significant variables were: among currently smoking men, age (p=0.04) and Total/HDL cholesterol ratio (p<0.01); among non-smoking men, BMI (p<0.01) and Total/HDL cholesterol ratio (p<0.01). Among currently smoking women, only BMI (p<0.01) was significant, and among non-smoking women, BMI (p<0.01), Total/HDL cholesterol ratio (p=001) and heart rate (p=0.02) were significant. There was no statistically significant difference (p<005) of the hs-CRP serum concentration in the groups with GG genotypes or the CRP gene G1059C polymorphism. Our findings led to the conclusion that the variables age, BMI, Total/HDL cholesterol: ratio and heart rate do not correlate homogeneously with the hs-CRP serum concentration in this study population, but according to the specific gender or smoking status subgroup being studied this is verified. Additionally, hs-CRP concentrations did not differ according to the presence or the absence of the CRP gene G1059C polymorphism.
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Concentração sérica da proteína C-reativa e seu polimorfismo genético em indivíduos sem evidências de cardiopatia / Serum concentration of C-reactive protein and its genetic polymorphism in individuals without heart disease

Fernando Araujo 27 September 2002 (has links)
Dados epidemiológicos documentaram a associação entre elevação moderada dos níveis da proteína C-reativa (PCR) pela técnica hipersensível (PCRhs), dentro da variação normal, e risco cardiovascular em indivíduos sem doença clínica vascular. A potencial aplicação da PCRhs, como uma ferramenta auxiliar na avaliação global, de risco requer conhecimento de sua distribuição na população e das características clínicas envolvidas. Há carência de dados sobre a influência sobre a genética na concentração da PCR. Formulamos a hipótese de que variações alélicas (polimorfismo) no gene que codifica a PCR poderiam interferir na sua concentração sérica. Avaliamos a distribuição da concentração sérica da proteína C-reativa determinada pela técnica hipersensível em indivíduos de uma população brasileira sem evidências clínica e laboratorial de cardiopatia, e as variações desta concentração e, relação às características clínicas, variáveis laboratoriais e ao polimorfismo G1059C do gene da PCR. Realizamos um estudo de coorte, de indivíduos assintomáticos com exames clínico e cardiológico normais, atendidos na Unidade Clínica de Ambulatório Geral do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, no período de julho de 1998 a julho de 2001. Critérios de inclusão: indivíduos assintomáticos com exame físico normal, eletrocardiograma de repouso e esforço normais e radiografia do tórax normal. Foram excluídos aqueles com glicemia superior a 125 md/dl, alterações na concentração sérica do hormônio tíreo-estimulante (TSH) e sorologia positiva para doença de Chagas. Foram elegíveis 684 indivíduos: 295 (43,1%) do sexo masculino e 389 (56,9%) do feminino. Suas idades variaram entre 14 e 74 anos (média 40,6; desvio-padrão 11,5); 513 (75,0%) eram brancos, 117 (17,1%) mulatos, 32 (4,7%) amarelos e 22 (3,2%) negros. O tabagismo foi relatado por 160 (23,4%) indivíduos e 524 (76,6%) não eram tabagistas. A avaliação laboratorial incluiu a dosagem de glicemia, colesterol total e frações, triglicérides e ácido úrico. Foram colhidas amostras de sangue para dosagem sérica da PCRhs e genotipagem de PCR. A ecocardiografia bidimencional com Doppler foi realizada em 634 indivíduos, com resultado normal. A concentração sérica da PCRhs foi distribuída por quartis da população em estudo, os valores mínimo e máximo por quartil foram: 1º quartil 0,014-0,037 mg/dl; 2º quartil 0,0384,07 mg/dl; 3º quartil 0,080-0,187 mg/dl e 4º quartil 0,188-1,31 mg/dl. Num modelo de regressão múltipla as variáveis independentes correlacionadas ao log da PCRhs foram: idade (p=0,03), índice de massa corpórea (IMC) (p<0,01), razão colesterol total/HDL colesterol (ColT/HDL-C) (P<0,01) e frequência cardíaca (p<0,01). Para avaliar o comportamento das variáveis significativas deste modelo de regressão, a amostra foi estratificada em quatro grupos, segundo sexo e tabagismo, e foram estimados quatro modelos múltiplos. Nos homens tabagistas foram variáveis significativas a idade (p=0,04) e a razão ColT/HDL-C (p<0,01); nos homens não tabagistas foram o IMC (p<0,01) e a razão ColT/HDL-C (p<0,01); nas mulheres tabagistas o IMC (p<0,01) e nas mulheres não tabagistas foram o IMC (p<0,01), a razão