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Politecnia e polivalência na organização do trabalho em cooperativas populares e tradicionaisChiariello, Caio Luis 31 August 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-08-31 / Universidade Federal de Minas Gerais / This PhD thesis contains the theoretical and empirical approach about the work organization on popular and traditional cooperatives in Brazil, presenting the concepts of polytechni and polyvalence within the recent changes in the work scenario. The concept of polyvalence is related to flexible production models, providing greater workers participation in formulation and execution of different tasks. Polyvalent workers have many skills and assume responsibilities, but although polyvalence points to a greater convergence between intellectual and manual labor, it doesn t overcome the gap between execution and management, promoting only the enrichment and expansion of tasks, not questioning capital domination over labor. Therefore, the concept of polytechni proposes an omnilateral worker, refusing the labor technical division under capitalism and arguing that workers might participate fully in the conduction of work process. The incorporation of the knowledge about scientific and technical activities by omnilateral workers approaches 'hand and brain' and inhibits the separation between who manage and who execute the work. Thus, polytechni gives rise to self-management conducted by workers, based on genuine cooperation, searching for the transformation of society in economic, political and social dimensions. The Thesis presents an empirical study in a traditional cooperative - COCAMAR - linked to the agribusiness and applying the polyvalence in their work organization, and four popular cooperatives - COOPAN; COOPERUNIÃO; COPAVI and COPAVA linked to social movements and agrarian reformand and seeking to adhere to the polytechnic principles the selfmanagement. The discussion about the work organization trajectory of the five cooperatives, their internal democracy and power relations, dynamics between management and execution, job rotation and work activities, the working journey, paymente and control and education for the work presents the singularities, approaches and contradictions over the organization of work in these cooperative. / A presente Tese de Doutorado conta com a abordagem teórica e empírica acerca da organização do trabalho em cooperativas tradicionais e populares no Brasil, apresentando os conceitos de politecnia e polivalência no cenário das mudanças recentes no universo do trabalho. O conceito de polivalência está relacionado aos modelos flexíveis de produção, propiciando uma maior participação do trabalhador tanto na formulação dos conteúdos do trabalho quanto na execução de tarefas distintas. Os trabalhadores polivalentes apresentam diversas competências e assumem responsabilidades, mas embora a polivalência aponte para uma maior convergência entre o trabalho manual e o trabalho intelectual, mantém a cisão entre os núcleos de execução e concepção, promovendo apenas o enriquecimento e alargamento das tarefas, sem questionar a relação de dominação do capital sobre o trabalho. Por sua vez, o conceito de politecnia avança no sentido de propor a omnilateralidade do trabalhador, questionando a divisão técnica do trabalho sob o capitalismo, postulando que os trabalhadores participem integralmente da condução do processo de trabalho incorporando os conhecimentos científicos e técnicos sobre as atividades, aproximando mão e cérebro e recusando a formação de classes distintas para gestão e para execução do trabalho. Dessa forma, a politecnia enseja a autogestão da produção realizada por trabalhadores politécnicos, baseados em uma cooperação autêntica, vislumbrando a transformação da sociedade nos planos econômico, político e social. A Tese apresenta o estudo empírico em uma cooperativa tradicional COCAMAR - ligada ao ramo do agronegócio e que aplica a heterogestão em sua organização do trabalho, aderindo aos preceitos da polivalência, e em quatro cooperativas populares - COOPAN; COOPERUNIÃO; COPAVI e COPAVA - que realizam atividades agroindustriais, sendo oriundas de movimentos sociais ligados à luta pela reforma agrária e conquista da terra e que buscam aderir aos princípios da politecnia sob a autogestão. O debate sobre a trajetória da organização do trabalho nas cinco cooperativas, a democracia interna e relações de poder, a dinâmica dos cargos de gestão e de execução, o rodízio de funções e atividades de trabalho, a jornada de trabalho, remuneração e controle do trabalho e a formação política e técnica para o trabalho, permite apresentar as singularidades, aproximações e contradições na organização do trabalho nestas cooperativas.
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