ColT/HDL-C (p=0,01) e a frequência cardíaca (p=0,02). Não houve diferença estatisticamente significativa (p<0,05) na concentração da PCRhs entre os diferentes genótipos do gene da PCR. Portanto as variáveis idade, IMC, razão ColT/HD1-C e frequência cardíaca, não se relacionam com a concentração sérica da PCRhs de maneira homogênea, mas sim de acordo com o subgrupo analisado, referente ao sexo e tabagismo; e as concentrações da PCRhs não diferiram quanto a presença ou ausência do polimorfismo G1059C do gene da PCR. / Epidemiologic data have documented the association between moderate elevation, within the normal range, of the C-reactive protein (CPR) serum levels measured by high-sensitivity assays (hs-CRP), and cardiovascular risk among individuals without clinical evidence of vascular disease. The potential use of hs-CRP as a new auxiliary tool in the assessment of overall risk requires that its distribution in the population and the related clinical characteristics are known. There is few data about the influence of genetics upon CRP concentration. The hypothesis that allele variations in the gene responsible for coding CRP (polymorphism) could interfere with CRP serum concentration has been posed. The aim of this study was to assess the distribution of C-reactive protein (CRP) serum concentration measured by high-sensitivity assay (hs-CRP), in a Brazilian population of individuals without heart disease, as well as the association of variations of that concentration with clinical characteristics and laboratory variables, and with the CRP gene G1059C polymorphism. A cohort of asymptomatic patients visiting the Outpatient Clinic of the Heart Institute (InCor) of the University of São Paulo Medical School between July 1998 and July 2001, all with normal results in the clinical and cardiological evaluations, was studied. The inclusion criteria were: asymptomatic individuals with normal results in the physical evaluation, normal electrocardiography and stress test, and normal chest X-ray examination. Individuals with glucose level above 125mg/dl, changes in the thyroid-stimulating hormone (TSH) serum concentration, and positive serology for Chagas\' disease, were excluded. Thus, 684 individuals, 295 men (43.1 %) and 389 women (56.9%), ages 14 to 74 (mean 40.6, SD 11.5) years, were eligible. White people in the cohort were 513 (75.0%), mulatto 117 (17.1%), eastern people 32 (4.7%) and 22 of black color (3.2%) 160 individuals (23.4%) reported as currently smoking, while 524 (76.6%) were non-smokers Laboratory screening consisted of dosing of glucose, total and partial: cholesterol, triglycerides and uric acid plasma levels. Doppler two-dimensional echocardiography was performed in 636 individuals, all with normal results. Serum hs-CRP concentration of the study population was distributed in quartiles, with minimum and maximum values per quartile as follows: 1st quartil, 0.014-0.037mg/dl; 2nd quartile: 0.038-0.078mg/dl; 3rd quartile 0.080-0.\'187mg/dl; and 4th quartile: 0.188-1,31mg/dl. Multiple regression analysis has shown that the independent variables correlating with hs-CRP-log were age (p=0.03), body mass index (p<0.01), total/HOL cholesterol ratio (p<0.01) and heart rate (p<0.01). The study population was stratified in 4 groups according to gender and smoking status, to verify the behavior of the significant variables in this regression model, with estimation of 4 multiple models. Significant variables were: among currently smoking men, age (p=0.04) and Total/HDL cholesterol ratio (p<0.01); among non-smoking men, BMI (p<0.01) and Total/HDL cholesterol ratio (p<0.01). Among currently smoking women, only BMI (p<0.01) was significant, and among non-smoking women, BMI (p<0.01), Total/HDL cholesterol ratio (p=001) and heart rate (p=0.02) were significant. There was no statistically significant difference (p<005) of the hs-CRP serum concentration in the groups with GG genotypes or the CRP gene G1059C polymorphism. Our findings led to the conclusion that the variables age, BMI, Total/HDL cholesterol: ratio and heart rate do not correlate homogeneously with the hs-CRP serum concentration in this study population, but according to the specific gender or smoking status subgroup being studied this is verified. Additionally, hs-CRP concentrations did not differ according to the presence or the absence of the CRP gene G1059C polymorphism.

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